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O ataque com mísseis contra bases que abrigam soldados americanos no Iraque foi "uma bofetada na cara" dos Estados Unidos - afirmou o guia supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, nesta quarta-feira (8).

Na madrugada, o Irã disparou vários mísseis contra duas bases do Iraque onde há tropas dos EUA estacionadas, relataram autoridades em Teerã e em Washington. "Na noite passada, foi dada uma bofetada na cara" dos americanos, disse o líder em um discurso divulgado pela televisão.

"O que importa é que a presença corrupta dos Estados Unidos nesta região tem que terminar", frisou. Khamenei já havia pedido uma "vingança severa" pela morte de Qassem Soleimani, general morto em 3 de janeiro em um ataque americano perto do aeroporto de Bagdá.

Segundo o Exército do Iraque, os 22 mísseis disparados contra as bases não causaram "vítimas entre as forças iraquianas".

"Entre 1h45 e 2h15 (19h45 e 20h15 em Brasília), o Iraque foi bombardeado com 22 mísseis - 17 contra a base aérea de Ain al-Assad (...) e cinco contra a cidade de Erbil - que alcançaram instalações da coalizão" internacional antijihadista dirigida pelos Estados Unidos, indicou o Exército em um comunicado.

"Não há nenhuma vítima nas fileiras das forças iraquianas", acrescentou a nota publicada sete horas depois do ataque. O comunicado não menciona eventuais vítimas nas fileiras da coalizão.

Todos os discursos pronunciados nos últimos 25 anos pelo aiatolá Ali Khamenei estão a partir de agora disponíveis nos telefones celulares graças ao aplicativo Khamenei.ir, anunciou neste domingo o site oficial associado ao guia supremo do Irã.

O aplicativo, no momento disponível apenas em persa, pode ser baixado em aparelhos com sistemas IOS e Android. É possível encontrar discursos, mensagens e fotografias disponibilizadas pelo site responsável pela "preservação e publicação das obras" do aiatolá Khamenei, no poder desde outubro de 1989.

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Os discursos estão catalogados por ano e, em tese, é possível fazer uma busca por palavra-chave.

Dos quase 78 milhões de habitantes do Irã, 40 milhões são usuários da internet. Mas o governo bloqueia várias páginas de caráter político ou pornográfico, assim como várias redes sociais, Facebook e Twitter em particular, desde as manifestações de junho de 2009 contra a reeleição do presidente Mahmud Ahmadinejad.

Teerã acusa os países ocidentais de organizarem uma "guerra não declarada" na rede com o objetivo de desestabilizar o regime iraniano. As autoridades anunciaram o uso progressivo de uma "internet iraniana", oficialmente mais rápida e segura, paralela à rede mundial de internet.

O Irã trabalha há quase dois anos em um acesso seletivo e controlado das redes sociais. Criou uma polícia do "cibercrime", responsável por detectar conteúdos ilícitos e blogs de contestação, o que provocou a detenção de vários blogueiros.

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