Pelo menos dois candidatos se atrasaram e perderam a primeira prova da Fuvest, no prédio da Unip, em Sorocaba. A estudante Brenda Camargo Sala, de 17 anos, que tentaria o curso de Odontologia na USP, chegou com 30 segundos de atraso e, ao ver o portão fechado e a presença da imprensa, nem se aproximou. "Foi atraso mesmo, culpa minha", disse, ainda em dúvida se volta a prestar no ano que vem. Outro candidato chegou de Tatuí, com o irmão, e mesmo tendo corrido em direção ao portão, não conseguiu entrar. Chateado, não deu entrevista. Um irmão, o pai e a mãe estavam com ele no carro. "Pegamos trânsito na estrada", disse a mãe, que não quis se identificar. "O objetivo dele mesmo é fazer Matemática na Unicamp", justificou.
Outro candidato, André Yukui, que tenta vaga no curso de Relações Internacionais, não achou o nome, nem o CPF na lista. Ele procurou um coordenador da Fuvest e conseguiu autorização para fazer a prova. Pais de outros candidatos, como a professora Rosana Augusta de Oliveira, reclamaram que o número da sala na lista do local de provas não batia com o que fora divulgado na internet. A coordenação, no entanto, garantiu que as listas fixadas no interior do prédio estava corretas.
##RECOMENDA##
Muitos candidatos chegaram com bastante antecedência no local de provas. O estudante Fábio Reyge Takenaga, de 17 anos, não quis correr riscos: morador de Itararé, a 270 km, preferiu viajar para Sorocaba na véspera e dormiu na casa de parentes. "Trânsito é sempre imprevisível", disse ele, um dos primeiros a chegar no local da prova. O rapaz tenta uma vaga em Engenharia Civil.
Enquanto os outros candidatos relaxavam conversando, Felipe Nicolosi Grinberg, de 19 anos, revisava uma apostila de física. "É mais para me manter focado", disse o candidato ao curso de Medicina. Na última Fuvest, ele não passou da primeira fase. "Fiquei um ano me preparando", disse. As irmãs Victória Machado dos Santos, de 17, e Mariana, de 15, iam fazer a prova juntas, mas a segunda apenas como treineira. Victória acertou 130 questões do Enem e se acha em condições de conseguir uma vaga no curso de Odontologia. Mariana quer só "pegar o jeito". Carlos Renan dos Santos, de 17 anos, esperava acertar 80 das 90 questões na busca de uma vaga no curso de Engenharia Aeronáutica. "No Enem acertei 90%", disse.