Dois rapazes acusam vigilantes terceirizados do Parque do Ibirapuera, na Zona Sul de São Paulo, de homofobia e agressões, após uma discussão ocorrida na noite de domingo (23). Um deles foi ferido com golpes de cassetete nas costas.
O comerciante Bill Santos, de 37 anos, testemunhou os vigilantes correndo atrás de jovens por volta das 21h. Os agentes queriam "espantar" os garotos, alegando que praticavam atos obscenos. "Se houve algo errado, deveriam ter chamado polícia e feito boletim de ocorrência por atentado ao pudor", disse.
##RECOMENDA##Os seguranças teriam tentado obrigar Santos a correr também. "Não fiz nada errado. É homofobia deles." Ele tentou argumentar, mas os vigilantes chamaram reforços e a Guarda Civil Metropolitana (GCM). Acuado, Santos passou a pedir socorro. O garçom Erivando Francisco, de 30 anos, entrou na discussão. Outro homem disse que denunciaria no PT. "Aí, foram para cima do rapaz. Pensando que fossem agredi-lo, peguei o celular e tentei gravar. Chegou um segurança por trás e me bateu com cassetete nas costas", disse Francisco.
Temendo novas agressões, ele e Santos foram embora e registraram BO por lesão corporal no 14º Distrito Policial (Pinheiros). Segundo a Secretaria de Comunicação, o prefeito Fernando Haddad (PT) mandou abrir duas sindicâncias - uma na Secretaria do Verde, para investigar a agressão contra frequentadores do parque, e outra na Secretaria de Segurança Urbana, para apurar a conduta dos GCMs. Eles poderão ser punidos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.