A lesão do atacante Waldison não é tão simples e de rápida recuperação, como esperado pelo departamento médico. O edema no pé direito afastará o jogador dos treinamentos por duas semanas. Assim, além de desfalcar o Santa Cruz no clássico contra o Sport, o jogador também ficará de fora do primeiro jogo da semifinal do Pernambucano diante do Central.

“Waldison fez um exame de ressonância magnética, que mostrou o edema em alguns ossos do metatarso. É uma lesão importante, mas não é complicada. Vai ter de ficar em repouso por 15 dias e está descartado para a semifinal”, explicou o médico José Carlos Cordeiro.

O atacante sentia dores no pé há quase um mês, porém, continuava jogando. No entanto, esta semana, o departamento médico resolveu realizar o exame e constatou a lesão no atacante coral.

“Ele já vinha sentindo esse problema desde o jogo do Náutico, quando sofreu um trauma. Como nas demais partidas ele estava sentindo a mesma dor, optamos por fazer o exame”, finalizou.

Tudo ou nada, é assim que o atacante Waldison definiu as próximas partidas do Santa Cruz no Campeonato Pernambucano de 2015. O tricolor precisa obter bons resultados se quiser continuar na briga para chegar as semifinais da competição. “São dois jogos, para nós os jogos mais importantes do ano e não interessa nenhum outro resultado que não seja a vitória” afirmou o jogador em coletiva nesta terça-feira (10).

A cobra coral enfrenta o Central no próximo domingo no Arruda e não pode cometer os mesmos erros das partidas anteriores. Para isso Waldison pede que a torcida vá ao estádio para apoiar a equipe: “A cobrança do torcedor é válida, eles são acostumados a ver o time bem,o time conseguindo as vitórias, mas nós gostaríamos que eles nos apoiassem do início ao fim dos jogos, nós queremos dar a resposta para eles, a gente precisa dar uma resposta, todos que estão aqui tem qualidade”.

O atacante que assim como boa parte dos companheiros de posição ainda não marcou gol no campeonato sente-se incomodado com a seca, mas afirma que as vitórias são mais importantes que os gols. “Incômoda demais, atacante como sempre falam vive de gols e os gols não estão saindo, mas no momento eu prefiro que o time ganhe com gol de zagueiro e que a gente consiga as vitórias. Me incômoda ficar sem fazer os gols, mas me incomoda muito mais ficar sem ganhar” ressaltou.

Waldison ainda confia que apesar do momento o time tem capacidade para fazer mais no campeonato. “O time não está encaixando da maneira que deveria, porém nós temos condições para fazer isso, nós temos condições para acertar e as coisas não estão acontecendo, não é por falta de vontade, não é por falta de treinamento, não é por nada disso, é que as coisas não acontecem” comentou. 

O Santa Cruz agora só tem mais três partidas até o final da primeira fase da competição duas no Arruda, diante de Central e Serra Talhada e enfrenta o Sport na Ilha do Retiro na última rodada.

Com quatro jogos e nenhum gol marcado, os atacantes do Santa Cruz vêm sendo bastante cobrados pela torcida. Os únicos gols da cobra coral neste ano foram dos meias Guilherme Biteco e João Paulo.

Em coletiva realizada nesta segunda-feira (23) o atacante Waldison falou que está faltando apenas um pouco mais de sorte para o tricolor. “Quando você vem numa fase dessas parece que tudo é mais difícil, a bola não entra, o passe não sai, o chute não sai, a movimentação não sai, tudo dá errado”, disse o atacante em coletiva de imprensa.

O jogador citou como exemplo os lances do companheiro de ataque Betinho, que acertou três bolas na trave no jogo contra o Salgueiro. “Algumas coisas não tem como explicar, ele fez tudo certo, fez a movimentação certa, se fosse em outro momento ele daria a cabeçada na bola com os olhos fechados, a bola ia bater no ombro e ia entrar", argumentou. "Ele foi consciente em todos os lances, sabendo o que tava fazendo e a bola insistia em bater na trave e não entrar”, lamentou Wadison.

Para o atacante tricolor, a solução para a seca de gols do Santa é paciência e trabalho: “Não tem o que fazer, você tem que ter calma, continuar tentando e esperar que uma hora a bola vai entrar. A gente não pode pensar que todo o trabalho que tem sido feito durante a semana tá tudo errado”. Com relação à cobrança da torcida pelos gols, o atacante falou que é justa e quando a bola começar a entrar a torcida vai apoiar o time. “Eu tenho certeza que a partir do momento que começarmos a ganhar, eles vão estar nos apoiando. Em quatro jogos nós só tivemos uma vitória, então isso é normal, ainda mais num clube como o Santa Cruz”, afirmou Wadison.

Sobre o clássico contra o Náutico, o jogador citou o time alvirrubro como favorito para a partida de quarta-feira (25) pela posição na classificação do Campeonato Pernambucano, mas lembrou o velho ditado de que clássico é clássico. “O Náutico pode ser o favorito por questão do momento na tabela, ele tá na frente. Mas eu não vejo favoritismo porque é clássico e clássico você ganha no detalhe, então quem errar menos vai sair com o resultado positivo”, finalizou.

O Santa Cruz tem tido sorte com atacantes artilheiros nos últimos anos. Marcelo Ramos, Dênis Marques, André Dias e Léo Gamalho são apenas alguns que passaram pelo Arruda e deixaram suas marcas. Para 2015, Waldison, apresentado oficialmente nesta quinta-feira (8), é o candidato a artilheiro do clube. E o jogador de 30 anos espera manter a sequência de atacantes com faro apurado de gol.

“O Santa, ultimamente, tem jogadores de destaque no ataque. Foi Caça-Rato, Dênis Marques e Léo Gamalho. E eu vim para somar, ajudar. Espero dar o melhor para o Santa. Encaro de forma positiva essa responsabilidade de ser artilheiro. Vou procurar dar o meu máximo para conseguir os objetivos”, comentou o atacante.

Porém, Waldison tem características diferentes dos últimos artilheiros do Santa Cruz, como ele mesmo explicou. “Sou atacante de velocidade, rápido na chegada na frente. Também ajudo bastante na marcação. Tudo para ajudar o time a conquistar os objetivos estabelecidos”, afirmou.

Edson Sitta 

Outro atleta apresentado no Arruda foi o volante Edson Sitta. Embora seja uma indicação do técnico Ricardinho, o jogador não se considera o homem de confiança do comandante. Mas, acredita que pode ajudar com a sua experiência.

“Confiança eu não sei, ele (Ricardinho) pode falar melhor. Mas se precisar de mim, estarei sempre disposto. Jamais chego aqui para tomar algo de alguém. Estou aqui para somar com meus companheiros. Cada um com a sua contribuição”, enfatizou o volante coral.