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Ampliar o número de vagas na graduação, atualmente em 3,2 mil, reforçar os programas de inclusão social e equiparação de salários. Foram essas as prioridades defendidas nesta segunda-feira, 22, pelo professor José Tadeu Jorge, de 60 anos, reitor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), uma das mais importantes instituições de ensino da América Latina, responsável por 15% de toda pesquisa nacional, em sua primeira conversa com jornalistas à frente do cargo.

"É importante que a Unicamp ofereça mais oportunidades no vestibular", afirmou Tadeu, eleito reitor pela segunda vez para os próximos quatro anos - ele já foi reitor da Unicamp de 2005 a 2009. Segundo ele, esse crescimento deve ocorrer no câmpus de Limeira, interior de São Paulo, onde já há quatro cursos de licenciatura aprovados pelo Conselho Universitário: ciências da natureza (biologia, física e química) e mais matemática; produção cultural; patrimônio e restauro e fisioterapia.

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"Com a estrutura que temos nesse câmpus (de Campinas), o aumento de vagas na graduação necessariamente tem que partir das faculdades e dos institutos. As estruturas estão todas já definidas e construídas neles. Seria muito difícil para a reitora sugerir um projeto novo nesse câmpus aqui que já tem uma certa saturação."

Tadeu defendeu também que vai trabalhar para uma maior inclusão social na Unicamp. Segundo ele, os ingressos por programas já existentes comprovaram ter melhor desempenho que aqueles que não foram contemplados nos programas da universidade como o Programa de Ação Afirmativa e Inclusão Social (Paais) e o Programa de Formação Interdisciplinar Superior (Profis).

O primeiro oferece bônus de 30 no vestibular para o estudante que cursar ensino médio em escola pública e bônus de 10 pontos para quem se autodeclarar negro ou índio. O segundo, seleciona os melhores alunos das escolas públicas para um curso de dois anos, que é uma alternativa ao vestibular. "A Unicamp foi a primeira universidade paulista e mesmo incluindo as federais a se preocupar com a questão da inclusão", diz o reitor.

Entre as propostas, Tadeu afirmou que estuda aumentar os bônus oferecidos pelo Paais, bem como oferecê-lo também no primeira fase do vestibular (hoje ele vale na segunda fase). "Esse programa significou na Unicamp uma inclusão bastante significativa. O Paais é o programa de inclusão mais eficiente que nós conhecemos. A universidade tinha 27% de alunos vindo de escola pública e com o programa passou a 32% no último vestibular. É um programa que reúne condições importantes de manter a competição pelo ingresso, minimamente considera o preparo dos estudantes, mas nivela aqueles que socialmente foram menos favorecidos para competição do vestibular", explica Tadeu.

Sobre o Profis, ele afirmou que pretende aumentar o número de vagas, que começou em 120, e também as vagas reservadas nos cursos de graduação para os egressos do curso. "A Unicamp já demonstrou que os alunos que ingressam auxiliados por esses programas têm um desempenho melhor até que os que ingressam sem ajuda dos programas."

Salários

Outra questão prioritária é a equiparação dos salários dos servidores da Unicamp com os salários dos servidores da Universidade de São Paulo (USP), uma das mais antigas reivindicações da categoria. "São problemas ambos importantes. Há um descontentamento e uma certa injustiça, porque são duas universidades irmãs, sob o mesmo sistema. O segundo problema mais grave, institucionalmente, é que estamos perdendo funcionários para a USP", afirmou Tadeu. Segundo ele, os salários mais altos estão levando os funcionários mais qualificados para a USP, criando um problema interno. "Isso faz com que isso vire prioritário, igualar esses salários com a USP."

O governador Geraldo Alckmin anunciou nesta quinta-feira, 18, que o engenheiro de alimentos José Tadeu Jorge, de 60 anos, é o novo reitor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), uma das mais importantes da América Latina, responsável por 15% da pesquisa acadêmica no Brasil.

Tadeu Jorge, que foi reitor de 2005 a 2009, sucederá Fernando Costa no cargo nos próximos quatro anos. Ele herda um orçamento de R$ 1,9 bilhão e tem como principais responsabilidades a tarefa de reduzir as distâncias que existem entre a pesquisa e o mercado, aumentar o número de docentes e promover maior inclusão social na graduação da universidade.

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A indicação de Tadeu Jorge como reitor confirma o resultado da consulta acadêmica de março, que o elegeu entre os 36 mil votantes com 53% dos votos, no segundo turno. O resultado foi corroborado pela lista tríplice encaminhada no início do mês pelo Conselho Universitário (Consu) ao governador, que o colocava como primeiro nome dos três a serem analisados.

Durante a semana, a demora na nomeação do novo reitor fez com que professores da Unicamp divulgassem manifestos alertando o Palácio dos Bandeirantes de que a indicação de um nome que não respeitasse o resultado da consulta acadêmica seria considerada uma "intervenção" na autonomia da universidade. Além de Tadeu, faziam parte da lista os nomes do médico José Abdalla Saad, mais próximo do atual reitor, e do engenheiro eletricista José Claudio Geromel - segundo e terceiro colocados na votação indireta.

O nome do novo reitor é citado no relatório do Tribunal de Contas do Estado (TCE) de São Paulo, na lista de funcionários da Unicamp que receberam salários acima do limite permitido por lei, segundo auditoria de 2011 (o teto é o salário do governador). Quando a lista foi divulgada, ele afirmou que acredita que a Unicamp age dentro dos princípios legais. O processo segue em tramitação e não tem data prevista para o julgamento.

