Tópicos | 1º trimestre

Os pedidos de falência no primeiro trimestre deste ano somaram 424 registros. Nos primeiros três meses do ano passado, o número chegava a 449, apontou a Serasa Experian. O resultado deste ano representa um recuo de 5,56% na comparação com o mesmo período do ano anterior. Do total de pedidos de falência entre janeiro e março, 264 foram feitos por micro e pequenas empresas, 103 por médias e 57 por grandes.

"A recuperação gradual da economia e o recuo na inadimplência do consumidor estão facilitando a melhoria da situação financeira das empresas, contribuindo assim para a queda nos requerimentos de falências na comparação entre os três primeiros meses de 2013 e 2012", avaliaram os economistas da instituição, em nota distribuída à imprensa.

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As falências decretadas também subiram, passando de 148 nos três primeiros meses de 2012 para 154 no mesmo período deste ano. "Apesar de não refletir a presente conjuntura, em razão da longa tramitação até a decisão judicial, o aumento verificado na relação entre os primeiros trimestres 2013 e 2012 é resultante da permanência das dificuldades financeiras em empresas de setores mais sensíveis à crise externa e ao baixo crescimento doméstico", disse a instituição.

No acumulado dos três primeiros meses de 2013, as recuperações judiciais requeridas chegaram a 247 ante 199 no mesmo período do ano anterior. A elevação "é decorrente da atual recuperação da atividade econômica que ainda não ocorre de forma generalizada entre os setores", aponta a Serasa. As recuperações judiciais deferidas, no período, subiram de 160 para 219.

Em março ante fevereiro, o número de falências requeridas passou de 100 para 157. Já as falências decretadas subiram de 53 casos para 54.

Apesar de ter crescido apenas 0,1% de dezembro para janeiro, o Índice de Confiança na Indústria (ICI), divulgado nesta terça-feira pela Fundação Getulio Vargas (FGV), sinaliza que o crescimento no primeiro trimestre do ano ficará no terreno positivo. "O desenho que a sondagem está apontando é de um retorno ao terreno positivo, com o NUCI (Nível de Utilização da Capacidade Instalada) avançando e com a confiança em acomodação nesse mês", disse o superintendente adjunto de Ciclos Econômicos do Instituto Brasileiro de Economia (IBRE) da FGV, Aloísio Campelo.

Segundo Campelo, depois de cinco trimestres consecutivos de queda na produção física da indústria de transformação, o terceiro trimestre de 2012 trouxe alguma melhora, mas o quarto trimestre do ano passado deve ficar com crescimento próximo a 0%. "Pelo que a sondagem sinaliza, voltaríamos ao terreno positivo no primeiro trimestre de 2013. Pode ser um sinal de que a indústria voltou a crescer e o quarto trimestre foi só um susto mesmo", disse o economista.

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"Não voltamos à situação que vigorou entre o primeiro trimestre de 2011 e o segundo de 2012. A indústria ao menos está dando continuidade a essa tendência de crescimento", comentou Campelo. Para ele, o que ainda causa desconforto são as incertezas quanto à retomada do ritmo de crescimento.

De acordo com o economista, o resultado de janeiro foi "muito equilibrado", puxado para baixo pelo segmento de bens duráveis, mas compensado pela alta de outros setores. No total, sete setores registraram alta no ICI de janeiro e outros sete tiveram queda. O setor de bens duráveis registrou desaceleração, justificada, segundo Campelo, pela retirada gradual do benefício de redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e também pelo nível de endividamento dos consumidores. "O segmento de duráveis vem mais brando, calibrando para baixo." A confiança no setor recuou 1% de dezembro para janeiro e acumula queda de 12% nos últimos três meses.

Estoques e emprego

O Indicador da Situação Atual (ISA), que faz parte do ICI, subiu 0,3% em janeiro, para o patamar de 106,8 pontos, superior à média histórica. De acordo com Campelo, o resultado está relacionado aos estoques, que estão ajustados, e com a demanda. Para 86,3% das empresas, o estoque está normal. O restante se divide entre os 6,3% que estão com estoques insuficientes e os 7,4% que têm excesso de estoques. "Além dos estoques estarem normais, a demanda interna continua avançando um pouquinho, apesar de não ser um nível muito forte historicamente", disse. O nível de demanda interna medido pela sondagem da indústria realizada pela FGV alcançou 108,6 pontos em janeiro ante 106,4 pontos em dezembro, se aproximando da media histórica dos últimos cinco anos (109,8 pontos).

Apesar da sinalização positiva, não há indícios de que a indústria de transformação vá voltar a contratar. Com crescimento na margem, passando de 109,0 pontos em dezembro para 110,5 pontos em janeiro, o indicador de emprego previsto, segundo Campelo, "está andando de lado". O resultado de janeiro é próximo da média registrada no terceiro trimestre de 2012, de 110,7 pontos. "Parece haver alguma confirmação do que se especulava no ano passado de que estava havendo a chamada retenção de emprego na indústria." Segundo Campelo, se a indústria confirmar o crescimento esperado, contratações vão acontecer na virada do primeiro para o segundo semestre do ano.

A economia francesa não conseguiu crescer nos três primeiros meses de 2012, mostram dados divulgados hoje pela Agência Nacional de Estatísticas (Insee). Isso acrescenta pressão sobre o socialista François Hollande, que prometeu alavancar o crescimento com políticas suaves em contraponto à austeridade econômica pregada pela Alemanha, poucas horas antes de ele tomar posse como novo presidente da França.

O Produto Interno Bruto (PIB) da segunda maior economia da zona do euro manteve-se inalterado em comparação com o quarto trimestre de 2011, em linha com a previsão dos economistas consultados pela Dow Jones. O Insee também revisou o PIB do quarto trimestre do ano passado para um crescimento de 0,1%, ante a leitura anterior de 0,2%.

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Os gastos dos consumidores - que respondem por mais da metade do PIB francês - não aceleraram significativamente, registrando apenas 0,2% de crescimento no primeiro trimestre, no comparativo trimestre sobre trimestre, após um aumento de 0,1% nos últimos três meses de 2011.

Já o investimento caiu 0,8% no primeiro trimestre. A balança comercial deu uma contribuição negativa para o PIB, à medida que as importações aumentaram e houve desaceleração nas exportações. As informações são da Dow Jones.

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