Magno Martins

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Política Diária

Perfil:Graduado em Jornalismo pela Unicap e com pós-graduação em Ciências Políticas, possui 30 anos de carreira e já atuou em veículos como O Globo, Correio Braziliense, Jornal de Brasília, Diário de Pernambuco e Folha de Pernambuco. Foi secretário de Imprensa de Pernambuco e presidiu o comitê de Imprensa da Câmara dos Deputados. É fundador e diretor-presidente do Blog do Magno e do Programa Frente a Frente.

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Sem apoio no PT

Magno Martins, | sab, 13/06/2015 - 06:57
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Ciceroneada pelo ex-presidente Lula, que acalmou a plebe, a presidente Dilma fez a defesa do ajuste fiscal do Governo durante a abertura do 5º Congresso Nacional do partido, em Salvador, quinta-feira passada. Afirmou que o Governo teve a "coragem" de fazer o ajuste, que qualificou como uma das "ações táticas", e disse que o PT deve saber fazer "a leitura correta da conjuntura em que estamos vivendo".

"O PT, disse Dilma, é um partido preparado para entender que muitas vezes as circunstâncias impõem um movimento tático". As medidas do ajuste fiscal, destinadas a conter a inflação e sanear as contas públicas, são alvo de críticas de setores do PT, que queixam-se da orientação do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e da suposta retirada de direitos sociais.

Ao discursar na abertura do congresso, o presidente do partido, Rui Falcão, chegou a afirmar que não é possível "retomar o crescimento provocando recessão nem que se possa combater a inflação com juros escorchantes e desemprego de trabalhadores". Segundo ele, o ajuste não pode ser "firme com fracos e frouxo com os ricos".

Com receio de sofrer vaias – ela chegou ainda a ser hostilizada – a presidente passou o tempo inteiro da sua fala tentando justificar o ajuste. “Tivemos a coragem de fazer o ajuste. Nós somos um governo que temos a coragem de realizar ajustes. E faz esse ajuste para dar perenidade e sustentabilidade para fazer avançar o projeto de desenvolvimento e mudança que adotamos desde 2003", declarou.

E acrescentou: "Trata-se de preservar conquistas, de consolidar avanços e de estabelecer um novo mandato de mudanças. Nós temos agora de sustentar toda uma política contra a crise, nós temos de fazer uma escolha: ajustar o mais rápido possível a economia para voltarmos a crescer".

Diante de uma plateia fria, que rejeita as medidas, Dilma pediu o apoio do partido ao Governo. "Esta é a hora de ver quem é quem". Nos momentos de calmaria há os que querem ser parceiros na vitória. Sei que posso contar com o PT e com os partidos aliados. Eu preciso contar com o meu partido, um partido vivo, que sempre se forjou no debate. Eu sei que o PT está engajado no Governo que o elegeu. Este governo não pode prescindir do apoio do PT". Pelo visto, um discurso de quem não tem o respaldo sequer do seu partido.

HOSTILIDADE O encontro do PT na capital baiana se encerra hoje. Segundo a direção nacional, o objetivo central da plenária é "trabalhar uma resolução política que represente o diálogo intenso com a militância e a sociedade para apontar os caminhos de fortalecimento do PT e manter o crescimento do Brasil." Mas, na prática, representou a tentativa de reaproximação da presidente com o seu partido, hostil ao ajuste fiscal no Congresso.

Sem degola– O presidente da OAB-PE, Pedro Henrique Alves, garante que reina um ambiente de entendimento e harmonia no seu grupo, que já fechou com a indicação do advogado Ronnie Duarte para disputar à sua sucessão. Ressalta que, ao contrário que noticiamos, não existem divergências pessoais capazes de deixar de fora da chapa o ex-presidente Henrique Mariano e o conselheiro federal Pelópidas Neto. “O risco deles serem rifados é próximo a zero”, afirmou.

Visão de ministro– Na sua passagem, ontem, pelo Recife, o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Aldo Rebelo, disse que os estádios brasileiros dão prejuízos em razão da falta de organização do futebol. A declaração veio na esteira das denúncias publicadas no jornal Folha de São Paulo, apontando que oito das doze arenas construídas há um ano para receber jogos da Copa do Mundo registraram prejuízos que somam mais de R$ 126 milhões.

Vai trazer dinheiro? – O ministro da Integração, Gilberto Occhi, confirmou aos deputados Rodrigo Novaes (PSD), Miguel Coelho (PSB) e Claudiano Martins (PSDB), que com ele estiveram em Brasília, a sua presença no Recife na próxima segunda-feira. Participa, logo cedo, às 10 horas, na Assembleia, de um debate sobre o agravamento da seca no Estado. Seria bom o ministro explicar por que a União não repassa sequer o dinheiro para pagar carros pipas.

Medo de Lula– Do senador Humberto Costa, líder do PT no Senado, em discussão no fórum petista de Salvador ao provocar a oposição: "O problema da oposição no Brasil tem duas origens: pressão e calendário. Pressão 12X8, que demonstra a saúde de Lula, e calendário, por causa do aperreio com 2018. Isso faz nossos adversários tremerem", afirmou.

CURTAS  

ENFIM, A PAZ - O prefeito de Caruaru, José Queiroz (PDT), confirmou sua presença, hoje, no tradicional forró pé de serra promovido pelo ex-governador João Lyra Neto (PSB) em sua fazenda Macambira, a 10 km de Caruaru, já em terras do município de Agrestina. O convescote terá também a presença do governador Paulo Câmara.

PERDAS- A liminar que suspende artigos da nova Lei dos Royalties, pelo STF, fez com que os Estados e Municípios deixassem de arrecadar R$ 15,7 bilhões. O cálculo foi feito pela Confederação Nacional de Municípios (CNM). A perda foi registrada desde a liminar que suspendeu a distribuição igualitária dos royalties de petróleo, pactuada pelo Congresso Nacional.

Perguntar não ofende: Lula já está em campanha para 2018?

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