Tadeu também foi secretário municipal de Educação no governo do prefeito Hélio de Oliveira Santos (PDT), cassado no ano passado no maior escândalo de corrupção da prefeitura de Campinas, conhecido como Caso Sanasa, que tem a ex-primeira-dama, Rosely Santos, processada como chefe de uma quadrilha que fraudava contratos e teria desviado R$ 200 milhões dos cofres públicos. Na ocasião, quando o escândalo foi descoberto, Tadeu pediu demissão do cargo. Seu nome nunca foi citado no caso.

A demora do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), para nomear o novo reitor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) fez com que a Associação dos Docentes da Unicamp (Adunicamp) e um grupo de professores alertassem o Palácio dos Bandeirantes de que a indicação de um nome que não respeite o resultado da consulta acadêmica, feita em março, e corroborada pela lista tríplice encaminhada pelo Conselho Universitário (Consu) ao governador, no começo de abril, será encarada como uma intervenção e um golpe contra a autonomia de escolha da universidade.

"Passadas duas semanas desde a elaboração de lista tríplice para a indicação, por vossa excelência, do próximo reitor da Unicamp, começam a circular na universidade ruídos no sentido de que vossa excelência estaria propenso a não indicar o primeiro nome da lista elaborada pelo Conselho Universitário, instância deliberativa máxima da instituição", diz o documento da Adunicamp.

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O processo de escolha do novo reitor da Unicamp para os próximos quatro anos começou no dia 8 de março, quando 36 mil votantes da comunidade acadêmica (professores, alunos e funcionários) escolheram entre os quatro candidatos os nomes do ex-reitor e professor da Faculdade de Engenharia Agrícola José Tadeu Jorge e do diretor e professor da Faculdade de Ciências Médicas Mário José Abdala Saad para disputar o segundo turno nos dias 20 e 21 de março. Tadeu Jorge acabou eleito com 53% dos votos.

Pelo pleito, o resultado é submetido ao Consu, que elabora uma lista tríplice de nomes encabeçada pelo primeiro colocado e tendo como segundo nome Saad, nome mais próximo do atual reitor da Unicamp, Fernando Costa. É o governador quem escolhe da lista o nome do reitor - por tradição, indica o primeiro. O prazo vence na sexta-feira, 19.

Para a Adunicamp, "um reitor que não fosse o nome escolhido pela comunidade seria recebido internamente como interventor, dificultando enormemente a complexa tarefa de gerir uma instituição responsável pela produção de cerca de 15% do conhecimento novo produzido no país, com prejuízo para todas suas atividades: de ensino, pesquisa e interface com a sociedade". A associação representa 2,1 mil professores e pesquisadores.

No documento, a associação dos docentes lembra também que todos os candidatos assinaram durante a disputa um documento em que só aceitariam assumir como reitor indicado pelo governador, caso seus nomes fossem os mais votados na consulta acadêmica.

Um grupo de 134 professores também se organizou em rede e lançou um manifesto intitulado "Manifestação pela institucionalidade da Unicamp". No documento, eles afirmam: "manifestamos nosso mais completo repúdio a toda e qualquer atitude que busque desestabilizar a institucionalidade da Unicamp, sob pretextos políticos menores. Este tipo de atitude, de algumas poucas pessoas da própria da universidade, é uma tentativa de golpe contra o processo democrático de indicação de dirigentes na Unicamp e mancha o espírito acadêmico".

A lista tríplice, liderada por Tadeu Jorge, foi enviada ao governador em 3 de abril. Caso a indicação não seja feita até a sexta, a universidade fica sem reitor, e quem assume é o atual coordenador-geral, Edgar Salvadori de Decca, que foi um dos quatro candidatos do pleito e assina o manifesto. "Eu defendo a legitimidade do processo de consulta e de composição da lista tríplice e tenho a confiança de que o governador do Estado vai ser sensível para confirmar o primeiro nome da lista", afirma Decca. A assessoria do governador Geraldo Alckmin foi procurada pela reportagem, mas não retornou os pedidos até a tarde desta quarta-feira, 17.

Com 53,32% dos votos válidos, o engenheiro de alimentos José Tadeu Jorge foi o vencedor no segundo turno da consulta indicativa para a escolha do próximo reitor da Unicamp - uma das mais importantes universidades da América Latina, responsável por 15% da pesquisa acadêmica no Brasil. Tadeu Jorge já foi reitor da instituição, no período de 2005 a 2009, e ocupou o cargo de secretário de Educação no governo Hélio de Oliveira Santos (PDT), cassado ano passado por escândalos na administração com denúncias de fraudes em contratos públicos.

Na ocasião, em junho, Tadeu Jorge pediu para sair do cargo. Além disso, seu nome aparece na lista de "super salários" divulgada pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) de São Paulo. A apuração dos votos terminou por volta das 2h15 desta sexta-feira. A vitória é considerada "do povo", uma vez que a maioria dos funcionários e estudantes escolheu o novo reitor. Foram 11.788 votos. Dos 1.655 docentes que compareceram às urnas, 771 votaram em Tadeu e 839 em Saad.

