JOÃO PESSOA (PB) - Pioneira em separar homossexuais em ala distinta nos presídios, a Paraíba foi usada como referência para o Conselho Nacional de Combate à Discriminação, vinculado à Secretaria dos Direitos Humanos da Presidência da República. De agora em diante, os detentos gays deverão ter um espaço de convivência específico.
As Alas Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros (LGBT) foram instaladas em setembro, nas penitenciárias Flósculo da Nóbrega (Presídio do Róger) e Dr. Romeu Gonçalves de Abrantes (PB1), em João Pessoa; e Regional Raimundo Asfora (Complexo do Serrotão), em Campina Grande. O objetivo é levar o projeto para as 18 penitenciárias e 61 cadeias públicas.
##RECOMENDA##O secretário de Administração Penitenciária, Wallber Virgolino, explicou que a ideia se deu após casos de agressão e violência contra homossexuais dentro das celas. “Todos os dias tinha alguém ferido. Para preservar a integridade física e, até mesmo, a vida destas pessoas, nós as separamos”, afirmou.
O Secretário comemorou a nova lei federal. “É a demonstração que o nosso trabalho vem gerando bons resultados e mostrando a Paraíba mais uma vez sai na frente e desponta como um exemplo a ser seguido no que tange ao respeito aos direitos humanos e à diversidade sexual, e ainda, desenvolvendo atividades de ressocialização que viraram modelo para outros estados. A ideia foi tão boa, que agora é lei”, finalizou.