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Depois de ser "furado" pelo Boletim Informativo Diário da CBF, que mostrou o registro da rescisão de Artur com o Red Bull Bragantino, o Palmeiras, enfim, tornou oficial a contratação do atacante de 25 anos. Formado na base do time alviverde, ele assinou contrato longo, vigente até dezembro de 2027.

"Estou muito feliz, é uma honra estar representando este manto novamente. Aprendi a amar o clube desde a base, que fiz toda aqui. Estou me sentindo completamente em casa, espero ganhar mais títulos com essa camisa", afirmou o atacante. "Era um sonho estar aqui, não pensei duas vezes. É um clube que eu e minha família amamos bastante".

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Artur, de fato, quis voltar. O desejo do atleta foi fundamental para o Bragantino aceitar uma proposta inferior ao que desejava. O clube de Bragança queria 10 milhões de euros, mas topou vender o seu principal jogador por 8 milhões de euros (R$ 45 milhões). O atleta, dessa maneira, valorizou R$ 18 milhões, uma vez que havia sido vendido pelo próprio Palmeiras em 2020 por R$ 27 milhões.

Além disso, segundo apurou o Estadão, o acordo prevê o pagamento de um bônus de 1 milhão de euros (cerca de R$ 5,6 milhões) ao Bragantino por metas a serem atingidas por Artur com a camisa do Palmeiras. Entre elas, estão convocações para a seleção brasileira e conquistas de títulos.

DE VOLTA APÓS TRÊS ANOS DE PROTAGONISMO NO BRAGANTINO

Nascido em Fortaleza (CE), Artur começou a carreira nas categorias de base do Ceará e desembarcou no Palmeiras aos 16 anos, em 2015. Rápido e habilidoso, trilhou seu caminho até o profissional, no qual, porém, teve pouco espaço. Foram apenas dez jogos pelo clube, sendo nove em 2018 (dois pela Copa do Brasil, cinco pelo Brasileirão e dois amistosos) e um pelo Brasileirão de 2016.

"Trabalhei com Weverton, Marcos Rocha, Gustavo Gómez, Luan, que é um grande parceiro. Tem algumas carinhas novas ali, mas vou conhecer todo mundo o mais rápido possível. Estou me sentindo em casa, são ótimos profissionais, que se mantiveram aqui pelo alto nível de desempenho", afirmou.

Ainda em sua primeira passagem pelo Palmeiras, foi emprestado a Grêmio Novorizontino, Londrina e Bahia com o intuito de ganhar experiência. Negociado com o Bragantino no fim de 2019, tornou-se protagonista na equipe do interior - foi eleito o craque do Paulistão de 2020 e premiado com a Bola de Prata no Brasileiro de 2021.

"De fora, a gente acompanhava o trabalho magnífico do Abel e de todo o elenco, tendo a percepção de que o time tem uma identidade formada. Uma equipe muito esforçada, determinada e focada. Quero estar o mais rápido possível no elenco, vim para somar e buscar mais títulos", destacou Artur.

O atacante também acumula diversas convocações para a seleção brasileira na carreira. Após figurar em listas das equipes Sub-23, Sub-20 e Sub-17 do Brasil, chegou à seleção principal em 2021 para a disputa das duas rodadas das Eliminatórias da Copa do Mundo do Qatar.

"Estou pronto, fiz uma bela pré-temporada e estou me preparando mais ainda mentalmente, porque não é fácil vestir esta camisa, a gente sabe o peso que tem. Tenho que trabalhar bastante e tenho certeza de que vamos ganhar o título do Paulista", disse.

O técnico Tite convocou nesta sexta-feira o atacante Artur, do Red Bull Bragantino, para completar a seleção brasileira para os dois próximos jogos desta rodada tripla das Eliminatórias Sul-Americanas da Copa do Mundo de 2022. Ele vai se apresentar ainda nesta tarde à comissão técnica, no Brasil.

Trata-se da primeira convocação do jogador pela seleção principal. Antes, o jogador de 23 anos tinha sido chamado apenas para as equipes sub-20 e olímpica do Brasil. Artur se juntará ao time nacional em São Paulo, onde a delegação desembarcará na noite desta sexta, vindo do Chile.

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O treinador optou por uma solução caseira para evitar novos problemas nesta tumultuada Data Fifa. Tite vem enfrentando dificuldades com seus convocados desde o anúncio da lista inicial, no dia 13 de agosto. No total, a relação de chamados chegou a contar com 34 jogadores. Mas, em Santiago, o técnico tinha apenas 22 a sua disposição. Com Artur, terá 23.

Os problemas nas convocações para esta Data Fifa começaram quando os clubes da Inglaterra decidiram não liberar seus jogadores para a seleção alegando que o Brasil está na "lista vermelha" do Reino Unido. Assim, os atletas teriam que cumprir quarentena no retorno ao país europeu, tornando-se desfalques para as competições locais. Os times da Espanha cogitaram fazer o mesmo, mas acabaram liberando os jogadores.

Com o veto inglês, nove atletas foram impedidos de se apresentar à seleção: Alisson, Ederson, Thiago Silva, Fabinho, Fred, Roberto Firmino, Raphinha, Richarlison e Gabriel Jesus. Como consequência, Tite precisou chamar mais nove atletas de última hora. Porém, novo problema afetou a lista do treinador.

O meia Matheus Nunes, do Sporting, estava nesta relação extra de atletas, mas não se apresentou porque cogita defender a seleção de Portugal - ele tem dupla cidadania. E o meia Claudinho e o atacante Malcom, ambos do Zenit, precisaram deixar a concentração da seleção para se reapresentarem por exigência do clube russo, também preocupado com quarentenas e desfalques no retorno dos atletas. A dupla já treinava normalmente com a seleção. E não estiveram à disposição de Tite para o jogo contra o Chile.

Com estas baixas, havia a expectativa de que Tite chamasse mais dois jogadores para completar o time. Mas convocou apenas Artur. Com este elenco, a seleção vai enfrentar a Argentina no domingo, na Neo Química Arena, em São Paulo. No dia 9, o adversário será o Peru, na Arena Pernambuco.

A seleção retorna a São Paulo na tarde desta sexta, após vencer o Chile por 1 a 0, em Santiago, na noite de quinta. O desembarque da delegação está previsto para as 20 horas.

O atacante Artur trocou o Palmeiras pelo Bragantino. O clube do interior paulista anunciou nesta quarta-feira a contratação do jogador, que assinou vínculo por cinco temporadas. O valor da transferência é de R$ 25 milhões. O reforço tem 21 anos e integra um grande pacote de novidades do atual campeão brasileiro da Série B do Campeonato Brasileiro. Também chegaram recentemente Matheus Jesus, Léo Realpe, Alerrandro e Luan Cândido.

A negociação por Artur começou em dezembro. O Palmeiras inicialmente planejava voltar a contar com o atacante após o final do contrato de empréstimo com o Bahia, porém a diretoria gostou da proposta recebida. O time alviverde fechou 2019 com um déficit de aproximadamente R$ 40 milhões e viu na investida pelo atacante uma oportunidade de diminuir esse rombo.

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Com um orçamento de R$ 200 milhões para esta temporada, o Bragantino atingiu um novo patamar. O clube já gastou mais de R$ 50 milhões em reforços nesta janela e deve contratar ainda outros nomes. A diretoria, inclusive, procura um novo técnico depois de Antônio Carlos Zago ter deixado o cargo para acertar com o Kashima Antlers, do Japão.

Antes de ser anunciado pelo novo clube, Artur publicou nas redes sociais um texto de agradecimento ao Palmeiras. "Gratidão! Essa é a palavra para descrever meu sentimento! Gratidão! Foram quatro anos vestindo essa camisa gigante, em um lugar onde abriram oportunidades para a minha vida. Foram dois títulos brasileiros que me recordo com muito orgulho", escreveu.

O atacante Artur, do Palmeiras, deve ser emprestado ao Bahia. As diretorias dos dois clubes conversam sobre uma ida do jogador de 20 anos para o time nordestino, com contrato válido por uma temporada.

O intuito é dar ao atleta mais chance de atuar, já que o time paulista se reforçou para o setor ofensivo com as vindas de Felipe Pires, Carlos Eduardo e Arthur Cabral.

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As diretorias de Bahia e Palmeiras têm boa relação, tanto é que nesta janela de transferências concluíram a operação pelo meia Zé Rafael e no passado trataram do empréstimo do argentino Allione.

Artur foi revelado nas categorias de base do Palmeiras e após ser emprestado para times como Novorizontino e Londrina em 2017, teve poucas oportunidades na última temporada.

O atacante sofreu com lesões e precisou passar por duas cirurgias em 2018. A primeira foi em fevereiro, para tratar um problema no tornozelo direito sofrido durante um treino do Palmeiras. A outra foi em setembro, logo depois de quebrar o braço direito ao levar uma bolada em uma atividade da equipe em Belo Horizonte.

Os réus Cláudio Amaro Gomes e Jailson Duarte César foram condenados pela morte do médico Artur Eugênio de Azevedo. O julgamento foi encerrado na madrugada desta quinta-feira (13) no Fórum de Jaboatão dos Guararapes, Região Metropolitana do Recife (RMR).

Cláudio Amaro Gomes, apontado como mandante, foi condenado a 27 anos de reclusão por homicídio qualificado, por motivo torpe e recurso que impossibilitou a defesa da vítima. Jailson Duarte César, que seria o agenciador dos executores, recebeu uma pena de 22 anos de reclusão e dois anos de detenção mais 280 dias-multa por homicídio qualificado, por motivo torpe recurso que impossibilitou a defesa da vítima, praticado em concurso de pessoas e por dano qualificado.

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O terceiro dia do júri popular começou com os debates orais do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) e defesas dos réus. O MPPE exibiu mídias com depoimentos de testemunhas colhidos durante as audiências de instrução. Também foram mostrados trechos do depoimento de Carla Rameri, viúva de Artur Eugênio, do réu Cláudio Amaro Gomes, e do seu filho, Cláudio Amaro Gomes Júnior, que já foi condenado também por participação no crime. A defesa de Jailson Duarte César exibiu mídia com depoimento de Lyferson Barbosa, também já condenado, e da esposa dele.

Antes do resultado, família e amigos do médico Artur realizaram uma oração do lado de fora do plenário. Após a divulgação da sentença, tanto a defesa de Jailson Duarte quanto a de Cláudio Amaro Gomes recorreram da sentença.

O caso

Artur foi assassinado com quatro tiros, sendo um na cabeça e três nas costas, no dia 12 de maio de 2014. Conforme as investigações, o cirurgião foi sequestrado na entrada da própria residência em Boa Viagem, Zona Sul da capital. Câmeras de segurança flagraram Cláudio Júnior monitorando o médico com outras duas pessoas.

A acusação afirma que o crime foi orquestrado por Cláudio Amaro devido a desentendimentos com Artur, inveja profissional e perdas financeiras por causa de ações tomadas pela vítima, como o fim da sociedade e a composição da própria equipe cirúrgica.

"Após Artur terminar uma sociedade com Cláudio, a renda de Cláudio diminuiu em torno de 75%. Além disso, foi criada uma câmara técnica de cirurgia torácica. Ideia de Artur. Cláudio era cirurgião cardíaco. Essa câmara iria acompanhar as cirurgias e poderia encontrar possíveis irregularidades nos procedimentos de Cláudio”, contou Daniel Lima à época do primeiro julgamento. As impressões digitais do filho do suposto mandante também foram encontradas em um recipiente com combustível encontrado no carro de Artur e utilizado para incendiar o veículo.

Foi entre 2008 e 2009 que Cláudio conheceu a vítima, após indicação de colega de turma de Artur, que trabalhava com Cláudio. O acusado chegou a viajar a São Paulo, onde Artur morava, para convencê-lo a trabalharem juntos no Hospital Português, localizado na área central do Recife. Inicialmente, Artur recusou, mas depois concordou em passar 15 dias no Recife e 15 dias em São Paulo porque a esposa, Carla Azevedo, não estava em condições de viajar.

Duas pessoas já foram julgadas pelo crime em setembro de 2016. Cláudio Júnior recebeu uma pena de 34 anos e quatro meses, já Lyferson Barbosa da Silva, apontado como executor, foi condenado a 26 anos e quatro meses de reclusão em regime fechado. Um quinto réu, Flávio Braz, morreu em uma troca de tiros com a Polícia Militar no dia 8 de fevereiro de 2015. Cláudio Amaro Gomes, que está sendo julgado agora, já teve o registro no Conselho Regional de Medicina (CRM) cassado e não pode mais exercer a profissão.

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Está marcado para as 9h desta quarta-feira (14) o início do júri popular do caso do assassinato do cirurgião Artur Eugênio de Azevedo, ocorrido em maio de 2014. A previsão inicial é que o julgamento termine apenas na tarde da próxima terça-feira (20).

Dos cinco acusados da morte do médico, nesta ocasião serão julgados apenas Cláudio Amaro Gomes Júnior e Lyferson Barbosa da Silva. Flávio Braz morreu numa troca de tiros com a Polícia Militar em 2015; Claudio Amaro Gomes e Jailson Duarte César recorreram da decisão e só devem ser julgados após análise do pedido.

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O júri ocorrerá na 1ª Vara do Tribunal do Júri de Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife (RMR), presidido pela juíza Inês Maria de Albuquerque. Serão ouvidas sete testemunhas, sendo duas arroladas pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE), uma pelo assistente de acusação e quatro pela defesa. 

Também serão ouvidos os esclarecimentos de três peritos, e os depoimentos em vídeo gravado de 24 testemunhas requisitadas pelo MPPE e pelo assistente de acusação que foram prestaram depoimento durante as audiências de instrução realizadas ao longo do processo. Em seguida, o interrogatório dos réus. 

Cláudio será julgado por homicídio duplamente qualificado (por motivo torpe e recurso que impossibilitou a defesa da vítima) em concurso material com furto qualificado mediante fraude com comunicação falsa do crime e dano qualificado pelo uso de substância inflamável. Já Lyferson responderá por homicídio duplamente qualificado (por motivo torpe e recurso que impossibilitou a defesa da vítima) em concurso material com o crime de dano qualificado.

Caso 

O médico Artur Eugênio de Azevedo, de 35 anos, foi assassinado no dia 12 de maio de 2014. O corpo do cirurgião foi encontrado na BR-101, no bairro de Comporta, no município de Jaboatão dos Guararapes. 

Segundo a denúncia do MPPE, a motivação do crime seriam desentendimentos profissionais entre Cláudio Amaro Gomes e a vítima. De acordo com os autos, Cláudio Amaro Gomes, apontado como o mandante do crime, teria contado com a ajuda do filho Cláudio Amaro Gomes Júnior para executar o plano de homicídio. 

Cláudio Júnior teria pago Jailson Duarte César para contratar outros dois homens – Lyferson Barbosa da Silva e Flávio Braz – para matar Artur Eugênio de Azevedo Pereira.

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A família do médico Artur Eugênio de Azevedo Pereira, assassinado no dia 12 de maio de 2014, convocou a imprensa para uma coletiva na manhã desta quinta-feira (1º). Em pauta, o julgamento de dois dos acusados pelo crime, previsto para começar dia 14 de setembro deste ano. 

