Tópicos | assassino em série

O assassino francês Charles Sobhraj, conhecido como "A Serpente" e que cometeu uma série de homicídios na Ásia na década de 1970, foi libertado nesta sexta-feira (23) de uma prisão do Nepal.

Sobhraj, de 78 anos e que inspirou a série da Netflix "O Paraíso e a Serpente", foi levado para o serviço de imigração, de onde será expulso para a França, informou a polícia.

O francês estava preso desde 2003 nesta república da região do Himalaia pelo assassinato de duas turistas americanas.

A Suprema Corte do Nepal ordenou na quarta-feira a libertação antecipada de Sobhraj por motivos de saúde e sua expulsão para a França no prazo máximo de 15 dias.

Ele deveria ter deixado a prisão na quinta-feira, mas problemas logísticos e jurídicos adiaram a libertação.

As autoridades penitenciárias disseram à AFP que, após receberem os documentos judiciais relevantes, entregariam Sobhraj ao serviço de imigração.

"Assim que ele for entregue à Imigração, os próximos passos serão decididos. Ele tem um problema cardíaco e deseja receber tratamento no hospital Gangalal de Katmandu", afirmou o advogado Gopal Shiwakoti Chintan.

O 'serial killer' passou por uma cirurgia de coração aberto em 2017. A saída da prisão está de acordo com a lei nepalesa que permite a libertação de prisioneiros gravemente doentes que cumpriram 75% de sua sentença, segundo o tribunal.

Sofisticado

O ministério das Relações Exteriores da França informou que ainda não recebeu um pedido de expulsão de Sobhraj do governo do Nepal.

Em caso de notificação do pedido, a França será obrigada a atendê-lo porque Sobhraj é cidadão francês", explicou um porta-voz do ministério.

Charles Sobrahj, um francês de origem vietnamita e indiana, começou a percorrer o mundo no início dos anos 1970 até chegar à capital tailandesa Bangcoc.

Fingindo ser um negociante de joias, fez amizade com as vítimas, muitas delas mochileiros ocidentais, os quais drogava, roubava e matava.

"Ele odiava mochileiros, via-os como jovens, pobres e viciados em drogas", disse à AFP a jornalista australiana Julie Clarke, que entrevistou Sobhraj. "Ele se considerava um herói do crime", acrescentou.

Suave e sofisticado, ele teria cometido o primeiro assassinato em 1975, quando matou uma jovem americana, cujo corpo foi encontrado em uma praia em 1975. Apelidado de "assassino do biquíni", ele foi vinculado a mais de 20 homicídios.

O outro apelido, "A Serpente", veio de sua capacidade de assumir outras identidades para fugir da Justiça e se tornou o título da série de sucesso da Netflix e BBC baseada em sua vida.

Ele foi preso na Índia em 1976 e passou 21 anos na prisão, com uma breve saída em 1986, quando fugiu e foi recapturado no estado costeiro de Goa.

Libertado em 1997, viveu em Paris, onde foi pago para dar entrevistas, mas voltou ao Nepal em 2003. Foi visto no distrito turístico de Katmandu e detido em um cassino.

No ano seguinte, um tribunal condenou-o à prisão perpétua pelo assassinato em 1975 da turista americana Connie Jo Bronzich.

Uma década depois, foi condenado pelo assassinato do parceiro de Bronzich, um canadense.

Atrás das grades, Sobhraj reiterou sua inocência nas duas mortes, dizendo que nunca esteve no Nepal antes da viagem que o levou à prisão.

Nadine Gires, uma francesa que morou no mesmo edifício que Sobhraj em Bangcoc, afirmou no ano passado à AFP que ele era "culto e cortês".

"Ele não era apenas um vigarista, sedutor e ladrão de turistas, mas também um assassino perverso", comentou.

O assassino em série Charles Manson morreu na noite deste domingo (19) em um hospital do condado de Kern, na Califórnia, aos 83 anos, de causas naturais. Manson estava preso desde 1971 por ter sido o mentor intelectual da morte da atriz Sharon Tate e de outras seis pessoas em 1969.

Os assassinatos foram cometidos em Los Angeles por membros da "Família Manson", uma seita que o tinha como líder máximo. A morte a facadas de Tate, então grávida do diretor Roman Polanski, teve repercussão mundial. Inicialmente, Manson foi condenado à morte, mas teve sua punição convertida em prisão perpétua quando a pena capital foi abolida na Califórnia.

##RECOMENDA##

O delegado titular da Divisão de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF), Pedro Medina, afirmou na manhã desta quinta-feira, 11, já haver indícios de pelo menos quatro dos 43 assassinatos que Saílson José das Graças, de 26 anos, afirmou ter cometido. Os quatro casos já estavam sendo investigados pela DHBF e, por um deles, o assassinato de uma mulher, Saílson foi preso na noite desta terça-feira, 9. Ele afirma ter matado 39 mulheres, um bebê e três homens.

Nos quatro casos com inquéritos anteriores na DHBF - que tiveram como vítimas três homens e uma mulher, em 2014 -, Saílson teria atuado a mando da companheira, Cleusa Balbina, de 42 anos. As demais 38 mulheres Saílson matou "por prazer", afirmou ao ser "apresentado" à imprensa na delegacia.

##RECOMENDA##

O suspeito disse só ter se arrependido de matar o bebê, que começou a chorar enquanto a mãe era assassinada e, por isso, também foi morto. Todos os crimes teriam ocorrido na região da Baixada Fluminense nos últimos sete anos.

"Não sei se foram 38 mulheres que ele executou", disse o delegado. "Mas tudo até agora nos leva a crer que pode ser uma história verídica. Ainda não encontramos nenhum indício de contradição."

Além dos quatro casos já investigados na delegacia, o delegado afirmou que, em mais dois, a riqueza de detalhes fornecida por Saílson "bateu" com registros antigos de outras delegacias, como o assassinato de mãe e filho há quatro anos.

O homem afirmou que não escondia os corpos - só o da primeira vítima, quando ele tinha 17 anos. Quando era contratado, matava a facadas. Quando "por prazer", enforcava.

Saílson disse que ficava nervoso quando passava mais de dois meses sem matar ninguém. Suas vítimas, afirmou, eram mulheres brancas. "Não matava negras porque é a minha cor e da minha família, me fazia lembrar a minha família", afirmou.

O delegado declarou que segue cruzando os dados e colhendo depoimentos de Saílson para saber se, de fato, ele matou a quantidade de pessoas que afirma ter matado. "Não queremos criar um factoide, estamos checando tudo com calma e responsabilidade."

Para Pedro Medina, o fato de ele não ter sido preso até hoje pelos homicídios se deve às táticas do assassino ao cometer os crimes e depois: usava toucas ninja, por exemplo, e cortava as unhas após enforcar uma vítima, para que não fossem encontrados vestígios. À imprensa, Saílson afirmou ser "calculista".

Ele já tinha quatro passagens pela polícia, mas nenhuma por assassinato: roubo e furto, em 2007; porte de arma, em 2010; e furto qualificado, em fevereiro deste ano. Em depoimento e aos jornalistas, o homem negou ter violentado qualquer uma de suas vítimas antes de matá-las.

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando