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A Conmebol anuncia na próxima quinta-feira o estádio que irá receber a final da Copa Libertadores de 2020. No total, são oito locais na disputa, sendo seis brasileiros. O Maracanã, no Rio de Janeiro, aparece como favorito para receber a decisão, que será novamente disputada em jogo único.

Também nesta quinta-feira, a entidade que gerencia o futebol sul-americano vai anunciar qual estádio irá receber a decisão da Copa Sul-Americana. Vale lembrar que nesta temporada, a final da Libertadores será no Estádio Nacional de Chile e a Copa Sul-Americana vai ser decidida no estádio General Pablo Rojas, em Assunção, no Paraguai.

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A lista completa dos estádios candidatos a receber a final tem: Mario Kempes (Córdoba-ARG), Mineirão (Belo Horizonte), Arena do Grêmio (Porto Alegre), Beira-Rio (Porto Alegre), Maracanã (Rio de Janeiro), Morumbi (São Paulo), Arena Corinthians (São Paulo) e Estádio Nacional (Lima).

Dentre os estádios brasileiros, algo que chama a atenção é que quase todos foram reformados ou construídos visando a Copa do Mundo no Brasil, em 2014. A exceção é o Morumbi, que embora tenha ficado fora do Mundial, recebeu jogos da Copa América, neste ano.

Já pela Copa Sul-Americana, apenas quatro estádios estão na disputa e o representante do Brasil é o Mané Garrincha, em Brasília. Ele também foi utilizado durante o Mundial de 2014. A Sul-Americana deste ano acontece no Paraguai, mas inicialmente o jogo estava marcado para ser disputado no estádio Nacional de Lima, no Peru. O confronto mudou de local por falha na organização por parte dos peruanos, que tentam mais uma vez receber a partida.

As arenas que podem receber a Sul-Americana de 2020: Mario Kempes (Córdoba-ARG), Estádio Ciudad de La Plata (Buenos Aires-ARG), Mané Garrincha (Brasília) e Estádio Nacional (Lima-PER).

A Libertadores de 2019 está na semifinal e teremos uma decisão entre Brasil x Argentina. De um lado, Boca Juniors e River Plate disputam uma vaga e do outro, Flamengo e Grêmio brigam para chegar na final.

As autoridades francesas lançaram neste início de temporada um combate contra a homofobia nos estádios, denunciando cantos e cartazes preconceituosos. Na Europa, diversos países buscam maneiras de lutar contra esse problema.

O governo francês pediu neste ano mais firmeza na luta contra a homofobia. Assim, vários jogos foram interrompidos pelo árbitro devido a cantos de torcedores e cartazes homofóbicos.

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Mas o presidente da Federação Francesa de Futebol (FFF), Noël Le Graët, afirmou recentemente ser contra a paralisação de jogos, indo contra a recomendação do governo.

- Espanha -

Na Espanha, terceiro país do mundo a autorizar legalmente o matrimônio entre homossexuais em 2005, a abertura para o coletivo LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, transexuais e transgêneros) segue sendo um tabu no futebol profissional.

A tolerância parece acabar nas portas dos estádios. Nas arquibancadas os insultos homofóbicos são corriqueiros quando se quer insultar o adversário. Vários jogadores viveram estas situações diariamente, como os ex-meias espanhóis Míchel, Guti e Pep Guardiola, ou o português Cristiano Ronaldo.

Desde 2016, a Liga espanhola publica um guia de "boas práticas", no qual defende a "tolerância zero" contra qualquer tipo de discriminação.

A Liga manda também semanalmente um relatório para a Comissão de Disciplina da Federação Espanhola e para a Comissão de combate à violência que inclui os insultos proferidos pelos torcedores nos estádios e sugere punições.

Iniciativas recentes contra a homofobia tiveram certo sucesso na Espanha. Em 2015, jogadores de várias equipes usaram cadarços com as cores do arco-íris nas chuteiras, símbolo da causa LGBT. O Eibar e o Rayo Vallecano chegaram a usar uniformes com as cores do arco-íris.

- Inglaterra -

Na Inglaterra, a homofobia não é vista como um problema nos estádios, ao contrário do racismo, contra o qual as autoridades se mostram dispostas a atuar rapidamente.

A cultura dos torcedores é diferente da França, já que não existe a estrutura das torcidas organizadas no futebol britânico. Por outro lado, sofre com a descriminação.

Um estudo realizado em 2018 pela associação Kick It Out mostrava que as descriminações de todo tipo viram um aumento nos últimos anos, especialmente os casos de homofobia (+9% entre 2016-2017 e 2017-2018), para um total de 111 incidentes de caráter homofóbico em 2017-2018.

- Alemanha -

A homofobia nos estádios da Alemanha não é um assunto que gere grande polêmica. O pais se mostra muito mais reativo e indignado com manifestações públicas da extrema-direita ou de cunho neonazistas.

A sociedade alemã é uma das mais avançadas no que diz respeito à aceitação da homossexualidade e isso se reflete nos estádios.

O ex-jogador Thomas Hitzlsperger, que revelou ser gay após pendurar as chuteiras e se tornou comentarista de uma emissora da televisão pública, afirmou: "Os torcedores de futebol são muito mais abertos do que no passado. Foram feitos muitos avanços no futebol profissional contra a descriminação, os preconceitos e a intolerância. A homossexualidade já não é um tabu como era há cinco anos".

Contudo, nenhum jogador profissional em atividade revelou ser gay até hoje.

- Itália -

A questão da homofobia é pouco presente nas arquibancadas italianas.

Alguns casos ganharam fama fora dos gramados, especialmente o de Maurizio Sarri, ex-técnico do Napoli e hoje na Juventus, suspenso por dois jogos da Copa da Itália por ter chamado de "bicha" o colega Roberto Mancini, na época treinador da Inter de Milão.

Em 2012, o ex-jogador Antonio Cassano precisou pedir desculpas publicamente por declarações polêmicas.

"Homossexuais na seleção? Espero que não, mas isso é problema deles", tinha afirmado.

A Itália sofre mais com o racismo, omnipresente nos estádios, como os recentes ataques contra o atacante da Inter de Milão Romelu Lukaku, insultado pela torcida do Cagliari durante uma partida.

Para piorar, a própria torcida organizada da Inter de Milão optou por defender os torcedores rivais, não o jogador belga, afirmando que os insultos eram uma estratégia para desestabilizá-lo.

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Depois de proibir torcidas mistas nos clássicos para evitar confrontos entre rivais, o Ministério Público de São Paulo mostra preocupação com as brigas entre torcedores do mesmo clube. Para minimizar conflitos como esse, o MP enviou ofício à Federação Paulista de Futebol recomendando que seja proibida a entrada de pessoas com faixas ou adereços da organizada Independente, do São Paulo, aquela que vem se envolvendo em mais conflitos em 2019. A federação vai acatar o pedido. A organizada disse que ainda não foi informada oficialmente da determinação. Torcidas de outros clubes podem sofrer a mesma sanção.

A proibição é válida a partir do primeiro jogo do clube após a paralisação da Copa América. No dia 13 de julho, o São Paulo recebe o Palmeiras no Morumbi pela 10ª rodada do Campeonato Brasileiro, na retomada do torneio.

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"Nossa recomendação é que ninguém entre com camisas, faixas e adereços. Popularmente, a torcida está impedida de entrar. Não temos como controlar as pessoas. Pelo menos vamos impedir que entrem com símbolos e faixas da Independente. É uma medida preventiva", diz Pedro Eduardo Camargo Elias, promotor de Justiça do Juizado Especial Criminal (JECRIM) e do Anexo do Torcedor, ao Estado.

A ação do Ministério Público foi motivada por um ofício do 2º Batalhão de Choque da Polícia Militar. No documento, a PM informa vários problemas causados pelo torcida. O mais recente ocorreu no confronto entre São Paulo e Cruzeiro, no dia 2 de junho, pelo Campeonato Brasileiro, quando membros da torcida participaram de uma briga generalizada na Praça Charles Miller, em frente ao Pacaembu. Ainda de acordo com a polícia, os integrantes arremessaram pedras e garrafas contra a PM.

Foram presos 83 torcedores, sendo 55 membros da torcida e outros 26 da escola de samba da Independente. O Boletim de Ocorrência foi elaborado por provocação de tumulto.

A Polícia Militar mostra preocupação com a presença de torcedores do São Paulo do Movimento Tradição, formado por dissidentes da Independente, originários da subsede Campinas. "Eles costumeiramente têm comparecido aos jogos e existem informações de animosidade em relação aos torcedores da Independente, com grande possibilidade de confrontos", alerta a PM.

Em setembro de 2017, o grupo se desligou da organizada, mas continua usando o nome da entidade e o símbolo em uniformes, bandeiras e faixas. O grupo de Campinas, um dos maiores da Independente fora da capital, aponta desacordos com a diretoria da organizada da capital. Um deles seria a falta de protestos em relação à gestão do presidente Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco.

OUTRAS TORCIDAS - A recomendação do Ministério Público para a torcida do São Paulo pode se estender para outras torcidas. No mês de maio, um torcedor do Palmeiras foi baleado no ombro por um membro da torcida organizada do mesmo time ao lado do Shopping Metrô Tatuapé, na zona leste.

Segundo a PM, um grupo de torcedores palmeirenses conhecidos como Excluídos da Mancha Verde apedrejou ônibus da torcida. Dez torcedores foram presos. "Nos últimos 20 anos, tivemos eventos esporádicos de conflitos entre torcidas do mesmo time. Temos relatos que indicam que isso sempre ocorreu. Nossa intenção é prevenir novos enfrentamentos entre torcedores da mesma equipe", completa o promotor.

Estádios com capacidade para mais de 10 mil pessoas poderão ser obrigados a instalar catracas com controle biométrico na entrada dos torcedores. É o que estabelece o Projeto de Lei do Senado (PLS) 272/2017, aprovado pela Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE) nesta terça-feira (10). Agora, o texto será analisado pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ).

O projeto altera o Estatuto de Defesa do Torcedor (Lei 10.671/2003) para acrescentar ainda a necessidade de os torcedores estarem cadastrados no sistema para terem acesso aos jogos. Atualmente, a lei prevê o monitoramento dos jogos apenas por câmeras.

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O autor do projeto, o senador licenciado Telmário Mota (PTB-RR), se baseou na experiência bem-sucedida de instalação de câmeras em estádios da Inglaterra e de catracas com biometria no estado do Rio de Janeiro. Já o relator, senador José Medeiros (Pode-MT), apresentou emenda que obriga esse cadastramento biométrico também dos membros de torcida organizada abaixo dos 16 anos de idade. Atualmente, o registro já é previsto no Estatuto do Torcedor, mas sem a necessidade da biometria.

Todas as providências necessárias para o cumprimento do projeto serão estabelecidas em regulamento. Se aprovada, a lei entrará em vigor após 180 dias da publicação no Diário Oficial da União.

Da Agência Senado

O Ministério do Esporte lançou, na segunda-feira (19), em parceria com a Agência Brasileira de Inteligência (Abin), o curso de Avaliação de Risco em Estádios de Futebol. O objetivo principal da iniciativa é criar um protocolo de atuação das forças policiais especializadas em segurança nos estádios para que atuem de forma uniforme e eficaz no combate à violência entre torcidas, em especial nas arenas de futebol. 

O curso foi criado pela Coordenação-Geral de Governança, Gestão e Segurança em Eventos Esportivos (Coges), do Ministério do Esporte, e terá a mesma metodologia do plano de avaliação de risco implementado pela Abin nos grandes eventos esportivos realizados no Brasil, como na Copa do Mundo e nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos. O curso já começou nesta segunda-feira, no Rio, e se encerra na próxima sexta-feira (23). A meta é que depois ele seja replicado nos demais estados do País.  

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A Câmara dos Deputados analisa o Projeto de Lei 8144/17, que agrava pena para agravar a pena para o crime de dano contra arenas esportivas em dias de atividades.

Apresentada pelo deputado Marco Antônio Cabral (MDB-RJ), a proposta altera o Código Penal (Decreto Lei 2.848/40), que prevê detenção de um a seis meses ou multa para o crime de dano – destruir, inutilizar ou deteriorar coisa alheia – e de detenção de seis meses a três anos e multa, além da pena correspondente à violência, para o dano qualificado.

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O projeto prevê que o dano contra arenas esportivas configurará dano qualificado. “É frequente vermos verdadeiras praças de guerra nas arquibancadas dos estádios e arredores, tornando reféns muitos que se fazem presentes para assistir aos jogos com suas famílias e que infelizmente são colocados em grave situação de perigo”, justifica o autor do texto.

“Portanto, se faz necessário tornar mais gravosa a pena de quem cometer atos criminosos durante as competições e eventos realizados em arenas esportivas”, complementa

Tramitação

A proposta será analisada pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania e pelo Plenário.

Da Agência Câmara Notícias 

Gestores do Allianz Parque e do estádio Itaquerão, a Arena Corinthians, estão trocando informações com o Atlético Paranaense sobre a utilização da biometria (leitura das impressões digitais) para acesso dos torcedores aos estádios. O clube paranaense é o único do País a adotar o sistema em todos os setores da Arena da Baixada, em Curitiba; Grêmio e Internacional adotam a biometria apenas nos setores destinados às torcidas organizadas.

A biometria é uma medida para aumentar a segurança. O primeiro passo é instalar equipamento de leitura ao lado das catracas, na entrada dos estádios. Em seguida, é feito o cadastramento dos sócios-torcedores. Por meio do cadastro, é possível cruzar as informações com os órgãos de segurança para garantir que eventuais medidas restritivas, como um mandado de prisão ou uma proibição de entrar no estádio, seja cumprida de fato. Além disso, uma eventual punição para a ser individual, diminuindo o risco de punição ao clube.

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No Paraná está em andamento um projeto com participação do Tribunal de Justiça (TJ-PR), a Secretaria de Segurança Pública (SESP), o Instituto de Identificação, o Detran e a Companhia de Tecnologia da Informação e Comunicação (Celepar). A ideia é que a biometria seja adotada em todo o Estado.

Em São Paulo está em tramitação na Assembleia Legislativa o Projeto de Lei 779/2017, de autoria do deputado Celson Nascimento (PSC/SP), propondo a instalação obrigatória de sistemas de identificação biométrica nos estádios de futebol com capacidade superior a 10 mil pessoas. No Rio de Janeiro, uma ação civil pública criada pelo Ministério Público determina a instalação de leitores biométricos nos estádios. Ela, no entanto, está parada na Justiça. Aprovada pelo Juizado do Torcedor em maio, foi derrubada por um efeito suspensivo pedido pela própria Ferj.

O Allianz Parque, estádio do Palmeiras, admite o contato com uma empresa fornecedora do serviço de catracas para a Arena da Baixada e a Arena Grêmio, mas negou a adoção imediata da inovação. "Por enquanto, não faremos mudanças em nosso sistema. Fizemos apenas conversas para conhecer as inovações do setor de controle de acesso", informou a assessoria da Arena. Fontes ligadas ao Itaquerão afirmaram apenas que "a biometria está na lista de inovações que a arena pretende adotar, mas os prazos ainda não estão definidos". Os contatos foram feitos durante o Campeonato Brasileiro de 2017.

PROBLEMAS - A inovação não é uma unanimidade. No Sul do País, os torcedores reclamam que os clubes estão repassando os custos de implantação do sistema para os ingressos. Na Arena da Baixada, que adota o acesso em todos os setores desde setembro, os torcedores reclamam de aumento de R$ 100 para R$ 150. "(O aumento) é uma bravata. Nós damos desconto para compra antecipada. A elitização está ligada ao custo do espetáculo. Como pagar 1 milhão de reais por um atleta e cobrar 20 reais pelo ingresso?", indagou Mário Celso Petraglia, presidente do Conselho Deliberativo do Atlético Paranaense e que reassumiu as funções ligadas diretamente com o futebol.

Empresa atuante na produção de aço, a ArcelorMittal Brasil abriu, nesta segunda-feira (10), inscrições para o seu Programa de Estágio 2018. Ao todo, o processo seletivo conta com 1,3 mil oportunidades para candidatos de cursos técnicos e de nível superior, com possibilidade de atuação em 18 cidades brasileiras. Uma delas é Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife.

Administração de empresas, ciências biológicas, design, direito, economia, educação física, jornalismo, marketing, nutrição, serviço social, engenharias, enfermagem, entre outros inúmeros cursos, são as áreas disponíveis no nível superior. Já algumas das qualificações técnicas exigidas são automoção, contabilidade, elétrica, eletromecânica, informática, portos, química e segurança do trabalho.

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De acordo com a empresa, os selecionados receberão uma bolsa compatível com o mercado, além de benefícios como seguro de vida, vale transporte e refeição. A previsão é que o estágio inicie as atividades em 2018.

As inscrições na seleção devem ser feitas pela página virtual da companhia, até o dia 31 de julho, de forma gratuita. O certame prevê cadastro, triagem de currículos, entrevista coletivas, além de dinâmicas de grupo, avaliação psicológica, entrevistas individuais e exame médico. Mais informações podem ser encontradas no site do programa.  

Construída ao custo oficial de R$ 1.080 bilhão, o estádio Itaquerão, a Arena Corinthians, também está envolvida em suspeitas de corrupção. Inquérito que tramita sob segredo de Justiça no Supremo Tribunal Federal (STF) investiga "possível prática criminosa associada à construção da Arena Corinthians" com base em delações de cinco executivos ligados à Odebrecht, entre eles o dono da empresa, Emílio, e seu filho e herdeiro, Marcelo.

É apurado suposto recebimento ilegal por parte do ex-presidente do clube e atual deputado federal, Andrés Sanchez (PT). Outro inquérito, também no STF, investiga se o também deputado petista Vicente Cândido teria recebido dinheiro para ajudar a destravar o financiamento do estádio.

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Não há detalhes da investigação sobre Andrés, presidente do Corinthians entre 2007 e 2011. Mas há a suspeita de ligação com a prisão, em março de 2016, do vice-presidente do clube, André Luiz de Oliveira, o André Negão, depois que seu nome apareceu em uma planilha da Odebrecht sob o codinome "Timão" e ao lado da palavra "Alface". Ele teria recebido R$ 500 mil em propinas, cujo destinatário seria Sanchez, para sua campanha a deputado.

O advogado de Andrés Sanchez, João dos Santos Gomes Filho, rebate. Diz que não construtora não faz qualquer afirmação de pagamentos ao ex-presidente do Corinthians e que André Negão, em depoimento à Polícia Federal - foi preso em flagrante por porte ilegal de armas, durante a Operação Xepa, fase da Lava Jato - negou ter solicitado ou recebido qualquer valor em nome ou a favor de Andrés.

"Nossa posição é de que não há qualquer elemento probatório que sustente um nexo causal mínimo entre o valor apontado (R$ 500 mil) e o seu suposto repasse ao deputado Andrés Sanchez", disse Gomes Filho. À época da denúncia, Andrés, em conversa com a reportagem, afirmou: "Não é verdade que houve propina na Arena Corinthians para mim ou quem quer que seja. O Corinthians é vítima".

Em relação a Vicente Cândido, o inquérito apura se ele teria recebido R$ 50 mil para sua campanha para, em troca, "buscar apoio parlamentar na busca de solução para o financiamento do estádio do Corinthians". O depoimento foi de Alexandrino Alencar, ex-diretor da Odebrecht.

Cândido, que também é diretor de relações internacionais da CBF, informou por meio de nota que ainda não recebeu nenhuma notificação da Justiça (sobre o inquérito) e não teve acesso aos autos do processo. "Vale ressaltar que os acusadores ainda precisarão provar o que disseram. Neste sentido, tenho certeza de minha idoneidade e me coloco a disposição para quaisquer esclarecimentos à justiça".

Em sua delação, Marcelo Odebrecht disse que a construção da Arena Corinthians foi um pedido do ex-presidente Lula a seu pai, Emílio, e que ele tocou a obra a contragosto. "Teve um momento que tentei desistir", afirmou. "Foi logo após saber que a obra, que era para ser um estádio para 30 mil pessoas, virou um projeto para a Copa... Você entra no atoleiro e não sabe como sair depois".

CARTEL - Outro crime envolvendo arenas da Copa foi o estabelecimento de cartel. De acordo com ex-executivos da Odebrecht e da Andrade Gutierrez, as empresas e consórcios que executaram as obras do Mané Garrincha (Brasília) e das arenas Pernambuco (Recife), Castelão (Fortaleza) e Fonte Nova (Salvador) foram decididas pelo cartel das construtores. O Mineirão, em Belo Horizonte, só não entrou no "pacote" porque, depois de acertado que a reforma seria feita pela Andrade, o projeto foi transformado em PPP. Há um inquérito administrativo no Cade sobre a denúncia e alguns depoentes teriam colocado dúvida sobre a existência efetiva do cartel.

Destino de investimentos bilionários, a construção e a reforma das arenas para a Copa do Mundo de 2014 tiveram irregularidades em pelo menos 6 dos 12 estádios que receberam o Mundial, de acordo com delatores da Odebrecht.

A pedido da Procuradoria-Geral da República, o ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou que sejam encaminhados para outras instâncias relatos que envolvem o Maracanã, o Mané Garrincha, a Arena Castelão, a Arena da Amazônia e a Arena Pernambuco.

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Os conteúdos que apontam "possível prática criminosa associada à construção da Arena Corinthians [Itaquerão]" serão investigados no próprio STF, onde já tramita um inquérito sobre o assunto, em segredo de justiça.

No mais caro dos estádios, o Mané Garrincha, que custou R$ 1,4 bilhão, de acordo com dados oficiais, os delatores João Antônio Pacífico Ferreira e Ricardo Roth Ferraz de Oliveira relataram "ocorrência de acordo de mercado". Os crimes específicos que poderão ser investigados não foram divulgados no despacho do ministro a que a reportagem do Estado teve acesso.

Em tese, um acordo de mercado é uma prática em que os concorrentes combinam, previamente, preços ou os vencedores de uma licitação. Fachin determinou que conteúdos sejam encaminhados à Seção Judiciária do Distrito Federal e autorizou que a Procuradoria Geral da República os encaminhe à Procuradoria da República no Distrito Federal.

Nas obras do Maracanã - reconstruído ao custo de R$ 1,05 bilhão, 75% a mais que os R$ 600 milhões que se calculou gastar num primeiro momento - houve pagamento de vantagem indevida, segundo cinco delatores.

"Além do repasse de valores ao então Governador Sérgio Cabral, noticia-se a ocorrência de pagamentos em favor de agentes ligados ao Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ)", destaca o ministro Edson Fachin nos despachos em que autoriza a remessa dos termos de depoimentos ao Superior Tribunal de Justiça, que é a instância onde devem ser processados penalmente conselheiros de tribunais de conta estaduais. Entre eles está Jonas Lopes de Carvalho, suposto beneficiário dos pagamentos.

Na Arena Castelão, o delator Benedicto Barbosa da Silva Júnior, conhecido como BJ, narrou a "ocorrência de acordo entre as empresas do Grupo Odebrecht e Carioca Engenharia a fim de frustrar o caráter competitivo de processo licitatório associado à construção da Arena Castelão", segundo o despacho do ministro Fachin. Os fatos foram encaminhados à Seção Judiciária do Ceará. O ministro também autorizou que a PGR envie cópia para a análise da Procuradoria da República no Ceará.

Benedicto Júnior também contou que houve um acordo entre as empresas Odebrecht e Andrade Gutierrez para frustrar o caráter competitivo de processo licitatório associado à construção da Arena Amazônia, de acordo com o despacho do ministro Fachin, que remeteu essas informações à Seção Judiciária do Amazonas e autorizou remessa de cópia pela PGR à Procuradoria da República no Amazonas.

O delator João Antônio Pacífico Ferreira narrou a ocorrência de acordo entre as empresas Odebrecht e Andrade Gutierrez "a fim de frustrar o caráter competitivo de processo licitatório associado à construção da Arena Pernambuco". Fachin autorizou o encaminhamento de cópia destas declarações para a Seção Judiciária de Pernambuco e permitiu à PGR que as encaminhe à Procuradoria da República em Pernambuco.

SUPREMO - Os fatos ligados ao Itaquerão ficarão no STF. Emílio Odebrecht e Marcelo Odebrecht, dono e herdeiro do Grupo Odebrecht, se somaram a mais três delatores para descrever irregularidades na arena corintiana - estádio que inicialmente estava previsto para custar R$ 820 milhões, mas terminou em R$ 1,08 bilhão, tendo incentivo de R$ 400 milhões da Prefeitura de São Paulo. Os relatos de "possível prática criminosa associada à construção da Arena Corinthians" serão apurados no inquérito 4341 que já tramita no Supremo em segredo de justiça e tem como alvo único atualmente o deputado federal Andres Sanchez (PT-SP), ex-presidente do Corinthians.

Há também uma outra apuração que será feita na Corte em relação ao estádio. Trata-se de um inquérito - já autorizado pelo ministro Fachin - contra o deputado federal Vicente Cândido (PT-SP), que teria solicitado e recebido vantagem indevida no valor de R$ 50 mil, que teriam sido repassados pelo grupo Odebrecht devido ao interesse que teria no apoio ao parlamentar. As informações são extraídas dos depoimentos de três delatores.

"Consoante relato do Ministério Público, narra um dos colaboradores que, no ano de 2010, a pretexto de auxílio à campanha eleitoral para o cargo de deputado federal, Vicente Cândido da Silva solicitou e recebeu vantagem indevida, consistente em R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais), valor repassado pelo grupo Odebrecht que teria interesse no apoio do parlamentar na busca de solução para o financiamento do Estádio do Corinthians. Afirmou-se, ainda, que o beneficiário fora identificado no sistema 'drousys' com o apelido de 'Palmas', sendo os fatos corroborados pelos demais colaboradores", diz o ministro Fachin em despacho no inquérito 4448.

Relator da Comissão da Reforma Política na Câmara, Vicente Cândido responderá agora no Supremo pelos crimes de corrupção ativa, corrupção passiva e lavagem de dinheiro. O deputado também é diretor de Assuntos Internacionais da CBF.