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Já entre os 5.943 funcionários que participaram do pleito, 4.038 votaram em Tadeu, contra 1.592 em Saad. E dos 4.190 estudantes que participaram do segundo turno, 2.084 votaram em Tadeu enquanto 2.009 preferiram Saad. As abstenções atingiram 16,03% entre docentes; 21,52% entre funcionários; e 83,91% entre estudantes. O resultado da consulta será agora encaminhado ao Conselho Universitário (Consu) da Unicamp, que se reúne no início de abril para aprovar a listra tríplice.

A prerrogativa de escolher o próximo reitor é do governador do Estado, Geraldo Alckmin (PSDB), com base na lista tríplice elaborada pelo Consu. Caso seja escolhido, ele toma posse em abril e ficará à frente da Unicamp pelos próximos quatro anos. O segundo colocado, o médico Mario José Abdalla Saad teve 46,68% dos votos. Tadeu tem o geólogo Álvaro Crosta como seu companheiro de chapa para o cargo de coordenador-geral da Unicamp.

Processo

O nome do professor é citado no relatório do Tribunal de Contas do Estado (TCE) de São Paulo, na lista de funcionários da Unicamp que receberam salários acima do limite permitido por lei, segundo auditoria de 2011. Quando a lista foi divulgada, Tadeu Jorge afirmou que acredita que a Unicamp age dentro dos princípios legais. O processo segue em tramitação e não tem data prevista para o julgamento.

C

Começou nesta quarta-feira o processo de consulta à comunidade acadêmica da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), no interior de São Paulo, para a escolha do novo reitor para os próximos quatro anos. Estão na disputa quatro candidatos: o diretor e professor da Faculdade de Ciências Médicas, Mário José Abdala Saad, o ex-reitor e professor da Faculdade de Engenharia Agrícola José Tadeu Jorge, o atual vice-reitor e professor do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Edgar Salvadori De Decca, e o professor da Faculdade de Engenharia Elétrica e de Computação José Cláudio Geromel.

Com um colégio eleitoral formado por, aproximadamente, 36 mil votantes - entre professores, alunos e funcionários -, o processo de consulta ocorre nesta quarta e quinta-feira (7). Haverá segundo turno nos dias 20 e 21 de março se nenhum dos candidatos receber mais de 50% dos votos ponderados válidos das categorias.

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O novo reitor, que sucederá médico Fernando Ferreira Costa no cargo, herdará um orçamento de R$ 1,9 bilhão e a responsabilidade de reduzir as distâncias que existem entre a pesquisa desenvolvida na universidade e o mercado, aumentar o número de docentes e promover maior inclusão social na graduação.

Considerados os dois favoritos na disputa, Saad e Jorge mantêm ou mantiveram em algum momento relação direta com o grupo que hoje comanda a Unicamp. De Decca e Geromel são os nomes considerados alternativos.

Vinte e seis urnas estão distribuídas em cinco locais de votação: Ginásio da Faculdade de Educação Física (FEF) e Setor Hospitalar (Anfiteatro "Paulistão"), em Campinas; Faculdade de Odontologia de Piracicaba (FOP) e Campus I da Faculdade de Tecnologia (FT) e Campus II da Faculdade de Ciências Aplicadas (FCA), em Limeira.

O resultado da consulta à comunidade será encaminhado ao Conselho Universitário (Consu), que organizará uma lista tríplice para encaminhar ao governador Geraldo Alckmin (PSDB), que escolhe quem será o reitor. A posse do novo reitor está prevista para abril.

Críticas

Apesar da consulta, o processo recebe críticas por parte dos alunos e dos funcionários em relação ao peso dos votos e a definição final de quem será o reitor. "Não é uma eleição, é uma consulta. Quem decide no final é o governador. Esperamos que os candidatos honrem o compromisso que assumiram com os funcionários, com os alunos e com os professores de que, se o escolhido pelo governador não for o primeiro da lista, ele não vai assumir", afirmou Diego Machado de Assis, um dos diretores do Sindicato dos Trabalhadores da Unicamp (STU).

Outro problema apontado tanto pelos trabalhadores quanto pelos alunos é o peso dos votos na consulta. Pelo processo, os votos dos professores valem três quintos e dos alunos um quinto e dos funcionários um quinto. "Falta paridade. Na apuração, ainda é ponderado quantos votaram em relação a quantos poderiam votar. Isso para os alunos prejudica ainda mais, considerando o fato de que a eleição ocorre no começo do ano e os calouros votam. Então eles estão na segunda semana de aula, muitos nem começaram a vir para a faculdade, tendo que definir quem será o reitor da universidade", contesta um dos coordenadores do Diretório Central Estudantil (DCE) da Unicamp André Guerreiro.

Peritos do Instituto de Criminalística e técnicos da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), em São Paulo, iniciaram nesta segunda-feira os trabalhos de investigação para saber as causas do incêndio que destruiu um prédio anexo da Biblioteca do Instituto de Estudos da Linguagem (IEL), na manhã do domingo (3).

No local, que tem 254 metros quadrados, funcionava o atendimento ao público e a sala de processamento e catalogação dos livros que entram na biblioteca, um dos principais espaços de suporte acadêmico e de pesquisa da universidade. O acervo da biblioteca, que fica no prédio ao lado, de 1,8 mil metros quadrados, não foi atingido pelo incêndio. Ninguém ficou ferido.

