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Os governos brasileiro e mexicano vão iniciar em julho as negociações para ampliar o acordo de complementação econômica que trata das relações comerciais entre os dois países. O anúncio foi feito pela presidente Dilma Rousseff nessa terça-feira (26), na Cidade do México, onde cumpre agenda de visita de Estado.

De acordo com a presidente, apesar do aumento das trocas comerciais entre empresas de ambos os lados, os números estão "aquém do potencial do tamanho da economia e do tamanho dos nossos povos".

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"O acordo abrange hoje um pouco mais 800 produtos. O que é aparentemente muito, mas, para nós, é pouco, tendo em vista os mais de seis mil produtos que podemos levar a um acordo e beneficiar reciprocamente nossas economias. No menor prazo possível, nós vamos promover o incremento e o equilíbrio do comércio bilateral, com a inclusão de setores nessa lista, que hoje estão, infelizmente, fora dela", declarou.

Em declaração à imprensa, após reunião privada com o presidente mexicano, Enrique Peña Nieto, Dilma Rousseff celebrou também o acordo de facilitação de investimentos, também firmado entre os dois países.

Ela ressaltou a importância do México e do Brasil buscarem uma maior aproximação, já que são as maiores economias da América Latina, os países com as maiores populações e de grande extensão territorial.

Para Peña Nieto, a visita de Dilma é um divisor de águas com a assinatura desses dois principais acordos. As assinaturas de documentos entre os países envolvem também cooperações nas áreas de turismo, meio ambiente, pesca, agricultura e serviços aéreos.

No México, desde segunda (25), a presidente se encontrou com empresários brasileiros e recebe, nesta quarta-feira (27), uma homenagem no Congresso da União.

Brasil e China firmaram 35 acordos bilaterais, nesta terça-feira (19), nas áreas de planejamento estratégico, infraestrutura, transporte, agricultura, energia, mineração, educação, ciência e tecnologia e comércio, entre outros. Os atos foram assinados pela presidente Dilma Rousseff e pelo primeiro-ministro da China, Li Keqiang, além de outras autoridades, em cerimônia realizada no Palácio do Planalto, em Brasília.

Mais cedo, os dois chefes de governo tiveram uma reunião privada para tratar das parcerias. De acordo com o Ministério das Relações Exteriores, o principal objetivo da visita do premiê chinês é ampliar o fluxo comercial entre os dois países. Ele veio ao Brasil menos de um ano após a visita do presidente Xi Jinping, em julho de 2014.

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"Nós construímos as bases para uma parceria estratégica global entre Brasil e China. Tivemos uma reunião produtiva com diálogo franco e vontade de avançar e fortalecer a nossa parceria”, frisou, em discurso, a presidente Dilma Rousseff, que adiantou que irá à China no próximo ano.

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Entre os acordos está um no âmbito do programa Ciência Sem Fronteiras, que prevê o treinamento em tecnologia da informação de bolsistas na China, e um de cooperação para a instalação de complexo siderúrgico no Maranhão. A Caixa Econômica Federal e o Banco Industrial e Comercial da China também firmaram um memorando de entendimento para implementação de projetos para promoção de investimentos e criação de oportunidades de negócios entre os dois países.

Na ocasião, também foi realizado o lançamento da pedra fundamental das obras de linhas de transmissão Ultra-Alta da Usina Belo Monte. Também foram assinados convênios de capacidade produtiva, financiamento de projetos da Petrobras no valor de R$ 5 bilhões, compra de 40 aeronaves da Embraer pela China e criação do polo automotivo de Jacareí (SP).

Os dois países, junto com o Peru, irão colaborar para estudos de viabilidade do projeto ferroviário transcontinental. A chamada Ferrovia Bioceânica atravessará o Brasil até o Peru, ligando portos dos oceanos Atlântico e Pacífico. A via passará por Rio de Janeiro, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Rondônia, Amazonas e Acre. “Essa ferrovia irá cortar o continente para levar produtos e derrubar barreiras comerciais. É um caminho que nos levará diretamente, pelo oceano Pacífico, até os portos do Peru e da China”, frisou Dilma.

Desde 2009, a China é o principal parceiro comercial do Brasil. Em 2014, as trocas comerciais bilaterais alcançaram US$ 77,9 bilhões, com superávit brasileiro de US$ 3,3 bilhões. Os dois países mantêm importantes fluxos de investimentos bilaterais. Do lado das inversões brasileiras na China, ressaltam-se os setores aeronáutico, bancário, de máquinas, autopartes e agronegócio. Do lado chinês, merecem destaque os setores de energia, eletrônicos, automotivo e bancário.

Visita - Li Keqiang permanece no Brasil até quinta-feira (21). Ainda nesta terça, ele será recebido pelos presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). De Brasília, ele segue para o Rio de Janeiro. A comitiva ainda conta com cinco ministros e 120 empresários.

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