Esta foi a primeira vez que a mãe de Artur, Maria Evane de Azevedo Pereira, de 65 anos, se pronunciou desde o assassinato. Ela não havia comparecido em audiências sobre o caso, ao contrário do pai. Veio de Campina Grande-PB para a coletiva. “Vocês não imaginam o quanto é difícil falar sobre esse caso. Era um bom filho, um bom profissional, uma pessoa muito humana, e de repente a gente acorda sabendo que ele estava morto numa beira de BR”, disse emocionada.

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O advogado criminal Daniel Lima, assistente da promotoria, aponta com firmeza que a motivação do crime foi financeira. Preso por ser o suposto mandante do crime, o médico Cláudio Amaro Gomes estaria perdendo espaço por conta de medidas tomadas por Artur. “Não foi vaidade, foi o financeiro. Após Artur terminar uma sociedade com Cláudio, a renda de Cláudio diminuiu em torno de 75%. Além disso, foi criada uma câmara técnica de cirurgia toráxica. Ideia de Artur. Cláudio era cirurgião cardíaco. Essa câmara iria acompanhar as cirurgias e poderia encontrar possíveis irregularidades nos procedimentos de Cláudio”, conta o advogado. Além disso, a equipe cirúrgica de Cláudio estaria sendo preterida pela de Artur. 

Foi entre 2008 e 2009 que Cláudio conheceu Artur, após indicação de colega de turma de Artur, que trabalhava com Cláudio. O acusado chegou a viajar a São Paulo, onde Artur morava, para convencê-lo a trabalharem juntos no Hospital Português, localizado na área central do Recife. Inicialmente, Artur recusou, mas depois concordou em passar 15 dias no Recife e 15 dias em São Paulo porque a esposa, Carla Azevedo, não estava em condições de viajar.

Carla conta que desde aquela época Artur percebia alguns desvios de ética no comportamento de Cláudio. Em 2011, eles se separaram. “Até comentávamos que o que ele estava fazendo era coisa de polícia”, ela lembra. Carla cita, como exemplo dos tais atos questionáveis do cirurgião, que ele protelava cirurgias de pacientes com suspeita de câncer para que ele conseguisse arrumar um cirurgião torácico e fazer o procedimento, ao invés de fazer a transferência.  

Ao todo, cinco pessoas foram indiciadas pelo crime: Cláudio Amaro Gomes; Cláudio Amaro Gomes Júnior, filho do médico; Jailson Duarte César, que teria sido o responsável por aliciar os executores; Lyferson Barboza da Silva e Flávio Braz de Souza, que seriam os responsáveis pelos disparos. Flávio Braz foi morto em 2015 durante troca de tiros com a polícia. Os outros quatro suspeitos seguem preso.

O julgamento do dia 14 será apenas de Cláudio Júnior e Lyferson. O médico apontado como mandante e Jailson entraram com recursos e só devem ser enviados para julgamento após análise do pedido. 

“Nós acreditamos que todos os cinco são culpados, em especial o que arquitetou todo o plano. Ele estava possuído pelo demônio chamado dinheiro”, opina o pai de Artur, o religioso Alvino Luiz Pereira, 65. 

Confira o depoimento da mãe de Artur, pedindo que o corpo de jurados se sensibilize com o crime.

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Resumo – Artur Eugênio de Azevedo foi assassinado com quatro tiros, um na cabeça e três nas costas. O corpo foi jogado às margens da BR-101 e seu carro foi encontrado carbonizado. 

Ele foi sequestrado na entrada da própria residência, em Boa Viagem, Zona Sul do Recife. Imagens de câmeras de segurança flagram Cláudio Júnior monitorando o médico junto com outras duas pessoas. 

As impressões digitais do filho do cirurgião também foram encontradas em um recipiente com combustível encontrado no carro de Artur e utilizado para incendiar o veículo.  Outro elemento que a acusação irá utilizar são as ligações feitas entre o médico e seu filho.

