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Mais um carro caiu no buraco aberto na BR-232, perto do 4º Batalhão de Polícia do Exército, no bairro do Curado, na Zona Oeste do Recife. O acidente na altura do km 5 ocorreu na madrugada desta sexta (26), três dias após duas pessoas morrerem ao cair com um carro no local.

De acordo com as informações do motorista à Polícia Rodoviária Federal (PRF), a picape Toro estava ocupada por duas pessoas e caiu no buraco por volta das 3h. Apesar da gravidade do acidente, ninguém ficou ferido. O condutor foi submetido ao teste do bafômetro, que deu resultado negativo para o consumo de bebida álcool.

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A caminhonete já foi removida do local e o trânsito flui normalmente no trecho. A sinalização é de competência do Departamento de Estradas de Rodagem (DER), que foi procurada pela reportagem, mas não respondeu até a publicação.

Na madrugada desta terça (23), um motorista de 52 anos perdeu o controle do carro e caiu em uma vala na BR-232, próximo ao 4º Batalhão de Polícia do Exército, no bairro do Curado, na Zona Oeste do Recife. Dois dos cinco ocupantes morreram com o acidente.

Uma mulher que estava no banco traseiro morreu no local. Ela não teve a idade relevada. A outra vítima fatal foi um homem de 57 anos, que teve a morte confirmada quando era atendido por socorristas.

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Aos agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF), o condutor disse que teria cochilado ao volante e saído da pista. Ele sofreu ferimentos leves.

Além das vítimas fatais e do motorista, outras duas pessoas estavam no carro. Um adolescente de 13 anos foi atendido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e encaminhado ao Hospital da Restauração (HR), na área central do Recife, e um idoso de 75 anos, que foi socorrido ao Hospital Otávio de Freitas, no bairro de Tejipió, na Zona Oeste.

O carro modelo Toyota Yaris ficou parcialmente submerso e foi retirado do buraco por volta das 9h30.

 

 

Pesquisadores comprovam por meio de escavações arqueológicas a existência de vala comum na Terra Indígena de São Marcos, no Mato Grosso (MT), onde foram enterrados indígenas vítimas de violações de direitos na ditadura militar. O projeto envolve cientistas da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), da Polish Academy of Science, na Polônia, e da Universidade de Winnipeg, no Canadá. 

Em 1966, a população xavante de Marãiwatsédé foi vítima de remoção compulsória de seu território tradicional para a região de São Marcos, localizada a cerca de 500 quilômetros (km) de distância, onde viviam outros grupos xavante. A transferência foi feita em aviões da Força Aérea Brasileira (FAB), em um contexto de epidemia de sarampo. Dezenas de indígenas foram acometidos pela doença e morreram em poucos dias. Os mortos foram enterrados em uma vala comum na terra indígena. 

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A arqueóloga forense Claudia Plens aponta que os relatos dessa ocorrência já eram públicos, mas ainda careciam de evidências materiais para que as comunidades, que sofrem o impacto de desestruturação social até hoje, pudessem lutar por alguma forma de reparação.

“Embora existam relatos diversos sobre o processo histórico que culminou na vala comum, a materialidade da vala só foi confirmada agora”, disse Plens, que é professora do departamento de história da Unifesp e lidera a pesquisa. 

“Por meio das entrevistas e, posteriormente, pelo georadar [método de investigação subterrânea], conseguimos localizar a vala comum. Não houve preservação dos esqueletos. Mas, do ponto de vista da arqueologia forense, os dados do georadar, associados às feições no sedimento, são suficientes para identificar a vala comum”, apontou a pesquisadora. 

Segundo Plens, a confirmação é resultado do cruzamento de diversas informações. Primeiramente, havia indicação da localização da vala em uma diligência realizada pelo Ministério Público Federal (MPF), em 2017. Embora não haja preservação dos esqueletos, as entrevistas no local e o uso do georadar acrescentaram elementos que levaram finalmente às escavações. Já a escavação mostrou a estratigrafia da vala – uma leitura das camadas de sedimento – que demonstrou a materialidade da vala. 

“A posição e direção da vala, conforme lembrado pelos habitantes locais, foram confirmadas pelos dados do georadar. Isso mostrou que a nossa técnica de mapeamento foi capaz de detectar esta assinatura no solo, aproximando ciência e memória no registro de um doloroso episódio histórico ainda muito vivo entre aqueles que o testemunharam”, ressaltou. 

A etapa de campo da pesquisa já foi toda executada. Além disso, entrevistas compuseram a fase de linguística do projeto e contribuem para compreensão da ocupação tradicional do território. Segundo Plens, as entrevistas com os anciãos da etnia foram reveladoras quanto ao crime cometido pelo Estado brasileiro durante a ditadura militar. 

