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O ator francês Vincent Lindon presidirá este ano o júri do 75º festival de Cannes, o concurso que entrega a Palma de Ouro, segundo anunciaram os organizadores em um comunicado nesta terça-feira (26).

Lindon atuou no polêmico "Titane", filme que ganhou a Palma de Ouro em 2021. Neste ano, 21 filmes concorrem pelo prêmio do festival, que acontecerá de 17 a 28 de maio.

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"É uma imensa honra e um grande orgulho que me seja confiada, em meio ao tumulto de acontecimentos que vivemos no mundo, a esplêndida e pesada tarefa de presidir o Júri do 75º Festival Internacional de Cinema de Cannes", disse Lindon, de 62 anos, citado no comunicado.

Além do ator, o júri será composto por oito pessoas, quatro homens e quatro mulheres.

Entre eles estão a atriz e diretora britânica Rebecca Hall (que atuou em "Vicky Christina Barcelona"), a atriz indiana Deepika Padukone, a atriz sueca Noomi Rapace, a diretora e atriz italiana Jasmine Trinca, o diretor iraniano Asghar Farhadi (que ganhou o Grande Prêmio do Júri do concurso com "Um herói" em 2021), o diretor francês Ladj Ly, o diretor americano Jeff Nichols e o diretor norueguês Joachim Trier.

Entre os que concorrem à Palma de Ouro estão o mestre do cinema de terror e ficção científica David Cronenberg, o diretor americano James Gray e a diretora francesa Claire Denis.

Mais de 2.000 filmes foram apresentados para a seleção oficial.

No ano passado, o americano Spike Lee presidiu o júri.

Vincent Lindon gosta de dizer que, como ator, é uma espécie de ladrão. O que ele mais gosta de fazer na vida é observar as pessoas - em cafés, restaurantes, na rua. Sorrateiramente, sem que elas percebam, ele vai se apropriando de gestos que transforma em ferramentas para seu ofício. E não importa o personagem nem o filme. Pode ser o professor Jean-Martin Charcot de Augustine, de Alice Winocour, que estreia nesta sexta-feira (28).

Você não precisa ser ligado em psicanálise, mas Augustine narra os primórdios da investigação do inconsciente. Remete a um mestre do próprio Sigmund Freud - Charcot. Você pode pensar que, neste caso, Vincent Lindon talvez tenha aberto uma exceção. Como se trata de um personagem real, e de uma figura importante na história do pensamento, ele, quem sabe?, talvez tenha feito alguma pesquisa? "Não. Baseei-me no roteiro e criei meu Charcot como qualquer outro. Para mim, ele é um burguês. Tudo o que precisava era de sua casaca. A maneira como uso a casaca, como a abro ou fecho, é só disso que preciso."

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Lindon contou isso ao repórter em Paris, durante os encontros do cinema francês promovidos pela Unifrance, logo após o Festival de Cannes, em maio. E, logo depois dele, o repórter falou com a diretora. Alice Winocour, pelo contrário, fez uma extensa pesquisa sobre Charcot. Mas, como ela conta, "documentei-me para poder exercitar minha liberdade. Não fiz um documentário mas uma ficção. Por mais documentado que tenha sido, o filme é meu exercício de liberdade."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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