“Pai e filho nunca trocaram telefonema durante a noite. Justamente no dia do fato há duas ligações. Uma às 20h17, Júnior ligou para o pai. A torre de comunicação que eles estavam indica que ele estava no Hospital Português [de onde Artur saiu para ir para casa]. Às 21h59, o pai liga para Júnior, que está no Brejo da Guabiraba, área onde o carro foi encontrado”, destaca o advogado. 

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Para a Polícia, não há dúvidas. A morte do médico paraibano Artur Eugênio foi a trágica consequência de uma perseguição profissional cujos motivos transcendem a mera desavença pessoal. Na conclusão do inquérito, divulgada pela Polícia nesta terça-feira (29), informações sobre superfaturamento e falta de compromisso do cirurgião Cláudio Amaro Gomes, apontado como mandante do crime, deixam claro a motivação do assassinato. 

Segundo as investigações, Artur Eugênio já havia confessado que sofria perseguição do então chefe e pensava em processá-lo por assédio moral. A vítima chegou a trabalhar em uma sociedade com Cláudio Amaro Gomes; ao descobrir que, para uma cirurgia com custo médio de R$ 30 mil, os procedimentos cirúrgicos feitos pelo médico-chefe custavam mais de R$ 120 mil para o convênio, Artur Eugênio deixou de participar do grupo, por não corroborar com a “falcatrua de Cláudio”. 

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Além das diversas evidências sobre a perseguição empreendida contra a vítima, como as baixas notas dadas nas avaliações feitas por Cláudio Amaro, a Polícia mostrou que imagens de câmeras de segurança registraram a ida de Cláudio Amaro Gomes Júnior, filho do cirurgião, ao Hospital do Câncer de Pernambuco, no dia da morte de Artur Eugênio. “Ele foi lá, garantiu que o Artur estava no Hospital e ficou esperando ele sair. Depois, por não conseguirem abordar a vítima, foram para o Hospital Português e, de lá, seguiram para a casa do médico, onde enfim o abordaram e levaram em seu próprio carro”, explicou o delegado Guilherme Caraciolo. 

No momento do crime, dois executores: Lyferson Barbosa da Silva e Flávio Braz de Souza, sendo este último responsável pelos quatro disparos na nuca e nas costas da vítima. Ambos os acusados também participaram da tentativa de assalto a um carro-forte estacionado no Shopping Guararapes, em Jaboatão dos Guararapes, no dia 2 de junho. Lyferson já está preso por conta das investigações da investida no shopping; Flávio Braz foi indiciado pelos dois casos, mas ainda não foi preso. 

De acordo com o delegado Guilherme Caraciolo, um quinto homem teria participado da morte do médico Artur Eugênio. O comerciante Jailson Duarte Cesar, de 29 anos, teria feito o intermédio entre Cláudio Amaro Gomes Júnior e os dois executores do crime, Lyferson e Flávio. Jailson também não foi encontrado pela Polícia. Todos os três que já foram presos negam o envolvimento no crime. 

Digital de acusado é encontrada em garrafa

Após se desfazer do carro do médico, no bairro de Guabiraba, na Zona Norte do Recife, os criminosos tocaram fogo no veículo e impossibilitou o trabalho da perícia. Porém, a poucos metros do local onde o carro foi incendiado, os papiloscopistas encontraram uma garrafa plástica que exalava um forte cheiro de gasolina; após trabalhos periciais, foram detectadas as digitais do polegar esquerdo de Cláudio Amaro Gomes. 

Outras testemunhas, que tiveram as identidades preservadas, confirmaram ter visto Cláudio Amaro Gomes Júnior se encontrar com os executores e entregar uma quantia em dinheiro. Há a suspeita de que o valor varie de R$ 50 a 100 mil. Todos os cinco envolvidos serão indiciados pelos crimes de: sequestro, homicídio, roubo, associação criminosa, estelionato e comunicação falsa de crime. 