A análise dos dados preliminares da pesquisa aponta que as primeiras vítimas foram enterradas em covas individuais. “No entanto, a voracidade e o impacto do sarampo foi de tal forma que dezenas de pessoas morriam diariamente, sendo impossível os sepultamentos individuais. Neste sentido, as vítimas passaram a ser sepultadas em vala comum”, revelou a arqueóloga. 

De acordo com a pesquisadora, a comunidade de São Marcos já vinha sendo acometida pelo sarampo ao longo dos anos devido ao contato com os não indígenas, o que já havia resultado em dezenas de vítimas. “Para isso [transferência dos indígenas], houve toda uma articulação entre o pessoal da agropecuária Suiá Missu, militares e os missionários salesianos que estavam em São Marcos”, acrescentou.

O antropólogo Paulo Delgado, professor da Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT) e integrante da equipe, lembrou que o contexto da tragédia que vitimou dezenas de xavante se insere nos grandes projetos de cunho desenvolvimentistas do governo militar. “Naquela época, por meio de incentivos fiscais do governo federal, houve financiamentos de grandes empreendimentos agropecuários na região Centro-Oeste. Um destes empreendimentos atingiu em cheio o território xavante de Maraiwatsédé”, disse.

A Ucrânia revelou nesta sexta-feira (16) ter encontrado uma vala comum com centenas de corpos, de civis e militares mortos durante os combates e a ocupação russa, em uma floresta próxima a Izium, cidade do leste do país retomada recentemente pelas forças de Kiev.

Segundo as autoridades locais, 443 sepulturas foram encontradas na floresta. Entre estas havia uma cova com os corpos de 17 soldados ucranianos.

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Inspetores cavavam nesta sexta-feira o solo arenoso, perto de uma cruz com a frase "exército ucraniano, 17 pessoas. Izium, do necrotério".

De acordo com Oleg Kotenko, secretário do governo para a busca de pessoas desaparecidas, as sepulturas foram cavadas durante os combates no momento da tomada da cidade pelas forças russas em março, e também durante a ocupação russa, que terminou na semana passada. Algumas tinham vários corpos.

"As sepulturas sem nome são as de pessoas (encontradas) na rua", disse Kotenko, antes de destacar que "muitas pessoas morreram de fome".

"Esta parte da cidade estava isolada, sem abastecimento. As pessoas estavam bloqueadas, nada funcionava".

O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos informou que pretende enviar rapidamente uma equipe a Izium para "determinar as circunstâncias da morte destas pessoas".

- Salas de tortura -

O chefe da polícia nacional da Ucrânia, Igor Klimenko, anunciou a descoberta de "10 salas de tortura" em localidades reconquistadas dos russos na região de Kharkiv, duas delas na cidade de Balakliya.

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, visitou na quarta-feira a cidade de Izium, em sua primeira viagem à região próxima da fronteira com a Rússia desde a saída das forças russas, expulsas graças a uma contraofensiva em várias frentes nas últimas semanas.

O conselheiro da presidência ucraniana, Mikhaylo Podolyak, afirmou que as covas encontradas são apenas "um dos lugares de enterros em larga escala descobertos perto de Izium".

"Durante meses, o terror, a violência, a tortura e os assassinatos em massa reinaram nos territórios ocupados", destacou.

Correspondentes da AFP entraram em Izium, cidade que tinha 50.000 habitantes antes da guerra, pouco depois da partida das forças russas na madrugada de sábado para domingo.

A devastação era evidente, com casas e prédios administrativos destruídos nos combates e os destroços de tanques espalhados pelas estradas.

Zelensky comparou a descoberta de Izium com o cenário de Bucha, cidade próxima de Kiev, onde foram encontrados os corpos de civis executados após a saída das tropas russas no fim de março. Moscou nega ter cometido estes crimes.

Na frente de batalha, 12 pessoas ficaram feridas nesta sexta-feira em bombardeios russos contra áreas recentemente liberadas pelas forças ucranianas na região de Kharkiv.

Na região separatista pró-Rússia de Lugansk, no Donbass (leste), o procurador-geral Serguei Gorenko morreu ao lado da vice-procuradora Ekaterina Steglenko em uma explosão em seu local de trabalho.

- Combates em Lugansk -

Na região de Lugansk prosseguiam os "combates por posições. Em Donetsk os bombardeios russos, em particular contra Bakhmut, deixaram cinco mortos e seis feridos, segundo a presidência ucraniana.

Na frente de batalha do sul, as forças ucranianas enfrentam uma resistência maior que em Kharkiv, mas o exército de Kiev continua bombardeando as pontes utilizadas pelas tropas do Kremlin, segundo a mesma fonte.

Após a invasão iniciada em 24 de fevereiro, os países ocidentais adotaram várias sanções contra a Rússia e entregaram armas à Ucrânia.

Neste sentido, o governo dos Estados Unidos validou na quinta-feira um novo pacote de ajuda militar para a Ucrânia de 600 milhões de dólares. Washington já forneceu mais de 15 bilhões de dólares em ajuda militar a Kiev.

Durante uma visita à capital ucraniana na véspera, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, prometeu que a UE permanecerá ao lado da Ucrânia "pelo tempo necessário".

Ela defendeu, em uma entrevista a um canal alemão, que o presidente russo, Vladimir Putin, preste contas algum dia à justiça internacional.

Por sua vez, Putin se reuniu com o presidente chinês Xi Jinping no Uzbequistão durante um fórum regional, durante o qual destacou a influência crescente dos "novos centros de poder" ante o Ocidente.

Nos últimos meses, Moscou se esforçou para intensificar os vínculos com a Ásia para contra-atacar as sanções ocidentais impostas em represália pela invasão da Ucrânia.

Uma nova vala comum com cerca de 100 corpos foi encontrada em Mariupol, cidade portuária ucraniana que está sob controle russo desde maio, informou o conselheiro da Prefeitura, Petro Andryushchenko, ao portal Unian nesta sexta-feira (1º).

"Tristes achados a cada semana. Uma nova vala comum foi encontrada na rua Kievskaya, número 53. Mais uma vez, cerca de 100 corpos de pessoas que morreram em fevereiro", afirmou à agência.

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Andryushchenko, assim como o prefeito Vadym Boychenko, não estão mais na cidade, mas continuam a receber informações de amigos e ex-membros do governo que continuam em Mariupol.

Ainda na matéria da Unian, o assessor afirma que os corpos foram localizados durante os trabalhos de militares russos para retirar escombros de prédios e residências bombardeados entre fevereiro e maio.

"Os ocupantes retiram os escombros da área e, de novo, não falam em enterrar as pessoas. As exumações estão paradas e as autoridades de ocupação estão tão empenhadas em criar uma imagem de recuperação que não enterram os corpos. As sepulturas temporárias nas ruas estão virando, pouco a pouco, permanentes", acrescentou ainda.

Esses enterros temporários foram feitos por moradores locais durante os períodos em que os bombardeios cessavam. São corpos de parentes e amigos que foram enterrados em ruas, jardins e parques à espera do fim do conflito para um sepultamento digno.

No entanto, os ex-líderes municipais acusam a Rússia de ignorar esses corpos e de manter valas comuns conforme as encontram. No último dia 27, Andryushchenko havia informado que mais de 100 corpos de civis tinham sido descobertos sob os escombros de uma residência destruída em um ataque.

    A Rússia não comentou a situação.

A cidade portuária de Mariupol tinha cerca de 400 mil habitantes antes da guerra e estima-se que cerca de 100 mil não conseguiram fugir da localidade durante os conflitos.

O local tornou-se um dos cenários mais trágicos da invasão russa e a Prefeitura estima que cerca de 20 mil cidadãos morreram nos ataques ou por não ter acesso a itens básicos de sobrevivência, como água, comida e remédios. Cerca de 90% dos prédios e das residências foram destruídos em bombardeios russos.

Da Ansa

Revoltados por presenciar uma mulher sendo espancada pelo marido, populares jogaram o carro do agressor em uma vala da rua 12, em Vicente Pires, em Brasília, nesse domingo (15). O suspeito segue foragido, enquanto a vítima solicitou medida protetiva.

Após pedidos de ajuda, um motorista que passava nas proximidades acolheu a vítima que passava com uma criança no colo. Ela afirmou que o companheiro a seguia. O suspeito, que pilotava um veículo modelo Gol, continuou a perseguição e conseguiu cercar o motorista que havia ajudado sua companheira.

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O marido desceu do carro, puxou a mulher e começou a agredi-la ainda na rua. Após o ataque, ele fugiu. Indignados com a atitude, moradores empurraram o gol do agressor em uma das valas que estavam abertas para obras de pavimentação.

A vítima foi socorrida para o Hospital Regional de Taguatinga e, após receber alta, registrou um boletim de ocorrência e solicitou medida protetiva de urgência na 38ª Delegacia de Vicente Pires. O caso é investigado como lesão corporal, dano, injúria, e está enquadrado na Lei Maria da Penha, segundo o Correio Braziliense.

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