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A biblioteca do IEL ficará fechada até que seja calculado o prejuízo e que seja viabilizada uma entrada alternativa para o público. A Unicamp ainda calcula quais obras e quantas foram perdidas entre aquelas que estavam para serem catalogadas, no anexo da biblioteca, mas o número deve ser baixo. Foram destruídos também equipamentos como computadores e móveis.

O fogo foi detectado por volta das 5h50 da manhã do domingo, quando o Corpo de Bombeiros foi chamado. Equipes da universidade desligaram a rede elétrica do prédio. Um possível curto-circuito na fiação elétrica está sendo investigado.

As universidades estaduais de São Paulo - USP, Unicamp e Unesp - já encaminharam para as unidades de ensino o projeto de cotas desenhado entre reitores e o governo estadual. Mesmo sem um calendário claro de participação, a ideia é abrir o debate com os professores antes de o projeto chegar aos conselhos universitários, que baterão o martelo.

Batizado de Programa de Inclusão com Mérito no Ensino Público Paulista (Pimesp), o projeto propõe alcançar, em três anos, 50% das matrículas em cada curso de alunos da escola pública, sendo 35% pretos, pardos e indígenas. Parte das vagas seria preenchida por alunos que passariam por um college, semipresencial de dois anos.

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A proposta que começa a ser debatida nas unidades estipula metas graduais já a partir do próximo vestibular. E, para começar a valer em 2014, os conselhos universitários, instâncias máximas das instituições, precisam deliberar ainda no primeiro semestre.

A reitoria da USP encaminhou um material para fundamentar o debate nas unidades em 28 de janeiro. As unidades têm até 28 de março para entregar uma resposta.

Sem citar a palavra cota, o material apresenta dados sobre acesso de alunos de escola pública ao ensino superior, mostrando como os mais pobres são minoria nas universidades. Mas não traz nada sobre a realidade na própria universidade, como a presença desses alunos em cursos como o de Medicina.

Em um dos tópicos, indica que "a renda familiar é fator mais determinante do que a cor para o acesso ao ensino superior". Apesar disso, o critério de renda não é contemplado no projeto - como ocorre na lei federal.

Caminho

Na Escola Politécnica da USP, o material será analisado pelos 15 departamentos antes da discussão na congregação, marcada para março. "Não é todo mundo que se engaja. Só quem está antenado com o impacto político na escola", diz o diretor da Politécnica, José Roberto Cardoso.

Havia preocupação em algumas unidades de que o projeto seja imposto. No Instituto de Química, por exemplo, os professores chegaram a encaminhar moção pedindo ao reitor que enviasse o projeto para discussão.

Na Faculdade de Medicina, o assunto só era conhecido pelo que saiu na imprensa. "Protocolei requisição para que o projeto seja debatido na próxima congregação, em março", disse o professor Paulo Saldiva.

No câmpus de Ribeirão Preto, haverá debate entre alunos e o tema entra na pauta da congregação já no dia 27. "Toda a comunidade acadêmica deve se envolver", afirma o diretor da Faculdade de Economia de Ribeirão, Sigismundo Bialoskorski Neto. O debate nas unidades ocorrerá na Unicamp até abril. Em seguida segue para o conselho universitário. Na Unesp, o projeto já está nas faculdades e deve ser analisado na primeira reunião do conselho, no dia 28. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

A Unicamp divulgou nesta quinta-feira (20) a lista de alunos convocados para a segunda fase do vestibular 2013. A Comissão Permanente para os Vestibulares da Unicamp (Comvest) decidiu antecipar em um dia a publicação dos resultados, prevista para sexta-feira (21).

Os candidatos devem acessar o site da instituição para conferir se foram aprovados. Os locais de provas da segunda etapa também estão disponíveis.

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Cerca de 62 mil estudantes participaram da primeira fase do vestibular, com provas aplicadas no dia 11 de novembro. Do total, 15.352 foram aprovados para a segunda etapa. Os candidatos disputam 3.444 vagas em 68 cursos da Unicamp e dois da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto. O índice de abstenção foi de 7,64%.

Os exames da segunda fase serão nos dias 13, 14 e 15 de janeiro. As provas de habilidades específicas para os cursos de arquitetura e urbanismo, artes cênicas, artes visuais, dança e música serão feitas em Campinas entre os dias 21 e 24 de janeiro de 2013.

A chamada para matrícula virtual será divulgada dia 4 de fevereiro. Os convocados deverão efetivar a matrícula nos dia 5 ou 6 de fevereiro, exclusivamente na página eletrônica da Comvest, em formulário específico.

Com camisetas laranja com a opção B assinalada e os dizeres "Por uma avaliação com qualidade", cerca de 50 estudantes de Medicina da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) fizeram um protesto na manhã deste domingo, 11, antes da entrada dos formandos para o exame do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp).

Eles são contra a aplicação da prova como forma de avaliar o estudante e organizaram um boicote em que a maioria dos 110 alunos vai marcar a letra B entre as alternativas da prova.

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Neste ano, a participação no exame passou a ser pré-requisito para os estudantes que desejam atuar no Estado após a formatura. Ao todo, o exame recebeu 2.924 inscrições.

"Vamos todos responder B hoje, porque não concordamos com essa forma de avaliação. Esse exame optativo não avalia os problemas da educação e da saúde no país" afirmou um dos coordenadores do movimento de boicote da Unicamp, o estudante Fabrício Donizete da Costa, antes de entrar para a prova, realizada no Colégio Progresso, em Campinas.

