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A Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) projetam que as vendas a prazo no período do Natal de 2014 devem crescer 3% na comparação com 2013. Se as expectativas dos lojistas se confirmarem, as vendas devem praticamente repetir o crescimento do ano passado, quando a alta verificada foi de 2,97%. Nos anos anteriores, as expansões foram de 2,37% (2012 ante 2011), de 2,33% (2011 ante 2010) e de 10,89% (2010 ante 2009).

CNDL e SPC apontam que o varejo apresentou desempenho modesto na maior parte das datas comemorativas de 2014 e sofreu com as vendas no período da Copa do Mundo e os lojistas esperam alavancar as vendas no Natal para recuperar o prejuízo. "A inflação tem pesado no bolso dos consumidores. Os juros se encontram num patamar elevado e a massa salarial já não cresce com tanto vigor como nos últimos anos, o que desaquece as vendas. Ainda assim, em virtude da injeção extra de capital com o pagamento do abono de Natal e com as tradicionais compras de última hora, as vendas para o fim do ano devem ser melhores do que nas demais datas festivas de 2014. A expectativa dos lojistas é de que as perdas acumuladas ao longo do ano sejam recuperadas no período natalino", afirma Roque Pellizzaro Junior, presidente da CNDL.

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Pellizzaro aponta que o período natalino é caracterizado por beneficiar praticamente todos os segmentos da economia, de maneira homogênea. "No Natal, é comum que o consumidor direcione seus gastos aos mais variados bens e serviços. Ele pode comprar uma roupa nova, quitar dívidas, revisar o carro da garagem, dar um vinho de presente e até começar uma reforma. Dessa forma, todas as engrenagens giram para fazer a máquina econômica funcionar", diz o presidente da CNDL.

As vendas a prazo no comércio brasileiro cresceram 2,97% na semana do Natal, na comparação com o ano passado, segundo levantamento feito pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil). "O aumento é considerado morno e foi menor do que o previsto pelos lojistas, que esperavam um crescimento de mais 5% no volume de vendas", diz a nota da Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL) divulgada nesta quinta-feira, 26.

Na avaliação da entidade, o dado reflete a tendência de desaquecimento das vendas no varejo observado ao longo de 2013, em virtude principalmente do crédito mais caro. "O cenário econômico é desfavorável e os dados indicam que a inflação pesou no bolso dos consumidores. Os juros estão mais caros e a massa salarial já não cresce com tanto vigor como nos últimos anos, o que é fundamental para aquecer o consumo interno", avalia o presidente da CNDL, Roque Pellizzaro Junior.

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As vendas de Natal subiram 2,7% em todo o Brasil entre os dias 18 e 24 deste mês, ante igual período de 2012, de acordo com o Indicador Serasa Experian de Atividade do Comércio. Esse foi o desempenho mais fraco desde 2003, quando o levantamento foi iniciado. No fim de semana anterior ao Natal, entre os dias 20 e 22, as vendas do setor avançaram 2,1% em relação ao período correspondente do ano passado.

Na cidade de São Paulo, as vendas do Natal apresentaram um avanço próximo ao registrado em nível nacional, pois subiram 2,4% na semana e exibiu um incremento de 1,8% no fim de semana véspera do Natal.

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De acordo com economistas da Serasa Experian, o fraco resultado das vendas de Natal deste ano foi provocado basicamente pelo aumento dos juros dos financiamentos ao consumidor, gerado pelo movimento de elevação da Selic adotado pelo Banco Central desde abril. A redução da confiança das famílias na economia e o nível de endividamento dos consumidores também colaboraram para estes números baixos.

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