Tópicos | Alejandro Domínguez

Ídolo dos paraguaios e pré-candidato à presidência do país, o ex-goleiro José Luis Chilavert, de 56 anos, foi condenado na noite de quarta-feira a um ano de prisão por atos de difamação contra Alejandro Dominguez, atualmente presidente da Conmebol. A sentença final será lida na próxima quarta-feira, 1º de junho.

Chilavert está proibido de deixar o país sem autorização judicial e terá de comparecer uma vez por mês, nos próximos 90 dias, a uma delegacia para assinar um livro de comparecimento. Ainda será anunciado qual será o valor que ele deve pagar de indenização para Dominguez.

##RECOMENDA##

Na visão do juiz Manuel Aguirre, ficou provado que Chilavert cometeu os atos de difamação entre "cinco e seis meses" com diversos posts no Twitter. O ex-goleiro, por outro lado, foi inocentado das denúncias de "calúnia e injúria", também denunciadas pelo presidente da Conmebol. Dominguez exigia dois anos de prisão e 100 milhões de guaranis (aproximadamente R$ 70,5 mil) de indenização. A punição é pelo fato de ter "atacado a honra de uma pessoa", de acordo com o magistrado.

As denúncias de Chilavert contra Dominguez vieram todas pelo Twitter pessoal e em órgãos de imprensa da Argentina, onde brilhou defendendo o Vélez Sarsfield, e do Paraguai, desde a época em que o presidente da Conmebol era o dirigente principal da Associação Paraguaia de Futebol (APF), entre 2011 e 2014. Ele acusou Domínguez de supostamente ter recebido US$ 1.500.000 (em torno de RS 7,25 milhões) por suborno no caso FIFA Gate, na época em que presidia a APF.

Os delitos de difamação, calúnia e injúria têm penas previstas entre três meses e três anos de prisão no Paraguai. Chilavert se defende garantindo ter respaldo em publicações jornalísticas.

Alejandro Domínguez foi reeleito nesta sexta-feira, em Doha, no Catar, para seu terceiro mandato na presidência da Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol). O 75º congresso da entidade foi realizado pouco antes do sorteio da Copa do Mundo. O paraguaio foi eleito por unanimidade para o período entre 2023 e 2027. O dirigente festejou prometendo um belo prêmio para a seleção Sul-Americana que conquistar o Mundial no fim do ano: US$ 10 milhões (aproximadamente R$ 47,3 milhões).

Brasil, Argentina, Uruguai e Equador são as seleções sul-Americanas na Copa do Catar. O Peru pode ser o quinto representante caso passe pela repescagem. O "bicho" é 20% do que a Fifa pagará ao campeão do mundo.

##RECOMENDA##

Domínguez está no comando da Conmebol desde 2016. Assumiu a entidade com enorme dívida e abalada sob acusações de propina na Fifa. Conseguiu melhorar a imagem da entidade e festeja ser aclamado pelas 10 federações que compõem a Conmebol.

"Fizemos uma mudança importante no futebol sul-americano, conseguimos mudar a história e nos tornar uma confederação muito melhor do que antes, mas ainda temos um longo caminho a percorrer", enfatizou Domínguez, durante o congresso, que contou com a presença do presidente da FIFA, Gianni Infantino, poucas horas antes do sorteio da Copa do Catar. 2022 na cidade de Doha.

"Acredito que enquanto continuarmos sendo a confederação mais transparente do mundo, poderemos seguir com confiança essa política de desenvolver o futebol sul-americano", seguiu. "Como já dissemos mais de uma vez: a casa está em ordem. Há gestão profissional, transparência administrativa e solidez institucional. Agora é a hora de sair e conquistar o mundo, para alcançar as maiores glórias esportivas, em nível de clubes e internacional, com as seleções", disse Alejandro Domínguez.

O presidente da Conmebol, o paraguaio Alejandro Domínguez, justificou na noite de terça-feira (5) a decisão da entidade de levar a final da Copa Libertadores, entre Flamengo e River Plate, no próximo dia 23, às 17h (de Brasília), de Santiago para Lima e explicou a complexidade da reunião entre as partes envolvidas.

"Houve consenso, mas não foi rápido. Vínhamos trabalhando a respeito de uma cidade havia mais de um ano e agora tivemos que encontrar a opção mais viável", declarou o dirigente em entrevista coletiva após o encontro na sede da Conmebol, em Luque, no Paraguai.

##RECOMENDA##

A definição de levar o jogo para o estádio Monumental de Lima, no Peru, foi feita em encontro de mais de seis horas de duração entre representantes dos dois clubes envolvidos, da CBF, das confederações de Argentina e Chile e de Domínguez. Todos eles também estiveram presentes na entrevista coletiva.

O dirigente disse que a decisão foi tomada depois de uma conversa com a ministra de Esporte do Chile, Cecilia Pérez, e de ter analisado a crise política que passa o país "em 360 graus". "A alternativa mais viável para todos, e tendo as garantias do governo peruano, é que o jogo seja realizado em Lima", afirmou. Curiosamente, o país também viveu problemas políticos nos últimos meses.

INGRESSOS - O presidente da Conmebol anunciou que devolverá o dinheiro dos ingressos dos torcedores que haviam comprado bilhetes para ver o jogo no Chile. Eles também terão preferência caso queiram entradas para a partida no Peru. Por outro lado, o cartola paraguaio não explicou se será possível reaver o valor das passagens aéreas compradas para Santiago, mas prometeu conversar com as empresas aéreas.

O presidente da Conmebol esclareceu que a decisão foi tomada devido às trocas no governo peruano e na presidência da federação de futebol do país, mas fez questão de dizer que todos esses temas estão superados. "O problema tinha a ver com a falta de autoridades com quem levá-lo adiante e atualmente está completamente restabelecido", revelou.

O Paraguai continua à frente do futebol sul-americano. Alejandro Domínguez foi oficialmente confirmado como novo presidente da Conmebol, aclamado pelos representantes das 10 federações nacionais de futebol da América do Sul. Ele era candidato único à sucessão do também paraguaio Juan Angelo Napout, que foi detido em dezembro na Suíça e encontra-se em liberdade condicional nos Estados Unidos.

Além de Domínguez, a assembleia da Conmebol também elegeu o colombiano Ramón Jesurun como primeiro vice-presidente e Laureano González, da Venezuela, como segundo vice-presidente. São eles os dois primeiros da linha sucessão do novo presidente, que tentará ser o primeiro em décadas a não terminar na cadeia.

##RECOMENDA##

Estão em maus lençóis os últimos três mandatários da Conmebol: o paraguaio Nicolás Leóz, em prisão domiciliar em Assunção, o uruguaio Eugenio Figueredo, detido em Montevidéu, e Napout, que aceitou a extradição para os Estados Unidos. Os três são acusados pela Justiça norte-americana, entre outros crimes, de corrupção.

Domínguez chega à presidência após uma eleição sem adversários, já que o único outro candidato, o uruguaio Wilmar Valdez, desistiu do pleito. O paraguaio é aliado de Napout e contou com o respaldo de Argentina e Brasil para se candidatar sem opositores.

Filho de Osvaldo Domínguez Dibb, ex-presidente do Olímpia, Domínguez dirigia o jornal "La Nación", de propriedade da família. Eleito nesta terça-feira, terá mandato até 2019. Entre as atribuições, além de tentar tirar a Conmebol da lama, terá que lidar com a insatisfação dos clubes com relação aos repasses pelos direitos de transmissão da Libertadores.

O Congresso Extraordinário da Conmebol também definiu que Domínguez ocupará a cadeira da entidade na vice-presidência da Fifa, enquanto Luis Segura, da Argentina, será indicado para o Comitê Executivo da Fifa. Isso significa que o Brasil passa a ficar sem nenhum cargo no futebol internacional.

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando