Janguiê Diniz

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O mundo em discussão

Perfil:   Mestre e Doutor em Direito, Fundador e Presidente do Conselho de Administração do Grupo Ser Educacional, Presidente do Instituto Exito de Empreendedorismo

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ProUni, realmente, para todos

Janguiê Diniz - Fundador e Presidente do Conselho de Administração do grupo Ser Educacional - Presidente do Instituto Êxito de Empreendedorismo

Janguiê Diniz, | qua, 12/01/2022 - 09:21
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O Governo Federal editou Medida Provisória que altera o Programa Universidade para Todos (ProUni), que concede bolsas de estudo em faculdades particulares. Antes destinado apenas a estudantes que tivessem cursado o Ensino Médio inteiro em escolas públicas, ou particulares com bolsa integral; agora, abrange também estudantes de escolas particulares que tenham estudado sem o benefício integral. A medida tem gerado polêmica, mas é benéfica na medida em que oferece mais oportunidades de inclusão social.

O ProUni foi criado em 2004 pelo Ministério da Educação (MEC) e é um programa de inclusão educacional que tem a finalidade de ajudar estudantes que não podem pagar por uma faculdade particular a ingressarem no ensino superior por meio da concessão de bolsas de estudo entre 50% e 100% do valor das mensalidades. Durante todos esses anos, tem auxiliado a garantir um futuro para esses jovens. Em meu ponto de vista, a mudança vai ampliar ainda mais a oferta e possibilitar a uma parcela maior da população acesso ao benefício.

Vamos aos fatos: não é todo estudante de escola particular que tem necessariamente condições de bancar uma faculdade também particular. Muitos pais se sacrificam para oferecer uma educação melhor aos filhos, fazendo esforços hercúleos para custear os estudos. Nesse sentido, é justo que eles possam receber bolsas em faculdades particulares.

É possível questionar se a mudança no ProUni não prejudicaria os estudantes de escolas públicas. Ora, muitas vezes, faculdades têm sobra de vagas destinadas ao programa. Por que não estender o benefício? Além disso, o percentual de vagas destinadas ao ProUni também aumentará, o que garante mais chances para todos. É bom lembrar que há um critério econômico envolvido no processo: todos os candidatos a bolsas devem ter renda familiar per capita de até 3 salários mínimos. Este é um controle importante que evita o ingresso de pessoas mais ricas em detrimento das que mais precisam.

Evoluções são sempre necessárias. Por vezes, podem causar estranhamento ou resistência à primeira vista, mas é salutar refletir melhor e mais profundamente sobre elas. A mudança do ProUni é um desses casos. É uma medida que tem potencial de beneficiar ainda mais pessoas, sem prejudicar outras. No fim, precisamos pensar em oferecer oportunidades ao maior número de jovens possível, a fim de que eles construam um futuro melhor.

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