A forte alta da moeda norte-americana, nesta quarta-feira (4), pressionou as taxas futuras de juros, que também terminaram em elevação. No mercado cambial, o dólar fechou no maior patamar desde março de 2005 (R$ 2,7522), a R$ 2,7470, +1,97%.
A renúncia da diretoria da Petrobras, que poderia imputar viés de baixa para os juros e para o dólar, ao minimizar um dos grandes riscos para a economia doméstica, acabou em segundo plano. O mercado também só monitorou o noticiário sobre o forte aumento das tarifas de energia elétrica, de até 40%, nas palavras do ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga. As taxas, assim, subiram pressionadas pelo câmbio e pela alta dos yields dos Treasuries, num dia de poucos indicadores econômicos.
##RECOMENDA##Ao término da negociação normal na BM&FBovespa, o DI com vencimento em abril de 2015 (4.175 contratos) estava em 12,300%, de 12,289% no ajuste anterior. O DI para janeiro de 2016 (126.620 contratos) apontava 12,81%, de 12,76% ontem. O DI para janeiro de 2017 (176.125 contratos) mostrava 12,59%, de 12,50% no ajuste anterior. E o DI para janeiro de 2021 (87.995 contratos) indicava 12,12%, de 12,00% no ajuste da véspera.
Nos EUA, além da ADP - que apontou que o setor privado dos EUA criou 213 mil empregos em janeiro, abaixo da previsão, mas revisou a leitura de dezembro para cima, a 253 mil postos de trabalho criados, de 241 mil originalmente -, outros indicadores positivos e o tombo do petróleo também favoreceram o avanço da moeda ante outras de países exportadores de commodities. Às 16h37, o contrato para março na Nymex recuava 6,77% a US$ 49,46 o barril. Também contribuiu a percepção crescente de que o Fed pode, de fato, elevar os juros em meados deste ano.