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Em um discurso mais ameno, o Banco Central sinalizou que a alta do juro básico da economia pode estar perto do fim. Na ata do do Comitê de Política Monetária (Copom), o BC retirou a palavra "continuidade" ao falar de ser apropriado ajuste nas condições monetárias. Na semana passada, o Copom elevou a Selic para 11% ao ano. O juro vem subindo desde abril de 2013.

A ata também retirou a palavra "especialmente" ao falar da vigilância da política monetária. O documento ainda reafirmou que os efeitos de política monetária são cumulativos e se manifestam com defasagem. A instituição chamou a atenção para o choque de preços dos alimentos in natura e, assim como o presidente do BC, Alexandre Tombini, já havia dito, garante que esse choque é temporário e tende a se reverter nos próximos meses.

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Nesta quarta-feira, 10, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) mostrou uma aceleração da inflação para 0,92% em março, sendo que o grupo Alimentos foi responsável por mais da metade da alta.

O Copom ponderou na ata, no entanto, que a elevada variação de preços nos últimos 12 meses contribui para a inflação ainda resistente. O Copom repetiu informação da ata anterior de que a depreciação e volatilidade da taxa de câmbio vista nos últimos meses permite uma natural e esperada correção de preços relativos e que os movimentos nos mercados de divisas são reflexos da transição dos mercados financeiros.

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central aumentou a projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2014 no cenário de mercado em relação ao valor considerado na reunião de janeiro. Essa projeção continua acima da meta para a inflação, segundo as novas informações do BC divulgadas nesta quinta-feira, 6, por meio da ata que explica a decisão do colegiado de elevar a taxa básica de juros, a Selic, em 0,25 ponto porcentual, para 10,75% ao ano.

No cenário de referência, de acordo com o documento, a estimativa para a inflação de 2014 "se manteve relativamente estável" em relação ao valor considerado na última reunião, e permanece acima da meta de 4,5% fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Para a inflação em 2015, a projeção no cenário de referência teve redução ante o valor considerado na reunião de janeiro, mas ainda se encontra acima da meta. No cenário de mercado, a projeção do IPCA para o ano que vem manteve-se estável, segundo o documento divulgado hoje.

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Na ata anterior, relativa à reunião de janeiro, o documento trazia apenas que, para 2015, "em ambos os cenários, a projeção de inflação se posiciona acima da meta" e não detalhava se havia ocorrido um movimento de alta ou de baixa em relação à perspectiva anterior. Vale lembrar que, no Relatório Trimestral de Inflação (RTI), divulgado ao final de dezembro do ano passado, o BC havia informado que, no cenário de referência, sua expectativa era de uma inflação em 5,6% ao final de 2014 e de 5,4% no encerramento do ano que vem. Já no cenário de mercado, a projeção do Copom é de IPCA encerrando 2015 em 5,3% - a mesma taxa de 5,6% é aguardada para o acumulado deste ano.

Ajuste

O BC manteve a avaliação de que é apropriada a continuidade do ciclo de ajuste das condições monetárias ora em curso, mas retirou o termo "ritmo" que constava na ata da reunião anterior.

Na ata da reunião do Copom de janeiro, a diretoria do BC tinha destacado que era "apropriada" a continuidade do ritmo de ajuste das condições monetárias ora em curso". Na reunião da semana passada o BC elevou de 10,50% para 10,75% a taxa básica de juros, a Selic. Foi a oitava alta seguida desde abril de 2013, quando o Copom iniciou o ciclo de aperto monetário.

A ata de agora também trouxe outra mudança ao acrescentar que os efeitos das ações de política monetária sobre a inflação são "cumulativos". O documento manteve a ponderação de que esses efeitos se manifestam com defasagens. O Banco Central manteve a avaliação a inflação ainda mostra resistência, mas incluiu que isso acontece "não obstante moderação observada na margem".

A ata da reunião do Copom de janeiro, mais suave do que o esperado sobre a inflação, indica que o movimento de alta de juros iniciado pelo BC em abril será encerrado em fevereiro, com uma elevação da Selic de 0,25 ponto porcentual, comentou ao Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, o professor da PUC-RJ e economista-chefe da Opus Gestão de Recursos, José Márcio Camargo.

"Além disso, chamou a atenção que o Banco Central deu um downgrade no crescimento de 2014. Ele fez várias avaliações que indicam um nível de atividade mais fraco neste ano, que na melhor das hipóteses será igual ao de 2013", comentou. No relatório de inflação de dezembro, a autoridade monetária reviu sua previsão de expansão do PIB para o ano passado, reduzida de 2,5% para 2,3%.

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Na avaliação de Camargo, o Banco Central não fez nenhuma menção contundente de que a inflação preocupa bastante, o que sinaliza que a magnitude da alta de juros será reduzida na reunião que será encerrada no dia 26 de fevereiro. Para o acadêmico, a ata de janeiro não avança muito sobre a principal manifestação realizada pela instituição relativa à evolução recente do IPCA, feita pelo presidente do BC, Alexandre Tombini, no dia 10 de janeiro, quando foi divulgado o IPCA de dezembro, que subiu 0,92%. "A inflação ao consumidor medida pelo IPCA encerrou 2013 em 5,9% (5,91%), mostrando resistência ligeiramente acima daquela que se antecipava", dizia o comunicado.

No parágrafo 26 do documento divulgado nesta terça-feira, 23, foi agregada a ideia principal daquela frase de Tombini, o que o tornou levemente diferente do trecho homólogo da ata da reunião do novembro, o parágrafo 25. "O Copom pondera que a elevada variação dos índices de preços ao consumidor nos últimos doze meses contribui para que a inflação ainda mostre resistência, que, a propósito, tem se mostrado ligeiramente acima daquela que se antecipava", relata a frase adaptada na ata publicada nesta manhã.

Por outro lado, José Márcio Camargo notou uma novidade por parte do BC: expressar que o nível de atividade está fraco, o que deverá reduzir no médio prazo a força de eventuais pressões de alta sobre a inflação. Ele destaca que este conceito foi mostrado no parágrafo 21. "O Copom pondera que o cenário central contempla ritmo de expansão da atividade doméstica relativamente estável este ano, em comparação a 2013, e que informações recentes indicam, no horizonte relevante para a política monetária, mudanças na composição da demanda e da oferta agregada." E no mesmo trecho a avaliação é complementada: "Para o Comitê, entretanto, delineia-se ambiente em que o consumo tenderia a continuar em crescimento, porém, em ritmo mais moderado do que o observado em anos recentes; e os investimentos ganhariam impulso."

Segundo Camargo, o BC expôs que diminuiu sua apreensão relativa à influência do mercado de trabalho apertado para elevar a inflação. Ele citou um trecho, também no parágrafo 22, no qual o Banco Central destaca que alguns fatores, inclusive "avanços em termos de qualificação da mão de obra, traduzir-se-ão numa alocação mais eficiente dos fatores de produção da economia e em ganhos de produtividade." Para o acadêmico, a redução do vigor do nível de atividade é um dos principais elementos ressaltados pelo ata do Copom para indicar que o segundo ciclo de alta de juros do governo Dilma Rousseff será encerrado em fevereiro.

A ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgada no início da manhã desta quinta-feira, 23, mostra que o Banco Central não se comprometeu em reduzir o ritmo de alta da taxa básica de juros já na reunião de fevereiro, na avaliação da economista Alessandra Ribeiro, da Tendências Consultoria Integrada.

"O BC adicionou um termo dizendo que a inflação está mais resistente do que o previsto e também indicou que a preocupação com o câmbio permanece", disse. Segundo ela, a decisão de fevereiro mais do que nunca estará condicionada ao comportamento dessas duas variáveis. "Vai depender dos dados."

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Um resultado "ruim" do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em janeiro e uma piora do câmbio, de acordo com Alessandra, levariam a um aumento de 0,50 ponto porcentual da Selic na reunião de fevereiro (para 11% ao ano), sem encerramento do ciclo de aperto monetário. Já a melhora da inflação e um cenário "mais tranquilo" de câmbio, com o dólar na faixa dos R$ 2,36, motivariam uma avanço de 0,25 ponto (para 10,75%) e o encerramento do ciclo. "Mas, em linhas gerais, a ata é mais hawkish do que dovish, com espaço maior para a subida de juros."

Alessandra não acredita que o resultado do IPCA-15, que ficou em 0,67% em janeiro, abaixo do piso das estimativas do mercado, seja suficiente para diminuir o alerta com relação à inflação e contribuir para o encurtamento da trajetória de aperto monetário. "Não adianta analisar somente o indicador cheio. O número veio bom, mas a leitura ainda é muito ruim, tanto no se que se refere aos núcleos quanto ao índice de difusão", explicou.

Ainda segundo a economista, a campanha de reeleição da presidente Dilma Rousseff não deve ser um impedimento para a continuidade da alta da Selic. "A presidente vai olhar mais a inflação e tem deixado claro que deu esse espaço para o Branco Central." Segundo Alessandra, Dilma não quer que a inflação seja um "risco" ou um tema de discussão na campanha. "Por isso há um espaço maior para o BC elevar os juros. Em termos eleitorais, o patamar da Selic é menos importante do que a inflação."

Atividade interna

Alessandra também destacou a mudança que a ata trouxe na avaliação sobre a atividade interna. "O documento mostra que o Banco Central vê um crescimento estável para 2014, e antes, na ata anterior, a percepção era de um crescimento intenso para este ano", afirmou. "Traduzindo para a política monetária, significa que o BC entende que a atividade não deve ser um fator de pressão tão grande para a inflação."

Digerindo a informação de que a inflação ao final de 2013 ficou acima do esperado e com a perspectiva de que os preços devem ficar pressionados também em 2014, o Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, optou por elevar a taxa básica de juros em 0,50 ponto porcentual, para 10,50% ao ano. A ata da reunião do Comitê da semana passada, divulgada nesta quinta-feira (23), revelou a preocupação do BC em conter a inflação e tende a colocar um gás a mais nas estimativas do mercado financeiro para os próximos passos da política monetária.

O trabalho promete ser árduo para o BC neste ano de eleição presidencial. A decisão mais recente da autoridade monetária surpreendeu parte do mercado financeiro, que, na semana passada, contava com uma elevação mais amena, de 0,25 ponto porcentual. O ambiente de dúvida dos analistas sobre a próxima atuação do Copom tende a permanecer.

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A diferença agora é que, no lugar de uma divisão entre mais uma alta dos juros ou uma pausa, o mercado deverá discutir entre mais uma elevação de 0,25 pp ou de 0,50 pp. No documento de hoje, o BC manteve a afirmação sobre a defasagem do efeito da política monetária, expressão que levou muitos analistas a preverem uma alta de 0,25 pp na reunião de janeiro. Também incorporou a avaliação de que a inflação surpreendeu ao final do ano passado, o que justificaria a manutenção do aperto em 0,50 pp.

Em dezembro, o IPCA fechou em 0,92%, ficando 0,13 ponto porcentual acima da taxa vista exatamente um ano antes. Com isso, a inflação acumulada em 2013 saltou para 5,91% e fez com que o presidente do BC, Alexandre Tombini, não cumprisse a promessa de entregar um índice mais baixo do que o visto no ano anterior, de 5,84%.

Assim que o dado foi divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Tombini admitiu que a inflação ao consumidor mostrou uma resistência "ligeiramente acima daquela que se antecipava". A avaliação foi repetida no documento apresentado hoje pelo BC: "o Copom pondera que a elevada variação dos índices de preços ao consumidor nos últimos 12 meses contribui para que a inflação ainda mostre resistência, que, a propósito, tem se mostrado ligeiramente acima daquela que se antecipava".

O tom da análise sobre o comportamento dos preços na ata de hoje foi diferente - mais pesado - do que o apresentado na edição anterior, do início de dezembro. O colegiado salientou logo no primeiro parágrafo do documento que as informações disponíveis agora sugerem "certa persistência da inflação", com destaque para o segmento de serviços. Imediatamente essa percepção se refletiu nas previsões para o IPCA de 2014 e 2015.

O BC não traz números, mas informou que, para este ano, houve um aumento das estimativas e que a taxa segue acima do centro da meta perseguida pela instituição de 4,5%. Para 2015, a previsão do BC também está acima desse patamar. Outra importante mudança que deve ter pressão sobre os preços foi em relação ao câmbio. O BC não só aumentou de R$ 2,30 para R$ 2,40 a premissa com a qual trabalha para o dólar - lembrando que no dia da decisão do Copom a moeda foi comercializada a R$ 2,3560 -, como reforçou que a depreciação cambial é uma pedra no sapato a mais para o trabalho de conter a inflação.

O BC aposta, no entanto, em sua própria atuação de aperto monetário para conter esse impacto, ao afirmar que os efeitos secundários dessa depreciação podem e devem ser limitados pela "adequada condução da política monetária". Ainda que a perspectiva de aumento de salários seja menor este ano, o BC também atribuiu a essa variável um componente altista dos preços.

Esse mantra é o mesmo que vem sendo entoado pela equipe econômica desde o ano passado para os reajustes salariais de 2013. O Comitê avalia ainda, porém, que a dinâmica salarial pode "originar pressões inflacionárias de custos". Na área fiscal, o BC tratou de enaltecer a importância de pelo menos se repetir os resultados alcançados nos últimos anos. Citou na ata uma série de benefícios gerados a partir dessa posição do governo, como diminuição do custo de financiamento da dívida pública, o que aumentaria o investimento privado no médio e no longo prazo.

Sobre atividade, o BC mencionou que a melhora das condições no exterior ajuda na recuperação brasileira e que essa perspectiva de crescimento internacional não será mais uma fonte de auxílio para o controle da inflação.

Como antecipou o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, ao comentar o resultado do IPCA de 2013 acima das expectativas - fazendo-o descumprir a promessa de que a inflação deste ano (5,91%) ficaria menor do que a de 2012 (5,84%) -, a ata do Comitê de Política Monetária (Copom) ressaltou que a inflação ainda mostra resistência "ligeiramente acima da que se antecipava".

"O Copom pondera que a elevada variação dos índices de preços ao consumidor nos últimos doze meses contribui para que a inflação ainda mostre resistência, que, a propósito, tem se mostrado ligeiramente acima daquela que se antecipava."

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O documento salientou também que, nesse contexto, inserem-se os mecanismos formais e informais de indexação e a percepção dos agentes econômicos sobre a dinâmica da inflação. "Tendo em vista os danos que a persistência desse processo causaria à tomada de decisões sobre consumo e investimentos, na visão do Comitê, faz-se necessário que, com a devida tempestividade, o mesmo seja revertido", escreveram os diretores do BC. "Dessa forma, o Copom entende ser apropriada a continuidade do ritmo de ajuste das condições monetárias ora em curso", continuaram.

A ata do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgada há pouco pelo Banco Central, manteve a estimativa de alta de 4,5% para os preços administrados ou monitorados pelo governo em 2014 e projetou a mesma variação, pela primeira vez, para o comportamento desse conjunto de itens no ano que vem.

No Relatório Trimestral de Inflação (RTI), que foi publicado ao final de dezembro do ano passado, o BC já havia apresentado sua expectativa de alta de 4,5% para esse conjunto de preços este ano. No RTI, a autoridade monetária também já considerava hipóteses de estabilidade dos preços da gasolina, do gás de botijão e das tarifas de telefonia fixa ao longo de 2014. Tudo isso foi mantido na ata do Copom divulgada há pouco. Para o setor de eletricidade, no entanto, o BC contava, no RTI, com um aumento de 7,5% das tarifas, previsão que também ficou inalterada no documento divulgado nesta quinta-feira, 23.

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Superávit

Já o superávit praticamente repetiu o parágrafo que aborda a questão fiscal visto no documento anterior. A diretoria do BC voltou a informar que considera como indicador fiscal o superávit primário estrutural, que deriva das trajetórias de superávit primário para 2014 e incluiu, no mesmo trecho, o ano de 2015 pela primeira vez. O documento lembra que o BC optou por seguir os parâmetros estabelecidos no Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO)/2014. "Dessa forma, em determinado período, o impulso fiscal equivale à variação do superávit estrutural em relação ao observado no período anterior", trouxe o documento.

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central ajustou, na ata do Copom divulgada nesta quinta-feira (23), sua premissa para o câmbio em relação ao documento anterior, que tinha cotação de R$ 2,30. Agora, o valor considerado para o dólar foi de R$ 2,40, acima do valor negociado no dia da decisão de elevar a Selic para 10,50% ao ano, da semana passada, quando o dólar fechou em R$ 2,3560 no balcão.

Para a taxa básica de juros (Selic), o colegiado ampliou o patamar considerado de 9,50% para 10,00%, levando em conta a sua própria decisão anterior. O documento traz o detalhamento dos motivos que levaram os diretores do BC a aumentar na semana passada a taxa de juros em 0,50 ponto porcentual, para 10,50% ao ano, surpreendendo parte do mercado financeiro, que aguardava uma elevação menor, de apenas 0,25 pp.

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A ata do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgada nesta quinta-feira, 17, pelo Banco Central, reduziu sua estimativa para a alta dos preços monitorados e administrados de 2013, apesar de ter mantido as estimativas para todas as variáveis abertas pela instituição no documento. Conforme a ata, a elevação desse conjunto de preços ao final do ano será de 1,5%, e não mais de 1,8%, conforme era esperado até o documento anterior, divulgado no início de setembro.

Conforme o BC, a projeção de reajuste no preço da gasolina para o acumulado de 2013 foi mantida em 5%. A estimativa da autoridade monetária aponta também para um recuo de aproximadamente 16% na tarifa residencial de eletricidade, mesmo valor considerado na reunião do Copom de agosto. Essa estimativa, conforme o documento, leva em conta os impactos diretos das reduções de encargos setoriais anunciadas e os reajustes e as revisões tarifárias programados para este ano.

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O BC estima também um aumento de 2,5% no preço do gás de botijão e a redução de 1,0% na tarifa de telefonia fixa para 2013, mesmos valores considerados na reunião do Copom de agosto. Para 2014, no entanto, foi mantida a expectativa de alta de 4,5% para o conjunto dos preços administrados por contrato e monitorados.

O Comitê de Política Monetária (Copom) destaca na ata da sua última reunião, divulgada nesta quinta-feira, 6, pelo Banco Central, que o cenário central também contempla expansão moderada do crédito. O Comitê considera oportunas iniciativas no sentido de moderar concessões de subsídios por intermédio de operações de crédito. A ata informa também que a política monetária deve contribuir para a consolidação de um ambiente macroeconômico favorável em horizontes mais longos.

Nesse sentido, reitera que, no regime de metas para a inflação, o Copom orienta suas decisões de acordo com os valores projetados para a inflação pelo Banco Central e com base na análise de cenários alternativos para a evolução das principais variáveis que determinam a dinâmica dos preços.

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O Comitê entende, também, que riscos baixos para a inflação subjacente no curto prazo tendem a reduzir incertezas em relação ao comportamento futuro da inflação plena, facilitam a avaliação de cenários por parte da autoridade monetária, assim como auxiliam no processo de coordenação de expectativas dos agentes econômicos, em particular, dos formadores de preços.

Segundo o texto, os riscos baixos para a inflação subjacente no curto prazo tendem a potencializar os efeitos das ações de política monetária, fazendo com que elas possam afetar de forma mais duradoura a dinâmica da inflação plena no futuro.

Embora reconheça que outras ações de política macroeconômica podem influenciar a trajetória dos preços, o Copom reafirma sua visão de que cabe especificamente à política monetária manter-se especialmente vigilante, para garantir que pressões detectadas em horizontes mais curtos não se propaguem para horizontes mais longos.

O economista e ex-presidente do Banco Central (BC) Gustavo Loyola afirmou nesta quinta-feira que o índice de difusão da inflação se mantém num nível muito elevado e que a perspectiva inflacionária de 2013 e 2014 "embute a ideia de que 4,5% não é mais a meta buscada". De acordo com Loyola, o governo parece dar-se por satisfeito com a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) abaixo de 6%. "Os instrumentos de combate à inflação estão cada vez mais heterodoxos", criticou. Segundo ele, a política monetária tende a ficar "atrás da curva", entregando "menos do que deveria e mais tardiamente". Loyola prevê que a inflação fique entre 5,8% e 6% pelos próximos anos.

Conforme o economista e ex-presidente do BC, a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de aumentar em 0,25 ponto porcentual a taxa Selic na última reunião foi lida como "dowvish" pelo mercado. "Acreditamos num ciclo de elevação de juros de 100 pontos, insuficiente", afirmou, em evento organizado pela Coface.

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Na análise de Loyola, a ata da reunião, divulgada nesta quinta-feira pelo BC, mostra um ciclo de aperto monetário, mas com muita hesitação. O economista e ex-presidente da instituição financeira afirmou que os canais de transmissão de política monetária do BC estão obstruídos e citou o mercado de crédito e o de câmbio. "Temos parte importante do mercado de crédito no Brasil inelástica à política monetária do BC. O crédito é um canal de transmissão de política monetária que está entupido", afirmou.

Loyola disse que a economia brasileira mostra dados mistos de recuperação e que o governo dá sinais de que não sabe lidar com cenário de baixo crescimento e alta inflação. "Vemos uma postura míope do governo (sobre combate à inflação e estímulo ao crescimento econômico) agravada pela antecipação da corrida presidencial", completou.

O conteúdo da ata do Copom divulgada nesta quinta-feira, 25, pelo Banco Central configura uma combinação do teor do comunicado que se seguiu ao término da reunião do colegiado na quarta-feira da semana passada e do discurso feito pelo diretor de Assuntos Internacionais do BC, Luiz Awazu Pereira da Silva.

Na palestra promovida pelo banco JP Morgan, durante a reunião anual do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial, em Washington, na semana passada, o diretor justificou o seu voto contrário à elevação da Selic com o argumento de que teria votado contra mais por uma questão de timing do que por diagnóstico.

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A elevação da Selic em 0,25 ponto porcentual, de 7,25% para 7,50% ao ano, se deu sob um placar de seis votos a favor da alta e dois pela manutenção. Além de Awazu, o outro diretor que foi voto vencido no Copom foi o de Política Monetária, Aldo Mendes.

Segundo Luís Otávio Leal, economista-chefe do Banco ABC Brasil, o encadeamento dos parágrafos 28 e 29 da ata representa a síntese da combinação do comunicado com a fala de Awazu. No tópico 28, de acordo com o economista, está o comunicado e, no seguinte, a formalização do discurso do diretor de Assuntos Internacionais do BC.

A ata, segundo o economista, dá a entender que o a elevação da Selic na semana passada é o início de um ciclo de aperto monetário, mas que o BC não se compromete com este ciclo. "Alta de juro é consenso no Copom, mas o BC não se compromete com uma nova elevação", diz.

Para ele, a ata deixa a questão tão em aberto que credencia o BC até a não aumentar mais a Selic. "Antigamente quando o BC indicava um início de ciclo, ele se comprometia com ele. Agora ele não se compromete e deixa a porta aberta para até mesmo não se elevar mais a Selic", completa.

A ata do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgada pelo Banco Central nesta quinta-feira, 25, destaca uma melhora na avaliação da atividade interna e indica que o ritmo de 0,25 ponto porcentual no ciclo de aperto provavelmente vai ser mantido, avalia a economista e sócia da Tendências Alessandra Ribeiro. "Eles (os diretores do BC) sustentam a avaliação de que o nível de inflação e a dispersão ensejam resposta da política monetária, mas ela deve ser administrada com cautela devido a incertezas de origens interna e externa", disse a economista. A consultoria espera um ciclo que comporta mais três altas de 0,25 ponto porcentual na Selic, chegando a 8,25% ao ano em agosto.

Na reunião do Copom da semana passada, que elevou em 0,25 ponto porcentual a taxa básica de juros, seis diretores votaram pela elevação de 0,25 ponto porcentual e dois pela manutenção da Selic em 7,25% ao ano. Para Alessandra, a ata mostra que todos os integrantes do comitê são favoráveis a uma ação de política monetária, mas divergiram quanto ao momento de atuação. "Provavelmente esses dois gostariam que fosse feito o ajuste mais para frente. A possibilidade de ter sido um único ajuste, portanto, foi excluída", afirmou.

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Uma piora no cenário externo, de acordo com a economista, pode fazer com que o ciclo seja mais curto do que o previsto. "Dois integrantes avaliaram que alguma coisa importante que está acontecendo no cenário internacional pode trazer a inflação para baixo", disse Alessandra. Na ata, o Copom aponta que "parte do Comitê, entretanto, pondera que está em curso uma reavaliação do crescimento global e que esse processo, a depender de sua intensidade e duração, poderá ter repercussões favoráveis sobre a dinâmica dos preços domésticos".

"Eles continuam avaliando que as maiores incertezas advêm do cenário externo, e claramente houve uma melhora na avaliação quando ao cenário interno. O Copom destacou a recuperação do investimento doméstico e a tendência de crescimento mais alinhado com o potencial", disse a economista. O BC, portanto, dará mais atenção agora às movimentações da economia internacional, aponta Alessandra.

A ata do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgada pelo Banco Central nesta quinta-feira, 25, reconhece que outras ações de política macroeconômica podem influenciar a trajetória dos preços, mas reafirma sua visão de que cabe "especificamente à política monetária" se manter especialmente vigilante, para garantir que pressões detectadas em horizontes mais curtos não se propaguem para horizontes mais longos.

O Copom também avaliou que a política monetária deve contribuir para a consolidação de um ambiente macroeconômico favorável em horizontes mais longos. O Comitê considerou, também, que riscos baixos para a inflação no curto prazo tendem a reduzir incertezas em relação ao comportamento futuro da inflação plena, facilitam a avaliação de cenários por parte da autoridade monetária e auxiliam no processo de coordenação de expectativas dos agentes econômicos, em particular, dos formadores de preços.

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Preços

Sobre a alta dos preços o BC sintetizou da seguinte forma: a inflação de serviços segue em níveis elevados, e observam-se pressões no segmento de alimentos e bebidas.

O documento cita que o IPCA foi de 0,47% em março, 0,26 ponto porcentual acima da registrada em março do ano passado, levando a inflação acumulada em 12 meses a 6,59%. A marca é superior ao teto da meta de 2013 estipulada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

A ata traz também que o IGP-DI aumentou 0,31% em março e 0,20% em fevereiro, e acumula variação de 7,97% em 12 meses até março. O principal componente do IGP-DI, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), variou 8,78%. De acordo com o Copom, em grande parte, essa alta foi reflexo de pressões no segmento agropecuário por causa de choques desfavoráveis de oferta.

Crédito

Para os Indicadores de Condições de Crédito, a ata do Copom informa que os indicadores evidenciam, para o segundo trimestre de 2013, expectativa de moderado aumento no ritmo de concessões de novas operações de crédito para todos os segmentos. O indicador é construído pela instituição com base em consulta trimestral realizada com instituições representativas de cada segmento do mercado de crédito.

Para pessoas jurídicas, a perspectiva de aumento nas concessões se deve, em parte, às expectativas de melhora nas condições da economia doméstica e de recuo no nível de inadimplência de micro, pequenas e médias empresas. Em relação ao crédito às pessoas físicas a expectativa é de aumento nas concessões, impulsionado pelo recuo na inadimplência e no comprometimento de renda das famílias com serviço de dívidas bancárias, no caso do crédito ao consumo; e pela concorrência, no segmento habitacional.

A maior parte dos diretores do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que votou pela elevação da Selic de 7,25% ao ano para 7,50% ao ano, levou em consideração o nível elevado da inflação e a dispersão de aumentos de preços, segundo a ata do Copom, divulgada nesta quinta-feira, 25. A decisão, porém, não foi unânime, já que Aldo Luiz Mendes e Luiz Awazu Pereira da Silva, avaliaram que o melhor para o momento era manter a taxa básica de juros no patamar de então. Os dois diretores argumentaram que está em curso uma reavaliação do crescimento global e por isso votaram pela manutenção da taxa.

De acordo com o documento, esse nível elevado da inflação e a dispersão do aumento de preços contribuem para que a inflação mostre resistência e ensejam uma resposta da política monetária. O Comitê ponderou, porém, que incertezas internas e, principalmente, externas cercam o cenário prospectivo para a inflação e recomendam que a política monetária seja administrada com "cautela".

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A ata explicou ainda que o julgamento de todos os membros do Copom é convergente no que se refere à necessidade de uma ação de política monetária destinada a neutralizar riscos que se apresentam no cenário prospectivo para a inflação, notadamente para o próximo ano.

Força desinflacionária

A ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, retirou a palavra "importante" do parágrafo 27, quando cita os ativos que apresentam força desinflacionária. "Importa destacar a moderação recentemente observada na dinâmica dos preços de certos ativos reais e financeiros, que, na hipótese de permanecerem nos atuais níveis, constituirão força desinflacionária", trouxe o documento.

Na ata de março, a frase era: "Além disso, importa destacar moderação recentemente observada na dinâmica dos preços de certos ativos reais e financeiros, que, na hipótese de permanecerem nos atuais níveis, constituirão importante força desinflacionária". Embora não diga na ata, o Banco Central tem citado como exemplo desses ativos em outros meios de comunicação o câmbio e o preço de imóveis.

Naquele mesmo parágrafo, o Copom ressaltou que o cenário central do BC contempla um ritmo de atividade doméstica mais intenso neste e no próximo ano. "Nesse contexto, o Comitê destaca a estreita margem de ociosidade no mercado de trabalho, apesar dos sinais de moderação nesse mercado".

O grupo também ponderou que, em tais circunstâncias, um risco significativo é a possibilidade de concessão de aumentos de salários incompatíveis com o crescimento da produtividade e suas repercussões negativas sobre a dinâmica da inflação.

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central elevou sua projeção de inflação para 2013 em relação ao valor considerado na reunião do Copom de janeiro, tanto no cenário de referência quanto no de mercado, mostra a ata do banco divulgada nesta quinta-feira. Nos dois casos, as projeções estão acima do centro da meta de 4,5%. Houve mudança em um parâmetro para cálculo do cenário de referência, o câmbio, cuja taxa caiu de R$ 2,00 em janeiro para R$ 2,05 em março.

A expressão "taxas de inflação elevada" na ata foi usada por três vezes. Assim, de acordo com o comitê, as taxas elevadas reduzem o potencial de crescimento da economia, bem como de geração de empregos e de renda. O Copom ressaltou também que a evidência internacional, no que é ratificada pela experiência brasileira, indica que taxas de inflação elevadas geram distorções que levam a aumentos dos riscos e deprimem os investimentos.

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O Comitê enfatiza também que taxas de inflação elevadas diminuem o poder de compra de salários e de transferências, o que tem repercussões negativas sobre a confiança e o consumo das famílias.

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central ponderou, em ata da reunião da semana passada divulgada nesta quinta-feira, que "incertezas remanescentes", de origem externa e interna, cercam o cenário prospectivo da autoridade monetária e recomendam que a política monetária deva ser administrada "com cautela". O Copom avaliou que a maior dispersão observada recentemente de aumentos de preços ao consumidor contribui para que a inflação mostre resistência.

No documento divulgado em janeiro, ao fazer uma análise semelhante, o BC havia considerado que essa difusão tendia a contribuir para essa resistência e agora já diz que contribui para o movimento. O BC cita como dispersão pressões sazonais e localizadas no segmento de transportes, entre outros fatores. Para o Comitê, essa dinâmica desfavorável pode não representar um fenômeno temporário, mas "uma eventual acomodação da inflação em patamar mais elevado".

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O Copom manteve a "hipótese de trabalho" de que o superávit primário do Brasil em 2013 será de R$ 155,9 bilhões, conforme os parâmetros da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). Para 2014, admite-se, como hipótese, a geração de superávit primário "em torno" de 3,1% do Produto Interno Bruto (PIB).

O Banco Central elevou de 11% para "aproximadamente 15%" a projeção de queda da tarifa residencial de eletricidade em 2013, informada na ata da reunião passada do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgada nesta quinta-feira. A estimativa, de acordo com os diretores do BC, levou em conta os impactos diretos das reduções de encargos setoriais anunciadas recentemente e os reajustes e revisões tarifárias já programados para 2013.

Já a projeção de reajuste no preço da gasolina para 2013 foi mantida em 5%, como já era considerado na reunião do Copom de janeiro. O BC também projeta estabilidade da tarifa de telefonia fixa e do preço do gás de bujão, para o acumulado deste ano.

