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O presidente estadual da Central Única dos Trabalhadores (CUT-PE), Carlos Veras, durante o Congresso do PT no Recife, disse que é necessário "derrubar essa burguesia raivosa". Os pré-candidatos à presidência nacional da sigla, Gleisi Hoffmann, Lindbergh Faria e o pernambucano José de Oliveira, diversos outros parlamentares, integrantes da sigla e militantes se encontram no evento que acontece na Câmara Municipal.

Veras enfatizou que não adianta apenas tirar o presidente Temer, porque o peemedebista e sua base aliada estão "tramando" a realização de uma eleição indireta. "Temos que derrubar essa elite, essa burguesia raivosa. É necessário através de 'Diretas Já' porque estão atacando os nossos direitos", cravou.  

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O dirigente disse que o momento não era para comemoração e euforia, após as delações que vêm comprometendo o presidente. "É um momento para redobrar a luta. O Judiciário e outros setores não venham dizer que não sabiam sobre as histórias de Temer e Aécio. É preciso aproveitar para redobrar a luta".  

O presidente da CUT-PE também convocou o povo para o ato do próximo domingo (21), no Marco Zero do Recife. Ele disse que será "uma atividade para acumular forças" para outra mobilização que será realizada em Brasília no dia 24 deste mês. "Serão mais de 100 mil  trabalhadores que participarão", concluiu.

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Os senadores Gleisi Hoffmann e Lindbergh Farias, candidatos à presidência nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), participam nesta sexta-feira (19), às 17h, da abertura do 6º Congresso Estadual da legenda no Recife. O encontro, que segue até o domingo (21), também vai servir para eleger a nova direção do partido em Pernambuco, o presidente Bruno Ribeiro deve ser reconduzido ao cargo, já que uma chapa única liderada por ele está na disputa. 

A abertura do evento, que será na Câmara Municipal do Recife, também contará com um debate sobre “Conjuntura, Democracia e os Desafios da Esquerda” capitaneado pela economista Tânia Bacelar e pelo cientista político Afonso Chaves. O líder da oposição no Senado, Humberto Costa, a deputada estadual Teresa Leitão e os vereadores Marília Arraes e Jairo Brito também vão participar do encontro. Além do administrador José de Oliveira que também é candidato ao comando nacional do partido. 

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Chapa única 

Denominada, “Unir para fortalecer Lutar e Vencer”, a chapa única do PT em Pernambuco, segundo Bruno Ribeiro, foi construída a partir de um documento e de propostas para a ação partidária. “É de grande importância para o fortalecimento do partido em Pernambuco, e da luta em defesa da democracia e do enfrentamento ao golpe, bem como posicionando o PT para as disputas locais”, frisou. 

 No fim de semana, o Congresso Estadual prosseguirá no Centro de Formação e Lazer do Sindicato dos Trabalhadores Públicos Federais em Saúde e Previdência Social no Estado de Pernambuco (Sindsprev), em Bola na Rede, Paulista. No sábado (20) as atividades iniciam às 8h com debates em Grupos de Trabalho (GTs). Já no domingo (21) serão votadas as sugestões dos GT's e eleita a nova direção.

As votações do texto final que sai do 5º Congresso do PT foram encerradas com vaias dos delegados que queriam apreciar a questão das doações empresariais. A votação para remeter a decisão para a próxima reunião do diretório nacional do partido foi feita por contraste visual dos crachás levantados pelos delegados.

Pelas imagens que são transmitidas pela internet, não ficou claro se havia maioria de cada um dos lados, mas a direção optou por encerrar a questão. O tesoureiro Márcio Macêdo declarou o encontro encerrado e disse que a questão seria remetida ao diretório "sem prejuízo dos debates". Muitos gritaram pedindo votação e houve vaias. Alguns delegados chacoalhavam os crachás no ar em protesto à decisão.

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O debate prévio à decisão sobre as doações também foi rápido. Valter Pomar, da corrente Articulação de Esquerda, disse que o Congresso não deveria abrir mão da discussão. "O Congresso tem que reafirmar a posição de não aceitar financiamento empresarial", disse argumentando que a questão era de gravidade e importância. Já o ex-tesoureiro Paulo Ferreira, da CNB, disse que seria um "prejuízo" votar antes de haver uma definição do marco legal sobre o tema.

Em abril, o partido definiu que seus diretórios não recebem doações de empresas e deixou em aberto as doações a candidatos. A Câmara dos Deputados aprovou em primeira votação, nas discussões da reforma política, uma PEC na direção contrária, que veta a doação a campanhas mas libera a partidos. Com isso, o partido se vê pressionado a recuar da decisão. Diretórios estaduais endividados também pressionam por não terem dinheiro em caixa para quitar dívidas de campanha do ano passado.

O PT rejeitou há pouco mudar o sistema de eleição direta interna do partido, chamado de PED (Processo de Eleição Direta). O fim do PED foi tema de acaloradas defesas e argumentações contrárias na plenária que vota o texto final do 5º Congresso do PT, na capital baiana. Houve mais intervenções que no debate das emendas anteriores, que versavam sobre política econômica e alianças do governo. A mesa precisou intervir diversas vezes para acalmar os delegados e permitir que os oradores concluíssem suas falas.

Enquanto alas mais esquerdistas argumentam que o PED virou instrumento de manipulação, que privilegia os atuais dirigentes, prevaleceu a posição da tendência majoritária do partido, que se orgulha do sistema de democracia interna. Houve gritos de "PT na rua, o PED continua" de um lado e de "Não, não, não à manipulação", do outro.

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As críticas mais duras ao PED na plenária foram feitas pelo ministro do Desenvolvimento Agrário, Patrus Ananias. "O Partido é de massas, mas não de massa de manobra. Isso não é democracia de verdade, é manipulação de pessoas", afirmou o ministro.

O senador Humberto Costa (PE) fez o contraponto. "Rejeito que sejamos massa de manobra, de forma alguma", rebateu. "O PED é um instrumento de mobilização dos nossos companheiros e companheiras. Quem não se lembra da importância do PED na crise de 2005, com o mensalão, quando 400 mil filiados foram às urnas dizer que o partido estava vivo?", argumentou. Costa admitiu que o partido precisa discutir novos critérios para o PED, mas como uma estratégia para aperfeiçoar a votação direta interna e manter a democracia partidária.

A pedido do Planalto, a corrente de Lula e o grupo do presidente do PT, Rui Falcão, conseguiram retirar da resolução política do 5º Congresso do partido a defesa da CPMF, o imposto do cheque, depois que o ministro da Saúde, Arthur Chioro, revelou as negociações em curso com governadores e prefeitos para criar um modelo de financiamento do setor.

Chioro foi desautorizado por Levy e o PT suprimiu a referência à CPMF na Carta de Salvador, para não tirar o protagonismo de governadores e prefeitos que querem o tributo, mas não podem parecer a reboque dos petistas.

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Gritos contra o ajuste fiscal, com pedidos de recontagem de votos, marcaram as disputas entre as correntes no plenário. "A CUT tem razão. Ajuste é recessão!", bradavam os militantes. "A partir de agora, o governo precisa fazer um movimento para aqueles que estão no andar de baixo", afirmou o secretário de Comunicação do PT, deputado José Américo Dias, ao defender a emenda "Para Além do Mercado", que classificava o ajuste como "unilateral".

Ciceroneada pelo ex-presidente Lula, que acalmou a plebe, a presidente Dilma fez a defesa do ajuste fiscal do Governo durante a abertura do 5º Congresso Nacional do partido, em Salvador, quinta-feira passada. Afirmou que o Governo teve a "coragem" de fazer o ajuste, que qualificou como uma das "ações táticas", e disse que o PT deve saber fazer "a leitura correta da conjuntura em que estamos vivendo".