A manifestação começou por volta das 8h, uma hora antes do início da prova. "O edital nos dá a segurança jurídica de que nada pode acontecer profissionalmente com quem aderir ao boicote", afirmou Costa.

Para o estudante André Citroni Palma, as informações divulgadas durante a semana do Cremesp, de que quem anulasse a prova viraria um profissional "ficha-suja", não devem esvaziar o movimento. Durante a entrada, o estudante J.M., afirmou que iria furar o boicote, respondendo às questões do exame, mas que concordava com o movimento organizado pelos estudantes do Centro Acadêmico Adolfo Lutz, da Unicamp. "Apoio a contrariedade em relação a avaliação, mas não vou correr o risco agora de não poder exercer a profissão", disse o estudante.

Em assembleia realizada em julho, a maior parte dos 110 estudantes da Medicina da Unicamp decidiu pelo boicote ao exame. Eles combinaram manifestar seu descontentamento marcando a opção B, de boicote, em todas as questões.

"Não é uma briga com o Cremesp, queremos discutir essa forma de avaliação, que não serve para nada", afirmou a estudante Bárbara Freire. Para ela, o risco de ter problemas com o exercício da profissão, caso a prova seja considerada nula, é uma ameaça sem fundamento do conselho. "Temos respaldo jurídico. O edital garante que se fizermos a prova, nada acontecerá", afirma Bárbara.

Segundo o Cremesp, o exame tem como objetivo avaliar as escolas de Medicina, não os estudantes, e por isso a nota obtida é confidencial e somente o autor poderá acessá-la.

Começou neste domingo o vestibular da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Os 67.403 inscritos fazem nesta tarde a prova de primeira fase para 3.444 vagas em 68 cursos da Unicamp e 2 da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto.

Em sua quarta tentativa para uma vaga no curso de Medicina, a estudante Tayna Gonçalves, de 21 anos, chegou com uma hora de antecedência ao colégio Liceu, em Campinas, para fazer a prova da Unicamp. "A procura por vaga nesse curso é alta e houve alteração no tipo de prova. Mas estou tranquila, apesar do exame ser uma avaliação bastante exaustiva", afirmou Tayna.

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No Liceu, não foi registrado nenhum caso de aluno atrasado. A prova de hoje tem duas partes: a redação, com dois textos de gêneros diversos e de execução obrigatória, e 48 questões de múltipla escolha sobre as disciplinas do ensino médio. "Gosto e acho que vou bem em redação, por isso estou confiante, até pelo perfil da prova da Unicamp", afirmou, antes de entrar para a prova, a estudante Thais Haddad, de 17 anos, que no ano passado prestou o vestibular para treinar e passou.

Os alunos começam a deixar os locais de prova às 15h30. O tempo máximo de permanência na sala é de 5h - a prova começou às 13h.

O exame está sendo aplicado em 20 cidades do Brasil: Bauru, Belo Horizonte, Brasília, Campinas, Fortaleza, Jundiaí, Limeira, Mogi-Guaçu, Piracicaba, Ribeirão Preto, Salvador, Santo André, Santos, São Bernardo do Campo, São Carlos, São José do Rio Preto, São José dos Campos, São Paulo, Sorocaba e Sumaré.

Nos Estados onde não há horário de verão, a Comvest seguirá o horário local e não o horário de Brasília.

Calendário

No dia 21 de dezembro a Comvest divulgará a lista dos candidatos aprovados na primeira fase e locais de prova da segunda fase, que ocorrerá nos dias 13, 14 e 15 de janeiro de 2013.

As provas de habilidades específicas para os cursos de Arquitetura e Urbanismo, Artes Cênicas, Artes Visuais, Dança e Música serão realizadas em Campinas entre os dias 21 e 24 de janeiro de 2013.

A chamada para matrícula virtual será divulgada dia 4 de fevereiro e os convocados nesta chamada deverão efetivar a matrícula virtual nos dia 5 ou 6 de fevereiro, exclusivamente na página eletrônica da Comvest, em formulário específico.

As inscrições para o Vestibular 2013 da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) serão encerradas às 20h desta sexta-feira (14). Os interessados devem acessar o site da Comissão Permanente para os Vestibulares da Unicamp (Comvest) e preencher o formulário. A taxa custa R$ 135,00 e o pagamento também deve ser efetuado até hoje (14).

A Comvest orienta que os candidatos consultem a situação da inscrição na página eletrônica para assegurar que não houve nenhum problema com o recebimento da taxa. A confirmação do registro fica disponível para consulta por três dias úteis após o pagamento. Os candidatos devem usar a senha fornecida no Comprovante de Inscrição. Em caso de necessidade de alteração de dados, é preciso preencher o Formulário Eletrônico de Alteração de Dados da Inscrição. O prazo final para alterações também será encerrado nesta sexta-feira (14). 

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São oferecidas 3.444 vagas em 68 cursos da Unicamp e dois da Faculdade pública de Medicina e Enfermagem de São José do Rio Preto (Famerp). A primeira fase será realizada no dia 11 de novembro e a segunda nos dias 13, 14 e 15 de janeiro de 2013.

Na primeira fase, a prova é composta pela redação, em que o candidato deverá produzir dois textos de gêneros diversos, todos de execução obrigatória; e a parte de conhecimentos gerais, com 48 questões de múltipla escolha. Na segunda fase, as provas do primeiro dia são língua portuguesa e literaturas da língua portuguesa e matemática; no segundo dia, ciências humanas e artes e língua inglesa; e no terceiro dia, ciências da natureza.

O Kit do Vestibulando, com Manual do Candidato e Revista do Vestibulando, está disponível para consulta e impressão na página eletrônica da Comvest. 

A compra de um terreno de 1,4 milhão de metros quadrados pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) colocou reitoria e corpo docente em rota de colisão com estudantes e funcionários. O Diretório Central dos Estudantes (DCE) e o Sindicato dos Trabalhadores da Unicamp (STU) questionam a necessidade da compra da área, que custará R$ 150 milhões, e a forma como a autorização foi aprovada, num curto período de tempo e com pouca discussão.

A liberação para aquisição da área anexa ao câmpus, que praticamente dobrará seu espaço e está dentro do polo tecnológico de Campinas, foi aprovada em reunião do Conselho Universitário (Consu) em 27 de junho. Ela havia sido apresentada pela primeira vez ao órgão no dia 5.

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Segundo a reitoria, o terreno servirá para ampliação das atividades de ensino e pesquisa da Unicamp, com pelo menos duas finalidades já definidas: a implementação do Polo de Pesquisa e Inovação da Unicamp, que tem como requisito uma área de 200 m2, das quais faltam 100 m2, e a expansão da Faculdade de Educação Física.

"A expansão dentro do câmpus é praticamente impossível. Restam 30% de área. Está muito difícil encontrar espaço para espaços grandes para novas unidades, laboratórios", diz o pró-reitor de pós-graduação, Euclides de Mesquita Neto.

As entidades estudantis e dos trabalhadores afirmam que há outros investimentos prioritários a serem feitos. Para o DCE, se há recursos disponíveis, a reitoria deveria resolver problemas estruturais. "O câmpus de Limeira tem obras incompletas, falta material nos cursos e os laboratórios não foram entregues", afirma a coordenadora do DCE Diana Nascimento Moraes Novaes. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

Carros são verdadeiras paixões da população mundial e, como prova disso, estudantes de duas instituições de ensino brasileiras, a Universidade Estadual de Campinas - Unicamp e a Fundação Educacional Inaciana – FEI, estão participando da competição para carros tipo Fórmula, a Formula SAE LINCOLN. Durante o período de 20 a 23 de junho, os estudantes estarão aprimorando e apresentando seu carro para especialistas e concorrentes de países como Canadá, EUA, Japão, Índia e México. Ao todo, estarão presentes 80 carros no torneio, em Lincoln, EUA.

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Como diferencial, os brasileiros estão investindo em um carro mais leve chamado de RS7, que pesa apenas 160 Kg e alcança velocidade máxima de 120 Km/h. Segundo Lucas Kira - capitão da equipe da FEI pentacampeã nacional - para alcançar números tão agressivos contra a concorrência, os meninos precisaram reduzir o tamanho do chassi e isso garantiu 10% a menos do seu peso inicial. Além disso, o carro ganhou mais estabilidade, principalmente para curvas, pois passou de 240 mm para 225 mm no centro de gravidade. O radiador também sofreu um redimensionamento para aumentar a potência em médias e altas rotações. A pretensão para essas melhorias é de, além de competir com as demais equipes, é também superar suas marcas. Para isso, o controle de tração passou a ser inteligente, comparando as velocidades das quatro rodas e controlando o torque do motor.

A equipe FSAE-Unicamp que viaja com 20 integrantes, é iniciante na competição, mas já garantiu menos peso no seu veículo também e alcançou 205 Kg com o uso da fibra de carbono na carenagem do carro. Segundo André Stuart Nogueira, o carro atinge a velocidade máxima de 125 Km/h.

As equipes Fórmula FEI e FSAE-Unicamp conseguiram as vagas para representar o país no mundial por terem conquistado, respectivamente, o primeiro e o segundo lugar na Fórmula SAE BRASIL-PETROBRAS, em 2011.

Clique aqui e conheça mais sobre a competição.















Durante a noite de hoje (18) até amanhã acontecerá o primeiro Hackathon Brasil promovido pelo Facebook. Participarão 150 estudantes das universidades UNICAMP, ITA e USP que desenvolverão aplicativos a partir da API da rede social.

A intenção do encontro será promover a cultura hacker e ao final, selecionar quatro estudantes para participar da final da competição na sede do Facebook no final do ano.

O local que será realizado o encontro não foi divulgado e também possui acesso restrito.

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Ontem (17), para comemorar o início das ofertas das ações na bolsa de valores, aconteceu uma maratona semelhante a essa com o intuito de manter próximos os desenvolvedores a fim de que seja mantido o foco na produção de melhorias para a rede, visto que com a procura por ações da empresa, muitos deles ficaram milionários.

A Comissão Permanente para os Vestibulares da Unicamp (Comvest) divulgou, nesta segunda-feira (6), os nomes dos 3.444 aprovados em primeira chamada no Vestibular Unicamp 2012. Clique AQUI, para conferir o resultado.

Todos os convocados devem fazer matrícula na quinta-feira (9), das 9h às 12h, nos respectivos campi. As matrículas dos convocados para os cursos da Famerp (Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto) poderão ser realizadas em Campinas ou na sede da Famerp, em São José do Rio Preto.

Os candidatos que não foram aprovados devem ficar atentos às próximas 11 chamadas. A segunda chamada será divulgada já na quinta-feira (9).

O índice de abstenção do último dia de provas da segunda fase do vestibular da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) foi de 12%, ante a 9,8%, no mesmo dia da segunda fase, no ano passado.

Para o coordenador executivo da Comissão Permanente para os Vestibulares (Comvest), professor Maurício Kleinke, a divulgação da lista de aprovados no Sistema de Seleção Unificada (Sisu) pelo Ministério da Educação (MEC) na sexta-feira passada (13) contribuiu para parte dos alunos que fariam as provas de domingo até esta terça-feira deixar o processo seletivo. "Muitos dos aprovados do Sisu certamente não tiveram paciência de vir fazer nossa prova", afirmou.

Ao saber sobre as queixas dos alunos sobre a dificuldade na prova de física, Kleinke afirmou que um dos maiores obstáculos nessa prova seria o volume de gráficos a serem interpretados. "E isso é algo em que os candidatos têm muita dificuldade. Além disso, a prova de física é bastante contextualizada, é preciso entender o porquê de chegarmos às questões", disse. "Mesmo assim, a nossa impressão é que a prova de física pode ter sido a mais difícil dos três dias, mas estava mais leve este ano do que no ano passado."

O professor destacou a questão número 7 como de "importância coletiva". Ela tratou do tema TV digital, suas frequências, transmissões e particularidades do ponto de vista da física.

Assim como nesta segunda-feira, os responsáveis pelas salas tiveram de corrigir um enunciado. Nesta terça, o item "D" da legenda do gráfico da questão 10 trazia a informação "com ouriços-do-mar" e foi alterado para "com ouriços-do-mar e com mexilhões". A falta da informação poderia prejudicar os candidatos. Mas, segundo Kleinke, às 14h30 todas as salas de prova haviam feito a correção.

Para o professor, uma das questões mais importantes do exame de Ciências da Natureza, aplicado nesta terça-feira, foi a de número 23, que abordava a discussão sobre a quantidade de iodo encontrada no sal.

"Trata-se de um problema de saúde pública. Do ponto de vista da cidadania e ultrapassa um detalhamento de química", afirmou.

As provas estão disponíveis no site da Comvest (www.comvest.unicamp.br). A primeira lista de aprovados será divulgada no dia 6 de fevereiro, ao meio-dia, nessa mesma página da internet e no saguão do Ciclo Básico II, no campus da Unicamp em Campinas. Estão previstas 11 chamadas. Os candidatos concorrem a 3.444 vagas em 66 cursos da Unicamp e dois cursos da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (Famerp).

A comissão do vestibular 2012 da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) divulgou a relação dos candidatos aprovados na primeira fase do processo seletivo. Os 16.665 candidatos devem acessar o site da Comvest para se informar sobre a segunda etapa que acontece nos dias 15, 16 e 17 de janeiro.

A instituição está disponibilizando 3.444 vagas em 66 cursos da Unicamp e dois cursos da Famerp - Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto. Foram convocados para a segunda fase os candidatos que obtiverem nota igual ou superior a 550 pontos na primeira fase, em número mínimo de três e máximo de oito vezes o número de vagas do curso escolhido em primeira opção.

As notas obtidas pelos candidatos na primeira fase estarão à disposição na internet a partir de 4 de janeiro de 2012.

A Comissão Permanente para os Vestibulares (Comvest) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) aplicou ontem uma prova mais curta e objetiva na primeira fase de seu vestibular 2012. A repercussão entre os candidatos foi positiva, principalmente pelo fato de a prova mais direta dar aos estudantes a sensação de autoconfiança e de terem feito um teste mais fácil.

"Prestei vestibular na Unicamp no ano passado e a prova me parecia mais difícil", disse o estudante Tiago Bodin Martins, de 19 anos, candidato a uma vaga no curso de Ciência da Computação. "Não foi uma prova mais fácil. Foi mais direta que a do ano passado", afirmou a coordenadora acadêmica da Comvest, professora Fosca Leite. "A prova teve menos texto, mas não estava nem menos difícil, nem menos contextualizada."

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A contextualização em temas ligados à realidade dos candidatos, aliás, foi um dos pontos mais fortes da prova, feita por 56.961 dos 61.508 inscritos, o equivalente a uma abstenção de 7,39%. No vestibular 2011, esse índice foi de 6,86% na primeira fase.

Pela primeira vez, a Unicamp optou por desclassificar candidatos que fossem flagrados com aparelhos celulares durante a prova e 50 pessoas foram eliminadas do processo seletivo 2012.

Interdisciplinaridade - Pelo segundo ano consecutivo, a Unicamp exigiu de seus candidatos três textos na prova de redação. O primeiro deveria ser um comentário em um fórum de discussão na internet sobre o que leva alguém a investir na profissão de cientista. O segundo texto tinha de ser um manifesto redigido na modalidade oral formal, sobre uma escola monitorar as páginas de rede social de seus alunos. E o terceiro, sobre a chamada computação em nuvens, no qual o candidato deveria escrever um verbete para uma enciclopédia online e explicar o significado do novo sistema de armazenamento de dados.

A Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), localizada em São Paulo, realizou hoje (13/11) prova da primeira fase seu vestibular 2012. Ela foi composta por duas partes. A de conhecimentos gerais, com 48 questões de múltipla escolha e a de redação. Nesta, entre os três temas que tiveram de ser desenvolvidos, um deles abordou computação em nuvem, ou, cloud computing, como também é conhecido na área de tecnologia da informação.

