A partir desta quarta-feira (26), após às 23h59, a Região Metropolitana do Recife (RMR) passa a assistir aos canais abertos de televisão apenas pelo sinal digital. Com 92% de domicílios preparados para a tecnologia, 14 municípios pernambucanos dão adeus à TV analógica.

Além do Recife, o sistema analógico será desligado nas cidades de Jaboatão dos Guararapes, Abreu e Lima, Araçoiaba, Cabo de Santo Agostinho, Camaragibe, Igarassu, Ilha de Itamaracá, Ipojuca, Itapissuma, Moreno, Olinda, Paulista, e São Lourenço da Mata.

Segundo pesquisa do Ibope Inteligência, 92% dos 1,2 milhão de domicílios da região contavam com sinal digital. O estudo foi realizado com 1.078 entrevistados entre os dias 9 e 22 deste mês. O percentual mínimo para atingir as condições de desligamento é de 90%, considerando uma margem de erro de três pontos percentuais para cima ou para baixo.

Com o desligamento, a programação das emissoras ficará disponível somente no formato digital, que possui mais qualidade de som e imagem. Segundo a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), os canais abertos que tiverem o sinal analógico desligado, deverão ainda apresentar na tela, durante 30 dias, cartela com informações aos telespectadores.

As frequências de radiofrequência com o desligamento do sinal analógicos serão usadas para a banda larga 4G. De acordo com a Anatel, os kits de TV digital, com antena e conversor, continuam sendo distribuídos gratuitamente às famílias da região cadastradas nos programas sociais do governo federal. As informações para retirada estão disponíveis no site www.sejadigital.com.br ou pelo telefone 147.

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O sinal analógico de TV deixou de funcionar em São Paulo nas primeiras horas desta quinta-feira (30) e já está levando clientes das operadoras de TV a pedir ressarcimento. A empresa criada por SBT, RecordTV e RedeTV não permitiu que as concessionárias de TV a cabo da capital retransmitissem o seu sinal. Com isso, clientes recorreram aos órgãos de defesa do consumidor, pedindo desconto em suas mensalidades. A lei que rege esse tipo de contrato (entre operadoras e emissoras de tv aberta) não previa a distribuição do sinal digital.

De acordo com a Associação Brasileira de TV por Assinatura (ABTA), a exibição desses canais depende de um acordo entre a administradora criada pelas três empresas, de acordo com as leis que regulamentam o setor. De acordo com orientações do site Reclame Aqui, que recebeu um grande número de queixas, essa interrupção na distribuição do sinal de canais abertos não é passível de ressarcimento pelas operadoras.

As emissoras contestam o método adotado pelas operadoras, que remuneram alguns canais, nacionais e internacionais, abertos. “Como as operadoras não conseguem chegar a uma proposta que remunere de maneira justa as emissoras, os assinantes podem perder grande parte do conteúdo que faz mais sucesso na TV paga”, declarou a Simba Content.