"O PT, disse Dilma, é um partido preparado para entender que muitas vezes as circunstâncias impõem um movimento tático". As medidas do ajuste fiscal, destinadas a conter a inflação e sanear as contas públicas, são alvo de críticas de setores do PT, que queixam-se da orientação do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e da suposta retirada de direitos sociais.

Ao discursar na abertura do congresso, o presidente do partido, Rui Falcão, chegou a afirmar que não é possível "retomar o crescimento provocando recessão nem que se possa combater a inflação com juros escorchantes e desemprego de trabalhadores". Segundo ele, o ajuste não pode ser "firme com fracos e frouxo com os ricos".

Com receio de sofrer vaias – ela chegou ainda a ser hostilizada – a presidente passou o tempo inteiro da sua fala tentando justificar o ajuste. “Tivemos a coragem de fazer o ajuste. Nós somos um governo que temos a coragem de realizar ajustes. E faz esse ajuste para dar perenidade e sustentabilidade para fazer avançar o projeto de desenvolvimento e mudança que adotamos desde 2003", declarou.

E acrescentou: "Trata-se de preservar conquistas, de consolidar avanços e de estabelecer um novo mandato de mudanças. Nós temos agora de sustentar toda uma política contra a crise, nós temos de fazer uma escolha: ajustar o mais rápido possível a economia para voltarmos a crescer".

Diante de uma plateia fria, que rejeita as medidas, Dilma pediu o apoio do partido ao Governo. "Esta é a hora de ver quem é quem". Nos momentos de calmaria há os que querem ser parceiros na vitória. Sei que posso contar com o PT e com os partidos aliados. Eu preciso contar com o meu partido, um partido vivo, que sempre se forjou no debate. Eu sei que o PT está engajado no Governo que o elegeu. Este governo não pode prescindir do apoio do PT". Pelo visto, um discurso de quem não tem o respaldo sequer do seu partido.

HOSTILIDADE O encontro do PT na capital baiana se encerra hoje. Segundo a direção nacional, o objetivo central da plenária é "trabalhar uma resolução política que represente o diálogo intenso com a militância e a sociedade para apontar os caminhos de fortalecimento do PT e manter o crescimento do Brasil." Mas, na prática, representou a tentativa de reaproximação da presidente com o seu partido, hostil ao ajuste fiscal no Congresso.

Sem degola– O presidente da OAB-PE, Pedro Henrique Alves, garante que reina um ambiente de entendimento e harmonia no seu grupo, que já fechou com a indicação do advogado Ronnie Duarte para disputar à sua sucessão. Ressalta que, ao contrário que noticiamos, não existem divergências pessoais capazes de deixar de fora da chapa o ex-presidente Henrique Mariano e o conselheiro federal Pelópidas Neto. “O risco deles serem rifados é próximo a zero”, afirmou.

Visão de ministro– Na sua passagem, ontem, pelo Recife, o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Aldo Rebelo, disse que os estádios brasileiros dão prejuízos em razão da falta de organização do futebol. A declaração veio na esteira das denúncias publicadas no jornal Folha de São Paulo, apontando que oito das doze arenas construídas há um ano para receber jogos da Copa do Mundo registraram prejuízos que somam mais de R$ 126 milhões.

Vai trazer dinheiro? – O ministro da Integração, Gilberto Occhi, confirmou aos deputados Rodrigo Novaes (PSD), Miguel Coelho (PSB) e Claudiano Martins (PSDB), que com ele estiveram em Brasília, a sua presença no Recife na próxima segunda-feira. Participa, logo cedo, às 10 horas, na Assembleia, de um debate sobre o agravamento da seca no Estado. Seria bom o ministro explicar por que a União não repassa sequer o dinheiro para pagar carros pipas.

