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A Câmara Municipal do Recife aprovou nessa segunda-feira (30) o Projeto de Lei de número 102/2023, de autoria do vereador Rinaldo Junior (PSB), que dispõe sobre a identificação dos torcedores nos estádios de futebol no Município do Recife. Os frequentadores dos estádios serão cadastrados no ato da compra dos ingressos, mediante a apresentação de documento e a comprovação de seu respectivo endereço.

Se enquandram no Projeto de Lei, os clubes, entidades mantenedoras e entidades gestoras dos estádios de futebol localizados no Município do Recife, com capacidade para mais de vinte mil pessoas, ou seja, Arruda, Aflitos e Ilha do Retiro, que serão obrigados a promover a identificação dos torcedores.

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Os estádios de futebol deverão contar com meio de monitoramento por imagem das catracas e instalação de equipamentos de gravação fotográfica do rosto, a fim de identificar os torcedores e relacioná-los com o ingresso adquirido

Ainda de acordo com o Projeto de Lei aprovado, não será permitida a venda de ingressos a pessoas que não apresentarem a documentação.

Câmeras

O equipamento deverá ser dotado de mecanismo que grave a imagem do torcedor, vinculando a mesma ao cadastro realizado referente ao ingresso utilizado, registrando ainda, o dia, a hora e o local de acesso ao estádio.

As informações gravadas deverão ser preservadas pelo prazo de 30 (trinta) dias, a fim de instruírem eventual inquérito policial, administrativo ou ação judicial. O uso e cessão indevidos das imagens gravadas sujeita o infrator às penalidades administrativas, cíveis e criminais.

Central de controle

Além do monitoramento, os estádios de futebol deverão manter central técnica de informações, com infraestrutura suficiente para viabilizar o monitoramento por imagem do público presente e todos os funcionários dos clubes, das entidades mantenedoras e entidades gestoras, próprios ou terceirizados, que desempenhem alguma atividade nos estádios, deverão portar identificação que permita a visualização do seu nome, função e foto.

Punição para quem não cumprir

De acordo com o projeto de lei, os clubes, entidades mantenedoras e entidades gestoras dos estádios de futebol que descumprirem o disposto nesta Lei ficam sujeitos às seguintes penalidades, sem prejuízo, conforme o caso, das sanções de natureza civil, penal e das definidas em normas específicas: advertência, por escrito, da autoridade competente, esclarecendo que, em caso de reincidência, o infrator estará sujeito à multa de R$ 5.000,00 (cinco mil reais), na segunda infração, de R$ 10.000,00 (dez mil reais), na terceira infração e cassação do alvará de localização e funcionamento do estádio de futebol, na hipótese de inobservância da lei, mesmo após a aplicação das penalidades anteriores.

"O nosso projeto de lei tem como objetivo garantir o cumprimento do art. 13 do Estatuto do Torcedor, Lei nº 10.671/2003, que diz que o torcedor tem direito à segurança nos locais onde são realizados os eventos esportivos antes, durante e após a realização das partidas", explica Rinaldo Júnior.

"Com a presente lei, estamos propondo mais um mecanismo para garantir que os maus torcedores sejam identificados e punidos de acordo com a lei, em sintonia com o interesse público", diz o autor do projeto. 

O texto agora segue para sanção do prefeito João Campos, ou pela vice, Isabella de Roldão, que dirige a cidade durante o recesso de 7 dias do mandatário.

A Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) deverá discutir, nos próximos dias, o Projeto de Lei “Vinicius Júnior” (PL Nº 806/2023), que prevê penalidades administrativas e individuais aplicáveis mediante atos de racismo, LGBTQI+fobia, e misoginia praticados nos estádios de futebol do estado. De autoria de Joel da Harpa (PL), o projeto altera a Lei 17.522, de 9 de dezembro de 2021, de autoria de João Paulo da Costa (Avante) e Gustavo Gouveia (Solidariedade), que já previa as penalidades descritas para essas condutas. 

Com o novo PL, ficam determinadas penalidades mais severas ao infrator e ao clube esportivo. À pessoa infratora, se aplicará advertência, multa de R$ 5 mil e proibição de frequentar estádios de futebol pelo período de 30 anos. A multa em dinheiro poderá ser dobrada a cada reincidência, tendo como limite o valor de R$ 200 mil.  

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Ao clube esportivo, também é determinada a advertência e multa de R$ 20 mil, dobrada a cada reincidência, podendo chegar a R$ 500 mil. “A linguagem da bola é universal. Contudo, os recentes episódios de discriminação racial ocorridos nas partidas de futebol em território brasileiro e em outros países do mundo, simbolizado nas agressões racistas de quem tem sido vítima o jogador brasileiro Vinicius Junior na Espanha, demonstram, de forma incontestável, que o preconceito é uma chaga que envergonha o nosso país e que tem que ser erradicada de uma vez por todas”, justifica o autor da proposta. 

Segundo o último Relatório Anual da Discriminação Racial no Futebol, do Observatório da Discriminação Racial no Futebol, em 2021, aconteceram 74 ocorrências racistas em jogos de futebol envolvendo brasileiros, sendo 64 casos no brasil e 10 no exterior. 

O caso mais recente, com o jogador Vinicius Junior, tomou repercussão mundial. O episódio, de maio deste ano, teve torcedores do Valencia proferindo insultos racistas contra o atleta brasileiro, no jogo ocorrido no Mestalla, o estádio do Valencia, em Madri. Dada a recorrência dos casos contra o jovem, o nome do Projeto de Lei. 

 

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O Dia Internacional da Mulher, celebrado em 8 de março, chama atenção para diversos desafios que o público feminino enfrenta diariamente. Um deles é o machismo no âmbito futebolístico. De acordo com levantamento realizado pela Kantar Ibope em 2022, focado em mídias digitais, mulheres representam 44% da base de fãs de futebol no país. Apesar dos dados mostrarem que o público feminino representa uma grande parte nos estádios de futebol, o machismo ainda está muito presente nesses locais.

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Segundo a advogada Vanessa Egla Rocha do Nascimento, integrante do Movimento Feminino de Arquibancada, o ambiente dos estádios paraenses ainda é voltado a masculinidades, não atendendo às necessidades específicas das mulheres. “Na hora de reformar, de construir, de aplicar melhorias nas arenas esportivas, as mulheres não são ouvidas. Nada melhor do que as mulheres falarem por nós mesmas para que as melhorias sejam implementadas", disse Vanessa, mestra em Segurança Pública pelo Programa de Pós-Graduação em Segurança Pública da Universidade Federal do Pará (UFPA) e hoje atuando como agente distrital de Mosqueiro.

Diante das frequentes ocorrências que exemplificam a conclusão da pesquisa de Vanessa, medidas têm sido tomadas pelo poder público. É o caso da Lei 9.622, sancionada no Pará em junho de 2022, que prevê a criação de campanha permanente contra a importunação sexual nos estádios paraenses a partir de orientações. Vanessa também destaca a existência de uma viatura exclusiva para o atendimento às mulheres nos dias de jogos.

A estudante Vanessa Gonçalves, de 21 anos, conta que já sofreu assédio sexual por um torcedor dentro do Estádio Mangueirão quando tinha apenas 16 anos. No momento em que foi acionar a policia, a estudante ouviu do policial a seguinte frase: "Você, sendo bonita desse jeito, é supernormal de acontecer, você nem deveria estar fazendo isso", descreveu.

Vanessa Gonçalves é torcedora apaixonada do Clube do Remo e frequenta os estádios de futebol desde a adolescência. Segundo ela, os estádios de futebol só são seguros para as mulheres se elas estiverem acompanhadas de um homem. “Afinal, homem só respeita homem”, afirmou.

O que falta para avançar

Apesar de reconhecer os avanços nas políticas públicas nessa área, Vanessa Egla afirmou que ainda é preciso avançar mais no combate, não só à violência sexual, como também às outras manifestações de machismo nos estádios. “Em várias rodas de conversa que nós tivemos com as mulheres, constatamos que há a necessidade de uma tropa feminina da Polícia Militar do Estado pra lidar com as mulheres torcedoras e para lidar com casos de importunação sexual. O segundo ponto que as mulheres solicitam é câmera nos estádios de futebol. Além disso, a instalação de fraldários, que sejam tanto no banheiro feminino quanto no banheiro masculino”, disse, enfocando medidas que são necessárias para garantir a segurança, a permanência e o conforto de mulheres nesses ambientes.