O Estado não consegui contato com a defesa dos deputados Vicente Cândido e Andres Sanchez na noite desta terça-feira.

A Federação Paulista de Futebol (FPF) divulgou os resultados de uma pesquisa, encomendada ao Instituto Datafolha, para saber qual é o perfil do torcedor paulista. O levantamento envolveu 1.800 torcedores em 40 partidas, válidas pelas rodadas finais do Campeonato Paulista de 2016. Torcedores de 142 municípios responderam aos questionários elaborados pelo Datafolha.

A maioria dos torcedores paulistas são homens (84%), estão na faixa dos 38 anos de idade, em média, e a maioria tem ensino superior (46%). O nível de escolaridade dentro dos estádios supera as médias paulista (26%) e nacional (21%). O torcedor vai de carro para os estádios (65%), acompanhado de amigos (31%) e tem como motivação a qualidade dos jogos (15%), a qualidade das equipes (12%) e a emoção da torcida (10%).

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Além de perguntar sobre o Paulistão, o Datafolha também quis saber os campeonatos preferidos dos paulistas. O Campeonato Brasileiro é o mais votado, apontado por 58% dos entrevistados. O Paulista ficou em segundo, com 19%, a Libertadores da América teve 17% da preferência, e a Copa do Brasil ficou na “lanterna”, com 4%. No quesito estrutura, os banheiros e restaurantes dos estádios tiveram as piores avaliações entre os torcedores. Com notas entre 0 e 10, banheiros ficaram com 6,6 e, os produtos alimentícios, com 6,8. Conforto (7,6), segurança no entorno dos estádios (7,9), limpeza (8), iluminação (8), segurança dentro do estádio (8,4) e visibilidade (9), completam a lista.

A Fifa proibiu nesta segunda-feira (17) a realização de shows musicais nos estádios que serão palco da Copa do Mundo de 2018 nas semanas que antecederão o início do torneio na Rússia. A decisão foi apresentada com a publicação da atualização do regulamento do torneio.

A entidade aprovou uma regra que "para garantir que o campo de jogo seja da mais alta qualidade, ele não deve ser usado para um evento que não seja de futebol" nos dois meses antes do primeiro jogo no estádio pelo torneio. A Fifa também destaca que exige "aprovação prévia explícita" para as exceções.

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A Fifa disse nesta segunda-feira a regra mais rigorosa se deu em razão do uso excessivo dos estádios e locais de treinamento no Brasil antes da Copa do Mundo de 2014. Mas também ocorre após problemas na Eurocopa deste ano, realizada na França.

Um show da banda de rock AC/DC, um mês antes do torneio, em Marselha foi citado pelo técnico da seleção da França, Didier Deschamps, como razão para os problemas no gramado do Velodrome. A Fifa também definiu que poderá vetar jogos nos 12 estádios russos, além de CTs e outros locais de treinamentos um mês antes do início da próxima edição da Copa do Mundo.

Em uma mudança menor nas regras em comparação com o torneio de 2014, a Fifa exige que as seleções possuam uniformes extras para os goleiros sem nomes ou números impressos para as raras situações em que jogadores de linha precisam ir para o gol. As novas regras também não exigem que o presidente da Fifa esteja presente na entrega do troféu da Copa do Mundo para o capitão vencedor.

Os torneios de futebol da Olimpíada vão utilizar seis estádios construídos ou reformados para a Copa de 2014 que, dois anos depois do Mundial, enfrentam um problema comum: o prejuízo. Alguns deles ainda encaram denúncias de superfaturamento e de pagamento de propinas a políticos, feitos por construtoras que tocaram as obras.

O Maracanã, estádio da final masculina e onde o Brasil sonha em conquistar o tão sonhado ouro olímpico, é o símbolo do pesadelo que aflige as arenas. No final do mês passado, a Construtora Odebrecht, dona de 95% de participação na concessionária que administra o estádio (a AEG detém 5%), devolveu-o ao governo do Estado do Rio, embora oficialmente sustente que pede a renegociação do contrato. Mas é justamente a impossibilidade de revisão do contrato assinado em 2013, e que vigoraria por 35 anos, que fez a concessionária desistir, após acumular prejuízo de R$ 173 milhões em dois anos.

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Para piorar, nesta semana o Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ) determinou o bloqueio de créditos no valor de R$ 198 milhões às empreiteiras Odebrecht, Andrade Gutierrez e Delta por irregularidades na reforma do estádio como sobrepreço e obras não realizadas.

Sem contar que, em delação premiada no contexto da Operação Lava Jato, um ex-executivo da Andrade Gutierrez disse ter pago propina de 5% por ocasião da reforma ao ex-governador Sérgio Cabral. O político nega.

Local da estreia do Brasil, em 4 de agosto contra a África do Sul - e do segundo jogo, dia 7 com o Iraque - o Mané Garrincha, em Brasília, transborda problemas. Com a previsível subutilização confirmada, amarga prejuízos. No ano passado, o déficit foi de R$ 6,5 milhões, de acordo com a secretaria de Esporte Turismo e Lazer do Distrito Federal.

A Olimpíada representará mais gastos para o governo do Distrito Federal. Serão investidos R$ 32 milhões, R$ 7,1 milhões deles com estruturas temporárias externas no Mané Garrincha. Mas a secretaria estima que os 10 jogos que serão realizados na cidade (sete do torneio masculino) representarão uma movimentação financeira de R$ 156 milhões, o que compensaria, com sobra, os gastos.

Além disso, o Mané Garrincha é um dos estádios da Copa cuja reforma teria sido viabilizada com "ajuda" de propinas. Também de acordo com delação de ex-executivos da Andrade Gutierrez, os ex-governadores José Roberto Arruda e Agnelo Queiroz teriam sido beneficiados. Ambos negam.

A mesma delação também comprometeu os ex-governadores do Amazonas e atuais senadores Eduardo Braga (PMDB) e Omar Aziz (PSD) com a construção da Arena da Amazônia. Os dois repelem as acusações.

Financeiramente, o estádio de Manaus, que receberá seis partidas (quatro do torneio masculino) nos Jogos, enfrenta o mesmo problema do Mané Garrincha. Pouquíssimo utilizado, dá prejuízo. Em 2015, o rombo foi de R$ 6,5 milhões, saídos dos cofres do governo estadual.

IMPASSE - A situação da Fonte Nova também é complicada. O estádio que sediará Brasil x Dinamarca registrou prejuízo operacional de R$ 24,3 milhões em 2015, de acordo com balanço publicado pela Fonte Nova Negócios e Participações (FNP), concessionária formada pelas construtoras Odebrecht e OAS.