Amanda Oliveira, que realizou a prova deste domingo e disputa vaga para engenharia civil, uma das mais concorridas, diz que embora não tenha nenhuma familiaridade com o termo, os textos de apoio eram de fácil entendimento e não dificultou a produção da redação. “Mas entre os três temas, foi o mais trabalhoso, porque solicitava muitos detalhes e exigiu concentração”, diz, acrescentando que os outros foram mais fáceis porque abordaram assuntos que fazem parte do seu dia a dia como redes sociais e debate por meio da internet. “Agora sei que computação em nuvem também está presente em muita coisa que faço.”

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A estudante está entre os 61.500 inscritos do vestibular da Unicamp, que irão disputar as 3.444 vagas oferecidas neste ano.

Para ter uma ideia da importância do conceito de cloud computing, segundo estimativas do instituto de pesquisas Forrest Research, o mercado global de cloud pública movimentará até 2010 perto de 160 bilhões de dólares e a cloud privada, cerca de 70 bilhões de dólares.

A seguir, veja na íntegra a abordagem para o tema da redação sobre computação em nuvem:

Texto 3

Imagine-se na posição de um leigo em informática que, ao ler a matéria Cabeça nas nuvens, reproduzida abaixo, decide buscar informações sobre o que chamam de computação em nuvem. Após conversar com usuários de computador e ler vários textos sobre o assunto (alguns dos quais reproduzidos abaixo em I, II e III), você conclui que o conceito é pouco conhecido e resolve elaborar um verbete para explicá-lo. Nesse verbete, que será publicado em uma enciclopédia on-line destinada a pessoas que não são especializadas em informática, você deverá:

• definir computação em nuvem, fornecendo dois exemplos para mostrar que ela já está presente em atividades realizadas cotidianamente pela maioria dos usuários de computador;

• apresentar uma vantagem e uma desvantagem que a aplicação da computação em nuvem poderá ter em um futuro próximo.

Cabeça nas nuvens

Quando foi convidado para participar da feira de educação da Microsoft, Diogo Machado já sabia que projeto desenvolver. O estagiário de informática da Escola Estadual Professor Francisco Coelho Ávila Júnior, em Cachoeiro de Itapemirim (ES), estava cansado de ouvir reclamações de alunos que perdiam arquivos no computador. Decidiu criar um sistema para salvar trabalhos na própria internet, como ele já fazia com seus códigos de programação. Dessa forma, se o computador desse pau, o conteúdo ficaria seguro e poderia ser acessado de qualquer máquina.

A ideia do recém-formado técnico em informática se baseava em clouding computing (ou computação em nuvem), tecnologia que é a aposta de gigantes como Apple e Google para o armazenamento de dados no futuro. Em três meses, Diogo desenvolveu o Escola na nuvem escolananuvem.com.br), um portal em que estudantes e professores se cadastram e podem armazenar e trocar conteúdos, como o trabalho de matemática ou os tópicos da aula anterior. As informações ficam em um disco virtual, sempre disponíveis para consulta via web.

(Extraído de Galileu, no. 241, ago. 2011, São Paulo: Editora Globo, p. 79.)

I - “Você quer ter uma máquina de lavar ou quer ter a roupa lavada?” Essa pergunta resume de forma brilhante o conceito de computação em nuvem, que foi abordado em um documentário veiculado recentemente na TV. (Adaptado de http://toprenda.net/2010/04/computacao-em-nuvem-voce-ja-usa-e-nem-sabia.)

II - Vamos dizer que você é o executivo de uma grande empresa. Suas responsabilidades incluem assegurar que todos os seus empregados tenham o software e o hardware de que precisam para fazer o seu trabalho. Comprar computadores para todos não é suficiente – você também tem de comprar software ou licenças de software para dar aos empregados as ferramentas que eles exigem. Em breve, deve haver uma alternativa para executivos como você. Em vez de instalar uma suíte de aplicativos em cada computador, você só teria de carregar uma aplicação. Essa aplicação permitiria aos trabalhadores logar-se em um serviço baseado na web que hospeda todos os programas de que o usuário precisa para o seu trabalho.

 Máquinas remotas de outra empresa rodariam tudo – de e-mail a processador de textos e a complexos programas de análise de dados. Isso é chamado computação em nuvem e poderia mudar toda a indústria de computadores. Se você tem uma conta de e-mail com um serviço baseado na web, como Hotmail, Yahoo! ou Gmail, então você já teve experiência com computação em nuvem. Em vez de rodar um programa de e-mail no seu computador, você se loga numa conta de e-mail remotamente pela web. (Adaptado de Jonathan Strickland, Como funciona a computação em nuvem. Disponível em http://informatica.hsw.uol.com.br/computacao-em-nuvem.htm.)

 III- A simples ideia de determinadas informações ficarem armazenadas em computadores de terceiros (no caso, os fornecedores de serviço), mesmo com documentos garantindo a privacidade e o sigilo, preocupa pessoas, órgãos do governo e, principalmente, empresas. Além disso, há outras questões, como o problema da dependência de acesso à internet: o que fazer quando a conexão cair? Algumas companhias já trabalham em formas de sincronizar aplicações off-line com on-line, mas tecnologias para isso ainda precisam evoluir bastante. (Adaptado de O que é Cloud Computing? Disponível em: http://www.infowester.com/cloudcomputing.

 

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