No entanto, essas mudanças não se encontram somente nas mãos do poder público. Segundo Vanessa Egla, uma transformação no modo como o público feminino é tratado nos ambientes futebolísticos passa por modificações na visão da mulher no esporte, que ainda é uma área muito associada ao masculino. “As mulheres geralmente são vistas como musas, musa do futebol. A gente vê aí ainda uma sexualização, uma objetificação das mulheres no ambiente masculino que ainda é hoje o estádio de futebol”, disse.

Beatriz Cobel, estudante de Jornalismo e assessora de imprensa do Tapajós Futebol Clube, relata que já sofreu ofensas em estádios de futebol por ocupar um lugar que, segundo os xingamentos, não deveria ser representado por uma mulher. "Fiquei pensativa se realmente ali me pertencia de fato", disse.

Apesar das inúmeras situações em que mulheres são ignoradas e agredidas dentro do âmbito esportivo, como torcedoras, jornalistas, árbitras ou diretoras de clubes de futebol, elas resistem na luta e no combate contra o machismo e a misoginia fortemente presentes no futebol brasileiro. Em sua rede social, Beatriz escreveu: “Ali é meu lugar; onde eu quiser estar será o meu lugar”.

Caminhos para a conscientização

Os pontos de vista misóginos entranhados na sociedade podem ser modificados, de acordo com Vanessa Egla, a partir de educação, conversas e conscientização. “A gente avança nisso conscientizando, discutindo, conversando, levando conhecimento e levando todas as formas que nós temos de nos manifestar”, afirmou.

Por outro lado, a ocupação de espaços dentro do mundo do futebol por parte de mulheres também é uma forma de enfrentar o preconceito e de mudar paradigmas, conforme o que foi destacado pela advogada. “A ocupação dos espaços é imprescindível e ela já está sendo feita. A cada dia nós avançamos mais. Nós temos agora uma narradora mulher de futebol, que no ano passado fez um sucesso grandioso, temos árbitras, comentaristas esportivas, jogadoras, repórteres”, disse.

Vanessa Egla destacou que, unindo medidas que garantem respeito e segurança ás mulheres nos ambientes futebolísticos com a insistência feminina em conquistar lugares na área do futebol, será possível avançar muito mais. “O pontapé inicial já foi dado e a gente vai continuar sim ocupando os espaços como torcedoras de arquibancada, enquanto profissionais do esporte, enquanto jogadoras de futebol. O mercado tende a crescer cada vez mais, mas ele não vai crescer sem luta, sem uma ocupação consciente dos espaços, uma ocupação consciente dos nossos papéis”, afirmou.

Por Jéssica Quaresma e Maria Clara Passos (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

 

As arquibancadas cheias viraram rotina na primeira fase do Paulistão, principalmente na capital. Apenas Corinthians, São Paulo e Palmeiras somaram um público de quase 750 mil pessoas. Mais de um milhão de torcedores compareceram aos 96 jogos, com média de 11 mil por partida. Corinthians e São Paulo registraram médias de 40 mil torcedores como mandantes. Por uma diferença de menos de 300 pessoas, o time alvinegro terminou com números melhores do que o rival.

A presença do público também impulsionou cifras impressionantes registradas nos borderôs. Somados, Corinthians, Palmeiras, Santos e São Paulo arrecadaram mais de R$ 35 milhões apenas com os ingressos. O montante da arrecadação com os bilhetes também foi refletido nas equipes do interior do Estado. Os jogos dos grandes times em cidades mais afastadas da capital viraram fonte de receita importante. Nos jogos contra Palmeiras e São Paulo, por exemplo, o Botafogo arrecadou mais de R$ 2,4 milhões. Nos outros quatro duelos realizados como mandante, o clube de Ribeirão Preto conseguiu cerca de R$ 500 mil.

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Além disso, o Botafogo terminou com a quinta melhor média da competição e alcançou os melhores números desde que retornou à elite do futebol paulista em 2009. "Esses jogos de maior apelo são importantes. Depois da construção da Arena Eurobike, estamos recebendo shows e eventos internacionais, o que também capitaliza o nosso estádio, mas a presença da torcida é fundamental, não só para nos ajudar economicamente, mas, principalmente, por ser um combustível importante para o time dentro de campo", comenta Adalberto Baptista, gestor da SAF da equipe de Ribeirão Preto.

PREÇO DOS INGRESSOS

O tíquete médio também foi alvo de comparação entre Corinthians, São Paulo e Palmeiras. Nas novas arenas, Corinthians e Palmeiras cobraram os ingressos mais caros da competição, registrando uma média de R$ 59,62 e R$51,20 por cada bilhete, respectivamente. Por causa dos setores populares criados no Morumbi, o São Paulo vem logo depois, com R$ 40,16 por entrada.

Mark Zammit, CEO da GSH, empresa que participa de operações em arenas e administra dois restaurantes dentro do Allianz Parque, explicou que as mudanças nos comportamentos das agremiações estão abrindo um espaço cada vez maior para essas ativações. "Antigamente os estádios não tinham capacidade para receber estes espaços temáticos, mas isso mudou nos últimos anos. Hoje o torcedor pode acompanhar a partida dentro de uma arena, com toda a organização de um restaurante de alta gastronomia e agregar uma experiência nova ao espetáculo esportivo", afirmou.

A atenção das empresas também cresceu. Com ingressos disponíveis em camarotes corporativos em Itaquera e no Allianz, o Galera.Bet, plataforma de apostas esportivas e patrocinadora oficial do Campeonato Brasileiro, passou a promover ações e convidar influenciadores para assistirem aos jogos no espaço. "É uma forma de reconhecimento ao trabalho e uma aproximação importante ao meio digital. Em alguns jogos, selecionamos algumas personalidades para conhecer nossa estrutura nas arenas, participar de experiências interativas sobre a empresa e acompanhar a partida do time do coração", disse Marcos Sabiá, CEO da companhia.

A Federação Pernambucana de Futebol, representada pelo presidente Evandro Carvalho, se encontrou, nesta sexta-feira (20), com a nova secretária de Defesa Social do Estado, Carla Patrícia Cunha e com o novo comando da Polícia Militar de Pernambuco. Na pauta da conversa, esteve a volta das baterias, bandeiras e charangas ao estádios de futebol.

De acordo com um comunicado da Federação, o presidente Evandro está confiante em um acordo para a situação que vem sendo alvo de cobrança frequente por parte dos torcedores. “Torço para que a decisão atenda o desejo do torcedor pernambucano e que nossos estádios possa ter de volta os instrumentos musicais e bandeiras”, disse. 

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Ainda no comunicado, a FPF ressalta que vai ajudar, em conjunto as autoridades competentes, para que o estádio dos Aflitos volte a ter permitida sua capacidade máxima de público. O Náutico teve o número reduzido para 10 mil por conta de problemas no circuito interno de TV.

Pelé, morto dia 29 aos 82 anos, vítima de um câncer no cólon, recebeu novas homenagens do mundo do futebol nesta quinta-feira. Colômbia e Guiné-Bissau anunciaram que o camisa 10 da seleção brasileira terá seu nome eternizado em dois estádios, um em cada país.

A iniciativa segue o pedido feito por Gianni Infantino e pela Fifa durante o velório do jogador nesta semana para que todos os países-membros da entidade batizem ao menos um estádio em cada país em homenagem ao Rei do Futebol. Nesta quarta-feira, Cabo Verde já havia anunciado que iria alterar o nome do Estádio Nacional de Cabo Verde, localizado em Praia, capital do país africano, para "Estádio Pelé".

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Guiné-Bissau, nação africana lusófona, decidiu alterar o nome do Estádio da Rocha, localizado em Bafatá e utilizado pelo Sporting Clube de Bafatá, clube fundado em 1937 que compete na primeira divisão do campeonato nacional. Assim como Cabo Verde, ele passará a se chamar "Estádio Pelé".

A decisão em Guiné-Bissau foi tomada após uma reunião do conselho de ministros sob a presidência do chefe de Estado do país, Umaro Sissoco Embalo. Na última semana, após o falecimento de Pelé, o presidente da Federação de Futebol Guiné-Bissau, Carlos Teixeira, enviou seus votos de condolências ao povo brasileiro e à CBF. "Pelé é hoje uma figura única no mundo. Todos sabem quem é Pelé, era uma figura planetária", afirmou.

Na Colômbia, Pelé será homenageado pela cidade de Villavicencio, que conta com mais de 500 mil habitantes. O Estádio Bello Horizonte, popularmente conhecido como Macal, em homenagem ao prefeito da cidade em 1958, passará a se chamar "Estádio Bello Horizonte Rey Pelé". A instalação é casa do Llaneros, equipe da segunda divisão colombiana, e tem capacidade para 15 mil torcedores.

Juan Guillermo Zuluaga, governador de Meta, departamento do qual a cidade faz a parte, anunciou a mudança por meio de suas redes sociais. "Da planície colombiana anunciamos ao mundo que nosso belo estádio em Villavicencio se chamará Bello Horizonte ‘Rey Pelé’. As futuras gerações devem saber quem foi esse ícone do futebol mundial. Acatamos a sugestão da Fifa", disse o político.

Tendo início no dia 20 de novembro, a Copa do Mundo do Catar terá seus 64 jogos disputados em oito estádios, sendo sete deles construídos especialmente para o torneio. O Mundial deste ano será o mais compacto da história, visto que apenas 70km separam os estádios mais distantes um do outro.

Os empreendimentos possuem diferentes significados que remetem à cultura do país do Oriente Médio. Confira os oitos palcos que receberão as maiores estrelas do futebol mundial, a partir de 20 de novembro.

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Estádio Al Bayt

O formato do estádio remete às Bayt al Sha'ar, tendas utilizadas pelos povos nômades do país. Com capacidade para até 60 mil torcedores, será o palco da partida de abertura disputada entre Catar e Equador.

20/11 - Qatar x Equador

23/11 - Marrocos x Croácia 

25/11 - Inglaterra x Estados Unidos

27/11 - Espanha x Alemanha

29/11 - Holanda x Qatar

01/12 - Costa Rica x Alemanha

04/12 - Oitavas de final

10/12 - Quartas de final

14/12 - Semifinal

Estádio Khalifa International

Construído em 1976, é o único estádio que não foi erguido especialmente para a Copa do Mundo, porém foi amplamente reformado. Possui dois grandes arcos que representam o abraço dos torcedores e tem capacidade para receber 40 mil pessoas.

21/11 - Inglaterra x Irã

23/11 - Alemanha x Japão

25/11 - Holanda x Equador

27/11 - Croácia x Canadá

29/11 - Equador x Senegal

01/12 - Japão x Espanha

03/12 - Oitavas de final

17/12 - Disputa de 3º lugar

Estádio Al Thumama

Com o nome fazendo referência a uma árvore bastante encontrada na região, o estádio homenageia a "gahfiya", chapéu tradicional da região catariana. Podendo receber 40 mil torcedores, terá metade da sua capacidade reduzida ao fim do Mundial para dar lugar a um luxuoso hotel de 60 quartos – todos voltados para o campo. 

21/11 - Senegal x Holanda

23/11 - Espanha x Costa Rica

25/11 - Qatar x Senegal

27/11 - Bélgica x Marrocos

29/11 - Irã x Estados Unidos

01/12 - Canadá x Marrocos 

04/12 - Oitavas de final

10/12 - Quartas de final

Estádio Ahmad Bin Ali

Localizado próximo ao deserto, busca representar a família, a fauna e flora, o deserto, e o comércio local e internacional. Comporta até 40 mil pessoas, mas também terá sua capacidade reduzida pela metade ao final da Copa do Mundo.

21/11 - Estados Unidos x País de Gales

23/11 - Bélgica x Canadá

25/11 - País de Gales x Irã

27/11 - Japão x Costa Rica

29/11 - País de Gales x Inglaterra

01/12 - Croácia x Bélgica

03/12 - Oitavas de final

Estádio Lusail Stadium

O estádio que será palco da final da Copa do Mundo receberá a seleção brasileira pelo menos duas vezes, durante a fase de grupos. Fazendo referência às tigelas, vasos e peças de arte da cultura árabe, o Lusail tem capacidade para receber até 80 mil pessoas. Entretanto, será transformado em um centro comunitário após o torneio.

22/11 - Argentina x Arábia Saudita

24/11 - Brasil x Sérvia

26/11 - Argentina x México

28/11 - Portugal x Uruguai

30/11 - Arábia Saudita x México

02/12 - Camarões x Brasil

06/12 - Oitavas de final

09/12 - Quartas de final

13/12 - Semifinal

18/12 - Final

Estádio 974

Construído utilizando 974 contêineres, possui assentos removíveis e foi feito em homenagem ao comércio internacional. Podendo receber até 40 mil torcedores, será, de forma inédita em uma Copa do Mundo, totalmente desmontado após o final do torneio.

22/11 - México x Polônia

24/11 - Portugal x Gana

26/11 - França x Dinamarca

28/11 - Brasil x Suíça

30/11 - Polônia x Argentina

02/12 - Sérvia x Suíça

05/12 - Oitavas de final

Estádio Education City

Localizado em meio a várias universidades, apresenta formas que lembram diamantes em sua fachada. Possui áreas verdes no seu interior e capacita até 40 mil torcedores, diminuindo para 25 mil após o final do torneio.

22/11 - Dinamarca x Tunísia

24/11 - Uruguai x Coreia do Sul

26/11 - Polônia x Arábia Saudita 

28/11 - Coreia do Sul x Gana

30/11 - Tunísia x França

02/12 - Coreia do Sul x Portugal

06/12 - Oitavas de final

09/12 - Quartas de final

Estádio Al Janoub

A obra homenageia um dos grandes símbolos do Catar: os tradicionais barcos de pesca de pérolas, chamados de "dhow". Possui capacidade para 40 mil torcedores.

22/11 - França x Austrália 

24/11 - Suíça x Camarões

26/11 - Tunísia x Austrália

28/11 - Camarões x Sérvia

30/11 - Austrália x Dinamarca

02/12 - Gana x Uruguai

05/12 - Oitavas de final

Fotos: Fifa

As autoridades indonésias iniciaram uma investigação sobre a atuação da polícia no tumulto em um estádio que terminou com 131 mortos, incluindo dezenas de crianças, em uma das maiores tragédias da história do futebol.

Diante da crescente revolta da população, a polícia tenta determinar os responsáveis pelo desastre na cidade de Malang que, segundo torcedores, começou quando os agentes usaram gás lacrimogêneo contra as arquibancadas lotadas para evitar uma invasão do gramado.

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O chefe de polícia da província de Java Oriental, Nico Afinta, pediu desculpas pelas falhas de segurança que provocaram a tragédia.

Os torcedores do Arema FC criaram um centro improvisado em Malang para receber denúncias e afirmaram que pretendem iniciar um processo contra os policiais, que acusam de provocar várias mortes com ação indiscriminada contra os espectadores.

A polícia descreveu o incidente como um "motim" no qual morreram dos agentes. Os torcedores denunciam uma ação desproporcional.

"Se houve um motim, eles deveriam ter disparado (o gás lacrimogêneo) no gramado, não nas arquibancadas", declarou à AFP Danny Agung Prasetyo, coordenador do grupo de torcedores do Arema.

"Muitas vítimas estavam nas arquibancadas. Entraram em pânico com o gás", acrescentou.

O número de mortos subiu para 131, informou nesta terça-feira (4) uma fonte do serviço de saúde local. As seis vítimas adicionais (o balanço anterior era de 125) não resistiram aos ferimentos sofridos na noite de sábado.

O chefe de polícia de Malang, Ferlo Hidayat, foi destituído na segunda-feira e nove agentes foram suspensos. Outros 19 estão sob investigação, anunciou o porta-voz da Polícia Nacional, Dedi Prasetyo.

O governo indonésio suspendeu a Liga Nacional e criou uma comissão para investigar a tragédia. As conclusões devem ser apresentadas em no máximo três semanas.

As arquibancadas do estádio Kanjuhuran estavam lotadas com os torcedores do Arema FC parfa a partida contra o grande rival Persebaya Surabaya.

Os torcedores invadiram o gramado após a derrota de 3-2, a primeira sofrida pelo Arema em mais de duas décadas no clássico da ilha de Java Oriental.

A polícia respondeu com agressões, o que levou os torcedores a fugir para o gramado.

Desde que surgiram os primeiros detalhes da tragédia, os pedidos por uma investigação independente são cada vez mais intensos.

"Não há uma instrução para disparar gás lacrimogêneo e não há uma instrução para fechar os portões", afirmou Albertus Wahyurudhanto, membro da Comissão Nacional de Direitos Humanos.

A revolta dos torcedores está presente nos arredores dos estádios, com um veículo policial queimado e onde é possível ler frases como "Gás lacrimogêneo contra lágrimas de mães" ou "Nossos amigos morreram aqui".

Na segunda-feira, os jogadores e torcedores do Arema se reuniram no estádio para rezar pelas vítimas.

Entre os mortos estavam 32 crianças, a mais jovem de 3 ou 4 anos.

O presidente da Fifa, Gianni Infantino, chamou a tragédia de um "dia sombrio" para o futebol.

As normas de segurança da Fifa proíbem o uso de gás lacrimogêneo por policiais ou seguranças nos estádios.

A lenda do futebol brasileiro Pelé se solidarizou com os familiares das vítimas da tragédia e afirmou que "a violência não combina com o esporte".

A violência no futebol é um problema persistente na Indonésia, que já motivou a proibição da presença dos torcedores do Persebaya Surabaya nos estádios.

Os torcedores, no entanto, afirmam que não são culpados.

As autoridades indonésias afirmaram que foram vendidos mais ingressos do que a capacidade do estádio. Testemunhas afirmaram que algumas portas do estádio estavam fechadas.

Os torcedores mais fortes conseguiram escalar os portões e fugir do tumulto, enquanto os mais vulneráveis foram esmagados quando o gás lacrimogêneo foi utilizado.

Para alguns, o desastre era previsível.

"Você podia ver e sentir que algo ruim poderia acontecer. É o tipo de medo que você sente quando viaja para uma partida aqui", disse Pangeran Siahaan, comentarista de futebol indonésio, à AFP.

"Há muitos perigos a cada vez que você entra em um estádio de futebol na Indonésia", acrescentou.

Eram 7h45 de uma quarta-feira quando me aproximava do estádio Al Janoub, construído na cidade de Al Wakrah, 20 quilômetros ao sul do centro de Doha, no Catar. No fim de uma corrida de Uber de 25 minutos, cruzei com 33 ônibus vazios circulando. Todos faziam o trajeto estádio/estação de metrô. Os motoristas estavam treinando para atender os turistas durante a Copa do Mundo, no fim do ano.

O motorista do Uber me contou que a cena se repetia havia dois meses. "Ficam gastando dinheiro. Se fosse por um mês, tudo bem", disse indignado. O Estadão acompanhou de perto toda essa movimentação e conheceu os oito estádios da Copa do Mundo do Catar.

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Era o primeiro estádio da Copa de 2022 que visitaria para a reportagem. Cheguei às 7h54 e o termômetro do meu celular já marcava 39ºC. No portão de entrada, nenhuma sombra. Por sorte, logo mandaram um carrinho de golfe para me resgatar do calor - veículo que, aliás, é imprescindível para se locomover ao redor dos estádios no quase insuportável verão catari.

O gerente de operações do Al Janoub, Williams Morales, um engenheiro venezuelano que mora em Doha, me recebeu entusiasmado e logo contou que o brasileiro Roberto Carlos participou da inauguração do estádio em 2019 (Cafu também esteve lá na ocasião). Com Morales, o Estadão percorreu todo Al Janoub, em um tour semelhante ao que se repetiria nos dias seguintes pelos outros três estádios em que o Comitê Organizador permitiu a entrada da reportagem.

Em geral, os estádios impressionam. Luxuosos e modernos em sua maioria, têm sistema de ar condicionado, boa acústica e bonitas referências à cultura catari. Todos têm projetos de uso para depois do Mundial. Alguns deles, por exemplo, terão áreas transformadas em hotéis. Outros serão a casa de times locais. Sem jogos, porém, não foi possível verificar como funcionam, se a entrada e saída de milhares de torcedores ao mesmo tempo, por exemplo, é fácil. Alguns foram testados para públicos menores.

Todos os passeios começaram pela área VVIP, com dois "v" mesmo, que indicam que o local é para pessoas mais do que importantes. Essas áreas luxuosas são compostas sempre por um espaço grande mobiliado com sofás e poltronas confortáveis e decorados com objetos da cultura local ou com quadros e fotografias que ilustram o país. Há também dezenas de camarotes, todos com excelente vista para o campo e saída para cadeiras nas numeradas.

São nas áreas VVIP que chefes de Estado e dirigentes da Fifa serão recebidos. Há também uma sala especial para o emir. Em uma em que entrei (no estádio Al Bayt, o da abertura do Mundial), me pediram para tirar o sapato para não sujar o tapete branco que decorava o local. Sofás também brancos e quadros com fotografias em preto e branco da população catari completavam o interior da sala.

Após conhecer o espaço VVIP, o tour continuava pela área VIP, que só se diferenciava da primeira pela ausência da sala do emir e do lounge do presidente da Fifa (um espaço bastante apertado quando comparado ao do emir, a figura mais importante do Catar). Também foi possível percorrer os gramados, que, no fim de junho, apresentavam algumas áreas descobertas, sem a grama verdinha. Morales explicou que estavam assim porque era época de troca de grama e que, em um mês, os campos estariam em condições perfeitas.

No Al Janoub, a grama é híbrida e, segundo Morales, isso deve fazer com que o torcedor veja com menor frequência aquelas cenas de tufo do campo voando no meio das partidas após um chute forte dos atletas. O Maracanã também adotou a híbrida neste ano, mas, em julho, havia sinais de que o gramado não estava aguentando a quantidade de partidas disputadas no estádio, refém do calendário do futebol brasileiro.

Também no Al Janoub, nosso anfitrião pediu para um funcionário ligar os telões do estádio, que passaram a exibir um clipe de Hayya Hayya (Better Together), a música oficial da Copa do Catar. Morales, não à toa, ficou orgulhoso do sistema de som e da acústica da arena, que impressionou também engenheiros do Sudão que visitavam o local naquele dia.

AR CONDICIONADO

Atrasado, chegou Saud Abdul Ghani, o engenheiro responsável pelo sistema de ar condicionado de todos os estádios do Mundial. Contou que, na maioria dos estádios, o ar sai por baixo das cadeiras dos torcedores. Há também espécies de canhões que jogam o ar frio para o campo. Ali, a temperatura é mantida amena até uma altura de, mais ou menos, dois metros acima dos jogadores. Nas laterais do gramado, você sente um certo ventinho, mas não no campo, dado que se forma uma espécie de bolha de ar ali. O formato de alguns dos estádios também ajuda a manter o ar refrigerado.

Para resfriar o estádio, são necessárias de duas a três horas com o sistema ligado, mais ou menos o tempo em que o torcedor começa a entrar nas arenas em Copa dos Mundo. No verão, quando os termômetros podem marcar 50ºC no país, os estádios conseguem manter uma temperatura de 21ºC. O Estadão participou de um jantar servido no gramado do estádio Khalifa. O evento nada tinha a ver com a Copa, mas foi possível conferir que o sistema de refrigeração é mesmo eficiente. Apesar dos 36ºC do lado de fora, tive de vestir blusa de manga longa e ainda me enrolei num casaco.

A energia para garantir o sistema de refrigeração vem de uma fazenda de painéis solares construída especialmente para a Copa. Ela tem capacidade de gerar dez vezes a energia necessária para abastecer os oito estádios.

Parece ser uma solução perfeita para um país desértico, onde o Sol arde. Mas Abdul Ghani explicou que não é trivial manter a fazenda. Os painéis solares precisam de constante manutenção por causa da poeira e das tempestades de areia. Ainda assim, a energia solar é responsável por 10% da matriz energética do Catar - o gás natural é a principal fonte.

Abdul Ghani me levou para conhecer os "porões" do estádio, embaixo das arquibancadas, onde o ar é filtrado. Ali, resistiu em dizer qual o gasto de energia para manter um estádio resfriado durante uma partida de futebol. Se esquivou afirmando que depende do número de torcedores e da época do ano. A assessoria de imprensa da Comissão Organizadora também não revelou o dado.

O tour continuou pelos vestiários: primeiro os dos árbitros, mais modestos, e depois os dos jogadores. No Al Janoub, além de cada jogador ter seu armário, há um pequeno cofre para cada um também. Cada time tem à disposição sala de massagem, um espaço com gramado artificial para o treino de algumas jogadas ou um aquecimento prévio, jacuzzi, banheira de gelo para crioterapia e sala para orações - com, obviamente, indicação para Meca.

974

Estádio onde o Brasil jogará sua segunda partida da Copa, contra a Suíça, o 974 parece feito de peças coloridas de Lego. Na verdade, ele foi todo construído com contêineres e módulos de aço e será desmontado depois do Mundial. O material poderá ser usado para construir estádios menores ou até mesmo um igual em outro lugar.

Como será desmontado, é o único estádio da Copa do Catar sem ar condicionado. O interior tem decoração colorida, seguindo o padrão externo. Os vestiários dos jogadores têm bancos e armários feitos com o mesmo material dos contêineres, o que dá uma impressão de um estádio mais simples - mas também mais moderno - do que outros como Al Bayt.

Com capacidade para 40 mil pessoas, o 974 é o estádio mais próximo do centro de Doha e tem vista para a baía e para os modernos prédios da West Bay. É possível acessá-lo de metrô e uma espécie de "beach club" será instalado em suas proximidades durante a Copa.

AL BAYT

De longe, o estádio de abertura da Copa simplesmente não parece um estádio, e sim uma tenda gigantesca. A arquitetura do Al Bayt é inspirada em tendas dos povos beduínos e o interior da arena impressiona pela opulência. Nos vestiários, por exemplo, um confortável sofá revestido de tecido foi instalado no lugar dos tradicionais bancos.

Todo o luxo da decoração deve ser aproveitado depois da Copa, quando a área VIP será transformada em um hotel cinco estrelas. Ainda está prevista a incorporação de um shopping center e de um hospital de medicina esportiva. No projeto pós-Copa, a capacidade do estádio será reduzida de 60 mil para 32 mil pessoas.

O complexo de Al Bayt, porém, fica a 46 km do centro de Doha. Não é uma distância longa, mas, hoje, praticamente, não há nada próximo ao local. Não é possível chegar de metrô ao estádio. A distância equivale à viagem de São Paulo a Jundiaí.

AL JANOUB

Al Janoub fica em Al Wakrah, uma cidade com pouco mais de 30 mil habitantes que já foi um vilarejo de exploração de pérola - daí o formato do estádio lembrar um barco de pesca típico catari, e as arquibancadas, o mar.

A forma do Al Janoub, porém, foi motivo de polêmica quando o projeto foi divulgado, dado que muitos a compararam com uma vagina. À época, a arquiteta iraquiana responsável pelo desenho, Zaha Hadid, afirmou que os comentários eram "ridículos". "Tudo com um buraco é uma vagina?", questionou. Ela sugeriu também que a comparação não teria sido feita se o arquiteto fosse homem. Hadid foi a primeira mulher a ganhar o Prêmio Pritzker, espécie de Oscar da arquitetura, em 2004.

O estádio possui um teto retrátil, que leva cerca de meia hora para ser fechado. Quando a estrutura está montada, o resfriamento do Al Janoub é feito mais rapidamente e ela pode ser reaberta assim que a temperatura no interior cair.

Com capacidade para 40 mil pessoas, o Al Janoub terá esse número reduzido para 20 mil após a Copa. Para chegar ao estádio, é possível utilizar o metrô, mas a estação mais próxima fica a 4,5 km. Nos dias de jogos, os ônibus estarão disponíveis para os torcedores percorrerem esse trajeto final.

Al Janoub foi o primeiro estádio construído para o Mundial do Catar a ficar pronto e foi inaugurado em maio de 2019, três anos e meio antes da disputa. Entre os jogos que receberá, estão alguns do mesmo grupo do Brasil, como Suíça x Camarões e Camarões x Sérvia.

AHMAD BIN ALI

Inaugurado em dezembro de 2020, o Ahmad Bin Ali foi erguido onde ficava o antigo estádio do time Al Rayyan - que foi demolido. Segundo o Comitê Organizador, mais de 90% dos materiais usados na construção eram reciclados e as árvores que circundavam a instalação antiga foram replantadas.

Por enquanto, porém, a impressão é de que ainda faltam árvores nos arredores para fornecer sombras nessa região que é conhecida como a porta de entrada para o deserto do Catar. E a caminhada de dez minutos no verão local, entre a estação de metrô e o estádio, parece derrubar a pressão de qualquer um.

O estádio tem uma fachada branca reluzente e a ideia é que lembre diferentes aspectos da cultura do país, como a beleza do deserto e a flora e a fauna. Assim como o estádio, a estação de metrô local e um shopping ao lado foram construídos para a Copa do Mundo. A capacidade para 40 mil pessoas também será reduzida pela metade depois do Mundial 2022.

AL THUMAMA

Com a fachada representando o "gah fiya" (touca branca que é símbolo de dignidade e é usada por muçulmanos sob o lenço branco que cobre suas cabeças), Al Thumama tem um interior não tão luxuoso como o de outros estádios. Os vestiários, por exemplo, têm mobiliário branco e discreto. A área VIP também tem mesas, cadeiras e sofás com design menos rebuscado, mas elegantes, além de alguns objetos da cultura local.

Al Thumama receberia o primeiro jogo da Copa, que estava programado para as 13h de 21 de novembro entre Senegal e Holanda - a cerimônia de abertura seria depois dessa partida e também após Inglaterra e Irã. Uma mudança anunciada a cem dias do início do Mundial, porém, tirou do Al Thumama o primeiro jogo, que passa a ser no estádio de Al Bayt entre Catar e Equador, imediatamente após a abertura. Geralmente o país-sede abre a Copa.

A capacidade de Al Thumama durante a Copa será de 40 mil pessoas. Depois, passará para 20 mil. Como ocorrerá com os outros estádios, a estrutura que será removida para diminuir a capacidade deve ser repassada a países em desenvolvimento. A intenção é que eles usem o material na construção de centros esportivos. Inaugurado em outubro do ano passado, o estádio também deve receber um hotel e uma clínica esportiva depois do campeonato.

CIDADE DA EDUCAÇÃO

Instalado em uma região que reúne campi no exterior de universidades como Georgetown e Northwestern, o Cidade Educação é o estádio com acesso mais fácil de todos no Catar. A estação de metrô fica a 500 metros e o bairro tem um sistema de trens de superfície gratuito que conecta as diversas instituições de ensino e pesquisa - um dos pontos de embarque fica em frente ao estádio.

O Cidade Educação é mais um estádio para 40 mil pessoas que terá a capacidade reduzida pela metade. Losangos compõem a fachada, e a intenção é que remetam à durabilidade, qualidade e resiliência dos diamantes.

Após a Copa do Mundo, as instalações deverão ser usadas pela seleção feminina do Catar e para a prática esportiva da comunidade local, sobretudo estudantes. Duas escolas e um centro de conferências devem ser incluídos no local.

KHALIFA

Único que não foi erguido especificamente para a Copa, o Estádio Internacional Khalifa existe desde 1976, mas foi remodelado para o Mundial de 2022. A capacidade foi ampliada em 10,5 mil lugares (o total agora é de 40 mil) e uma iluminação especial em LED foi adicionada, assim como o sistema de ar condicionado.