O déficit, porém, vem diminuindo ano a ano. A perspectiva é de que o negócio passe a operar no azul em pouco tempo. Mas há um problema que pode ser bastante grave.

Em abril, o Tribunal de Contas do Estado da Bahia (TCE/BA) considerou que o contrato de Parceria Público-Privada (PPP) firmado para a reconstrução da arena é ilegal e constatou um sobrepreço de R$ 460 milhões no custo das obras. E deu prazo até agosto para que a concessionária, a Superintendência dos Desportos do Estado da Bahia (Sudesb) e a Agência de Fomento do Estado da Bahia apresentem um estudo de readequação econômica e financeira para a arena.

Contrato de concessão também está sendo motivo de dor de cabeça no Mineirão. A Minas Arena, formada por três construtoras (Engesa, Construcap e HAP), alega prejuízos porque o plano de negócios firmado com o governo do Estado, que previa 66 partidas por ano, não está sendo cumprido.

Além disso, com a crise o governo reduziu em R$ 2,9 milhões mensais o repasse à concessionária, que há meses negocia uma revisão do contrato.

O Itaquerão tem boas arrecadações sempre que o Corinthians joga. No entanto, a dificuldade para pagar os R$ 5 milhões mensais das parcelas do empréstimo feito pelo BNDES para a construção da arena tem sido grande. Isso porque o clube não consegue vender o naming rights do estádio nem negociar os camarotes.

Com isso, mesmo sendo alta, a receita, de R$ 73 milhões em 2015, ficou aquém dos R$ 112 milhões previstos. Assim, está sendo negociado com o BNDES novos prazos de pagamento. Até agora, não há definição.

E a arena convive com a denúncia de que o conselheiro André Luiz Oliveira, o André Negão, aliado de Andrés Sanchez e candidato a presidente do clube nas próximas eleições, teria recebido R$ 500 mil em propina pelas obras. Ele nega. Chegou a ser preso, mas alega que foi por porte ilegal de armas. Pagou fiança e responde em liberdade.

ENGENHÃO TAMBÉM TERÁ PARTIDAS - O Engenhão também será palco dos torneios de futebol da Olimpíada do Rio. A arena vai receber oito partidas, quatro pela competição masculina e outros quatro pela feminina - inclusive os dois primeiros da seleção brasileira, contra China e Suécia, respectivamente.

O estádio inaugurado em 2007 e interditado em 2013, por causa de um problema estrutural grave em sua cobertura, passou por profunda reforma. Não foi, porém, por causa do futebol e sim pelo atletismo, que será o principal destaque do local.

A reforma custou R$ 52 milhões, valor custeado pela prefeitura do Rio de Janeiro. A capacidade de público foi aumentada para os Jogos em 15 mil lugares, passando para 60 mil pessoas.

Após o encerramento dos Jogos Olímpicos e também da Paralimpíada, o Engenhão será devolvido ao Botafogo, gestor do estádio até 2027.

Devido à violência que vem tomando conta dos estádios de futebol e seus arredores, as chamadas torcidas organizadas tem sido alvo de duras críticas entre torcedores e especialistas. Entretanto, muitos ainda se mostram a favor delas. Entre polêmicas, proibições e descumprimento da lei, os membros desses grupos continuam frequentando os campos. Quem deve ser responsabilizado pelas consequências? Qual a solução? Essas e outras questões são destaques na mais recente edição do LeiaJá Esportes.

Na apresentação do programa, Felipe Mendes media o bate-papo, com os comentários do repórter esportivo Fernando Sposito e de um convidado especial: o juiz e membro da Sociedade Brasileira de Direito Desportivo Aliton Souza, que já vem há mais de 10 anos atuando no ramo.

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Confira todos os detalhes do programa no vídeo:

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Visando melhorias nos estádios de Pernambuco, a Federação Pernambucana de Futebol (FPF) firmou uma parceria com o Instituto de Tecnologia de Pernambuco (Itep) para o desenvolvimento de projetos especiais para os campos de jogos dos times que integram o quadro do campeonato estadual. Questões de acessibilidade, conforto e segurança passam a ser avaliadas agora por integrantes do instituto. 

Presentes na reunião, o presidente do Itep, Geraldo Eugênio, a diretora Daniele de Castro e o presidente de FPF, Evandro Carvalho, discutiram projetos de melhorias e reestruturação dos estádios. A partir da assinatura do convênio, o instituto passa além de fiscalizar, dar assistência técnica para projetos de modernização e melhorias estruturais.

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Como exemplo dado da atuação que o Itep passará a ter a partir de agora, a diretora Daniele de Castro explicitou que o instituto realizou recentemente uma vistoria no estádio do Afogados da Ingazeira e fez uma avaliação das condições de campo. “O estádio hoje tem capacidade para menos de duas mil pessoas e para receber partidas da Série A1 do Pernambucano precisaria ter, no mínimo, cinco mil lugares. Então pedimos para substituir toda a arquibancada do local”, comentou. Na atual edição do Campeonato Pernambucano, o Ademir Cunha, em Paulista, onde o América mandava seus jogos foi interditado devido às péssimas condições estruturais.

O Itep também ficará responsável pelo processo da troca de iluminação dos estádios, manter a segurança e acessibilidade a cada campo, além de reuso da água e energia renovável para se criar uma economia e auxiliar na sustentabilidade dos estádios. 

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O Mundão do Arruda é alvo de uma avaliação que não agradou nem um pouco a torcida do Santa Cruz. O famoso estádio foi colocado entre os piores estádios da Série A do Brasileirão e foi considerado o pior do Nordeste entre os participantes da Primeira Divisão. O arquiteto do clube pernambucano, Cesar Augusto, e o presidente da Comissão Patrimonial, Antônio Luiz Neto, lamentaram o resultado divulgado pelo Sistema Brasileiro de Classificação de Estádios, do Ministério dos Esportes.

“Quem fez essa avaliação nunca deve ter vindo ao Arruda”, disse o arquiteto. Já Antônio Luiz Neto garantiu ao LeiaJá que o Mundão não merece ser taxado como ruim porque vem recebendo grandes eventos, como os shows do cantor Roberto Carlos e Paul McCartney. O presidente da Comissão Patrimonial do Santa Cruz ainda enfatizou que o Tricolor vem investindo pesado para reparar vários setores do estádio.

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“É muito difícil entender por que o estádio do Santa Cruz é o pior do Nordeste na Série A se temos apenas três clubes jogando a competição. O Arruda vem sendo cogitado, inclusive, para receber jogos da seleção brasileira. Se ele não prestasse, Roberto Carlos e Paul McCartney não viriam fazer shows aqui. Conseguimos esvaziar o estádio em somente dez minutos e estamos acostumados a receber grandes públicos. É lamentável esse resultado”, disse Antônio Luiz Neto. “Em 2015, realizamos durante o ano todo vários reparos na estrutura do Arruda. Posso afirmar que o investimento passou de R$ 600 mil”, completou o diretor patrimonial.

Questionado sobre o fato do Arruda ter ficado abaixo da Ilha do Retiro na avaliação – o estádio do Sport alcançou pontuação 3 de 5, enquanto o estádio tricolor ficou com 2 -, o diretor patrimonial disse não entender como foi feita a análise. Ele também afirmou que o resultado não possui relação com o trágico crime cometido do estádio do Arruda em 2014, quando torcedores atiraram uma privada sanitária e mataram cruelmente um torcedor do Sport. “Não tem nada a ver. Bandido tem em todo lugar”, completou.

O Moisés Lucarelli, da Ponte Preta, o Barradão, do Vitória, e o Arruda, do Santa Cruz, são os piores estádios da Série A do Campeonato Brasileiro. A conclusão está no Sistema Brasileiro de Classificação de Estádios, lançado nesta quinta-feira pelo Ministério do Esporte e idealizado em parceria com o Instituto Virtual Internacional de Mudanças Globais/COPPE/UFRJ. O Engenhão, utilizado pelo Botafogo, não foi avaliado nesta primeira etapa, que incluiu 155 estádios.

Como Atlético-MG e América-MG utilizam o Independência e o Maracanã é a casa de Flamengo e Fluminense, no total 17 estádios de Série A foram avaliados. Sete deles receberam a pontuação máxima, de cinco bolas - num paralelo com as estrelas dadas a hotéis. São eles: Maracanã, Itaquerão, Mineirão, Beira-Rio, Arena da Baixada, Arena Grêmio e Allianz Parque. Todos ou são novos ou foram reformados recentemente.

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O Morumbi, do São Paulo, é o único estádio de "quatro bolas" na Série A. Estádios de média capacidade de público (15 a 35 mil pessoas) ficaram com três bolas: Independência, Arena Condá, Couto Pereira, Orlando Scarpelli, Vila Belmiro e Ilha do Retiro.

Dos três times do Nordeste, dois estão entre os que têm os piores estádios, com duas bolas. O Arruda é o mais mal avaliado entre eles, totalizando cinco bolas na soma dos três critérios utilizados (cada um pontuando de um a cinco). Ficou com a mesma média do Barradão, que teve nove bolas no total (matematicamente a média seria três, mas o estádio foi pontuado com duas). O Moisés Lucarelli teve seis bolas na soma dos três critérios, sendo prejudicado pela falta de higiene.

Entre os 18 estádios de times da Série B (três utilizam o Serra Dourada), só o Paço das Emas, do Luverdense, não foi avaliado. A maioria deles (10) recebeu avaliação de três bolas. Ficaram com a pontuação máxima apenas os utilizados na Copa (Arena Fonte Nova e Arena Castelão), enquanto o Rei Pelé (CRB), o Bento Freitas (Brasil de Pelotas), o Estádio do Café (Londrina) e o Estádio dos Amaros (Oeste) ganharam apenas duas bolas. Os dois times do Sul chegaram agora à Série B.

A Série C, por sua vez, também tem dois estádios de cinco bolas: a Arena Castelão e a Arena das Dunas. Além disso, a Arena Pantanal ganhou quatro bolas. São outros sete estádios com três bolas e mais sete que mereceram apenas duas. Têm a pior avaliação as casas de ASA, Botafogo-PB, Guaratinguetá, Mogi Mirim, River-PI, Salgueiro-PE e Ypiranga-RS. Os estádios do Confiança (Batistão) e do Tombense (Almeidão) não foram avaliados.

Chama atenção o fato de que alguns estádios de boa avaliação não são utilizados como casa de nenhum time das três primeiras divisões do Brasileiro. São os casos do Pacaembu (três estrelas), de Pituaçu (em Salvador, quatro estrelas), além da Arena Amazônia e do Mané Garrincha (ambos cinco estrelas).

Por conta da Olimpíada, o Maracanã, o Itaquerão, o Mineirão, a Fonte Nova e o Mané Garrincha vão ficar indisponíveis por um bom tempo. Além de Pacaembu e Pituaçu, os clubes desalojados terão outras boas opções, especialmente no Rio. Lá, o Raulino de Freitas (Volta Redonda), o Moacyrzão (Macaé) e o Edson Passos (Mesquita) receberam três bolas. Já o Cruzeiro tem a opção de volta à Arena do Jacaré (em Sete Lagoas), que também teve essa pontuação.

Também com três estrelas e fora do Brasileiro estão, entre outros, a Fonte Luminosa (em Araraquara, SP), Anísio Haddad (São José do Rio Preto, SP), Arena da Floresta (Rio Branco, AC), Olímpico Regional (Cascavel, PR), Brinco de Ouro (Campinas, SP), Complexo do Ulbra (Canoas, RS), Arena Barueri (Barueri, SP), Centenário (Caxias, RS), Domingão (Horizonte, CE), Prudentão (Presidente Prudente, SP), Morenão (Campo Grande, MS), Bezerrão (Gama, DF) e Felipão (Paranavaí, PR).

Confira a avaliação dos estádios dos times da Série A

AMÉRICA-MG - Independência - 3 bolas (capacidade para 23.000 pessoas)

ATLÉTICO-MG - Independência - 3 bolas (23.000)

ATLÉTICO-PR - Arena da Baixada - 5 bolas (42.370)

BOTAFOGO - Engenhão - Sem avaliação

CHAPECOENSE - Arena Condá - 3 bolas (15.000)

CORINTHIANS - Itaquerão - 5 bolas (49.205)

CORITIBA - Couto Pereira - 3 bolas (34.872)

CRUZEIRO - Mineirão - 5 bolas (62.547)

FIGUEIRENSE - Orlando Scarpelli - 3 bolas (19.598)

FLAMENGO - Maracanã - 5 bolas (78.838)

FLUMINENSE - Maracanã - 5 bolas (78.838)

GRÊMIO - Arena Grêmio - 5 bolas (60.540)

INTERNACIONAL - Beira-Rio - 5 bolas (51.200)

PALMEIRAS - Allianz Parque - 5 bolas (43.713)

PONTE PRETA - Moisés Lucarelli - 2 bolas (17.728)

SANTA CRUZ - Arruda - 2 bolas (60.044)

SANTOS - Vila Belmiro - 3 bolas (16.798)

SÃO PAULO - Morumbi - 4 bolas (67.052)

SPORT - Ilha do Retiro - 3 bolas (35.000)

VITÓRIA - Barradão - 2 bolas (35.000)

 

