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Aos 27 anos, Camila Jales considera-se realizada na sua profissão. Formada em 2014, ela entrou na universidade idealizando a carreira pública. Traçou metas e planos de estudo que a aprovaram no primeiro certame, o de analista judiciária do Tribunal de Justiça do Ceará. Não se acomodou e em 2018, pediu exoneração do cargo para tornar-se defensora pública do Rio Grande do Norte. O campo de concursos na área do direito é vasto. Só em 2018, mais de 50 provas concentraram centenas de vagas em áreas diversas, indo desde a função de analista até o cargo de delegado. Entre os especialistas no estudo e no ensino para um campo tão concorrido, as dicas são claras: foco e identificação com os cargos são pontos essenciais para quem deseja seguir esse tipo de carreira. 

Camila garante que a aprovação no primeiro concurso foi fruto do estudo acumulado durante os anos de graduação. Para a prova de defensora, que englobava mais especialidades (incluindo uma prova discursiva e outra oral) precisou de cerca de dois anos de preparo constante. “Eu estudava o dia inteiro, mais ou menos oito horas diárias, incluindo os finais de semana e algumas vezes os domingos. Fiz cursinhos, mas motivei meu estudo em casa por meio de cadernos de questões e exercícios”, explica. 

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O sonho de ser defensora foi um fator facilitador na hora dos estudos, mas ter a certeza da carreira que queria seguir desde cedo foi essencial para a realização profissional antes dos 30. “Se você acha que vai querer ir para concurso público na faculdade, é importante ter uma base. Ir pegando questões de concurso, tentar estudar por doutrina. Às vezes a oportunidade surge assim que você se forma”, pontua. Os professores da área garantem que o estudo desde cedo é essencial para quem vai seguir a carreira de advogado, principalmente na área pública. 

Apesar de apresentarem mudanças ao longo de uma graduação, boa parte dos estudantes que ingressam no curso de direito atualmente estão interessados em seguir a carreira pública, defende o coordenador do curso da UNINABUCO, Diogo Ramos. “Para aquele aluno que está determinado a realizar o concurso, ele deve fazer um estudo dos últimos editais na área que quer. A partir desse estudo, ele faz um mapeamento de conteúdos e inicia a preparação. A mesma coisa para quem vai prestar o exame da OAB”, analisa. 

Pela análise do coordenador, cargos de magistratura e de ministérios públicos exigem mais preparo do candidato. “Esses são subdivididos em diversas fases, desde questões objetivas subjetivas até a arguição oral”, conta. Para além das estruturas da universidade, os cursinhos também funcionam como preparatório para alunos. “As matérias que servem como base para qualquer concurso público são direito constitucional, administrativo, a legislação específica do órgão e o português”, explica o professor do Diário da Aprovação, Bruno Vasconcelos. 

Bruno analisa, porém, que o preparo técnico e a vontade de estabilidade do estudante de direito não podem ser maior do que a afinidade dele com o cargo escolhido para o futuro. Afinal, na teoria, ele vai passar o resto da vida profissional exercendo aquela função. “A estabilidade financeira é algo muito bom, entretanto, vejo que muita gente quer entrar em profissões que não são compatíveis com seu perfil só para conseguir essa estabilidade.Isso é perigoso porque você escolhe a estabilidade financeira, mas a instabilidade mental”, conta. 

Para os que desejam seguir na carreira de aprovações de concursos e da Ordem dos Advogados do Brasil, o LeiaJá preparou o Vai Cair na OAB, perfil com dicas e questões diárias nas mais diversas áreas do direito. Você pode nos acompanhar pelo instagram @vaicairnaoab ou pelo nosso canal do YouTube.

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