O anúncio de união das chapas que iriam concorrer a eleição do Náutico na próxima eleição do clube surpreendeu muitos alvirrubros nesta terça-feira (24). Antes adversários na disputa política, os candidatos Marcos Freitas e Edno Melo decidiram unir após um ano conturbado politicamente no clube da Rosa e Silva. A chapa que agora passou a ser denominada apenas de “Náutico” deverá ser aclamada no próximo dia 13 de dezembro, existindo inclusive a possibilidade da data ser antecipada para ajudar no planejamento do clube.
Com a composição mantendo Marcos na presidência executiva, Ivan Brondi, na vice-presidência, e Edno Melo indo para a vice-diretoria administrativa financeira. O futuro mandatário alvirrubro em conversa com o Portal LeiaJá acredita que esse era um desejo seu desde o princípio quando lançou sua candidatura. “Sempre esteve no coração dos alvirrubros de bem buscar essa unidade. Essa sempre foi uma das minhas metas, inclusive quando chamei o Ivan Brondi para ser meu vice. Muitos questionaram a escolha por ele, achavam que deveria ser alguém mais preparado, mas acredito que ele representa bem esse sentimento de respeito e cordialidade que queremos no clube”, comentou Freitas.
##RECOMENDA##A iniciativa pela união das chapas foi estabelecida pelo até então vice-presidente do grupo Vermelho de Luta, Ubirajara Tavares. “O Ubirajara me procurou e nos reunimos na segunda-feira à noite. Nós conversamos um pouco e ele me fez essa proposta de união. Aceitei rapidamente e acordamos como ficariam as funções de cada um dentro do clube. Na terça-feira, nos reunimos apenas para selar esse acordo”, lembrou o futuro presidente do Náutico.
A decisão, contudo, não agradou a todos que compunham a chapa encabeçada por Edno Melo. A exemplo de Alexandre Homem de Melo, que optou por não fazer parte dessa união. Para Marcos Freitas, atitudes como a do diretor representam apenas uma minoria. “Existiram algumas divergências com integrantes do Vermelho de Luta que não aceitaram o acordo. Mas são pessoas que pensam ser maiores que o grupo e eu nunca vi uma parte só ser maior que o todo”, disse.
Presente no clube em diversos momentos desde 1976, exercendo funções de vice diretoria social, de esportes amadores, de arrecadação, secretário do conselho, Marcos Freitas mostrou que tem uma vida ativa dentro do Náutico. Inclusive, estando presente na elaboração dos dois últimos estatutos alvirrubros, o de 2001 e o deste ano. “Sempre procurei a harmonia dentro do clube, não houve ex-presidente que eu não tenha ajudado. Ajudei inclusive o pessoal do MTA, apesar de ter votado contra nas eleições. Fui do grupo opositor que apoiava o Marcílio Sales, mas para mim terminou a eleição, acabou, temos todos que ajudar o Náutico”, ressalta.
O futuro presidente alvirrubro também diz ter começado a elaborar alguns projetos para o clube, porém no quesito do futebol ele vai esperar o seu vice, Ivan Brondi, para se reunirem e começarem a definir seus planos. “Sabemos que todos os alvirrubros estão ansiosos por definições no futebol, mas ela ficou para um segundo momento porque o Ivan viajou, mas estará retornando na próxima semana. Como houve essa união, então vamos ganhar alguns dias no planejamento. Mas alguns nomes Toninho Monteiro, Paulo Pontes, Marcílio Sales e Rubinho Barbosa se colocaram a disposição para ajudar, mesmo sem cargos definidos”, finalizou.