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No caso dos preços administrados por contrato e monitorados, a estimativa do Comitê passou de 3,0% na reunião de janeiro para 2,7% para o período deste ano. Para 2014, a projeção de reajuste para o conjunto dos preços administrados foi mantida em 4,5%. Essa projeção, de acordo com o BC, considera, entre outras variáveis, componentes sazonais, inflação de preços livres e inflação medida pelo Índice Geral de Preços (IGP).

Setor público

Assim como na ata de janeiro, o Copom repetiu que o balanço do setor público está em posição expansionista. O BC vê a no primeiro mês de 2013 tendência de a demanda doméstica se apresentar robusta, especialmente no que diz respeito ao consumo das famílias. Isso ocorre, de acordo com o BC, em grande parte devido aos efeitos de fatores de estímulo, como o crescimento da renda e a expansão moderada do crédito. Esse ambiente tende a prevalecer, conforme o colegiado, neste e nos próximos semestres.

A previsão é de que, nesse período, a demanda doméstica seja impactada pelos efeitos das ações de política recentemente implementadas, que são defasados e cumulativos. Para o Comitê, esses efeitos, os programas de concessão de serviços públicos, os estoques em níveis ajustados e a gradual recuperação da confiança dos empresários criam perspectivas de intensificação dos investimentos.

Por outro lado, o Copom observou que o ainda frágil cenário internacional é um fator de contenção da demanda agregada. "Esses elementos e os desenvolvimentos no âmbito parafiscal e no mercado de ativos são partes importantes do contexto no qual decisões futuras de política monetária serão tomadas, com vistas a assegurar a convergência tempestiva da inflação para a trajetória de metas", trouxe o documento.

 

Crescimento

 

O Copom salientou que informações recentes apontam para a retomada do investimento e para uma trajetória de crescimento mais alinhada com o crescimento potencial. O Comitê ponderou que o ritmo de recuperação da atividade econômica doméstica, menos intenso do que se antecipava, se deve a limitações no campo da oferta.

O Copom notou também que a demanda doméstica continuará a ser impulsionada pelos efeitos defasados de ações de política monetária implementadas recentemente. Também contribui para esse movimento a expansão moderada da oferta de crédito para pessoas físicas e jurídicas. O documento desta quinta-feira retirou a frase vista na ata de janeiro e que se seguia à previsão de uma expansão maior da atividade em 2013.

Para o Copom, os riscos para a estabilidade financeira global permaneceram elevados, em particular os derivados do processo de desalavancagem em curso nos principais blocos econômicos. A ata diz ainda que se mantiveram inalteradas as perspectivas de atividade global moderada. No mesmo parágrafo, o Comitê destaca "evidências de acomodação dos preços nos mercados internacionais de commodities".

A ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) da semana passada repetiu a avaliação apresentada no comunicado que se seguiu à decisão unânime de manter a taxa básica de juros (Selic), em 7,25% ao ano: "O Copom irá acompanhar a evolução do cenário macroeconômico até sua próxima reunião, para então definir os próximos passos na sua estratégia de política monetária". O documento foi divulgado pelo Banco Central nesta quinta-feira.

Assim como no comunicado, o Copom retirou da ata também a expressão "período de tempo suficientemente prolongado", que constava do parágrafo 35 do documento de janeiro e que dizia que no contexto à época, "o Copom entende que a estabilidade das condições monetárias por um período de tempo suficientemente prolongado é a estratégia mais adequada para garantir a convergência da inflação para a meta". ()

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O Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês) discutiu várias opções de flexibilização monetária adicional em sua reunião do conselho político de fevereiro. Entre essas futuras medidas estão a compra de títulos de longo prazo do governo japonês (JGB, na sigla em inglês) e a redução dos juros pagos pelo excedente de reservas que os bancos comerciais depositam no banco central.

Um membro do BoJ disse que integrar as compras de JGB no programa de compra de ativos do banco central com aquelas que foram compradas através de operações de mercado é uma opção, enquanto outros membros disseram que a expansão dos ativos de risco no âmbito do programa pode ser possível.

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"Se o BoJ consolidar estes dois tipos de compras, isso provocará uma discussão sobre como lidar com a lei das notas bancárias", disse um membro do conselho, de acordo com a ata divulgada nesta terça-feira, referente à reunião de 13 e 14 de fevereiro.

Naquela reunião, o BoJ decidiu manter sua política monetária inalterada, com a taxa de juros na faixa entre 0% e 0,1% e o tamanho do programa de compra de ativos - a sua principal ferramenta de flexibilização da política monetária - em 101 trilhões de ienes até o final do ano.

No entanto, um dos membros do conselho, Ryuzo Miyao, propôs, pelo segundo mês consecutivo, que o banco central mantivesse a taxa de juros em torno de 0% até que a meta de inflação de 2% estivesse próxima de ser atingida. A proposta de Miyao foi rejeitada por 8 votos a 1. As informações são da Dow Jones.

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