Medo de Lula– Do senador Humberto Costa, líder do PT no Senado, em discussão no fórum petista de Salvador ao provocar a oposição: "O problema da oposição no Brasil tem duas origens: pressão e calendário. Pressão 12X8, que demonstra a saúde de Lula, e calendário, por causa do aperreio com 2018. Isso faz nossos adversários tremerem", afirmou.

CURTAS  

ENFIM, A PAZ - O prefeito de Caruaru, José Queiroz (PDT), confirmou sua presença, hoje, no tradicional forró pé de serra promovido pelo ex-governador João Lyra Neto (PSB) em sua fazenda Macambira, a 10 km de Caruaru, já em terras do município de Agrestina. O convescote terá também a presença do governador Paulo Câmara.

PERDAS- A liminar que suspende artigos da nova Lei dos Royalties, pelo STF, fez com que os Estados e Municípios deixassem de arrecadar R$ 15,7 bilhões. O cálculo foi feito pela Confederação Nacional de Municípios (CNM). A perda foi registrada desde a liminar que suspendeu a distribuição igualitária dos royalties de petróleo, pactuada pelo Congresso Nacional.

Perguntar não ofende: Lula já está em campanha para 2018?

O PT do Recife reuniu os militantes, na manhã deste sábado (16), para discutir sobre a organização interna da legenda. No encontro, temas como o fim do financiamento privado para as campanhas, o processo de eleição dos dirigentes e o recenseamento dos filiados à agremiação na capital pernambucana nortearam o debate. 

O evento é a quarta etapa do Congresso Municipal do partido e antecede os encontros estadual e nacional, marcados para 31 de maio e de 11 a 14 de junho, respectivamente. Comandando a rodada de discussões, o presidente municipal do PT, Oscar Barreto, destacou a necessidade de reorganização da legenda e pontuou a “revolução” que o partido pretende fazer no Brasil ao abdicar, por exemplo, do financiamento privados das campanhas. 

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“O PT, com este quinto congresso, quer reorganizar a plataforma política, mas também quer atualizar a organização interna. Há um consenso no PT de que é preciso se rediscutir uma série de questões, uma delas, já aprovada nacionalmente, é financiamento das campanhas que passará a ser exclusivo de atividades da militância”, frisou o dirigente, pontuando que os métodos para o autofinanciamento petista serão definidos em junho. 

Outro item frisado por Barreto durante o evento foi o Processo de Eleições Diretas (PED), responsável por eleger as direções da legenda. Segundo ele, a conjuntura atual pede uma reavaliação do tema. “Queremos reformular o PED. Alguns mantêm a ideia de eleição direta e outros, como nós, defendemos que a eleição aconteça de forma congressual, como uma maneira mais eficaz para a conjuntura de hoje”, cravou. 

Corroborando Barreto, a presidente do PT em Pernambuco, deputada estadual Teresa Leitão, que participou da abertura do evento, argumentou que o PED tem “contaminado” a estrutura interna da legenda. “A ideia do PED é muito boa, mas está muito contaminada e acirrada. Hoje muitas práticas durante o processo retiram o espírito da democracia dentro do partido e levam a brigas e rachas internos”, observou. De acordo com os dirigentes, o assunto será “amplamente discutido durante o Congresso Nacional”. 

Também neste sábado outras cidades pernambucanas estão finalizando as etapas locais do Congresso do PT. Eventos, nos mesmos moldes deste da capital, estão acontecendo em Petrolina, Olinda e Abreu e Lima.

Recenseamento das filiações

No Recife, o PT tem registrado aproximadamente 60 mil filiados e o número, segundo Oscar Barreto, deve passar por uma atualização após o Congresso Nacional. “Talvez sejamos a agremiação com o maior número de filiados no Recife. Vamos rediscutir inclusive essas filiações e tentar fazer um recenseamento. É um número muito grande de petistas e tem alguns que, há anos, não participam das atividades da legenda”, afirmou. “Vamos fazer primeiro uma limpeza e depois novas campanhas de filiação”, acrescentou. 

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