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A demanda interna por produtos transformados de alumínio recuou 8,5% em 2015 em relação ao volume consumido em 2014, de acordo com dados da Associação Brasileira do Alumínio (Abal). Segundo a entidade, o consumo doméstico em 2015 foi de 1,308 milhão de toneladas. Em 2014, o total foi de 1,429 milhão de toneladas consumidas.

"O desempenho da economia e, em especial, de alguns setores consumidores importantes, foi extremamente desfavorável", afirma o presidente executivo da Abal, Milton Rego, por meio de nota.

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Em 2015, a indústria do alumínio exportou US$ 3,94 bilhões FOB (do termo em inglês "Free on Board"), mesmo valor de 2014. As importações sofreram queda de 12,2% de um ano para o outro, para US$ 1,764 bilhão. O saldo da balança comercial em 2015 no setor foi de US$ 2,177 bilhões FOB, o que representa um aumento de 12,7% em relação a 2014.

A Associação Brasileira do Alumínio (Abal) prevê que a produção de alumínio primário neste ano deverá ficar em 1,1 milhão de toneladas, ante um volume de 1,3 milhão de toneladas no ano passado. Esse recuo é explicado, segundo a entidade, por conta do corte de produção registrada pelos fabricantes nacionais, que ocorre desde o ano passado.

A entidade estima, ainda, que a produção de alumínio primário poderá cair ainda mais nos próximos anos, indo para 740 mil toneladas em 2018 e atingindo 660 mil toneladas em 2025. Em um cenário mais pessimista, em que o custo de energia sobe ainda mais, em 2025 a produção chegaria em 460 mil toneladas.

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Um dos vilões para o setor, além do elevado custo de energia elétrica no Brasil, é o aumento da importação de produtos transformados no Brasil. A partir do segundo semestre, a entidade acredita que o consumo doméstico irá superar o suprimento doméstico, já considerando a oferta de alumínio por meio da recuperação da sucata. Em 2011, o consumo de alumínio no Brasil superou a produção de alumínio primário no País e desde então a recuperação da sucata vem suprindo parte da demanda nacional.

A Abal projeta também que o preço do alumínio deverá ficar entre US$ 1,7 mil a US$ 1,9 mil por tonelada até 2015, valor ainda considerado baixo e que desestimula a produção. No entanto, a entidade projeta que esse preço não será sustentável no médio prazo e que a partir de 2015 ele subirá de uma faixa de US$ 2,1 mil a tonelada a US$ 2,4 mil tonelada.

Em relação ao consumo de alumínio em 2014, a entidade projeta um crescimento de 5,2%, influenciado, principalmente pelo setor de embalagens, que favorecem o consumo de chapas de alumínio. O principal destaque, de acordo com a Abal, é o setor de bebidas. A finalização de obras na construção civil também trará um efeito positivo. A previsão da entidade foi divulgada durante o Congresso Internacional do Alumínio, que começou nesta terça-feira, 01, em São Paulo.

Código da Mineração

O presidente da Votorantim Metais, Tito Martins, que também é presidente do conselho diretor da Abal, acredita que o código da mineração não será votado neste ano e que, assim, ficará apenas para 2015. "Ele não entrou na lista de prioridade do governo", disse o executivo durante o evento.

"A redação original vinda do governo criou parâmetros que não necessariamente iriam auxiliar a indústria de mineração no Brasil e trazia para o poder federal o controle de investimentos", disse o executivo. No entanto, destacou Tito, o texto foi modificado diante de discussões no próprio Congresso e pelos relatores do projeto. "A minuta ficou muito melhor do que a minuta vinda do governo. Criou um impasse e o código está congelado. Será algo polêmico, no ano que vem", disse.

O presidente da Votorantim Metais afirmou ainda que uma mudança da legislação do setor deveria ter sido feita há 10, 15 anos. "Hoje o boom do mercado passou, há um maior grau de dificuldade, os custos de investimentos subiram", completou.

O presidente do conselho diretor da Associação Brasileira do Alumínio (Abal), Tito Martins, disse nesta terça-feira, 1, durante abertura do Congresso Internacional do Alumínio, que o consumo doméstico de alumínio deverá crescer 5,2% neste ano, mantendo o ritmo apresentado no ano passado. O desafio, segundo o executivo, que também é presidente da Votorantim Metais, é que esse crescimento do consumo seja atendido por produção nacional.

Segundo Tito, a indústria de alumínio no Brasil tem enfrentado grandes desafios, principalmente diante do aumento dos custos, com grande destaque para o de energia elétrica. O setor, eletrointensivo, vem sendo penalizado com os preço da energia no Brasil, sendo que o período de seca neste ano elevou ainda mais os custos, com o maior uso das termelétricas.

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O presidente do Conselho diretor da Abal disse que hoje o setor não teve escolha a não ser cortar sua capacidade produtiva, por causa de sua falta de competitividade. Além disso, destacou, o setor possui atualmente uma capacidade ociosa de 500 mil toneladas, que "estão esperando dias melhores para voltar à atividade", disse. Para ele, o racionamento de energia deverá ocorrer no próximo ano, o que trará ainda mais efeitos negativos para os produtores. Ele destacou, ainda, que o custo da energia elétrica no Brasil vem desestimulando a produção nacional de alumínio primário.

Tito defendeu a adoção pelo governo de medidas protecionistas, de forma a ajudar a indústria nacional do alumínio. "O desafio é proteger a nossa cadeia e valor, precisamos veementemente de proteção, com o aumento de tarifas de importação dos produtos transformados", disse.

Se esse desafio for vencido, o executivo destacou que existe uma conjuntura positiva para o crescimento do setor, como, por exemplo, a expansão que vem sendo esperada para o setor de embalagens, por exemplo.

O consumo doméstico de produtos de alumínio cresceu 2,3% em agosto em relação ao mesmo período do ano passado, de acordo com dados divulgados nesta quarta-feira pela Associação Brasileira do Alumínio (Abal). Na comparação com o mês de julho, o aumento foi de 7,9%. Já no acumulado do ano até agosto, o aumento do consumo foi de 0,8%, também na comparação anual. A Abal considera, para o levantamento, o consumo de chapas, folhas, extrudados e fios/cabos de alumínio, que juntos representam aproximadamente 75% do consumo doméstico total.

A produção de alumínio no primeiro semestre deste ano atingiu 727,3 mil toneladas, crescimento de 2,5% em relação a igual período do ano passado, de acordo com dados divulgados nesta sexta-feira pela Associação Brasileira do Alumínio (Abal).

Já a produção e junho somou 117,8 mil toneladas, alta de 0,6% ante junho de 2011.

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