Tópicos | Vilaneida Aguiar

A delegada Vilaneida Aguiar, responsável pelas investigações do caso Sérgio Falcão, pediu um novo estudo do laudo sobre a causa da morte do empresário. De acordo com ela, as investigações apontam homicídio, enquanto o laudo assinado pelo Instituto de Criminalística (IC), aponta suicídio. As informações foram repassadas na manhã desta segunda-feira (25), em entrevista coletiva, no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

Vilaneida afirma que há divergência nos indícios coletados na investigação, a exemplo do depoimento do ex-segurança da vítima, Jailson de Lima, de 53 anos.  “Ele disse que sempre andava com a arma na parte de trás dele. E no dia da morte, a arma estava na frente do lado direito da calça dele. O que difere do depoimento dele após imagens coletadas no elevador”, esclareceu a delegada que acredita que o relato dele não condiz com indícios.

##RECOMENDA##

Jailson de Lima passou 6 minutos e 54 segundos no apartamento de Sérgio, segundo a delegada. “Com esse tempo teria sido muito pra o que ele fez: chamou Sérgio pra uma mesa, fez anotações, o chamou pro quarto e teria ido mostrar algo no computador. Na hora ele teria puxado a arma do ex-segurança e se matado. O que não checa com a investigação, pois Sérgio morreu em um local e o ex-segurança disse que era outro”, disse.

Após um estudo minucioso, a delegada ainda afirma que foi necessária a autorização do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) e Justiça para realizar um novo estudo do laudo. “Eles aprovaram e teremos 30 dias para obter o resultado. No dia anterior e no dia da morte, ele agia normalmente, de acordo com relatos dos colegas”, afirmou.

Esse foi um dos indícios apontados pela polícia, para que haja a certeza sobre a morte do empresário. Além disso, um funcionário que trabalhava com Falcão afirmou em depoimento que ele queria viver por 90 anos e estava lutando para resolver todos os problemas financeiros da empresa.

A suspeita de se matar não é cogitada por Vilaneida ainda porque ele tinha uma arma, herdada do pai, que não estava na casa dele, mas que o mesmo tinha acesso na hora que quisesse. “A pedido da mulher, Falcão não guardava a arma em casa depois que eles tiveram um filho. Mas ele poderia pegar a qualquer momento e se matar, se realmente quisesse isso”, explicou.

O ex-segurança não possui mandado de prisão. “Ele continua solto porque precisamos de uma prova concreta, como o laudo pericial. Por isso, pedimos a revisão. O ser humano é falho e isso pode ter acontecido sim”, concluiu Vilaneida.

Com informações de Pollyanne Brito

Nesta segunda-feira (25), o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) vai apresentar detalhes sobre as investigações do caso Sérgio Falcão. A delegada responsável pelo inquérito, Vilaneida Aguiar, vai explicar os desdobramentos das diligências policiais que apuram a morte do engenheiro.  

Sérgio Falcão foi encontrado morto, em 28 de agosto do ano passado, com um tiro na boca dentro do apartamento que morava, no Edifício 14 Bis, na Avenida Boa Viagem. Câmeras de segurança do prédio filmaram a presença do policial militar reformado e segurança do engenheiro, Jailson Melo, de 53 anos. Ele estava armado. O segurança afirma que o empresário havia atirado contra si. A família da vítima não acredita na possibilidade de suicídio.

##RECOMENDA##

Em janeiro deste ano, o presidente da Associação de Polícia Científica do Estado de Pernambuco, Enock Silva, confirmou que o empresário havia cometido suicídio. De acordo com o laudo pericial havia vestígios do perfil genético de Sérgio Falcão na arma. Os exames também apontaram a presença de chumbo nas roupas de Sérgio Falcão. A substância não foi encontrada nas roupas do ex-segurança. O laudo pericial, realizado pelo gestor do IC, Sérgio Almeida, passou por uma comissão e o trabalho confirmou o laudo.

 

 

 

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando