Luiz Mendes

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Deixa que eu chuto

Perfil: Graduado em Jornalismo pela Faculdade Maurício de Nassau. Começou a carreira trabalhando em rádio e atualmente é editor de esportes do LeiaJá

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Movimento dos Torcedores em Festa

por Luiz Mendes | seg, 12/05/2014 - 09:04
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Eles querem ocupar um pedaço de chão. Nas suas concepções aquela área também pertence a eles e por isso tem todo o direito de estar ali. Se existem cercas, alambrados e olhares pouco amistosos de guardas, não tem problema. O jeito é invadir.

 A discussão voltou à tona nesse domingo, onde os torcedores do Manchester City deixaram as arquibancadas e foram para gramado comemorar o título do Campeonato Inglês da temporada 2013/2014. Mas logo na Inglaterra? Aquele país onde, desde os anos 1990, os torcedores assistem aos jogos sentados, como se estivessem em um teatro?  Onde não há conflitos dentro dos estádios?

Os questionamentos do parágrafo acima vêm daqueles que se conformaram com a reforma feita no futebol mundial e que está chegando ao Brasil. Diferente da agrária, esta tal reforma quer o aumento do latifúndio no esporte bretão. Mais espaço para uma quantidade menor de pessoas. A reforma que está mudando o nome de estádio para arena. O de torcedor por cliente.

Para quem tem o futebol algo tão essencial em sua vida, com a mesma importância do trabalho ou da educação dos filhos, o estádio do seu clube, na verdade, não é do seu clube. É seu. É uma extensão do seu lar e por isso pode bradar a quem quiser ouvir. “Meu estádio”.

Os adeptos da reforma do dito futebol moderno percebem o grande risco que os jogadores correm quando o campo é invadido por aqueles que estavam na arquibancada. Realmente há o terrível risco de cenas de atentado violento ao pudor, como ocorreu no México em 1970, quando a seleção brasileira conquistou o tricampeonato mundial e Pelé teve que deixar o campo apenas de cuecas. Os selvagens mexicanos levaram toda a roupa do rei do futebol, querendo uma lembrança. 

Para os receosos, eu aviso: todas as invasões de campos que vi em três décadas de vida foram de pessoas armadas de bandeiras com as cores de suas agremiações, mas bem que poderiam ser brancas, já que o significado seria o mesmo. Os bárbaros em urros estavam com o rosto camuflado com tinturas que não tentavam disfarçar onde eles estavam e nem qual cor defendiam. Ocuparam o espaço, que até tentam lhes tirar, mas que nunca tiveram dúvida que era seu.

3 dentro

- Sport. Há quem esteja espantado, mas há alguns meses o Sport já mostrava que não seria um mero coadjuvante na Série A do Campeonato Brasileiro. O rubro-negro pernambucano conquistou sete pontos dos 12 disputados, tendo jogado três vezes fora de casa. Resta saber até onde vai o fôlego do Leão. Ainda faltam 34 rodadas.

- Lewis Hamilton. Com todas as mudanças feitas na Fórmula 1 para o campeonato deste ano, era esperado um maior equilíbrio entre as equipes. Mas a Mercedes está contrariando a expectativa e o seu piloto mais talentoso está caminhando para um conquista tranquila do título de 2014.

- Maria Sharapova. A musa russa do tênis venceu o WTA Premier de Madri e vai, aos poucos, voltando para o topo do ranking. O 31º título da carreira fez com que a tenista subisse duas posições na lista, figurando agora na 7ª colocação.

3 fora

- Copa do Mundo. Restando um mês para o início do mundial da Fifa no Brasil, a competição já sabe como vai ser lembrada. A Copa do Improviso. Depois de sete anos para se preparar para receber a competição, o país deixou de cumprir várias promessas que fez no passado.

 - Racismo. Ainda vai demorar para que ele suma da sociedade e paralelamente do esporte. Neste final de semana a vítima foi o jogador guineano nascido na França, Kévin Constant, quando uma banana foi arremessada em sua direção na partida entre Milan e Atalanta pelo Campeonato Italiano.

- Santa Cruz. É importante alguém avisar no Arruda, que se o time do Santa Cruz mantiver a média de um empate por rodada a equipe somará 38 pontos e estará rebaixada a Série C. Já passou da hora do time acordar no campeonato.

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