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O ex-presidente do Irã; Mahmoud Ahmadinejad, conhecido por sua orientação linha dura, afirmou, nesta terça-feira (27), que não irá concorrer à eleição presidencial no ano que vem, encerrando semanas de especulação sobre seus próximos passos.

A candidatura foi desencorajada pelo supremo líder do país, o aiatolá Ali Khamenei, para quem Khamenei poderia polarizar a política do país.

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A candidatura de Ahmadinejad poderia se tornar um forte desafio à reeleição do atual presidente, Hassan Rouhani, tido como mais moderado. Rouhani é reconhecido por ter chegado a um acordo para encerrar as sanções nucleares ao país. Ele venceu Ahmadinejad em 2009, em um pleito bastante apertado e que dividiu o país.

"Pela graça de Deus, eu tenho orgulho de continuar como um pequeno soldado da revolução", afirmou o ex-presidente em uma carta a Ali Khamenei.

Ahmadinejad é conhecido por questionar repetidamente o Holocausto, predizer o fim de Israel e ampliar a escala do programa nuclear do país. Nos últimos meses, ele tem percorrido o país, o que alimentou especulações de que pudesse estar considerando uma nova candidatura. Em agosto, ele escreveu uma carta aberta ao presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pedindo uma "rápida solução" para a decisão da Suprema Corte norte-americana que permite às famílias das vítimas de um atentado ligado ao Irã no país coletar suas compensações por danos em ativos iranianos congelados em bancos locais.

Ahmadinejad serviu por dois mandatos, de 2005 a 2013. Fonte: Associated Press.

Depois de oito anos de bravatas e ameaças, Mahmoud Ahmadinejad deixou a presidência do Irã no último fim de semana de maneira discreta, isolado não apenas nos círculos internacionais, mas também dentro de seu próprio país. Não bastasse ter caído em desgraça com os aiatolás, Ahmadinejad deixa o cargo, como o presidente mais impopular da história entre a população iraniana, segundo pesquisas. Para analistas, seu legado é o de ter reservado um lugar cativo para o Irã na pauta do Ocidente, ainda que de forma negativa. Entre os iranianos, prevalece uma sensação de alívio tanto entre os cidadãos comuns quanto entre as autoridades do regime agora que Ahmadinejad saiu.

"Uma mostra do legado de Ahmadinejad é o fato de que, na cerimônia de posse Hasan Rouhani, no domingo passado, ele nem ao menos esteve presente. Eu diria que a maioria da população, assim como as autoridades do regime, estão aliviadas agora que Ahmadinejad saiu da presidência", afirma o diretor da Campanha Internacional pelos Direitos Humanos no Irã, Hadi Ghaemi, um iraniano radicado nos Estados Unidos.

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Esse discreto fim de mandato é o ocaso de um político ainda jovem - Ahmadinejad deixa a presidência com apenas 56 anos de idade -, mas de habilidades diplomáticas e administrativas bastante contestáveis. Em seu país, ele será lembrado como o presidente que entregou a seu sucessor uma economia em frangalhos, resultado de uma mescla de sanções externas e má gestão de recursos.

Outro fator a pesar contra Ahmadinejad no quesito popularidade foi a repressão aos protestos ocorridos no país na esteira das eleições presidenciais de 2009, quando ele foi reeleito. Na ocasião, a oposição denunciou fraude eleitoral, mas os protestos contra os resultados oficiais foram brutalmente reprimidos pelas forças de segurança, assegurando a permanência de Ahmadinejad. "O cidadão comum ficou muito descontente com essa experiência", afirma Ghaemi.

Fora do Irã, Ahmadinejad certamente será lembrado pela retórica bombástica. Ao longo de oito anos de governo, suas bravatas incluem ameaças das mais diversas, desde a de "varrer Israel do mapa do Oriente Médio" à de fechar para navegação o Estreito de Ormuz, por onde passam aproximadamente 40% de todo o petróleo vendido no mundo. O ex-presidente iraniano também acumulou declarações extravagantes, como a negação da existência de homossexuais no Irã e seus persistentes questionamentos ao Holocausto.

Carreira política - Na década de 1980, depois de militar em uma organização estudantil cuja principal missão era impedir os jovens de simpatizarem ou se aliarem com o grupo extremista Mujahedin e-Khalq, ele iniciou a carreira política na província de Azerbaijão Ocidental, onde foi prefeito biônico das cidades de Maku e Khoy. Em 1993, Ahmadinejad foi indicado governador-geral da recém-criada província de Ardabil, função que exerceu por quatro anos.