Confira a avaliação dos estádios dos times da Série B

ATLÉTICO-GO - Serra Dourada - 3 bolas (41.574)

AVAÍ - Ressacada - 3 bolas (17.800)

BAHIA - Arena Fonte Nova - 5 bolas (51.708)

BRAGANTINO - Nabi Abi Chedid - 3 bolas (17.022)

BRASIL DE PELOTAS - Bento Freitas - 2 bolas (18.000)

CEARÁ - Arena Castelão - 5 bolas (67.037)

CRB - Rei Pelé - 2 bolas (18.801)

CRICIÚMA - Heriberto Hulse - 3 bolas (19.900)

GOIÁS - Serra Dourada - 3 bolas (41.574)

JOINVILLE - Arena Joinville - 3 bolas (22.000)

LONDRINA - Estádio do Café - 2 bolas (30.000)

LUVERDENSE - Passo das Emas - sem avaliação

NÁUTICO - Arena Pernambuco - 5 bolas (46.154)

OESTE - Estádio dos Amaros - 2 bolas (13.444)

PARANÁ - Vila Capanema - 3 bolas (16.720)

PAYSANDU - Mangueirão - 3 bolas (45.000)

SAMPAIO CORRÊA - Castelão - 3 bolas (41.574)

TUPI - Mario Helênio - 3 bolas (14.185)

VASCO - São Januário - 3 bolas (24.585)

VILA NOVA - Serra Dourada - 3 bolas (41.574)

 

Confira a avaliação dos estádios dos times da Série C

ABC - Fraqueirão - 3 bolas (15.082)

AMÉRICA-RN - Arena das Dunas - 5 bolas (45.000)

ASA - Coaracy da Mata - 2 bolas (12.500)

BOA - Dilzon Melo - 3 bolas (15.471)

BOTAFOGO-PB - Almeidão - 2 bolas (25.770)

BOTAFOGO-SP - Santa Cruz - 3 bolas (50.000)

CONFIANÇA - Batistão - Sem avaliação

CUIABÁ - Arena Pantanal - 4 bolas (41.112)

FORTALEZA - Arena Castelão - 5 bolas (67.037)

GUARATINGUETÁ - Ninho da Garça - 2 bolas (16.095)

JUVENTUDE - Alfredo Jaconi - 3 bolas (23.726)

MACAÉ - Moacyrzão - 3 bolas (15.000)

MOGI MIRIM - Valil Chaves - 2 bolas (19.900)

PORTUGUESA - Canindé - 3 bolas (21.004)

REMO - Mangueirão - 3 bolas (45.000)

RIVER-PI - Albertão - 2 bolas (44.200)

SALGUEIRO-PE - Cornélio de Barros - 2 bolas (10.240)

TOMBEMSE-MG - Almeidão - Sem avaliação

YPIRANGA-RS - Colosso da Lagoa - 2 bolas (30.000)

Em ritmo de pré-temporada, o zagueiro Ronaldo Alves concedeu entrevista, nesta segunda-feira (18), após o treino do Náutico, e mostrou seu ‘espírito boleiro’ ao declarar estar ansioso pelo retorno das competições oficiais. E não é para menos. Afinal, o Timbu estreia no Campeonato Pernambucano no próximo dia 31 já com clássico contra o Santa Cruz, na Arena Pernambuco, às 16h (horário do Recife).

“É ruim ficar só treinando. Estou ansioso para voltar a competir. Já sinto aquele frio na barriga que todo jogador precisa sentir antes dos jogos. Sentimos falta do estádio, da torcida gritando”, disse o zagueiro alvirrubro. E ponderou: “Mas procuramos utilizar a pré-temporada para aprimorar nosso futebol, recondicionar fisicamente a equipe e ajustar detalhes. É importante passarmos por esse período”.

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Ronaldo Alves destacou, ainda, a importância da manutenção das peças defensivas para a aceleração do entrosamento da equipe logo no início do ano. “Fundamental para que o Náutico siga com uma linha de contenção forte, gerando equilíbrio para a equipe. Vamos trabalhar para manter essa firmeza na parte de trás”, incentivou. “O Gilmar (Dal Pozzo) vem cobrando compactação”, completou.

As cervejas já têm data para voltar aos estádios pernambucanos: no dia 10 de janeiro. Na data de abertura do Campeonato Pernambucano de 2016, o comércio de bebidas alcoólicas já estará liberado. Isso porque nessa terça-feira (5), o presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), Guilherme Uchoa, promulgou a Lei que autoriza a venda das bebidas, que entrará em vigor a partir desta quarta-feira (5) após sua publicação no Diário Oficial do Estado.

As bebidas alcoólicas estão proibidas nos estádios pernambucanos desde 2009 quando o então governador Eduardo Campos aprovou o projeto de lei elaborado pelo deputado Alberto Feitosa. A volta da cerveja gerou muita discussão entre os deputados e por diversas vezes a votação chegou a ser adiada. O autor do projeto que previa a volta foi o deputado Antônio Moraes.

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A lei estava para ser sancionada pelo governador Paulo Câmara desde o dia 4 de dezembro, porém ele optou por devolver o projeto para a Assembléia que tem o poder de promulgá-la. Pernambuco agora se junta a outros estados que também autorizaram o retorno das bebidas como Minas Gerais, Bahia e Rio de Janeiro.

Por meio de despacho nesta terça-feira (15) no Diário Oficial do Estado, Simão Jatene, governador do Pará, alegou que o PL que autorizava a venda de bebidas alcóolicas nas praças esportivas é inconstitucional e, portanto, passível de veto. De acordo com o texto do veto, o projeto “ofende a Constituição Federal em seu artigo 24, parágrafo 1º, padecendo de vício de inconstitucionalidade formal de iniciativa. Isto porque o Projeto de Lei invade matéria de competência legislativa da União para estabelecer normas gerais sobre desporto e consumo”.

O projeto lei nº 268/15, de 4 de novembro de 2015, do deputado estadual Milton Campos (PSDB), previa a comercialização de bebidas alcoólicas nos estádios de futebol dos 144 municípios paraenses. Em Belém, o PL também foi aprovado, de autoria dos vereadores Pio Netto (PTB) e Marinor Brito (Psol), depois de vitória apertada. Após empate de 10 votos contra e 10 a favor, a decisão de minerva ficou com o presidente da CMB, Orlando Reis (PSD), que votou favoravelmente ao projeto.

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Os Estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia, Rio Grande do Norte e Mato Grosso do Sul são os únicos que, até então, autorizaram a comercialização de bebidas alcoólicas nos Estádios. Agora, o veto será apreciado pela Alepa no prazo de 30 dias.

Por Mateus Miranda.

 

 

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