Tópicos | acordo militar

A Coreia do Norte ameaçou nesta quinta-feira (4) romper o acordo militar com a Coreia do Sul e fechar o escritório de ligação entre os países, caso Seul não impeça que os ativistas enviem panfletos para o outro lado da fronteira.

A ameaça foi feita pela influente irmã mais nova do dirigente norte-coreano Kim Jong Un. As relações entre as Coreias esfriaram, apesar das três reuniões celebradas em 2018 entre Kim e o presidente sul-coreano Moon Jae-in.

Refugiados norte-coreanos e ativistas lançam através da fronteira balões com panfletos que acusam o líder norte-coreano de violar os direitos humanos e denunciam sua política nuclear.

"As autoridades sul-coreanas pagarão um preço elevado caso permitam que esta situação continue enquanto apresentam todo tipo de desculpas", afirmou Kim Yo Jong em um comunicado publicado pela agência estatal KCNA.

Ela chamou os fugitivos do país de "podridão humana" e "cães bastardos podres" que traíram sua pátria e afirmou que "é o momento para que seus proprietários prestem contas", em referência ao governo sul-coreano.

Ameaçou fechar o escritório de ligação na fronteira e romper o acordo militar assinado durante a visita de Moon a Pyongyang em 2018, cujo objetivo era aliviar as tensões na fronteira.

A maior parte dos acordos anunciados durante o encontro não foi aplicada e a Coreia do Norte prosseguiu com dezenas de testes militares.

As atividades do escritório de ligação foram suspensas devido à pandemia de coronavírus.

Kim Yo Jong também ameaçou acabar em definitivo com os projetos econômicos entre as nações, em particular os do parque parque industrial intercoreano de Kaesong e as visitas ao Monte Kumgang.

As duas atividades, lucrativas para Pyongyang, estão suspensas há alguns anos pelas sanções impostas à Coreia do Norte por seus programas de mísseis nucleares e balísticos proibidos.

Pyongyang encerrou em grande medida com as relações com Seul após o fracasso da reunião de cúpula de Hanói entre Kim e o presidente americano Donald Trump em fevereiro de 2019.

Desde então, as negociações entre Washington e Pyongyang sobre os programas de mísseis nucleares e balísticos da Coreia do Norte estão paralisadas.

O pré-candidato à Presidência dos Estados Unidos pelo Partido Republicano Donald Trump fez uma longa defesa neste sábado (2) de suas propostas para desconstruir o tratado militar norte-americano com aliados europeus. Trump criticou a Aliança do Tratado do Atlântico Norte (Otan) durante um dos eventos em que busca atrair apoio à sua candidatura e derrotar o senador Ted Cruz, do Texas, que lidera as intenções de voto para as primárias de Wisconsin na terça-feira.

Trump disse que pediria às nações europeias compensação retroativa pelas contribuições norte-americanas para a aliança. "Muitos países não estão pagando sua parte justa. Isso significa que estamos protegendo-os, dando a eles proteção militar", afirmou o pré-candidato, diante de 650 pessoas no Centro Cívico de Racine, em Wisconsin. "Eles estão enganando os Estados Unidos. E você sabe o que fazemos? Nada. Ou eles terão que pagar pelas deficiências passadas ou terão de sair. E se isso romper a Otan, que se rompa a Otan."

##RECOMENDA##

As dúvidas de Trump sobre a necessidade de envolvimento norte-americano na Otan se tornaram um dos pontos de disputa com Cruz nos últimos dias. Trump disse que a Otan não é capaz de se defender contra o terrorismo, que, segundo ele, é mais importante do que fornecer uma proteção contra a Rússia. "Eles têm que mudá-la ou chegar a algo novo", disse. "O terrorismo é o problema."

Trump também explicou a sua sugestão, abordada durante entrevista à rede de televisão CNN esta semana, de que os EUA devem encerrar acordos militares com países como Japão e Coreia do Sul e permitir que construam seus próprios arsenais nucleares. "Eu não disse nada sobre deixar o Japão se tornar uma potência nuclear", disse Trump. "Nós temos que deixá-los cuidar de si mesmos e, se isso significa que eles têm de obter algum dia armas nucleares - falando francamente, eu realmente não gosto disto -, eventualmente, eles vão querer obtê-las de qualquer maneira." Depois dos comentários à CNN, o assessor-chefe de política de Trump havia dito em uma entrevista na quarta-feira que o pré-candidato é "inflexivelmente contra a proliferação (de armas nucleares)". Fonte: Dow Jones Newswires.

A Coreia do Sul assinará, em breve, um acordo militar com o Japão - o primeiro desde 1945, quando o domínio colonial de Tóquio terminou, revela reportagem divulgada nesta quarta-feira pela agência de notícias "Yonhap", citando uma fonte do governo.

O pacto - chamado de Acordo Geral de Segurança da Informação Militar (GSOMIA, na sigla em inglês) - permite que os dois países façam troca de informações sobre a Coreia do Norte e seus programas nucleares e de mísseis, informou a agência sul-coreana.

##RECOMENDA##

"Os dois governos vão assinar oficialmente o acordo ainda esta semana ou, no mais tardar, na próxima", disse a fonte à "Yonhap". "O Japão tem um vasto material de inteligência sobre a Coreia do Norte e o GSOMIA vai nos beneficiar muito", completou. As informações são da Dow Jones.

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando