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O partido conservador grego Nova Democracia absorveu hoje o liberal Aliança Democrática, formado por dissidentes em 2010, em uma tentativa de ampliar sua força antes das eleições gerais marcadas para 17 de junho. "Chegou o momento de deixar de lado nossas diferenças", afirmou a líder do Aliança Democrática, Dora Bakoyannis, ex-ministra de Relações Exteriores da Grécia e a primeira mulher a ocupar a prefeitura de Atenas.

"Nós decidimos unir nossas forças", disse Bakoyannis, que foi expulsa do Nova Democracia em maio de 2010, após ignorar uma ordem parlamentar do partido de votar contra a primeira onda de reformas relacionadas a empréstimos emergenciais da União Europeia e do Fundo Monetário Internacional (FMI).

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O líder do Nova Democracia, Antonis Samaras, tem procurado fortalecer o partido desde as eleições inconclusivas do último de 6, nas quais o partido ficou em primeiro ligar mas não conseguiu os votos necessários para formar um governo. O Aliança Democrática obteve 2,55% dos votos, abaixo dos 3% exigidos para representação parlamentar. Nos últimos dias, Samaras também tem abordado diversos parlamentares do partido nacionalista Laos, que também não conseguiu entrar no Parlamento após as eleições do começo do mês.

O líder conservador tem alertado que a próxima eleição "vai determinar se a Grécia continua na Europa", destacando que o principal inimigo do Nova Democracia será o radical de esquerda Syriza, que quer rejeitar o pacote de resgate oferecido ao país pela UE e o FMI. A maioria das pesquisas de opinião indica que o Syriza vencerá as eleições, mas com uma pontuação que exigirá mais aliados para que seja formado um governo viável. As informações são da Dow Jones.

O partido governista Congresso Nacional Africano (CNA) apresentou e aprovou em voto um projeto de lei no Parlamento da África do Sul nesta terça-feira, para proteger segredos de Estado, apesar das fortes críticas e objeções da oposição, a qual inclui desde conservadores brancos a nacionalistas negros, grupos que eram inimigos na era do Apartheid. A lei foi aprovada por 229 votos a favor e 107 contrários.

Os políticos da oposição afirmam que a lei irá manter a corrupção dentro do governo fora de controle e minar a democracia duramente conquistada na África do Sul. O CNA diz que a África do Sul precisa atualizar a legislação que sobrou da era do Apartheid e que não tem a intenção de coibir a livre expressão e amordaçar a imprensa.

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A oposição esperava que o Parlamento, onde o CNA possui maioria folgada, aprovasse a Lei de Proteção à Informação de Estado. A oposição afirma que agora desafiará a lei na Corte Constitucional.

Entre os opositores à lei, estão dois nomes de peso: o arcebispo Desmond Tutu, prêmio Nobel da Paz, e a prêmio Nobel de Literatura Nadine Gordimer. O escritório do ex-presidente Nelson Mandela expressou reservas com o projeto de lei. A Câmara Alta do Parlamento agora poderá pedir emendas ao projeto de lei, mas não se espera que isso ocorra. O presidente Jacob Zuma precisará sancionar a matéria para que ela vire lei.

Mukelani Dimba, um ativista sul-africano que fez campanha contra o projeto de lei, disse que os parlamentares que chegaram ao poder após o fim do Apartheid, em 1994, inicialmente lutaram para se diferenciar dos supremacistas brancos, adotando não apenas uma Constituição moderna, mas uma série de leis progressistas. Mas Dimba afirma que ao longo da última década esses ideais progressistas desapareceram.

"Nós temos hoje um poder governante (O CNA) que apenas quer manter o poder, e nós temos que admitir que a informação é poder", afirmou Dimba.

"Hoje foi um dia sombrio e triste para a nossa democracia", disse Lindiwe Mazibuko, política da Aliança Democrática, principal partido da oposição. "O CNA abandonou os valores dos seus fundadores", ela comentou.

As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

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