Seu primeiro cargo eletivo foi conquistado somente em 2003, nas eleições para a Câmara dos Vereadores de Teerã. Na ocasião, o índice de comparecimento às urnas foi de apenas 12% e a casa legislativa acabou dominada pelos conservadores. Empossados, os vereadores então elegeram Ahmadinejad prefeito da capital iraniana, dando a ele projeção nacional.

Nos dois anos seguintes, Ahmadinejad conseguiu capitalizar o descontentamento dos iranianos com as infrutíferas tentativas de diálogo com o Ocidente defendidas pelo presidente moderado Mohammed Khatami. Em 2005, elegeu-se presidente com 62% dos votos, derrotando em segundo turno o ex-presidente Akbar Hashemi Rafsanjani.

Presidência - Uma vez eleito, porém, a falta de habilidade diplomática somada à retórica bombástica de Ahmadinejad acabou por aprofundar o isolamento internacional de um país que já figurava na mira do Ocidente - mais especificamente dos Estados Unidos - desde a Revolução Islâmica, em 1979.

O resultado de tudo isso pode ser constatado nos números da economia. O Irã já era alvo de duros embargos quando Mohammed Khatami, o antecessor de Ahmadinejad, era presidente. Ainda assim, o produto interno bruto (PIB) do Irã cresceu a uma taxa superior a 7% ao ano durante seus dois mandatos, segundo dados do Fundo Monetário Internacional (FMI).

Hadi Ghaemi observa que, apesar de todas as sanções, a receita do Irã com as exportações de petróleo nunca foi tão grande quanto durante os anos em que Ahmadinejad esteve no poder. "E mesmo assim a economia iraniana está uma completa bagunça, em grande parte por causa de erros administrativos e do aprofundamento das sanções. E esta é a causa de grande parte de sua popularidade", afirma.

O resultado de anos de embargos somados à má gestão sob comando de Ahmadinejad foi uma desaceleração no crescimento do Irã de 12,88% ao ano na virada de 2005 para 2006, quando ele já era presidente, para apenas 0,36% de expansão no fim de 2012, segundo dados do Banco Central do Irã. Ao fim de oito anos, o crescimento econômico médio anual iraniano não chegou a 2,5% sob liderança de Ahmadinejad.

A piora na economia inclui um enfraquecimento acentuado da moeda local, o rial, que perdeu 75% de seu valor durante seus dois mandatos, e uma escalada na inflação, que saiu de 10% ao ano nos primeiros anos de Ahmadinejad no poder para mais de 40% no primeiro semestre de 2013.

Legado - O legado de Ahmadinejad é muito negativo, constata Ghaemi, apontando uma série de motivos: "A mídia iraniana está repleta de relatos de um país em ruínas por causa da má administração de Ahmadinejad. A economia, as relações exteriores, o ambiente, todos esses setores sofreram terrivelmente. Além disso, a corrupção disseminou-se durante a presidência de Ahmadinejad. E é claro que, internacionalmente, a política externa isolou tremendamente o Irã e resultou em sanções econômicas que prejudicaram demais o país e o povo". Segundo ele, os cidadãos comuns avaliam a situação atual como pior do que quando Ahmadinejad assumiu a presidência. "Não é de espantar que ninguém vai sentir falta dele."

Hasan Rouhani assumiu oficialmente neste sábado a presidência do Irã, após receber a aprovação formal do líder supremo do país, o aiatolá Ali Khamenei, em cerimônia. Rouhani substitui o ultraconservador Mahmoud Ahmadinejad, que, há oito anos assumia o primeiro mandato como presidente iraniano.

"Há uma mensagem clara ao eleger uma pessoa competente, com mais de três décadas de serviço para o estabelecimento (do Irã)", disse Khamenei, em comunicado. "Ele vem de um reduto clerical que tem confrontado os inimigos", acrescenta a nota.

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O clérigo moderado de 64 anos, sétimo presidente da República Islâmica, inicia seu mandato enfrentando graves desafios no exterior e, internamente, assume uma economia em crise e o isolamento político decorrente das atitudes controversas de seu antecessor. Nas eleições de 14 de junho, Rouhani derrotou uma liga de rivais conservadores. Durante a campanha, prometeu resolver as tensões com potências mundiais e reforçar a economia atingida pelas sanções internacionais, resultado das ambições nucleares de Teerã.

Sua primeira atuação pública acontece neste domingo, quando Rouhani fará o juramento de posse diante do parlamento iraniano. Fonte: Dow Jones Newswires.

O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, criticou nesta quarta-feira (22) a decisão das autoridades do país de excluir seu aliado, Esfandiar Rahim Mashaie, das eleições presidenciais do próximo mês.

"Considero Mashaie confiável, direito e proveitoso para este país e eu o apoio com base nessas capacidades e características", disse Ahmadinejad, em seu site. "Mas ele foi uma vítima da injustiça", acrescentou, referindo-se à decisão anunciada esta semana de omitir Mashaie da lista de candidatos nas eleições de 14 de junho.

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As autoridades também excluíram da lista o ex-presidente Akbar Hashemi Rafsanjani, que não vai se opor à decisão, segundo seu gerente de campanha. As informações são da Dow Jones.

O presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, embarcou neste domingo (14) para uma série de visitas a países africanos como Benim, Gana e Níger, com acordos de energia em destaque na agenda, anunciou o escritório da presidência do Irã. "Durante a visita a Benim, Níger e Gana, nós vamos tentar não apenas estreitar laços, mas também avançar em acordos de cooperação", disse Ahmadinejad antes de deixar seu país.

De acordo com um comunicado do gabinete presidencial, "diferentes memorandos de entendimento no campo energético, comercial, cultural, de turismo e de saúde serão assinados", disse o líder sem dar detalhes. Na tarde deste domingo, Ahmadinejad chegará a Benim, na qualidade de líder do Movimento de Países não Aliados, disse o chanceler do país africano, Nassirou Arifari Bako, acrescentando que educação, agricultura e energia, sobretudo, estarão na agenda do encontro.

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Depois de Benim, o presidente iraniano segue para o Níger na segunda-feira, onde permanece por dois dias. O Níger é o quarto maior produtor de urânio, do qual o Irã vem buscando comprar o minério há muito tempo. Ahmadinejad já visitou 11 países africanos, em quatro viagens, na maioria delas para buscar apoio da Organização das Nações Unidas, que impôs uma série de sanções à Teerã devido ao seu programa nuclear. As informações são da Dow Jones.

O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, chegou ao Cairo nesta terça-feira para a primeira visita de um chefe de Estado iraniano ao Egito desde a revolução islâmica de 1979. Imagens mostram o presidente egípcio, Mohamed Morsi, saudando Ahmadinejad no aeroporto do Cairo, assim que ele desembarcou do avião.

Ahmadinejad, que está numa visita de três dias ao país, vai participar da conferência da Organização da Conferência Islâmica e vai se reunir com autoridades egípcias, segundo informações divulgadas por meios de comunicação iranianos antes da viagem. As informações são da Dow Jones.

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O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, disse que está pronto para ser o primeiro astronauta iraniano a ser enviado ao espaço como parte do objetivo do país de enviar homens ao espaço. Ahmadinejad afirmou que está disposto a sacrificar sua vida pelo programa espacial do Irã, segundo a agência de notícias oficial, IRNA.

O país enviou um macaco ao espaço na última segunda-feira, descrevendo a ação como um passo bem-sucedido para mandar um astronauta ao espaço dentro dos próximos cinco ou seis anos.

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O macaco, chamado de Pishgam, viajou 120 quilômetros ao espaço e depois retornou em segurança. Em 2010, o país enviou um foguete ao espaço que carregava um rato, uma tartaruga e minhocas. As informações são da Associated Press.

O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, insistiu nesta segunda-feira que quer visitar a prisão de Evin, perto de Teerã, uma dia após o judiciário iraniano rejeitar o pedido que ele fez para visitar a cadeia. Ahmadinejad disse no domingo que queria inspecionar as penitenciárias do Irã. Mas o porta-voz do judiciário iraniano, Gholam Hossein Mohseni Ejeie, sugeriu que existe uma "dimensão política" no pedido presidencial. Segundo ele, "nessa situação, não é conveniente" que Ahmadinejad visite Evin, a maior penitenciária em Teerã.

Ahmadinejad disse que o judiciário está tendo um comportamento "inconstitucional". Ahmadinejad escreveu uma carta ao aiatolá Sadeq Larijani, chefe do judiciário, reclamando que como presidente pode visitar a prisão na hora em que desejar. Ele prometeu visitar Evin, mesmo sem a permissão.

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Mohseni Ejeie sugeriu que o interesse de Ahmadinejad em Evin está ligado a "uma pessoa do governo que está na prisão" - o ex-chefe da agência estatal de notícias Irna e ex-assessor de imprensa de Ahmadinejad, Ali Akbar Javanfekr. O jornalista foi detido em setembro, quando Ahmadinejad estava em Nova York participando da Assembleia Geral das Nações Unidas, sob acusações de desrespeitar o líder supremo do país, o aiatolá Ali Khamenei, e também por atentar contra a moral e os bons costumes (locais) ao sugerir em artigo que as mulheres não deveriam usar véus. Essas opiniões teriam sido manifestadas em um artigo em uma revista estatal.

Ejeie também questionou a razão de Ahmadinejad querer visitar Evin pela primeira vez em sete anos como presidente só agora, no final do mandato e quando seu ex-assessor está preso, e não antes.

A recusa do judiciário coloca mais uma vez em evidência o desgaste de Ahmadinejad, que termina o mandato em 2013 e não pode se reeleger. Além disso, ele perdeu poder após uma disputa com Khamenei sobre nomeações para cargos. O judiciário é controlado pela linha-dura, partidária de Khamenei.

Na penitenciária de Evin estão detidos muitos presos políticos. Construída em 1972, na época do xá (imperador) Reza Pahlevi, a prisão de Evin chegou a abrigar milhares de presos comuns e políticos. Execuções ocorreram no local, tanto antes quanto depois da Revolução Iraniana de 1979.

As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, foi alvo de ataques do Poder Legislativo do país neste domingo devido à queda da moeda local nos últimos dias. Os deputados se recusaram a debater a reformulação dos subsídios apresentada por Ahmadinejad e exigiram que ele preste contas sobre a forma como a economia do país é gerida.

A agência de notícias Ilna disse que a maioria dos legisladores votou a favor de uma moção para um debate urgente sobre se eles deveriam ou não prosseguir com a segunda fase da reforma, que está no centro das políticas de Ahmadinejad. O objetivo da proposta é substituir progressivamente os subsídios aos combustíveis e alimentos por uma remuneração direta aos pobres.

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Mas 179 membros do Parlamento, que tem 240 cadeiras, votaram a favor de uma revisão urgente do projeto, o que efetivamente representa uma paralisação dos trabalhos, em razão da recente queda do rial.

A moeda iraniana perdeu cerca de 25% de seu valor contra o dólar neste mês em razão das sanções internacionais, aplicadas em razão das suspeitas sobre o programa nuclear do país. Segundo críticos de Ahmadinejad, a desvalorização também aconteceu por causa da má gestão da economia.

Outra agência de notícias, a Mehr, citou um deputado não identificado dizendo que 93 legisladores assinaram uma moção para questionar Ahmadinejad sobre a economia do país. Segundo ele, a moção seria submetida ao conselho diretor do Parlamento após ser assinada por 100 parlamentares. Pela lei iraniana, 74 assinaturas são necessárias para convocar o presidente para interrogatório no Parlamento. As informações são da Dow Jones.

O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, proferiu nesta sexta-feira um de seus mais acentuados discursos contra Israel até agora. Ele disse para um público na Universidade de Teerã que "a existência do regime sionista é um insulto contra toda a humanidade". A declaração ocorre ao mesmo tempo em que o Estado judeu debate abertamente se deve atacar para interromper o programa nuclear iraniano.

Ahmadinejad afirmou também que confrontar Israel é um esforço para "proteger a dignidade de todos os seres humanos". Ele discursou após manifestações de apoio aos palestinos realizadas em todo o país, que marcam o Dia de Jerusalém, comemorado toda última sexta-feira do mês sagrado do Ramadã.

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Israel considera o Irã uma ameaça à sua existência por causa de apoio iraniano à grupos anti-israelenses, o programa nuclear de Teerã e as repetidas referências dos líderes do país à destruição de Israel.

Ahmadinejad chamou Israel de "uma corrupta, anti-humana, organização minoritária que vai de encontro a todos os valores divinos". Manifestantes em Teerã queimaram bandeiras dos Estados Unidos e Israel e gritaram "morte aos EUA" e "morte a Israel". As informações são da Associated Press.

O Irã não só está prosseguindo com seu programa nuclear como também está ativando centenas de centrifugas de enriquecimento de urânio, afirmou na noite de terça-feira o presidente Mahmoud Ahmadinejad. "Atualmente existem 11 mil centrífugas operando em instalações de enriquecimento", disse ele após encontro com o líder supremo do país, o aiatolá Ali Khamenei.

Em discurso transmitido pela TV estatal iraniana nesta quarta-feira, Khamenei acrescentou que as sanções impostas pelo Ocidente não vão forçar mudanças nas políticas do Irã, expressando confiança que o país pode superar as recentes ações para bloquear sua indústria petrolífera e bancária.

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O último relatório da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), publicado em 25 de maio, contabilizava 10 mil centrífugas ativas no Irã. Ahmadinejad não especificou nem deu detalhes sobre quantas centrífugas funcionam nos dois complexos de enriquecimento de urânio do país, Natanz e o bunker subterrâneo altamente fortificado de Fordo.

Fordo é um dos pontos mais controversos nas negociações infrutíferas entre o Irã, a Alemanha, e as cinco nações que compõem o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU): Estados Unidos, Reino Unido, França, Rússia e China. O Conselho de Segurança exige que Teerã suspenda todo o enriquecimento de urânio e impôs quatro rodadas de sanções para pressionar os iranianos. A AIEA suspeita que existam dimensões militares para o programa nuclear. O Irã insiste que o programa é inteiramente pacífico.

Khamenei afirmou que alguns países que participam das sanções lideradas pelos Estados Unidos não vão continuar no longo prazo, por causa de prejuízos econômicos. As últimas sanções da União Europeia contra a indústria de petróleo iraniana começaram a valer em 1º de julho, três dias após os Estados Unidos terem apertado as sanções que proíbem bancos internacionais de completar transações de petróleo com bancos do Irã. Economistas dizem que as medidas aumentaram os custos das importações do Irã de 20% a 30%. As informações são da Dow Jones e Associated Press.

O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, convidou o presidente eleito do Egito, Mohammed Morsi, para uma reunião de cúpula em Teerã no final de agosto, informa o site da presidência nesta quinta-feira.

"A presença de sua excelência como atual chefe da cúpula do Movimento do Países Não Alinhados, em Teerã, seria eficaz no progresso de negociações e na tomada de decisões", disse Ahmadinejad a Morsi pelo telefone, segundo informações da presidência iraniana.

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"O papel do Egito neste movimento é inegável e a cooperação construtiva entre Irã e Egito neste movimento pode ter resultados positivos", acrescentou ele.

O site da presidência diz que Morsi respondeu dizendo que "espera" encontrar Ahmadinejad na cúpula de Teerã, mas não revelou quando a conversa aconteceu. Segundo o site, Morsi disse que "o Movimento dos Países Não Alinhados é um grupo importante, como um guarda-chuva que cobre muitos países islâmicos e não islâmicos. Espero testemunhar a realização dos objetivos desta organização internacional".

O Movimento dos Países Não Alinhado é um grupo de países que se considera independente dos principais blocos políticos do mundo.

No mês passado, Ahmadinejad pediu a criação de ligações mais fortes entre Irã e Egito, após a vitória presidencial de Morsi.

Os laços diplomáticos entre os dois países estão cortados há três décadas, após a revolução islâmica e a assinatura, pelo Egito, do tratado de paz com Israel em 1980.

Morsi, político da Irmandade Muçulmana que deixou o poderoso movimento islamita após sua vitória, tornou-se o primeiro presidente egípcio democraticamente eleito desde a queda do ex-presidente Hosni Mubarak, em 2011. As informações são da Dow Jones.

O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, disse que encerrará sua carreira política quando o segundo turno do seu mandato terminar no próximo ano, reportou o jornal alemão Frankfurter Allgemeine Sonntagszeitung.

Segundo o jornal, Ahmadinejad afirmou em entrevista que planeja voltar à Universidade. Ele disse que poderia se engajar em alguma atividade política. "Eu não fundarei nenhum partido ou grupo político", acrescentou.

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Ahmadinejad não poderá disputar as eleições em junho de 2013 por causa do prazo para governar. Perguntado se, como Vladimir Putin na Rússia, gostaria de retornar à presidência no futuro, ele respondeu: "Não, oito anos são suficientes."

Ahmadinejad perdeu no ano passado uma disputa de poder com o sistema dominante do Irã, que o ajudou a conquistar a presidência do país. As informações são da Associated Press.

Rivais conservadores do presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, lideravam a corrida para o Parlamento, de acordo com resultados iniciais da eleição divulgados neste sábado (3), em uma indicação de que Ahmadinejad pode enfrentar uma casa mais hostil nos 18 meses remanescentes de seu segundo mandato. A forte presença de apoiadores do líder Supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, nas eleições parlamentares de ontem também refletiu o apoio incondicional para a teocracia do país e sua posição firme no impasse nuclear com o Ocidente.

Segundo resultados preliminares, os membros leais a Khamenei estavam na frente na corrida eleitoral. Os números parciais de províncias também mostraram que os rivais conservadores de Ahmadinejad foram eleitos em muitos distritos eleitorais. A imprensa estatal disse que a participação eleitoral era estimada em cerca de 67% de 48 milhões de iranianos com direito a voto.

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O Parlamento iraniano tem 290 assentos e os eleitores tiveram de optar entre os 3.467 candidatos aprovados pelo Conselho de Guardiães da Revolução. O voto foi o primeiro realizado no âmbito nacional desde a reeleição de Ahmadinejad em junho de 2009. As informações são da Associated Press.

O Parlamento do Irã deve convocar o presidente do país, Mahmoud Ahmadinejad, para questioná-lo sobre um escândalo econômico e suas políticas. Ele seria o primeiro presidente a ser convocado pelos legisladores, um sério golpe na sua autoridade.

Pelo menos 73 parlamentares já assinaram uma petição para convocar Ahmadinejad, pouco mais de um quarto dos 290 votos necessários, segundo a Constituição iraniana. Anteriormente, o Parlamento considerou o ministro de Economia de Ahmadinejad culpado em um caso de fraude de US$ 2,6 milhões, considerado o maior na história do país.

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O caso está relacionado com a luta interna de Ahmadinejad por poder. O presidente tem entrado em conflito nos últimos meses com os parlamentares e com os clérigos que de fato governam o país, que o acusam de abuso de autoridade. As informações são da Associated Press.

O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, pediu nesta terça-feira que os líbios trabalhem juntos para evitar que as potências ocidentais tomem o controle de seu país e saqueiem suas riquezas.

"Seu primeiro objetivo é tomar o controle da Líbia e (então) tentar impor regras não revolucionárias e impopulares sobre seu povo", disse ele em discurso proferido na província de Khorasan do Sul e transmitido ao vivo pela televisão estatal.

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"As forças da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) intervieram sob o pretexto de ajudar os líbios...e transformaram a Líbia em ruínas...e sob o pretexto de reconstruir a Líbia, eles querem saquear suas riquezas", afirmou Ahmadinejad.

O Irã apoiou a revolta líbia contra Muamar Kadafi, mas rejeitou fortemente a intervenção militar da Otan que levou à vitória da insurreição.

Ahmadinejad disse estar certo de que os líbios vão "se unir e expulsar" os poderes ocidentais.

Mais cedo, o ministro de Relações Exteriores iraniano, Ali Akbar Salehi, enviou uma mensagem aos novos líderes da Líbia saudando a "total libertação do país", informou a agência de notícias Mehr.

Salehi disse esperar que os líbios exercitem sua soberania "instalando um regime baseado na democracia religiosa ao mesmo tempo em que preserva a independência e a estabilidade do país, sem influência ou interferência de forças estrangeiras". As informações são da Dow Jones.

O presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, disse que os Estados Unidos (EUA) usaram os ataques terroristas de 11 de setembro de 2001 como uma desculpa para lançarem guerras no Iraque e no Afeganistão.

Ahmadinejad afirmou que os ataques foram um "jogo designado e complicado" para afetar as emoções das pessoas e pavimentar o caminho para as invasões do Afeganistão e do Iraque.

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Segundo ele, os EUA lançaram essas guerras para resolver seus próprios problemas econômicos.

As declarações de Ahmadinejad foram transmitidas pelo site da TV estatal iraniana hoje.

O líder iraniano questionou repetidamente a versão oficial dos eventos em torno dos ataques de 11 de setembro, classificando-os como uma "grande mentira". As informações são da Associated Press.

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