Eles não querem só dominar as arquibancadas ou o estádio. Querem o clube todo. E o método é o mesmo usado contra as torcidas rivais. O medo, a intimidação e a violência. Em alguns casos o projeto vem sendo bem sucedido e em outros parece que o cerco se fechou.
Em entrevista concedida à Rádio Transamérica, o presidente do Santa Cruz, Antônio Luís Neto, mostrou apoio à organizada do clube. Justamente ela, que por conta de uma briga na Copa do Nordeste do ano passado, em Maceió, tirou do Arruda um dos principais jogos da história tricolor. O centenário coral terá que ser comemorado longe do seu território, provavelmente em Caruaru.
Ficar nas arquibancadas já não basta. O objetivo agora são atingir outros setores. Gerências, conselhos, diretoria e presidência dos clubes. Cansaram de pedir sala no clube, ingressos e ônibus para viagem. A intenção é controlar e mandar também nas finanças do clube. Há casos, como o de Andres Sanches, fundador da Pavilhão 9, uma ramificação da Gaviões da Fiel, e que chegou a presidência do Corinthians e a CBF, aspirando comandar todo o futebol nacional.
Em contrapartida, o Cruzeiro faz uma ação pioneira rompendo de vez com qualquer torcida organizada. Não financia, não apoia e quer a imagem dos brigões cada vez mais longe do clube, inclusive proibindo judicialmente o uso do símbolo do time pelas facções.
No caso do Santa Cruz, a Inferno Coral tem poder de diretoria dentro clube. Membros do grupo participam das entrevistas coletivas nas apresentações de jogadores. Interrompem treinos invadido o gramado para cobrar dos jogadores e tem uma série de benefícios, tamanha é a influência dentro do José do Rêgo Maciel.
Político como é, ALN deveria pedir uma pesquisa para saber a opinião de todos os torcedores do Santa Cruz sobre as ações das organizadas, assim poderia entender o sentimento da massa coral. Com certeza ninguém está feliz por ser privado de celebrar a data mais importante do clube longe daquele que é considerado o segundo lar da maioria. O Mundão do Arruda.
3 dentro
- Náutico. A nova diretoria alvirrubra vem agindo bem nesse início de temporada. Dá o respaldo necessário para as indicações do treinador, corta os privilégios dos jogadores, pretende pagar apenas o que pode aos atletas e que saldar as dívidas da antiga gestão.
- Messi. O argentino mais uma vez assombrou o mundo no seu retorno ao Barcelona, após um período afastado devido a uma lesão. Em 30 minutos o camisa 10 fez gol, driblou e deu passe. A Copa do Mundo deste ano pode ser o grande estímulo do atacante.
- Sport. Seguindo a lógica, o setor defensivo do Leão foi a prioridade nas primeira contratações. Aquela que o ano passado era a maior fragilidade do time, parece, na teoria, que esse ano será mais confiável. Principalmente com a volta de Durval.
3 fora
- Botafogo. Para manter a fama que o futebol é algo pouco transparente, o clube carioca fez uma parceria para lá de nebulosa com a Telexfree. A empresa acusada de pirâmide financeira e crime contra a econômia, está proibida de atuar no Brasil, mas estampará sua marca na trdicional camisa alvinegra.
- Ottmar Hitzfeld. Depois do técnico da Inglaterra, agora foi a vez do treinador da Suíça criticar a cidade de Manaus, que receberá o jogo dos europeus contra Honduras. De forma preconceituosa, o suíço disse que seu time jogaria no meio da selva.
- Governo Federal. A União pagou cerca de R$ 150 milhões para obras de melhorias de Centro de Treinamentos para receber seleções durante a Copa. 83 lugares receberam o benefício, porém apenas 32, o número de times na competição, serão utilizadas durante o mundial.