Histórico

Artur Eugênio foi assassinado no dia 12 de maio deste ano. O corpo do cirurgião foi encontrado na BR-101, em Comporta, no município de Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife (RMR). Inicialmente, a polícia chegou a cogitar um caso de latrocínio (roubo seguido de morte), pois o veículo da vítima só foi identificado no dia seguinte, no bairro de Guabiraba, na Zona Norte do Recife.

A versão foi logo descartada quando se viu a participação do médico Cláudio Gomes e seu filho. Após a prisão dos dois, no mês de junho, o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) negou o pedido de habeas corpus para os suspeitos. Neste ínterim, o médico Cláudio Amaro emitiu uma carta através da qual negou veementemente o assassinato de Artur Eugênio. 

Distribuindo uma carta aberta à população, familiares e colegas de trabalho do médico Artur Eugênio de Azevedo Pereira, de 36 anos, encontrado morto no último dia 12 ,saíram em caminhada para homenagear o cirurgião torácico e pedir justiça. A passeata começou no Instituto Materno Infantil de Pernambuco (Imip), no bairro dos Coelhos, e terminou no Hospital Real Português, na Ilha do Leite. O médico trabalhava nas duas unidades de saúde.  

No documento entregue, um relato sobre a vida de Artur."(...) Sabe aquele médico gentil com todos, que cuida igualmente qualquer paciente que por ele seja atendido, que é dedicado, que estuda sem parar, que pesquisa, que fica alegre com a recuperação dos pacientes, que fica triste quando perde um enfermo? Pois é, esse homem não existe mais.", dizia um dos trechos.

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Enquanto entregavam os papéis, moradores aplaudiam a ação e lamentavam a morte de Artur. "O grupo tem que sair nas ruas para pedir justiça mesmo, esse médico atendeu o meu marido quando ele tava doente. Nunca tive nenhum problema. Quando vi a morte dele nos jornais, fiquei surpresa", contou a dona de casa, Tereza Lins.

Alvino Pereira, pai do médico, amparou a esposa em todo o trajeto. Ele não esperava que os suspeitos do assassinato do filho fossem conhecidos. "Não posso falar sobre as investigações porque isso é trabalho da polícia, mas não esperava que os dois (o  médico Claudio Amaro Gomes e o seu filho, o bacharel em direito Claudio Amaro Gomes Junior) matassem meu filho, já que eram colegas de trabalho dele", desabafou.

O corpo do médico Artur Eugênio de Azevedo Pereira foi encnotrado às margens da BR-101, em Jaboatão dos Guararapes. Ele foi morto com três tiros nas costas e um na cabeça. O carro que ele estava só foi achado no bairro de Guabiraba, no Recife. Depois de investigações, o delegado Guilherme Caracciolo prendeu o chefe de recuperação cárdio-torácica do Hospital Português e professor da Universidade Federal de Pernambuco, o médico Claudio Amaro Gomes, e o seu filho Claudio Amaro Gomes Júnior. Segundo a polícia, o crime teria sido motivado por desavenças de trabalho.

Mais depoimentos:



O colega de trabalho de Artur, o oncologista clínico Bruno Miranda esclareceu o objetivo da caminhada. "Estamos aqui para pedir paz e justiça. Ninguém esperava que ele fosse morto do jeito que foi e por quem foi. Foi uma surpresa muito grande quando recebi o telefonema da esposa procurando por ele. Trabalho com Artur desde que ele veio morar no Recife, há cinco anos, e ele sempre foi um excelente profissional", relatou Miranda. 

A paciente dele, Verônica do Monte, fez questão de estar presente. "Há três anos fazia tratamento com ele no Hospital do Câncer. Ele era uma pessoa maravilhosa. Inacreditável como fizeram isso com ele", lamentou. O encerramento no Hospital Real PortuguÊs foi marcado pela emoção. O grupo leu a carta aberta e rezou um pai nosso. A mãe de Artur encerrou pedindo a paz no mundo. "Vou continuar clamando por justiça, não só por Artur, mas por todos que precisam. A vida está banalizada, falta amor nesse mundo", encerrou.

 

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