Jacqueline Silva

Jacqueline Silva

Meio ambiente e sustentabilidade

Perfil: Bióloga, Mestre em Gerenciamento Costeiro e Doutora em Oceanografia, é coordenadora geral dos cursos de graduação da Unidade Acadêmica de Serra Talhada da UFRPE e coordenadora do Museu de Oceanográfico do Sertão.

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Do litoral ao Sertão 


Jacqueline Silva-Cavalcanti, | qui, 06/10/2011 - 16:40
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A questão ambiental traz hoje vários questionamentos à sociedade civil e ao poder público sobre como minimizar os impactos sofridos nos mais diferentes ecossistemas brasileiros. Pernambuco abriga desde o litoral ao sertão, diferentes biomas e ecossistemas, que comportam formas de vida únicas e conferem grande biodiversidade ao estado, que tem dois grandes biomas característicos (Caatinga e Floresta de Mata Atlântica) que lhe asseguram destaque no cenário mundial de preservação da biodiversidade.

O crescimento acelerado e desordenado dos grandes núcleos urbanos litorâneos foi responsável pela diminuição da Mata Atlântica que cobria toda a faixa litorânea brasileira. Cenário este, não muito diferente em Pernambuco. As extensas faixas de terra cobertas por florestas de Mata Atlântica deram espaços a cidades, pastos e agricultura, em especial ao cultivo da cana-de-açúcar.  Esta substituição fragmentou este bioma, tendo hoje Pernambuco, apenas 4,6% desta mata, o que é equivalente a 128 hectares ao longo da costa pernambucana. Mesmo com todos os esforços envolvidos na conservação deste bioma os impactos das atividades antrópicas continuam.

Não muito diferente do grau de suscetibilidade ambiental que se encontra o bioma de Mata Atlântica, encontra-se o bioma da caatinga. Por trás do chão rachado e vegetação seca, existe uma diversidade ainda desconhecida e ameaçada. A vegetação associada a este bioma cobre mais de 80% do estado, sendo responsável por 82% das reservas legais, Unidades Integradas de Gestão de Ambiente (UIGA), em Petrolina e Araripina, e uma terceira, em Serra Talhada. Esses são os primeiros esforços empenhados para minimizar as perdas da vegetação associados a queimadas e pastagens dos gados. 

Esta coluna irá garantir uma discussão dos problemas associados a estes biomas e os demais ecossistemas  pernambucanos. Visa construir um espaço de troca de experiências sobre as ações de conservação e preservação ambiental, bem como discutir o papel do ser humano neste processo. Hoje o homem é o principal agente “stressante” do ambiente. Do litoral ao sertão vemos suas interferências e a partir delas é que iremos construir este espaço, você não pode deixar de conferir!  

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