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O Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) fechou algumas das principais rodovias de acesso de Pernambuco na manhã desta terça-feira, dentro da Jornada Nacional de Luta pela reforma Agrária - o Abril Vermelho.

De acordo com o movimento foram fechadas dez rodovias - sete federais e três estaduais - além da ponte que liga as cidades de Petrolina (PE) a Juazeiro (BA), no sertão do São Francisco. A Polícia Rodoviária Federal no Estado (PRF-PE) confirmou quatro bloqueios e a Polícia Rodoviária de Pernambuco confirmou um. Segundo as assessorias de imprensa dos dois órgãos, não há mais nenhuma rodovia bloqueada.

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O assessor da PRF no Estado, inspetor Éder Rommel, confirmou o bloqueio de quatro rodovias que cortam a região metropolitana e agreste do Estado. "Somente nas rodovias BR-101 e BR-232 passam diariamente 60 mil veículos", afirmou Rommel, ao informar que estas vias já haviam sido desbloqueadas.

Já a comandante do Batalhão da Polícia Rodoviária do Estado, coronel Conceição Antero, afirmou que apenas uma rodovia estadual foi bloqueada, a PE-60, no movimentado acesso ao complexo industrial e portuário de Suape, no município metropolitano de Ipojuca. "Houve uma manifestação pacífica e eles já saíram do local", disse ela.

A PRF-PE ainda faz o levantamento de todas as rodovias federais alvo da ação do MST, que explicou, em nota, que a ação é de âmbito nacional em "protesto contra a violência e a impunidade dos crimes cometidos pelo latifúndio".

O MST também ocupou, nesta terça-feira, mais duas propriedades - nos municípios de Feira Nova e Pesqueira - totalizando oito invasões em Pernambuco desde o último sábado.

Cerca de 300 militantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) ocuparam nesta segunda dois andares da superintendência regional Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), no Centro do Rio. A manifestação faz parte da Jornada Nacional de Lutas pela Reforma Agrária, que ocorre no mês de abril.

As famílias, acompanhadas de crianças, chegaram ao edifício por volta das 9 horas. De forma pacífica, com cobertores e bolsas de viagem, ocuparam corredores e acamparam em frente ao prédio. De acordo com a organização do movimento, os manifestantes levaram comida para pelo menos dois dias de ocupação.

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Uma comissão se reuniu com a superintendência do Incra. "A reforma agrária no País está parada. No Rio de Janeiro, há cinco anos não há assentamento de nenhuma família ligada ao MST", afirmou Amanda Matheus, integrante da coordenação do MST. O cálculo é de que 1.600 famílias estejam esperando assentamento no Rio.

Pelo menos 500 integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) ocuparam parte das ruas de Curitiba na manhã desta segunda-feira, em marcha de aproximadamente três quilômetros ao prédio da Superintendência do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), onde entregaram uma pauta de reivindicações. Os militantes pretendem ficar na capital paranaense até sexta-feira, período em que terão reuniões com várias entidades e secretarias estaduais. Os principais pedidos ainda são por terras e melhorias nos assentamentos.

As reivindicações não são novas e têm sido apresentadas todos os anos durante a Jornada de Lutas e Negociações que os sem-terra realizam no mês de abril. "Não houve muito avanço", lamentou a porta-voz do movimento no Paraná, Salete Mariani. Os sem-terra pedem mais agilidade do Incra para o assentamento de seis mil famílias acampadas no Estado, além de assistência técnica e investimentos nos setores de educação, cultura, saúde e habitação.

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"A ideia é mobilizar o nosso povo para fazer as cobranças", reforçou Salete. "A reforma agrária tem que avançar." Entre os pedidos a serem apresentados ao governo estadual e ao Ministério da Educação está o de construção de 16 colégios de ensino médio. "A demanda que temos fundamenta o pedido", disse um dos líderes do movimento Roberto Baggio. Atualmente, há 14 colégios atendendo os sem-terra. "São mais de 30 mil jovens", acentuou Baggio.

Durante a semana, os sem-terra ficarão abrigados no Ginásio do Tarumã, cedido pelo governo do Estado. Eles devem fazer novas manifestações pelas ruas da cidade. Para a manhã de terça-feira, está previsto o fechamento de algumas rodovias.

Cerca de 700 integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) bloquearam a Rodovia federal BR-163, em Sorriso, Mato Grosso, na manhã desta segunda-feira, segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF).

Os manifestantes interditaram a rodovia na altura do km 761 para reivindicar promessas não cumpridas pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), segundo a PRF.

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Apenas veículos de emergência, como ambulâncias, estão sendo liberados e passando pelo bloqueio, informa a PRF. Não há previsão para liberação da rodovia.

Também em Brasília o Movimento pressiona o governo federal para acelerar a reforma agrária, na manhã de hoje (16), em matéria que você pode conferir aqui no LeiaJá.

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) ocupou nesta segunda-feira o prédio do Ministério do Desenvolvimento Agrário, em Brasília, cobrando do governo a aceleração dos projetos de reforma agrária e maior investimento na desapropriação de terras. De acordo com o MST, o protesto reúne 1,5 mil pessoas. O MST quer uma reunião com a presidente Dilma Rousseff.

"O governo, após um ano e quatro meses da posse, não iniciou a reforma agrária", afirmou José Damasceno, da coordenação nacional do movimento, em entrevista à Agência Brasil. Segundo ele, a ocupação teve início às 5h40 e abre a "jornada de luta" na campanha do Abril Vermelho.

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Entre as reivindicações do grupo estão a elaboração de um plano emergencial para o assentamento de mais de 186 mil famílias acampadas e a criação de um programa de desenvolvimento dos assentamentos, com investimentos públicos em habitação rural, educação e saúde, além de crédito agrícola, informa comunicado do MST.

Damasceno afirmou que, apesar de o governo demonstrar que atua pelo desenvolvimento do País, é preciso antes resolver a dívida social, como a concentração de terras. "A reforma agrária é uma medida social e produtiva: aquece a economia, gera renda e ainda aumenta a produção de alimentos", disse. O MST deverá fazer ao longo da semana outras ocupações de terra e de prédios públicos. As informações são da Agência Brasil e do MST.

A jornada nacional de lutas pela reforma agrária em Pernambuco teve início neste sábado com a ocupação da fazenda Serra Grande, em Gravatá, no agreste. De acordo com o movimento, o proprietário da área chamou o Grupo de Apoio Tático itinerante da Polícia Militar do Estado (Gati) a fim de reprimir a ação e tentar retirar as famílias à força.

A assessoria da PMPE informou não ter havido nenhuma ação truculenta por parte da polícia. "O dono da terra acionou a emergência da PM depois da ocupação, uma viatura seguiu para o local e foi recomendado ao proprietário que procurasse a Justiça visando a uma reintegração de posse", afirmou o policial de plantão.

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Segundo Denaide Souza, integrante da coordenação estadual do movimento, as famílias ocuparam inicialmente uma casa, na sede da fazenda. Depois de muita negociação, saíram e começaram a armar seus barracos em uma área próxima, ao ar livre. "Não vamos sair, vamos continuar resistindo", disse.

O Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST) promete realizar cerca de 20 ocupações de terra em todo o Estado neste mês, o Abril Vermelho, em memória de 21 sem-terra assassinados em Eldorado de Carajás, no Pará, em 17 de abril de 1996, que foi transformado em Dia Nacional de Luta pela reforma Agrária.

O movimento frisa que 16 anos depois do massacre que teve repercussão internacional ninguém foi preso, não foi realizada reforma agrária e os militantes e sem-terra ligados ao movimento continuam sendo alvo de violência. Para o MST, o primeiro ano do governo Dilma Rousseff foi o pior dos últimos 16 anos em termos de criação de assentamentos.

Os ministros da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho; e do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas, se reuniram na tarde desta quarta com representantes da direção do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) para ouvir as reivindicações do grupo.

"Eles entregaram a pauta do Abril Vermelho (jornada de manifestações que lembra a morte de 19 sem-terra em Eldorado dos Carajás, em abril de 1996) e semana que vem voltarão para termos negociação. Só entregaram a pauta", disse Gilberto Carvalho, ao deixar o ministério. A reunião, que ocorreu no Ministério do Desenvolvimento Agrário, durou cerca de uma hora.

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De acordo com o ministro, entre as principais reivindicações do MST está o pedido de que cem mil famílias sejam assentadas por ano. "É difícil, não é brincadeira, sobretudo porque não pensamos apenas em fazer reforma agrária dando terra, mas dando condições de financiamento, assistência técnica, toda condição pra família", afirmou Carvalho. Na próxima semana, Carvalho deverá se reunir com representantes da Contag.

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) iniciou as ações do chamado "Abril Vermelho" em Minas com a ocupação de uma propriedade na região do Alto Paranaíba. Na madrugada de domingo (1), cerca de 40 famílias ocuparam a Fazenda Palmeiras, próxima a Carmo do Paranaíba, local que já tem outras ocupações coordenadas pelo movimento. A propriedade, de 120 hectares (cerca de 1,2 milhão de metros quadrados) faz parte da massa solvente de Ofir de Castro, cujo processo tramita há quase duas décadas no fórum de Guaxupé, no sul de Minas. O MST assumiu que há possibilidade de outras ações no Estado, mas a direção do movimento não adiantou quais podem ser realizadas.

A Fazenda Palmeiras integra, junto com outras quatro áreas, uma propriedade de aproximadamente 800 hectares, parte da massa solvente que tem algumas dezenas de credores. Três das outras áreas já têm ocupações, sendo a mais antiga com quase três anos. Integrante da direção do MST em Minas, Edvaldo Soares, mais conhecido como "Primo", contou que a propriedade "provavelmente" não se encaixa nas exigências legais para desapropriação, mas o objetivo é "pressionar" o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) para que o órgão compre a terra. "Nessa região é difícil achar uma grande propriedade totalmente improdutiva. Mas é uma terra boa, com muita água, e o processo já tem uns 16 anos", declarou.

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O superintendente do Incra em Minas, Carlos Calazans, confirmou que seria possível negociar com proprietários ou credores. Mas ele salientou que houve mudanças no procedimento e que os processos de desapropriação precisam ser muito mais detalhados, com informações como justificativa, estudo técnico, avaliação do custo de assentamento e manutenção de famílias. E ressaltou que, com a fazenda ocupada, o órgão não pode nem enviar uma equipe ao local para fazer a vistoria inicial. "É uma luta justa, mas não posso entrar na fazenda com ela ocupada. Temos uma equipe em campo para vistorias, mas em áreas estudadas pelo próprio Incra", disse.

No ano passado, não foi realizado nenhum assentamento no Estado. Segundo Calazans, apenas no fim do ano a presidente Dilma Rousseff assinou os decretos de desapropriação de sete áreas. Ele afirma que os assentamentos devem ser realizados ainda em 2012 e que, juntas, essas propriedades são suficientes para assentar aproximadamente 1,5 mil famílias. "Mas tudo será feito com critérios. Vários assentamentos mais antigos não deram certo por falta de estudo técnico", concluiu.

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) na Bahia iniciou o chamado "abril vermelho" - que lembra a morte de 19 sem-terra em Eldorado dos Carajás (PA), em abril de 1996 - com uma invasão a uma fazenda de 1,2 mil hectares, de propriedade da Suzano Papel e Celulose, em Mucuri, no sul do Estado, e uma ocupação na Secretaria de Educação de Barreiras, no extremo oeste.

Segundo a direção do MST na Bahia, estão programadas, até o fim do mês, 50 invasões de fazendas no Estado. "A ocupação desses latifúndios tem como objetivo cobrar do governo federal maior agilidade nos financiamentos e desapropriações para a reforma agrária", diz o diretor Evanildo Costa, em nota divulgada à imprensa. "A direção do MST considera que o governo federal vem sendo irresponsável com a reforma agrária."

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A invasão à fazenda de Mucuri foi realizada na madrugada de sábado e, segundo a direção do MST, 150 famílias estão acampadas no local, sem prazo para deixar o local.

A ocupação da secretaria em Barreiras ocorreu na manhã desta segunda-feira, por 120 integrantes do movimento, com o objetivo de pressionar a prefeitura a promover melhorias nas escolas instaladas nos assentamentos. Recebidos pela prefeita Jusmari Oliveira, os líderes da ocupação receberam promessas de melhorias, o que motivou a desocupação da secretaria no início da tarde.

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