Diferentemente dos estádios novos do Catar, cujas pequenas saídas de ar foram instaladas embaixo dos assentos, no Khalifa, elas são maiores e somam 2.013 unidades, que jogam o ar de um nível acima para a arquibancada e o campo.

Pronto para o Mundial desde 2017, o Khalifa tem fácil acesso de metrô e fica encostado no hotel The Torch. Um dos mais conhecidos do país, o hotel é uma torre de 300 metros de altura no formato de tocha, com 51 andares e vista de 360 graus de Doha. Parece até fazer parte do estádio. O hotel é conectado ao luxuoso shopping Villaggio Mall.

Após receber a disputa pelo terceiro lugar da Copa, o Khalifa deverá voltar a ser o principal estádio do país.

LUSAIL

Com capacidade para 80 mil pessoas, o estádio de Lusail receberá a final da Copa e dois jogos do Brasil na fase de grupos (Brasil x Sérvia e Brasil x Camarões), além de outras partidas que chamarão a atenção dos torcedores, como Argentina x México e Portugal x Uruguai.

Construído a 20 km do centro de Doha, o estádio fica em Lusail - uma cidade para 250 mil habitantes que foi quase totalmente construída nos últimos dez anos. Quando a reportagem esteve no local, no fim de junho, as obras ainda eram intensas na região, tanto de prédios residenciais quanto de infraestrutura ao redor do estádio. A Comissão Organizadora não permitiu a entrada da reportagem no local.

A arquitetura do estádio é inspirada na interação entre luz e sombra de um modelo de lampião tradicional no Catar. O governo estuda modificar o local, depois da Copa, para dar lugar a unidades habitacionais, lojas, clínicas, uma escola e um campo de futebol comunitário. Tem fácil acesso por metrô e o jogo de inauguração ocorreu em agosto.

O presidente da Federação Pernambucana de Futebol, Evandro Carvalho, esteve nesta quinta-feira (4) na sede da Secretario de Defesa Social, para entregar um ofício solicitando a liberação das charangas e das bandeiras nos estádios de Pernambuco. O deputado estadual pelo PSB Isaltino Nascimento acompanhou o cartola.

Evandro demonstrou confiança em um desfecho positivo, após entregar o documento nas mãos do secretário Humberto Freire. Segundo o presidente da FPF, uma resposta a respeito da solicitação deve ser dada em breve.

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“Rapidamente, em muito pouco tempo, nós teremos nós teremos as nossas charangas e as nossas bandeiras nos estádios de Pernambuco”, exaltou Evandro Carvalho.

Quando faz o caminho de volta da Neo Química Arena para casa, Juliana Prado, 30 anos, geralmente está exausta, tanto que precisa se isolar em algum canto e ouvir uma música tranquila para recuperar as energias depois de apoiar o Corinthians. No estádio em Itaquera, na zona leste da capital paulista, ela se mistura à multidão, canta, sofre e joga junto com o time.

Juliana tem um grau leve de autismo, por isso a exposição à bagunça de um estádio tende a ser um pouco desgastante, mas a paixão dela pelo futebol e pelo time alvinegro é maior. O sentimento a faz voltar continuamente à arena corintiana, levando uma faixa na qual está escrito "Autistas Alvinegros".

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O corintiano mais atento notou que, desde o primeiro duelo contra o Santos, pelas oitavas da Copa do Brasil, no fim de junho, a faixa aparece estendida em todos os jogos da equipe na Neo Química Arena. Embora conversem com uniformizadas do Corinthians para organizar eventos e estreitar laços, os Autistas Alvinegros não são uma torcida organizada. Eles se definem como um movimento de inclusão social.

"A gente quer ser conhecido mesmo como a torcida da inclusão, que futuramente possa organizar projetos e encontros inclusivos. Nosso intuito é usar o futebol para trazer a imagem do autismo", explica Juliana, funcionária do setor administrativo dos Correios.

O propósito principal da organização, ela reforça, é dar visibilidade à causa por meio do futebol. "Infelizmente, o autismo é pouco visível, pouco conhecido, principalmente se for o autismo leve. O pessoal não sabe identificar ainda uma pessoa autista", constata. "Se todos se unirem nessa causa, os autistas vão ter mais acessibilidade aos estádios para poderem se sentir mais confortáveis".

"Essa faixa abriu o caminho", entende Rafael Souza Lopes. O auxiliar de expedição, de 35 anos, criou o movimento junto com Juliana há pouco mais de três meses, em 2 de abril, Dia Mundial da Conscientização do Autismo, data criada pela Organização das Nações Unidas (ONU), em 2007.

"A ideia do movimento veio pelo amor ao Corinthians", resume Rafael, feliz com a adesão ao projeto. A iniciativa ganhou corpo e os torcedores, mesmo os que não são autistas, abraçaram a causa. Hoje, oito pessoas compõem uma espécie de diretoria da torcida. Há um grupo de WhatsApp com cerca de 140 participantes, entre pessoas com autismo, familiares de autistas e psicólogos, usado para compartilhar informações a respeito do tema, além de um perfil recém-criado no Instagram com mais de 2 mil seguidores.

"Já recebemos relatos de pessoas emocionadas quando viram nossa faixa estendida no estádio", relata Rafael. "A gente tem recebido bastante mensagem de outros torcedores. Teve até vários palmeirenses que vieram nos elogiar. São grupos rivais, mas é o que eu sempre respondo: essa causa vai além de clube", reforça Juliana.

Os dois torcedores se descobriram autistas tardiamente. Ela, aos 29, e ele, aos 33. "Existem muitas razões pelas quais os indivíduos podem não ter recebido um diagnóstico de autismo quando eram crianças. Uma razão é que os critérios de diagnósticos mudaram ao longo do tempo. Além disso, a conscientização sobre o autismo costumava ser menos difundida e muitos indivíduos que atualmente atendem aos critérios podem não ter sido avaliados quando crianças", explica André Cavallini, médico da Clínica Gravital, que atende pacientes com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e usa terapias à base da cannabis para tratar esse transtorno no desenvolvimento do cérebro em alguns casos.

ESPAÇO PARA AUTISTAS

A lista é curta, mas há clubes preocupados com seus torcedores autistas. Na Neo Química Arena, por exemplo, existe um espaço destinado a acomodar corintianos com TEA. Situada no setor Oeste Superior, a sala tem paredes e janelas com isolamento de som, bem como atividades desenvolvidas para autistas e deficientes intelectuais. Além disso, o portador de autismo tem direito a um ingresso gratuito e até três bilhetes com desconto de meia-entrada para seus acompanhantes.

Rafael e Juliana conseguem se misturar ao "bando de loucos" porque são autistas de "nível leve". O alarido no estádio incomoda, mas não impede que estejam nas arquibancadas. No caso dele, o "hiperfoco" no futebol ajuda a reduzir o incômodo.

"É um fenômeno que reflete a absorção completa de uma pessoa em uma tarefa, a um ponto que parece ignorar completamente ou se desligar de todo o resto", elucida Cavallini. "Sou fissurado no Corinthians, então mesmo que o ruído me faça mal eu suporto porque tenho prazer de estar lá", diz o corintiano.

No Paraná, o Couto Pereira, estádio do Coritiba, inaugura em agosto uma sala de acomodação sensorial. O espaço será destinado para pessoas autistas e seus familiares. O clube levantou recursos para construir a estrutura por meio de um leilão das camisas, utilizadas pelos jogadores nas finais do Campeonato Paranaense deste ano, com o símbolo do autismo.

A ação aconteceu por meio de uma parceria do clube com o Instituto ICO, uma associação sem fins lucrativos voltada ao atendimento de pessoas autistas que promoveu o leilão das camisas. "A ação do Coritiba é de grande alcance: futebol é o coração do país", afirma Elyse Matos, presidente e fundadora do ICO.

Ela conta que a campanha foi tão bem-sucedida que arrecadou mais de R$ 100 mil, gerando excedente. O dinheiro que sobrou, fruto de doações de patrocinadores e do leilão, foi doado para a construção de uma sala de integração sensorial para o ambulatório da prefeitura de Curitiba. No Recife, o Náutico reservou uma área no Estádio dos Aflitos para torcedores com TEA.

FOGO SERRANO, A TORCIDA PIONEIRA

Se corintianos, torcedores do Coritiba e do Náutico têm um espaço adaptado para autistas, o botafoguense ainda briga pela construção dessa área no Engenhão. Um dos que encampam essa luta é o bancário Walter de Souza Azevedo, de 51 anos. Morador de Miguel Pereira (RJ), ele se tornou pioneiro quando fundou a Fogo Serrano, primeira torcida do País cujas bandeiras, faixas, adesivos e camisetas expõem o símbolo do autismo.

"Tento falar, mas o Botafogo não me ouve. Não temos nenhum apoio do Botafogo, infelizmente. Eu já mandei carta para o Botafogo pedindo um lugar apropriado não só para autista, para o deficiente visual e o deficiente auditivo", reclama Walter, pai de Lucas, garoto de 11 anos com TEA.

"Tentei ajudar não só meu filho, mas outras crianças com autismo, inclusive que eu via no colégio dele. Eu via que existia muita desinformação", observa o bancário, explicando a origem da Fogo Serrano, que nasceu graças ao amor de Walter pelo Botafogo e por Lucas.

"Eu quis juntar o amor que eu tenho pelo meu filho com a paixão que eu tenho pelo Botafogo". A torcida acabou ajudando no desenvolvimento do jovem botafoguense, hoje mais desinibido. "Com seis, sete anos de idade, ele não cantava. A primeira música que ele cantou foi o hino do Botafogo", conta.

O grupo de inclusão social já amealhou mais de 500 botafoguenses. A grande parte deles não é autista, mas se dedicam à causa. Na torcida estão sete crianças com TEA e dois adultos, além de um deficiente visual.

Unidos em prol do retorno da festa nos estádios em Pernambuco, Náutico, Santa Cruz e Sport soltaram juntos uma nota em que apelam as autoridades a liberação dos instrumentos musicais. O movimento vem logo após a PMPE voltar a atrás da proibição de rádios de pilha, também citada pelos clubes.

Na nota conjunta publicada nesta sexta-feira (29), o trio de ferro fez questão de mencionar e criticar a medida da proibição do rádio de pilha, já revogada pela PMPE, mas não deixou de fazer um novo apelo pela liberação dos instrumentos musicais, atualmente proibidos em Pernambuco.

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Para os clubes, os instrumentos são fundamentais nas emoções dos jogos e não apresentam risco à integridade de quem frequenta as arquibancadas.

“A festa precisa continuar dentro do estádio, garantindo que esta paixão seja passada de geração para geração”, diz parte da nota.

Nesta terça-feira (1º), o secretário de Saúde de Pernambuco, André Longo, anunciou medidas de flexibilização do protocolo de convivência com a Covid-19 no estado. Entre elas, a liberação de torcida nos estádios de futebol, a partir desta quarta-feira (2). 

Com os índices de infecção e mortes em queda no estado, a Secretaria de Saúde autorizou a presença de 3 mil torcedores nos jogos. Mas o passaporte vacinal e o teste negativo para a Covid-19 precisam ser apresentados, assim como já vinha acontecendo antes. 

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"É fundamental o compromisso de cada um. As vacinas, além de seguras, são nossas principais aliadas na proteção da vida", reforçou André Longo. A medida terá validade até o dia 15 de março, quando será reavaliada.

Nesta quinta-feira (24), o secretário de Saúde de Pernambuco André Longo deu indicativos de que as torcidas poderão retornar aos estádios em todo o estado em março. O retorno do público deve ser decretado no plano de convivência que passa a vigorar a partir do próximo dia 2.

"Como qualquer plano de convivência, esse avanço para permissão do público dentro dos estádios de futebol é natural", pontuou.

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O gestor da pasta disse que espera os índices da 8ª semana epidemiológica, que se encerra no sábado (26), para analisar o atual cenário e avaliar se a liberação para público em eventos esportivos pode ser anunciada na atualização dos protocolos.    

Caso os números da pandemia sigam em queda, o novo plano vai abranger todas as atividades e eventos com medidas proporcionais, sugeriu Longo.

Com quase 100 mil casos de Covid-19 registrados em 24 horas, a Itália acendeu o sinal de alerta e decidiu mudar as regras para a entrada de torcedores nos estádios de futebol, cuja capacidade máxima foi reduzida de 75% para 50%. As novas medidas do governo do país europeu entrarão em vigor na Série A do Campeonato Italiano a partir do próximo dia 6, quando as equipes retomarão suas atividades na competição.

As restrições são válidas também para as instalações esportivas cobertas, que teriam suas capacidades reduzidas para 35%. O Conselho de Ministros também debateu a possibilidade de uma redução considerada a ideal por alguns cientistas, o que permitiria apenas cinco mil torcedores no estádio. No entanto, até o momento essa medida não foi adotada.

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Para o acesso aos estádios, seguem valendo algumas medidas já adotadas anteriormente. Portanto, estar em dia com a vacinação é item obrigatório. Quem se recuperou da doença em um prazo inferior a seis meses também tem a possibilidade de acesso. As medidas já começam a valer no retorno do Campeonato Italiano e não existe uma previsão para o fim dessas restrições.

Até o momento não há, por parte do governo italiano, uma tentativa de interrupção da elite do futebol no país. As autoridades ainda avaliam os números de casos e mortes causadas pela nova variante para tomar outras medidas que afetam não apenas o futebol, mas também a sociedade num modo geral.

O Campeonato Italiano tem retorno previsto para o próximo dia 6 com o confronto entre Bologna e Internazionale, no estádio Renato Dall´Ara, em Bolonha. Toda a 20.ª rodada da competição, a primeira do returno, será disputada no mesmo dia e com as restrições já em vigor.

A Itália é uma das ligas europeias que decidiu não voltar a jogar com 100% da capacidade dos estádios. A Espanha, que também foi duramente impactada pela nova onda de casos de Covid-19, reduziu a entrada de torcedores para 75%.

Diversos clubes italianos já registraram casos de Covid-19 em seus jogadores como Napoli, Atalanta, Spezia e Fiorentina. Nas divisões inferiores, por exemplo, a Triestina (Série C) teve quase 20 contaminados e o Frosinone (Série B) contabilizou ao menos 10 positivos para a doença.

Atos de racismo, machismo e assédio sexual em estádios e ginásios de Pernambuco vão render uma multa de até R$ 1 mil ao infrator e R$ 20 mil aos clubes. A Lei estadual 17.522/21 foi publicada no Diário Oficial na sexta-feira (10).

A proposta do autor, o deputado estadual João Paulo Costa (Avante), é extinguir as práticas discriminatórias com a volta de 100% da capacidade em eventos esportivos.

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“Com a pandemia, houve uma redução de 53% das ocorrências de racismo no futebol em 2020. A volta do público aos estádios reacende a necessidade de desestimular as práticas preconceituosas dentro desses ambientes”, destacou. 

A gravidade dos ataques pela condição de gênero também foi apontado pelo parlamentar.

“É inadmissível que, nos dias de hoje, as mulheres ainda não se sintam seguras para frequentar lugares esportivos sem sofrer assédio”, disse.

Penalidade

A lei prevê multa entre R$ 500 e R$ 1 mil para os torcedores identificados; Já os clubes, agremiações e administradores dos estádios e ginásios vão desembolsar a multa fixada entre R$ 5 mil e R$ 20 mil. Em casos de reincidência, o valor duplica de acordo com a gravidade e as circunstâncias do preconceito preticado.

Depois de 20 meses de restrições impostas pela pandemia, a torcida voltou aos estádios e conseguiu empurrar, de fato, a maioria dos times no Campeonato Brasileiro. Dos 20 clubes da Série A, 14 igualaram ou somaram mais pontos como mandantes em relação aos jogos que fizeram com as arenas vazias. Apenas seis tiveram pontuação inferior.

O Estadão comparou os resultados dos clubes no período imediatamente anterior à retomada, das rodadas 11 à 22, com o período que se seguiu, das rodadas 23 à 34. A intenção foi analisar o impacto do retorno do público após as medidas para conter o avanço da pandemia no País.

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Os 14 clubes que aproveitaram melhor a força da torcida foram: Atlético-MG, Corinthians, Red Bull Bragantino, Internacional, Fluminense, América-MG, Ceará, Santos, Cuiabá, Atlético-GO, Juventude, Bahia, Sport e Chapecoense. Os times que fizeram campanhas piores diante da torcida foram: Palmeiras, Flamengo, Fortaleza, Athletico-PR, São Paulo e Grêmio.

Só atleticanos e corintianos venceram todas as partidas como mandantes. O que existe em comum entre os dois é a presença maciça do público, em torno de 40 mil pessoas. "Os times que jogam com casa cheia estão conseguindo grandes resultados", avalia Cristiano Dresch, vice-presidente do Cuiabá, estreante na Série A e que perdeu apenas uma das sete partidas depois que a torcida voltou à Arena Pantanal.

Virtual campeão brasileiro, o Atlético Mineiro venceu com e sem torcida, antes e depois. Embalado por quase 60 mil pessoas diante do Fluminense, o Atlético conseguiu a 15ª vitória seguida em casa. O time perdeu para o Fortaleza na estreia, empatou com a Chapecoense na sequência e depois só venceu.

O Corinthians mudou de patamar com a volta da Fiel. Após começar o torneio flertando com a zona de rebaixamento, o time só venceu desde a volta dos torcedores à Neo Química Arena e agora está no G-4. São sete vitórias em sete partidas, sequência que resgata a expressão "caiu em Itaquera, já era". A diferença em relação à campanha como visitante é assustadora. Dos oito jogos, a equipe perdeu cinco e empatou três. "Pegamos o Corinthians com o estádio lotado. Eles fizeram o gol aos 42 do segundo tempo. Se estivesse vazio, talvez eles não tivessem o mesmo ânimo", conta Marcelo Paz, presidente do Fortaleza.

É essa energia que motiva o Juventude na luta contra o rebaixamento. O time do Rio Grande do Sul ainda não perdeu desde o retorno do público, diante do Ceará. Antes dos jogos, o público faz o chamado "corredor jaconero" para recepcionar o ônibus. "A presença da torcida não foi importante só durante os 90 minutos. Já são quatro jogos em casa e estamos invictos desde o retorno do público", relata Walter Dal Zotto, presidente do Juventude.

Marcelo Paz lembra que o retorno da torcida foi gradativo. O estádio não ficou cheio de um jogo para o outro. Em casa, o Fortaleza alternou triunfos sobre Palmeiras e Atlético Goianiense, por exemplo, mas perdeu para Flamengo e Ceará. "Como ainda temos restrições de acesso por conta da vacinação, nós ainda não conseguimos ter o mesmo público de antes da pandemia. O crescimento tem impacto positivo no rendimento da equipe". Essa é a mesma opinião de Alessandro Barcellos, presidente do Internacional. "Com a torcida no estádio, o desempenho do time tende a melhorar. Ela é um diferencial no Beira-Rio".

Embora tenha influência direta no fator psicológico, como explica o professor Marcelo Paciello, pesquisador sobre o comportamento do consumidor esportivo, o torcedor na arena não é certeza de vitória. Também influenciam a formação da equipe, desgaste físico, lesões e a qualidade do adversário.

Outro fator importante é a disputa de outras competições. Antes de ser tricampeão da Libertadores, por exemplo, o Palmeiras usou o time reserva no clássico com o São Paulo e acabou perdendo por 2 a 0. O Athletico Paranaense, campeão da Copa Sul-Americana, sofre risco de rebaixamento por causa de um elenco enxuto. O time teve dificuldades para se dividir em duas competições.

Alguns clubes não conseguiram melhorar sua posição com o estádio cheio. Foi o caso do São Paulo, que faz uma das suas piores campanhas de sua história nos pontos corridos. Nas últimas rodadas, o time de Rogério Ceni empatou com o Athletico-PR e perdeu para o Flamengo diante de quase 40 mil pessoas. O time só se recuperou contra o Sport, novamente com estádio cheio.

A menos de um ano para o início da Copa do Mundo de 2022, o Catar inaugurou nesta terça-feira o estádio Al Bayt, que vai sediar o jogo de abertura do Mundial, em 21 de novembro do próximo ano. O local recebeu o confronto entre a seleção da casa e o Bahrein, pela Copa Árabe, considerado o grande evento-teste para a Copa de 2022.

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O Al Bayt está localizado a cerca de 50 quilômetros da capital Doha e tem capacidade para receber 60 mil pessoas. O estádio, cujo nome significa casa ou lar, contou com show de luzes e espetáculo de artes baseado na cultura árabe na cerimônia de abertura da competição regional, que será disputada até o dia 17 de dezembro.

A arena, que também receberá jogos das oitavas de final, quartas e uma semifinal, é uma das maiores da Copa de 2022. Em capacidade, só está atrás do estádio de Lusail, que vai receber a final e tem condições de receber até 80 mil torcedores. Entre oito estádios do Mundial, o Al Bayt é o sexto a ser inaugurado. E o sétimo também recebe sua primeira partida nesta terça, entre Emirados Árabes Unidos e Síria.

Trata-se do estádio 974, também chamado de Ras Abu Aboud. O número faz referência ao número de contêineres que integram a estrutura do local e também é o código telefônico do Catar. A arena pode receber até 40 mil pessoas e será lugar de jogos da fase de grupos e também das oitavas de final.

Antes destas duas arenas, os estádios Ahmed Bin Ali, Al Janoub, Education City e Internacional Khalifa já haviam sido inaugurados. Somente o Khalifa já existia antes de o Catar ser escolhido como sede da Copa de 2022. Os demais foram construídos nos últimos anos. O 974 será desmontado ao fim do Mundial.

Somente o estádio Lusail ainda não foi inaugurado. Sede da grande final da Copa, ele está em fase final de acabamento das obras. A expectativa é que receba seu primeiro jogo de futebol entre janeiro e março do próximo ano.

A partir da próxima segunda-feira (15), a aferição da temperatura dos clientes não será mais obrigatória nos estabelecimentos de Pernambuco. Além disso, o número de pessoas nas partidas de futebol no Estado está sendo ampliado para 50% da capacidade dos estádios. 

Atualmente, o número liberado de torcedores nos jogos é de 30%. Com a ampliação do percentual de pessoas nos estádios, a Arena Pernambuco, por exemplo, que suporta 46 mil pessoas, poderá receber no momento até 23 mil torcedores. 

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Além disso, também está liberado a temporada de Cruzeiro 2021 e 2022 no Recife e em Fernando de Noronha. Essas medidas foram anunciadas durante coletiva de imprensa realizada nesta quinta-feira (11), no Palácio do Campo das Princesas, na área central do Recife.

O secretário de Turismo e Lazer de Pernambuco, Rodrigo Novaes, aponta que essas medidas só são possíveis por conta da queda dos casos de Covid-19 no Estado e o avanço da vacinação. Novaes salienta que para continuar avançando no plano de convivência com o novo coronavírus, a população deve se atentar a necessidade da vacinação. 

"É preciso que haja essa conscientização para que a gente possa fechar o ciclo, avançar para a dose de reforço, e que a gente possa voltar à normalidade e ao calendário cultural importante do turismo de Pernambuco", pontua o secretário Rodrigo.

O Governo de Pernambuco autorizou o retorno dos torcedores aos jogos de futebol, a partir da próxima segunda-feira (27). A oficialização foi feita hoje, em coletiva de imprensa. Inicialmente, serão permitidas apenas 2500 pessoas, independente da capacidade do estádio. 

A última partida com presença de público em Pernambuco aconteceu no dia 14 de março de 2020. Na ocasião, o Náutico foi derrotado por 3x0 pelo Fortaleza em confronto válido pela Copa do Nordeste. A medida vai beneficiar justamente o clube da Rosa Silva, que disputa a Série B, competição em que a CBF já permite torcida.

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De acordo com o protocolo divulgado pela Secretaria de Saúde de Pernambuco, 90% dos torcedores precisam ter comprovadamente tomado a segunda dose, já o resto precisa comprovar a aplicação da primeira, além de teste PCR negativo. A partir de novembro, será permitido até cinco mil pessoas num jogo, ou 20% da capacidade do estádio.

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