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O Festival de Cannes ainda está dando o que falar e rendendo boas lembranças para os que estiveram presente na edição deste ano. Ao retornar para o evento, Jane Fonda comemorou o fato de ter sete mulheres na competição, mas relembrou que é preciso ainda mais força feminina no ramo.

Não havia mulheres diretoras. Este ano foram sete na competição. Estamos avançando, mas é preciso mais.

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Além da competição, houve presença de mulheres no júri também, como Pkok, Jane Campion e Julia Ducourneau. A comissão foi presidida pelo diretor sueco Ruben Ostlund, que recebeu duas vezes a Palma num período de cinco anos. Seu júri, por sinal, deu prêmios para grandes obras, como o ator que interpretou Wim Wenders, em Perfect Days, Koji Yakusho, e Jonathan Glazer pela adaptação do livro Zona de Interesse.

Há 50 anos, que Jane Fonda relembrou que não existia mulheres em Cannes, não era possível prever tudo que o evento faria com a força feminina, contendo nomes de novas mulheres disputando e avaliando prêmios.

A atriz ainda luta e é ativa em ações contra mudanças climáticas. Em Cannes, ela falou um pouco sobre isso.

Ainda temos motivo para ter esperança. Temos de sete a oito anos para reduzir à metade nosso consumo de energias fósseis. E não bocejem quando digo isso.

Além disso, o look de Fonda também foi muito comentado nas redes sociais. Com um vestido preto longo cheio de brilho, ela foi o centro das atenções em Cannes.

Seguem abaixo os premiados na 76ª edição do Festival de Cinema de Cannes:

- Palma de Ouro: "Anatomie d'une Chute", da francesa Justine Triet.

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- Grande Prêmio (Grand Prix): "The Zone of Interest", do britânico Jonathan Glazer.

- Melhor diretor: o francês Tran Anh Hung, por "La Passion de Dodin Bouffant".

- Prêmio do Júri: o finlandês Aki Kaurismäki, por "Fallen Leaves".

- Melhor roteiro: o japonês Yuji Sakamoto, por "Monster".

- Melhor atriz: a turca Merve Dizdar, por "About Dry Grasses".

- Melhor ator: o japonês Koji Yakusho, por "Perfect Days".

- Câmera de Oro (melhor filme de estreia): o vietnamita Thien An Pham, por "Inside the Yellow Cocoon Shell".

- Palma de Ouro de curta-metragem: "27", da húngara Flóra Anna Buda.

- Palmas de Ouro honoríficas: Michael Douglas e Harrison Ford.

O japonês Koji Yakusho ganhou neste sábado (27) o prêmio de melhor ator no Festival de Cannes, pelo filme "Perfect Days", do cineasta alemão Wim Wenders.

Yakusho, 67, interpreta no filme "Hirayama", um homem silencioso e solitário, mas feliz, que esconde um passado traumático.

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Marina Ruy Barbosa está curtindo o Festival de Cannes, na França. No Instagram, nesta quinta-feira (25), a atriz compartilhou com os seguidores cliques de um vestido estiloso e todo transparente. A produção escolhida pela ruiva foi assinada pelo estilista Peter Dundas.

Na legenda da postagem, Marina escreveu: "Beijada pela noite de Cannes". Peter, que já esteve à frente de marcas famosas como Jean Paul Gaultier, Roberto Cavalli e Emilio Pucci, repostou os registros divulgados pela brasileira. "Um vestido transparente e cintilante da colecção D24 Show, com um decote profundo e costas abertas", declarou o designer norueguês.

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"O equilíbrio perfeito entre elegância e sensualidade", completou. Aqui no Brasil, quem também rasgou seda para Marina Ruy Barbosa foram alguns nomes conhecidos do entretenimento. Famosas como Sabrina Sato, Maisa, Thelminha, Juliana Silveira e Angélica ficaram encantadas com a roupa de Marina.

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O diretor americano Martin Scorsese voltou a exibir, neste sábado (20), seus dotes de mestre do drama policial, com "Killers of the Flower Moon", sobre a misteriosa série de homicídios que abalou uma comunidade indígena em Oklahoma nos anos 1920.

Para este filme, que mantém o espectador grudado na cadeira durante 3h30, o cineasta veterano, de 80 anos, recorreu a dois de seus atores favoritos, Robert de Niro e Leonardo DiCaprio.

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Scorsese é uma das lendas do cinema americano e um cronista competente da parte mais obscura do país: a máfia, os assassinatos famosos, os dramas sociais ou raciais.

"Killers of the Flower Moon" ("Assassinos da Lua das Flores", no título em português) aborda o inesperado 'boom' petrolífero em uma reserva indígena - dos Osage -, perdida em um recanto do estado de Oklahoma no começo do século XX.

Do dia para a noite, os Osage viraram milionários com as concessões para explorar o petróleo. Suas mulheres passaram a ser objeto de cobiça de homens brancos, dispostos a se casar com elas por todos os meios para ficar com o dinheiro.

Produzido pela Apple, o filme vai estrear nos cinemas, mas seu formato parece ideal para a televisão, com a possibilidade de fazer pausas em uma história densa e cheia de reviravoltas.

- Sensação no tapete vermelho -

Leonardo DiCaprio interpreta Ernest Burkhart, que se casa com uma indígena, Mollie (a atriz indígena Lily Gladstone), e que é manipulado por seu tio, um rico pecuarista (Robert de Niro).

A presença do trio Scorsese, De Niro e DiCaprio voltou a causar sensação no tapete vermelho em Cannes, por onde passaram outras estrelas de Hollywood, como Kirsten Dunst (esposa de Jesse Plemons, um dos atores do filme), Salma Hayek, Cate Blanchett e Tobey Maguire.

Scorsese volta à Croisette, mas desta vez fora da mostra competitiva. Em 1976, ele levou a Palma de Ouro com "Taxi Driver", em 1986 ficou com o prêmio de melhor diretor com "Depois de Horas", e em 1998, foi o presidente do júri do festival.

- Nathalie Portman e Julianne Moore -

O filme foi rodado no local dos fatos. O roteiro foi revisto até o último dia das filmagens, segundo Scorsese, que queria "fazer o certo" com os indígenas.

"Killers of the Flower Moon" integra a lista de filmes de longa duração, uma das tendências desta edição do Festival de Cannes.

Dos 21 filmes que disputam a Palma de Ouro, outros que passam das 2h30 são o chinês "Youth (Spring)" (3h32), o turco "About Dry Grasses" (3h17) e o francês "Anatomie d'une chute" (2h31).

"May December", do também americano Todd Haynes, tinha a difícil missão de rivalizar no tapete vermelho com a megaprodução da Apple. Para isso, foi escalada a dupla de estrelas Natalie Portman e Julianne Moore, protagonistas do filme sobre uma relação entre duas atrizes.

Todd Haynes é o autor de uma filmografia original, na qual tem alternado obras de ficção ("Águas Escuras") com cinebiografias ("Não Estou Lá", sobre Bob Dylan, interpretado por diferentes atores) e documentários, como o dedicado à banda "Velvet Underground", que apresentou em Cannes há dois anos.

Em 2015, ele também causou sensação em Cannes com "Carol", sobre uma relação lésbica impossível, interpretada por Cate Blanchett.

A jovem franco-senegalesa Ramata-Toulaye Sy, de 36 anos, deu uma nota de frescor com seu primeiro filme, "Banel & Adama", um cuidadoso retrato da rebeldia de uma jovem contra uma aldeia inteira no Senegal.

Com lágrimas nos olhos, Harrison Ford se despediu, nesta quinta-feira (18), do personagem Indiana Jones, que o ajudou a construir uma carreira lendária no cinema, e o Festival de Cannes o contemplou de surpresa com uma Palma de Ouro honorífica na estreia do quinto filme da saga.

"Harrison, temos uma surpresa para você", disse o delegado-geral do festival, Thierry Frémaux, após chamar ao palco o ator americano de 80 anos, antes da exibição especial de "Indiana Jones e a Relíquia do Destino".

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Este foi um dos pontos altos do 76º Festival de Cannes, que já concedeu uma Palma honorífica ao também ator americano Michael Douglas na abertura da mostra.

No ano passado, Tom Cruise recebeu a mesma honraria na estreia de "Top Gun: Maverick".

"Eu me sinto muito emocionado. Dizem que quando a gente vai morrer, vê passar a vida em flashes diante dos olhos, e acabo de ver isso. Grande parte da minha vida, mas não toda a minha vida", disse o ator.

"Cannes, eu também te amo", murmurou.

- Quinze anos depois -

A saga Indiana Jones começou em 1981 com "Indiana Jones e os Caçadores da Arca Perdida", que fez sucesso imediato e em todo o mundo.

O quarto episódio foi apresentado em 2008, em Cannes, e o astro de Hollywood voltou à Croisette, desta vez sob a direção de James Mangold.

Ao pisar no tapete vermelho, o ator, acompanhado da esposa, Calista Flockhart, causou comoção, sobretudo quando foi executada a famosa trilha da saga, composta por John Williams.

Outros membros do elenco também compareceram à estreia do filme, como Phoebe Waller-Bridge e Mads Mikkelsen. Entre as demais personalidades vistas no tapete vermelho, destacaram-se o cacique Raoni, o cineasta britânico Steve McQueen e o rapper francês OrelSan.

Os primeiros quatro episódios da saga foram dirigidos por Steven Spielberg, que compareceu a Cannes em 2008 para a exibição de "Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal".

A nova produção é ambientada no fim dos anos 1960, mas os roteiristas incluíram um "flashback" que exigiu o uso de inteligência artificial para "rejuvenescer" o rosto de Ford para várias cenas, em mais um exemplo das mudanças recentes no setor audiovisual.

No filme, Indiana Jones precisa voltar a usar seu chapéu e chicote para enfrentar antigos inimigos nazistas, obcecados com um objeto fabricado nada menos do que pelo sábio grego Arquimedes.

- Documentário de 3 horas e 40 minutos -

Cannes costuma alternar os grandes momentos hollywoodianos com propostas mais densas. E nesta quinta-feira a missão coube ao documentário "Youth Spring", do chinês Wang Bing, com 3 horas e 40 minutos de duração.

Bing é um diretor que leva o tempo que considera necessário (cinco anos desta vez) para registrar um testemunho em filme das profundas mudanças sociais que seu país vive sob o governo rigoroso do regime comunista.

Em "Youth Spring", o cineasta acompanha com sua câmera os milhões de jovens que abandonam seus vilarejos no interior do país para trabalhar em fábricas têxteis de cidades como Xangai.

Filmadas de forma discreta, às vezes até clandestinamente, as obras de Bing já foram premiadas em diversos eventos, como os festivais de Veneza ou de Locarno.

Um dos destaques de sua filmografia é "The Ditch" ("A Vala", 2010), que denuncia os campos de trabalhos forçados para prisioneiros políticos no deserto de Gobi, nos anos 1960, sob o regime de terror de Mao Tsé-Tung.

O diretor chinês apresentará outro documentário em Cannes, "Man in Black", filmado em um teatro de Paris e com apenas um personagem, o compositor exilado Wang Xilin.

Outro aspirante à Palma de Ouro, o alemão Wim Wenders, também apresenta dois filmes em Cannes: um longa-metragem de ficção, "Perfect Days", na mostra oficial, e "Anselm", um documentário sobre o artista Anselm Kiefer.

O diretor espanhol Pedro Almodóvar apresenta, nesta quarta-feira (17), seu curta-metragem "Strange way of life", de temática gay e western, no Festival de Cannes, que começa a exibir os filmes na disputa pela Palma de Ouro.

O cineasta espanhol tem uma relação especial com o evento de grande prestígio, no qual já concorreu seis vezes ao prêmio máximo. A última vez aconteceu em 2019 com seu filme mais autobiográfico, "Dor e Glória". Apesar de ter conquistado vários prêmios importantes, nunca conseguiu vencer a Palma de Ouro.

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Este ano, Almodóvar exibe, fora de competição, "Strange way of life", protagonizado pelo americano Ethan Hawke (foto abaixo) e pelo chileno Pedro Pascal.

Foto: Loic Venance/AFP

Com 25 minutos de duração e filmado em inglês, o curta relata o reencontro de dois homens, um "emotivo e caloroso", o outro "frio e fechado", nas palavras do diretor, em uma cidade do Velho Oeste, no início do século XX.

"Minha primeira intenção era dar voz a estes dois homens maduros e 'queer' que tradicionalmente permaneceram calados em um gênero como o western", afirmou Almodóvar em um comunicado sobre a obra.

"Fui atraído pela ideia de quebrar esse silêncio", explicou.

"Grande admirador" dos western, Almodóvar confessa que nunca imaginou que acabaria rodando um deles.

O diretor, de 73 anos, deve ter um encontro com o público nesta quarta-feira, após a exibição do curta.

Outro momento importante do dia será um encontro com o lendário ator americano Michael Douglas, que recebeu na terça-feira a Palma de Ouro honorária por sua carreira. A estrela de Hollywood, de 78 anos, estrelou filmes conhecidos como "Instinto selvagem" e "Um dia de fúria".

- Começa a competição -

Depois da cerimônia de abertura da véspera, marcada por polêmica pela presença do ator americano Johnny Depp, que interpreta Luís XV no filme francês "Jeanne du Barry", começam nesta quarta-feira as projeções dos filmes que concorrem à Palma de Ouro.

Ainda tentando virar a página da batalha legal com sua ex-mulher Amber Heard, Depp foi criticado por um grupo de profissionais do cinema francês, em um manifesto contra a presença no tapete vermelho de "homens e mulheres agressivos".

Durante a entrevista coletiva do filme nesta quarta, o ator disse que a maioria das histórias escritas sobre ele foram "uma ficção horrível e fantasticamente escrita".

"Eu me sinto boicotado agora? Não, porque não penso em Hollywood, não tenho muita necessidade de Hollywood", minimizou.

"É um tempo muito estranho, engraçado, em que todos devem entrar na linha", acrescentou. "Se você quer viver esse tipo de vida, desejo-lhe o melhor. Estarei do outro lado", completou.

O japonês Hirokazu Kore-eda, que apresenta "Monster", sonha com a segunda vitória em Cannes com a história sobre um incidente em uma escola. Em 2018, ele conquistou o prêmio máximo do festival com "Assunto de Família".

O outro filme da mostra competitiva desta quarta-feira é "Le retour", da diretora francesa Catherine Corsini, que disputa a Palma de Ouro pela terceira vez.

A produção conta a história de uma mãe e das suas jovens filhas que retornam à ilha da Córsega, de onde foram obrigadas a fugir em circunstâncias trágicas, está marcado por uma certa polêmica.

O filme ficou sem financiamento público depois que foi divulgado que uma cena de sexo envolvendo uma atriz de menos de 16 anos não foi relatada, como é exigido, às autoridades.

O Festival de Cannes finaliza nesta segunda-feira (15) os preparativos para uma edição repleta de estrelas de Hollywood, como Leonardo DiCaprio, Scarlett Johansson e Harrison Ford, assim como de cineastas veteranos cineastas, incluindo Martin Scorsese, Pedro Almodóvar e Ken Loach.

O tapete vermelho do maior festival de cinema do mundo receberá na cerimônia de abertura na terça-feira (16) os primeiros grandes nomes, incluindo Johnny Depp, que interpreta o rei Luís XV no filme francês "Jeanne du Barry" e que tenta virar a página após a longa batalha judicial por difamação com a ex-esposa Amber Heard.

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O Brasil será representado na disputa pela Palma de Ouro com o novo filme do diretor Karim Aïnouz ("A Vida Invisível", "Madame Satã", entre outros), que apresentará "Firebrand", uma coprodução internacional ambientada na Inglaterra de Henrique VIII, com Alicia Vikander e Jude Law.

O astro Harrison Ford, 80 anos, apresentará em Cannes o filme "Indiana Jones e o Chamado do Destino", no qual interpreta pela quinta vez (e última, segundo o ator) o famoso personagem.

E o também veterano Michael Douglas, 78 anos, receberá uma Palma de Ouro honorária por sua carreira.

Outro astro da mesma geração, Robert de Niro, 79, pode comparecer a Cannes, ao lado de Martin Scorsese e Leonardo DiCaprio, para a estreia de "Killers of the flower moon", sobre uma série de assassinatos de indígenas na década de 1920 nos Estados Unidos.

O evento acontecerá sob fortes medidas de segurança, com mil agentes mobilizados na famosa cidade da Costa Azul francesa, em particular em um contexto conturbado no país, marcado por grandes protestos contra a reforma da Previdência.

- Recorde de diretoras na disputa pela Palma de Ouro -

O cineasta espanhol Pedro Almodóvar exibirá, fora de competição, um curta-metragem western e gay, "Strange Way of Life", com Ethan Hawke e Pedro Pascal.

O americano Wes Anderson retirna a a Cannes com seu tradicional elenco de estrelas, que inclui Tom Hanks, Margot Robbie e Scarlett Johansson. Todos estão em "Asteroid City", filmado parcialmente na Espanha, sobre um encontro no deserto para observar fenômenos astronômicos.

Anderson é um dos 21 cineastas na competição pela Palma de Ouro, ao lado de grandes veteranos da mostra, começando pelo britânico Ken Loach, que aos 86 anos pode fazer história se vencer o Festival de Cannes pela terceira vez.

Também estão na disputa o italiano Nanni Moretti e o japonês Hirokazu Kore-Eda, outros vencedores da Palma de Ouro.

Sete filmes na mostra competitiva são dirigidos por mulheres, um recorde para Cannes. A italiana Alice Rohrwache e a francesa Catherine Corsini disputam o prêmio máximo de Cannes pela terceira vez.

Apenas duas mulheres conquistaram a Palma de Ouro até hoje: a neozelandesa Jane Campion em 1993, com "O Piano" (prêmio dividido com o filme "Adeus, Minha Concubina"), e a francesa Julia Ducournau, em 2021, com "Titane".

O júri, que anunciará os vencedores em 27 de maio, será presidido pelo sueco Ruben Östlund, vencedor de sua segunda Palma de Ouro no ano passado por "Triângulo da Tristeza"

A 76ª edição do Festival de Cannes começa na terça-feira (16) da próxima semana, um evento repleto de estrelas de Hollywood e de homenagens a cineastas como Pedro Almodóvar e Martin Scorsese, além da grande expectativa provocada pelos trabalhos de diretores da Ásia e África.

O Brasil será representado na disputa pela Palma de Ouro com o novo filme do diretor Karim Aïnouz ("A Vida Invisível", "Madame Satã", entre outros), que apresentará "Firebrand", uma coprodução internacional ambientada na Inglaterra de Henrique VIII, com Alicia Vikander e Jude Law.

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Hollywood enfrenta uma greve de roteiristas que provocou o cancelamento de várias filmagens, o que fará de Cannes, mais do que nunca, se possível, o grande foco de atenção dos cinéfilos durante as próximas duas semanas, de 16 a 27 de maio.

O filme de abertura do evento será o francês "Jeanne du Barry", sobre a amante do rei Luís XV, da diretora Maïwenn, que também interpreta a protagonista do filme. O astro americano Johnny Depp, que superou há poucos meses uma longa batalha judicial com a ex-esposa Amber Heard, interpreta o monarca.

Cannes se transformará em seguida em uma longa e quase ininterrupta passarela de estrelas.

Harrison Ford, que aos 80 anos interpreta mais uma vez Indiana Jones, apresentará o quinto filme do personagem ("Indiana Jones e o Chamado do Destino").

O espanhol Pedro Almodóvar exibirá, fora de competição, um curta-metragem western e gay, "Strange Way of Life", com Ethan Hawke e Pedro Pascal.

O veterano Michael Douglas (78 anos) receberá uma Palma de Ouro honorária por sua carreira.

E o aclamado Martin Scorsese exibirá "Killers of the Flower Moon", protagonizado por Leonardo DiCaprio e Robert De Niro, sobre uma série de assassinatos de indígenas na década de 1920 nos Estados Unidos.

- Sete mulheres disputam a Palma de Ouro -

O Festival de Cannes exibirá pela primeira vez um filme da Mongólia, "Hopeless", e um do Sudão, "Goodbye Julia", primeiro longa-metragem de Mohammed Kordofai.

Outros destaques do evento incluem o alemão Win Wenders, com dois filmes em duas mostras, e o americano Wes Anderson, que exibirá "Asteroid City" na mostra oficial, um filme com vários astros, como Tom Hanks, Margot Robbie, Scarlett Johansson, entre outros.

Dos 21 filmes na disputa pela Palma de Ouro, sete são dirigidos por mulheres, um recorde para Cannes.

A indústria cinematográfica foi abalada nos últimos anos por acusações de abusos e discriminação, mas desta vez são duas diretoras diretoras francesas, Maïwenn e Catherine Corsini, as protagonistas de escândalos.

Maïwenn foi acusada de agressão por um famoso jornalista francês, Edwy Plenel, enquanto Corsini teria dirigido uma cena de teor sexual com uma atriz menor de 16 anos em seu filme "Le retour", que está na disputa pelo prêmio máximo em Cannes.

Entre as cineastas na mostra principal estão a italiana Alice Rohrwacher, que disputa a Palma de Ouro pela terceira vez, com "La chimera", e Ramata-Toulaye Sy, diretora franco-senegalesa de 36 anos que apresenta seu primeiro longa-metragem, "Banel et Adama".

O presidente do júri do festival é o sueco Ruben Östlund, que venceu a Palma de Ouro no ano passado por "Triângulo da Tristeza".

O Festival de Cinema de Cannes é consagrado como uma das maiores premiações de cinema do mundo, onde grandes produções são exibidas e contam com estréias adiantadas para uma platéia de críticos. Nesta terça-feira (20) o Festival completa 76 anos de existência. Os melhores filmes exibidos são premiados com a Palma de Ouro, um dos principais prêmios da sétima arte.

Confira curiosidades sobre o Festival realizado na cidade francesa de mesmo nome, localizada na Riviera Francesa, no sul do país, a 690 km da capital, Paris:

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1.  O Festival foi criado em 1946 pelo ministro Jean Zay, em forma de protesto pela ingerência de governos fascistas italianos e alemães no Festival de Veneza. A primeira edição seria realizada em 1939, sendo presidido por Louis Lumière, considerado um dos pais do cinema

2. Por mais que fossem aparentemente luxuosas, as primeiras edições da premiação sofriam com falta de verba. Entre 1948 e 1950 a festa não aconteceu e, até 1955, não havia recursos para a confecção de troféus para os vencedores.

3. O primeiro filme a vencer a Palma de Ouro foi “Marty”, de Delbert Mann. Até hoje, este é o único título a vencer a Palma de Ouro e o Oscar de Melhor Filme no mesmo ano.

4. A única cineasta mulher a vencer a Palma de Ouro foi Jane Campion, por “O Piano”, de 1993.

5. O design do prêmio, com um ramo dourado, foi elaborado por Thierry de Bourqueney em 1997. O troféu havia passado por reformulação cinco anos antes. O design original do prêmio é assinado por Lucienne Lazon.

6. Entre os brasileiros premiados em Cannes estão as atrizes Fernanda Torres e Sandra Corveloni, por seus filmes “Eu Sei que Vou te Amar”, de 1986, e “Linha de Passe”, de 2008.

De Park Chan-Wook a David Cronenberg, dos irmãos Dardenne a Albert Serra, esta é a lista dos 21 filmes que disputam a Palma de Ouro no 75º Festival de Cannes.

- "Crimes of the future", David Cronenberg

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O diretor canadense ("Crash", "Marcas da violência") volta à competição aos 79 anos com um filme sobre transumanismo e metamorfose de órgãos, com Léa Seydoux, Kristen Stewart e Viggo Mortensen como protagonistas.

- "Holy Spider", de Ali Abbasi

O diretor de origem iraniana, vencedor da mostra "Un Certain Regard" em 2018 com "Border", está de volta com um suspense ambientado no Irã.

- "Triangle of Sadness", de Ruben Ostlund

O diretor sueco mordaz aspira a segunda Palma de Ouro (venceu em 2017 com "The Square") com uma comédia satírica que narra as aventuras dos passageiros de um cruzeiro de luxo em uma ilha deserta.

- "Broker", de Hirokazu Kore-eda

Depois de vencer a Palma de Ouro em 2018 com "Assunto de Família", o diretor japonês apresenta uma nova história sobre famílias, mas desta vez rodado na Coreia do Sul e com a estrela de "Parasita" Song Kang-ho.

- "Decision to leave", de Park Chan-Wook

Em 2004, o violento "Oldboy" venceu o Grande Prêmio. Desta vez o sul-coreano segue as buscas de um investigador sobre o assassinato de um homem encontrado nas montanhas, cujo principal suspeito é sua esposa.

- "Showing up", de Kelly Reichardt

O novo filme da cineasta independente americana ("First cow") aborda a vida de uma artista antes de uma exposição que vai mudar sua carreira. Com Michelle Williams como protagonista.

- "Boy from Heaven", de Tarik Saleh

O diretor sueco de origem egípcia, que ganhou fama com "Cairo Confidencial" (2017) retorna com seu ator favorito, Fares Fares, para retratar o Egito contemporâneo.

- "Tchaikovsky's wife", de Kirill Serebrennikov

O "enfant terrible" da cena russa, atualmente morando em Berlim depois de deixar a Rússia pouco depois do início da ofensiva contra a Ucrânia, retorna a Cannes ("Leto", "Petrov's Fever") com um filme histórico sobre a vida do compositor Pyotr Tchaikovsky. Pela primeira vez comparecerá ao evento.

- "Les amandiers", de Valeria Bruni Tedeschi

O novo filme da atriz e diretora franco-italiana mostra uma escola de teatro fundada por um conhecido diretor e dramaturgo, Patrice Chéreau, com a aids como pano de fundo.

- "Tori et Lokita" de Jean-Pierre e Luc Dardenne

Os irmãos belgas, duas vezes laureados com a Palma de Ouro em Cannes, narram a amizade de dois adolescentes procedentes da África exilados na Bélgica.

- "Armageddon Time", de James Gray

O diretor americano relembra a vibrante Nova York dos anos 1980 com um filme sobre uma escola dirigida pelo pai do ex-presidente Donald Trump. Com Anne Hathaway e Anthony Hopkins.

- "Nostalgia", de Mario Martone

O primeiro filme em competição em Cannes do diretor italiano, que adapta um romance do mesmo título, ambientado em Nápoles.

- "Stars at noon", de Claire Denis

A diretora francesa, premiada em fevereiro no Festival de Berlim com "Avec amour et acharnement", apresenta desta vez um romance ambientado na Nicarágua.

- "Close", de Lukas Dhont

O diretor belga, vencedor do Camera d'Or em 2018 em sua estreia em longa-metragem "Girl", trata neste filme da amizade entre dois adolescentes que são separados de forma traumática.

- "Frère et soeur", de Arnaud Desplechin

Depois de participar na mostra oficial em 2019 com o policial "Roubaix, une lumière", o cineasta francês apresenta um drama familiar que narra o reencontro dos filhos de um casal que acaba de falecer. Com Marion Cotillard e Melvil Poupaud.

- "RMN", de Cristian Mungiu

O diretor romeno, vencedor da Palma de Ouro por "4 meses, 3 semanas, 2 dias", volta a analisar as mazelas que afligem o seu país com um filme rodado na Transilvânia.

- "Leila's Brothers", de Saeed Roustaee

Depoos do celebrado policial "A Lei de Teerã", pouco se divulgou sobre o novo filme deste jovem diretor iraniano.

- "Eo", de Jerzy Skolimowski

Aos 83 anos, esta grande figura do cinema polonês voltou a seu país depois de morar na Califórnia para narrar uma história com participação da francesa Isabelle Huppert.

- "Pacifiction" de Albert Serra

O iconoclasta diretor espanhol, premiado na mostra "Un Certain Regard" por "Liberté" em 2019, narra uma história de amor e literatura que se passa no Taiti. Com Benoît Magimel e Sergi López.

- "Un petit frère" de Léonor Seraille

"Caméra d'Or" por "Montparnasse Bienvenüe" em 2017, a francesa conta a história de uma família de migrantes no subúrbio de Paris.

- "Le otto Montagne" de Felix Van Groeningen e Charlotte Vandermeersch

O diretor belga de "Alabama Monroe" e a atriz de "Bélgica" adaptam o livro do italiano Paolo Cognetti sobre a amizade de dois jovens, um que vive na cidade e outra em uma região de montanhas.

O 75º Festival de Cinema de Cannes encara suas últimas horas de exibições nesta sexta-feira (27) antes da cerimônia de entrega da Palma de Ouro, sem um claro favorito após uma edição muito eclética, em temas e estilos cinematográficos.

Os dois últimos filmes a serem exibidos esta noite são "Un petit frère", de Léonor Serraille, e "Showing up", de Kelly Reichardt.

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O júri de nove membros, liderado pelo ator francês Vincent Lindon, dará seu veredicto na noite de sábado.

O festival de cinema mais importante do mundo também comemora seu 75º aniversário. Esta sexta-feira o ator espanhol Javier Bardem vai protagonizar uma das conversas organizadas por este motivo.

Em quase duas semanas de competição e 21 filmes, o júri pôde saborear cinema para todos os gostos.

Filmes sociais e de denúncia talvez tenham sido os dominantes.

Entre eles o iraniano "Holy spider", sobre um serial killer de mulheres, de Ali Abbasi, "Tori et Lokita", dos irmãos belgas Dardenne, sobre menores migrantes, e "RMN", do romeno Cristian Mungiu, sobre racismo e extremismo.

A meio caminho entre o espírito de denúncia e a sátira mais feroz, "Triangle of sadness", do sueco Ruben Ostlund, sobre o mundo dos mais privilegiados.

- Denúncia social -

Outros diretores mostraram sua face mais introspectiva, como "Nostalgia", do italiano Mario Martone, ambientado em uma Nápoles sob o controle da Camorra, ou "Armagedon time", de James Gray, a memória de Nova York nos anos 1980.

"Close", de Lukas Dhont, trata da amizade entre dois adolescentes separados de forma traumática.

Cannes também foi o local escolhido por alguns diretores para trazer à tona problemas familiares, que também serviram novamente para denunciar situações sociais injustas, principalmente das mulheres.

É o caso do iraniano "Leila's brothers", de Saeed Roustaee, que mostra uma família à beira da ruína, ou "Broker" do japonês Hirokazu Kore-eda, sobre o abandono de crianças na Coreia do Sul.

O júri também poderá escolher entre dramas policiais, desde "Holy Spider" até "Decision to Leave", do sul-coreano Park Chan-Wook, sobre um policial e seu romance com uma misteriosa suspeita de assassinato.

"Boy from Heaven", de Tarik Saleh, também é um thriller, ambientado no Egito contemporâneo.

Dramas históricos também estiveram presentes na Croisette.

A competição começou com "Tchaikovsky's Wife", do russo Kirill Serebrennikov, que narra as tribulações da esposa do grande compositor.

O cinema francês esteve bem representado com quatro filmes este ano. "Stars at noon", de Claire Denis, um romance tingido de mistério, "Les Amandiers" de Valeria Bruni-Tedeschi, uma homenagem exaltada ao teatro, e "Frère et soeur" de Arnaud Desplechin, um drama familiar, além de "Un petit frère", marcado para essa noite.

Por fim, para quem prefere cinema fantástico ou experimental, "Eo", de Jerzy Skolimowski, sobre as aventuras de um burro, "Pacification", do diretor espanhol Albert Serra, com uma pitada de espionagem em um exótico Taiti, e, finalmente, "Crimes of the future", sobre órgãos humanos como obras de arte, do canadense David Cronenberg.

No ano passado, o festival premiou um filme polêmico, sobre transexualidade e estilo futurista, "Titane", da diretora francesa Julia Ducournau.

O Festival de Cannes iniciou a corrida pela Palma de Ouro nesta quarta-feira (18) com o filme "Tchaikovsky's Wife", do cineasta russo Kirill Serebrennikov, crítico a seu governo, e com Tom Cruise que garante o glamour ao tapete vermelho, com seu novo "Top Gun".

O filme do cineasta russo, sobre a tumultuada relação entre o famoso compositor e sua esposa Antonina Miliukova, é um dos 21 longas em disputa neste ano.

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"Toda obra de arte, atualmente, tem um conteúdo político (...) Nossa declaração é sobre arte, liberdade e também fragilidade da natureza humana, de cada vida", disse Serebrennikov, de 52 anos.

A arte "é estritamente contra a guerra", acrescentou o cineasta, conhecido por se posicionar a favor da comunidade LGBTQ+.

Sua presença era muito esperada, já que em outras edições, nas quais disputou com "Petrov's Flu" (2021) e "Leto" (2018), não pôde comparecer porque cumpria pena por desvio de fundos, em um caso denunciado por seus defensores como uma manobra política.

Serebrennikov, filho de uma ucraniana, relatou recentemente à AFP seu "horror, tristeza, vergonha e dor" diante da invasão russa da Ucrânia.

Os organizadores do concurso se posicionaram desde o início da ofensiva russa, no final de fevereiro, e anunciaram que não receberiam "representantes oficiais russos, instâncias governamentais ou jornalistas da linha oficial".

A participação por videoconferência do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, na cerimônia de abertura na terça-feira confirmou o tom político desta edição.

- "Um novo Chaplin" -

"Precisamos de um novo (Charlie) Chaplin que demonstre que o cinema não está mudo", disse Zelensky a um auditório de estrelas.

O festival incluiu em sua programação vários diretores ucranianos, como o veterano Serguei Loznitsa e o diretor Maksim Nakonechnyi. Também apresenta o filme "Mariupolis 2", do lituano Mantas Kvedaravicius, morto em abril nesta cidade ucraniana.

O presidente do júri, o ator francês Vincent Lindon, declarou na terça-feira que espera que o clima "seja digno, respeitoso (...) e que seja uma homenagem aos que vivem dias muito mais difíceis que os nossos".

Outro filme com apresentação nesta quarta-feira é "The eight mountain", dos belgas Felix Van Groeningen e Charlotte Vandermeersch, sobre a amizade de dois garotos, um que vive na cidade, outro na montanha.

Sem dúvida, o momento mais esperado do dia será durante a tarde, com "Top Gun: Maverick", de Tom Cruise.

A chegada ao tapete vermelho do astro de Hollywood, de 59 anos, promete ser espetacular. A Patrulha da França, esquadrão de acrobacias da Força Aérea, sobrevoará a Croisette durante a festa. Cruise, que visitou o grupo pela manhã, "inspirou uma geração de pilotos", tuitou a patrulha, junto com uma foto com o ator.

Cruise esteve em Cannes pela última vez em 1992 com "Um sonho distante", ao lado de sua esposa à época, Nicole Kidman. Agora, ele retorna na pele do veterano aviador, encarregado de treinar uma equipe para uma missão perigosa.

Ao contrário de outros grandes nomes de Hollywood, como Kevin Costner, Mel Gibson e Bruce Willis, o ator conseguir se manter em alta na maior parte de seus 40 anos de carreira, inclusive nos tempos atuais, quando os super heróis dominam o setor.

Com sua presença, o festival mantém a tradição de receber um grande número de estrelas da sétima arte em seu tapete vermelho, pode onde passaram recentemente Brad Pitt, Leonardo Di Caprio e Cate Blanchett.

De Park Chan-Wook a David Cronenberg, dos irmãos Dardenne a Albert Serra, esta é a lista dos 21 filmes que disputam a Palma de Ouro no 75º Festival de Cannes, que começa nesta terça-feira (17).

- "Crimes of the future", David Cronenberg

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O diretor canadense ("Crash", "Marcas da violência") volta à competição aos 79 anos com um filme sobre transumanismo e metamorfose de órgãos, com Léa Seydoux, Kristen Stewart e Viggo Mortensen como protagonistas.

- "Holy Spider", de Ali Abbasi

O diretor de origem iraniana, vencedor da mostra "Un Certain Regard" em 2018 com "Border", está de volta com um suspense ambientado no Irã.

- "Triangle of Sadness", de Ruben Ostlund

O diretor sueco mordaz aspira a segunda Palma de Ouro (venceu em 2017 com "The Square") com uma comédia satírica que narra as aventuras dos passageiros de um cruzeiro de luxo em uma ilha deserta.

- "Broker", de Hirokazu Kore-eda

Depois de vencer a Palma de Ouro em 2018 com "Assunto de Família", o diretor japonês apresenta uma nova história sobre famílias, mas desta vez rodado na Coreia do Sul e com a estrela de "Parasita" Song Kang-ho.

- "Decision to leave", de Park Chan-Wook

Em 2004, o violento "Oldboy" venceu o Grande Prêmio. Desta vez o sul-coreano segue as buscas de um investigador sobre o assassinato de um homem encontrado nas montanhas, cujo principal suspeito é sua esposa.

- "Showing up", de Kelly Reichardt

O novo filme da cineasta independente americana ("First cow") aborda a vida de uma artista antes de uma exposição que vai mudar sua carreira. Com Michelle Williams como protagonista.

- "Boy from Heaven", de Tarik Saleh

O diretor sueco de origem egípcia, que ganhou fama com "Cairo Confidencial" (2017) retorna com seu ator favorito, Fares Fares, para retratar o Egito contemporâneo.

- "Tchaikovsky's wife", de Kirill Serebrennikov

O "enfant terrible" da cena russa, atualmente morando em Berlim depois de deixar a Rússia pouco depois do início da ofensiva contra a Ucrânia, retorna a Cannes ("Leto", "Petrov's Fever") com um filme histórico sobre a vida do compositor Pyotr Tchaikovsky. Pela primeira vez comparecerá ao evento.

- "Les amandiers", de Valeria Bruni Tedeschi

O novo filme da atriz e diretora franco-italiana mostra uma escola de teatro fundada por um conhecido diretor e dramaturgo, Patrice Chéreau, com a aids como pano de fundo.

- "Tori et Lokita" de Jean-Pierre e Luc Dardenne

Os irmãos belgas, duas vezes laureados com a Palma de Ouro em Cannes, narram a amizade de dois adolescentes procedentes da África exilados na Bélgica.

- "Armageddon Time", de James Gray

O diretor americano relembra a vibrante Nova York dos anos 1980 com um filme sobre uma escola dirigida pelo pai do ex-presidente Donald Trump. Com Anne Hathaway e Anthony Hopkins.

- "Nostalgia", de Mario Martone

O primeiro filme em competição em Cannes do diretor italiano, que adapta um romance do mesmo título, ambientado em Nápoles.

- "Stars at noon", de Claire Denis

A diretora francesa, premiada em fevereiro no Festival de Berlim com "Avec amour et acharnement", apresenta desta vez um romance ambientado na Nicarágua.

- "Close", de Lukas Dhont

O diretor belga, vencedor do Camera d'Or em 2018 em sua estreia em longa-metragem "Girl", trata neste filme da amizade entre dois adolescentes que são separados de forma traumática.

- "Frère et soeur", de Arnaud Desplechin

Depois de participar na mostra oficial em 2019 com o policial "Roubaix, une lumière", o cineasta francês apresenta um drama familiar que narra o reencontro dos filhos de um casal que acaba de falecer. Com Marion Cotillard e Melvil Poupaud.

- "RMN", de Cristian Mungiu

O diretor romeno, vencedor da Palma de Ouro por "4 meses, 3 semanas, 2 dias", volta a analisar as mazelas que afligem o seu país com um filme rodado na Transilvânia.

- "Leila's Brothers", de Saeed Roustaee

Depoos do celebrado policial "A Lei de Teerã", pouco se divulgou sobre o novo filme deste jovem diretor iraniano.

- "Eo", de Jerzy Skolimowski

Aos 83 anos, esta grande figura do cinema polonês voltou a seu país depois de morar na Califórnia para narrar uma história com participação da francesa Isabelle Huppert.

- "Pacifiction" de Albert Serra

O iconoclasta diretor espanhol, premiado na mostra "Un Certain Regard" por "Liberté" em 2019, narra uma história de amor e literatura que se passa no Taiti. Com Benoît Magimel e Sergi López.

- "Un petit frère" de Léonor Seraille

"Caméra d'Or" por "Montparnasse Bienvenüe" em 2017, a francesa conta a história de uma família de migrantes no subúrbio de Paris.

- "Le otto Montagne" de Felix Van Groeningen e Charlotte Vandermeersch

O diretor belga de "Alabama Monroe" e a atriz de "Bélgica" adaptam o livro do italiano Paolo Cognetti sobre a amizade de dois jovens, um que vive na cidade e outra em uma região de montanhas.

O Festival de Cannes finaliza nesta segunda-feira (16) os preparativos para sua 75ª edição, que promete grandes estrelas no tapete vermelho, como Tom Cruise, Kristen Stewart e Tom Hanks, mas também uma dose de atualidade com a guerra na Ucrânia.

O evento deseja virar a página da pandemia, que provocou o cancelamento da edição de 2020 e o adiamento para junho do festival de 2021. Mais de 35.000 pessoas são aguardadas, sem a obrigatoriedade do uso de máscara, para a mostra de cinema mais importante do mundo.

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As equipes do festival têm o último dia para concluir os preparativos na cidade luxuosa da Costa Azul francesa, antes do início oficial do evento na terça-feira.

O tapete vermelho receberá muitos astros da sétima arte, como Tom Cruise, que volta ao papel de piloto em "Top Gun: Maverick", e Tom Hanks, no papel do Coronel Tom Parker, empresário do rei do rock´n´roll em "Elvis".

Viggo Mortensen, Léa Seydoux e Kristen Stewart protagonizam "Crimes of the future", uma história sobre mutações de órgãos, filme do canadense David Cronenberg, que disputa a Palma de Ouro.

Vinte e um filmes disputarão o prêmio máximo do festival, que será anunciado pelo júri presidido pelo ator francês Vincent Lindon em 28 de maio.

- Cinco diretoras -

Alguns cineastas aspiram mais uma Palma de Ouro, como os irmãos belgas Luc e Jean-Pierre Dardenne ("Rosetta" e "A Criança") com "Tori et Lokita", o sueco Ruben Ostlund ("The Square - A Arte da Discórdia") com "Triangle of sadness", ou o japonês Hirokazu Kore-eda ("Assunto de família"), com "Broker".

O espanhol Albert Serra participa com "Pacifiction", uma história de espionagem diplomática e testes nucleares no Taiti.

A competição oficial inclui cinco diretoras - um recorde na história do evento - e uma delas pode suceder Julia Ducournau, que no ano passado se tornou a segunda mulher a vencer a a Palma de Ouro com "Titane".

A francesa Claire Denis apresenta "Stars at noon", uma tórrida história ambientada na Nicarágua dos anos 1980, e americana Kelly Reichardt narra o cotidiano de uma artista em "Showing up".

O russo Kirill Serebrennikov, conhecido por suas posições a favor da comunidade LGTB+, volta à disputa com "Tchaikovsky's wife", sobre a turbulenta relação entre o compositor russo e sua esposa. O cineasta não foi autorizado a viajar a Cannes nas duas ocasiões anteriores em que foi selecionado por ter sido condenado por desvio dinheiro, um caso denunciado como uma manobra política por seus defensores.

Atualmente exilado, ele declarou recentemente à AFP el sobre o "horror, a tristeza, a vergonha, a dor" que sentia pela invasão da Ucrânia.

O país invadido pela Rússia também estará presente em Cannes com vários cineastas, como o veterano Sergei Loznitsa e o novato Maksym Nakonechnyi, com um filme ambientado na guerra do Donbass, que começou em 2014. Também será exibido o filme póstumo do lituano Mantas Kvedaravicius, falecido em abril em Mariupol, cujas imagens feitas na localidade foram recuperadas por sua namorada.

O ator francês Vincent Lindon presidirá este ano o júri do 75º festival de Cannes, o concurso que entrega a Palma de Ouro, segundo anunciaram os organizadores em um comunicado nesta terça-feira (26).

Lindon atuou no polêmico "Titane", filme que ganhou a Palma de Ouro em 2021. Neste ano, 21 filmes concorrem pelo prêmio do festival, que acontecerá de 17 a 28 de maio.

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"É uma imensa honra e um grande orgulho que me seja confiada, em meio ao tumulto de acontecimentos que vivemos no mundo, a esplêndida e pesada tarefa de presidir o Júri do 75º Festival Internacional de Cinema de Cannes", disse Lindon, de 62 anos, citado no comunicado.

Além do ator, o júri será composto por oito pessoas, quatro homens e quatro mulheres.

Entre eles estão a atriz e diretora britânica Rebecca Hall (que atuou em "Vicky Christina Barcelona"), a atriz indiana Deepika Padukone, a atriz sueca Noomi Rapace, a diretora e atriz italiana Jasmine Trinca, o diretor iraniano Asghar Farhadi (que ganhou o Grande Prêmio do Júri do concurso com "Um herói" em 2021), o diretor francês Ladj Ly, o diretor americano Jeff Nichols e o diretor norueguês Joachim Trier.

Entre os que concorrem à Palma de Ouro estão o mestre do cinema de terror e ficção científica David Cronenberg, o diretor americano James Gray e a diretora francesa Claire Denis.

Mais de 2.000 filmes foram apresentados para a seleção oficial.

No ano passado, o americano Spike Lee presidiu o júri.

A plataforma de streaming conhecida como Reserva Imovision lançou uma promoção para todos aqueles que desejam assinar o plano anual. Anteriormente o valor correspondia a R$ 245 mas agora, em virtude da temporada de Black Friday, o custo passou a ser R$ 122,50. A promoção estava em vigor até o final de novembro, mas a plataforma decidiu estendê-la até esta quarta-feira (1°).

Justamente por uma questão de acessibilidade, a empresa passou a implantar o novo sistema de pagamento, via PIX. Para aqueles que desejarem assinar o plano anual desta forma, é necessário solicitar a chave por meio do e-mail: contato@reservaimovision.com.br. Além disso, também é possível realizar a transação por meio de boleto bancário ou cartão de crédito.

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Reserva Imovision é uma plataforma que estreou em maio deste ano no Brasil e seu acervo é especializado em produções independentes da América Latina. Em grande parte, os filmes também já estiveram presentes em grandes festivais de cinema, como “Félicité” (2017), vencedor do Grande Prêmio de Júri no Festival de Berlim, e “Entre os Muros da Escola” (2008), vencedor da Palma de Ouro no Festival de Cannes.

 

 

O cineasta americano Spike Lee, presidente do jurí do Festival de Cannes, anunciou neste sábado a Palma de Ouro para a francesa Julia Ducournau, por seu filme "Titane", o que a torna a segunda mulher a ganhar o prêmio máximo da competição.

Lee anunciou o nome do filme vencedor aparentemente de forma acidental, no começo da cerimônia.

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Estes são os 24 filmes na disputa pela Palma de Ouro na 74º edição do Festival de Cannes, cujo resultado será anunciado neste sábado (17).

- "Annette", do francês Leos Carax. Protagonizado por Adam Driver e Marion Cotillard, que personificam um casal de estrelas cuja vida muda com a chegada de sua primeira filha.

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- "Benedetta", do holandês Paul Verhoeven. Retrato de uma freira homossexual ambientado no século XV e baseado em fatos reais.

- "The French Dispatch", do americano Wes Anderson. Filmado no sudoeste da França e protagonizado por Bill Murray, Tilda Swinton, Benicio del Toro e Adrien Brody.

- "Tout s'est bien passé", do francês François Ozon. Adaptado do romance homônimo de Emmanuèle Bernheim, sobre uma filha que ajuda o pai a morrer. Com Sophie Marceau, Charlotte Rampling e André Dussollier no elenco.

- "Tre piani", do italiano Nanni Moretti. Duas décadas depois de ganhar a Palma de Ouro, o diretor volta a Cannes com um filme sobre várias famílias que moram no mesmo prédio.

- "A Hero", do iraniano Asghar Farhadi. Um thriller psicológico com o qual o oscarizado cineasta voltou a filmar em seu país natal.

- "Flag day", do americano Sean Penn. Sobre a vida dupla de um pai de família.

- "Red Rocket", do americano Sean Baker. Um filme de cinema independente que narra o retorno de uma estrela pornô à sua pequena cidade no Texas.

- "Petrov's Flu", do russo Kirill Serebrennikov. Um filme entre o sonho e a realidade que retrata a vida de um quadrinista na Rússia pós-soviética.

- "Memoria", do tailandês Apichatpong Weerasethakul. Tilda Swinton interpreta uma orquidófila que viaja à Colômbia para visitar sua irmã e começa a ouvir sons estranhos.

- "Titane", da francesa Julia Ducournau. Protagonizado por Vincent Lindon, conta o retorno de um menino desaparecido há 10 anos e o reencontro com seu pai.

- ""Haut et fort", do marroquino Nabil Ayouch. Um filme ambientado no mundo do hip hop que descreve a criatividade da juventude de Marrocos.

- "Bergman Island", da francesa Mia Hansen-Love. Um casal de cineastas americanos se estabelece na ilha que inspirou o cineasta sueco. Tim Roth é o protagonista.

- "Drive my car", do japonês Ryusuke Hamaguchi. Um filme basado em uma obra de Haruki Murakami.

- "The story of my wife", da húngara Ildikó Enyedi. Um drama com os franceses Léa Seydoux e Louis Garrel.

- "Ahed’s knee", do israelense Nadav Lapid. Um cineasta enfrenta a morte de sua mãe.

- "Compartment N. 6", do finlandês Juho Kuosmanen. Um "road-movie" sobre uma mulher que pega um trem romo ao círculo polar ártico.

- "The worst person in the world", do norueguês Joachim Trier. Relata a história de uma mulher em Oslo que busca refazer sua vida.

- "La fracture", da francesa Catherine Corsini. Um filme ambientado em um hospital, com Valeria Bruni Tedeschi e Marina Foïs.

- "Les intranquilles", do belga Joachim Lafosse. Drama que explora os meandros do trastorno bipolar.

- "Les Olympiades", do francês Jacques Audiard. Filmado em um bairro multiétnico de Paris, conta com a premiada Céline Sciamma no roteiro.

- "Lingui", do chadiano Mahamat-Saleh Haroun. Drama sobre uma adolescente grávida no Chade, onde o aborto é proibido.

- "Nitram", do australiano Justin Kurzel. Um filme que através da lembrança de um massacre com dezenas de mortos em 1996 aborda a venda de armas.

- "France", do francês Bruno Dumont. Léa Seydoux encarna uma famosa jornalista cuja vida muda totalmente após um acidente.

Presente este ano na competição de Cannes, a América Latina ganha destaque nesta quinta-feira (15) com "Memória", um filme símbolo do paradigma do cinema mais atual: gravado na Colômbia, produzido também pelo México, protagonizado pela britânica Tilda Swinton e dirigido por um tailandês premiado.

O filme de Apichatpong Weerasethakul, Palma de Ouro em 2010 por "Tio Boonmee, que pode recordar suas vidas passadas", estreia na reta final da competição, cujo júri anunciará no sábado os premiados.

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Junto com Swinton, participam a francesa Jeanne Balibar, os colombianos Juan Pablo Urrego e Elkin Díaz e o mexicano de origem espanhola Daniel Giménez.

"Tem um toque de melancolia e uma espécie de suspense", disse à AFP o diretor, sobre seu primeiro filme gravado fora da Tailândia, em inglês e espanhol.

A história se concentra em uma cultivadora de orquídeas que visita sua irmã doente em Bogotá. Alguns sons estranhos, como estrondos, que apenas ela escuta, impedem-na de descansar.

Começa, então, uma busca para encontrar a origem do fenômeno misterioso, em uma viagem sensorial e contemplativa que a levará para a floresta.

"Para mim, a realização de um filme, a experiência de assistir a um filme, é como um sonho, como uma imersão", declarou o cineasta, de 50 anos.

Ele foi para a Colômbia em 2017, para um festival de cinema, e ficou quatro meses por lá, como contou ao jornal francês Le Monde na semana passada.

"Me interessa muito a cultura latino-americana e, obviamente, a floresta amazônica", afirmou.

Ao longo destes meses, viajou muito. "Minha primeira intenção era ir para a Amazônia, mas me sentia tão fascinado pelas cidades e pelas pessoas que, até o momento, esse sonho ainda não foi realizado", acrescentou.

À margem de outras duas coproduções mexicanas, o musical "Annette" e "Bergman Island", com Tim Roth, "Memória" é o único selo latino-americano de longa-metragem.

Entre os curtas, dois brasileiros competem pela Palma de Ouro.

Em "Sideral", Carlos Segundo narra, com ironia e uma certa ternura, a fuga de uma faxineira... para o espaço. Ela foge em um foguete que decola do Brasil e, quando seu esposo e as autoridades se dão conta, já é tarde demais. Terão de esperar dois anos pelo seu retorno.

"Céu de Agosto" é uma "reflexão sobre o que significa ser brasileiro agora" e um "questionamento sobre o futuro", disse sua diretora Jasmin Tenucci.

Esta exploração se dá pela história de uma jovem grávida e angustiada com a saúde de seu bebê, em meados de agosto de 2019, quando uma imensa nuvem de fumaça escureceu, de repente, a cidade de São Paulo. Sua origem: os incêndios da Amazônia, que ardiam há mais de uma semana.

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