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Alessandra Ferreira dos Anjos, 9 anos, e Maria do Carmo Alves, 65. Uma menina e uma senhora com idades tão diferentes, mas com a comum história de superação e autoestima. Nesta quarta-feira (11), as duas receberam um dia de beleza especial, promovido pela Unidade de Imagem Pessoal do Serviço de Aprendizagem Comercial (Senac), por meio do curso de maquiagem. Elas, assim como várias outras mulheres com câncer, puderam ser maquiadas gratuitamente em uma ação realizada no Hospital do Câncer de Pernambuco (HCP), no bairro de Santo Amaro, no Recife.

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“Estou me sentindo linda”, diz a pequena Alessandra ao LeiaJá, após terminar a sessão de beleza. Com batom, blush e sombras na tonalidade cor-de-rosa, a criança, que há sete meses trava uma batalha contra um câncer no joelho, explica que pediu "pra me parecer com minha Barbie”. A mãe, Maria do Socorro dos Anjos, incentivou a menina a ser maquiada. “Uma vez ela foi para uma ‘coisa’ que fizeram de massagem e gostou”, contou.

Com uma alegria inabalável, Maria do Carmo brinca, dizendo que está se sentindo “poderosa”. “Eu cheguei aqui muito triste, mas agora estou me sentindo maravilhosa”, vibra. Maria já travou, desde 2001, uma batalha contra quatro tipos de câncer diferentes (tireoide, ovário, útero e duas mamas), mas mesmo assim não perdeu a alegria de viver. “Só estar viva já é uma felicidade. Acordei? Abri o olho? Pronto, já é motivo pra agradecer”, afirma.

“O objetivo é devolver a autoestima a essas mulheres com câncer e mostrar que se sentir bem com a aparência é algo importante para a saúde delas”, explica o professor e orientador do projeto, Silvio Braga. A ação faz parte do projeto Beleza Pela Vida, componente da conclusão da turma do curso de maquiagem do Senac. “Gravamos um documentário com pacientes daqui sobre como se sentiam após receberem um momento de beleza, com maquiagem e cuidados. Captamos as reações delas ao se virem no espelho”, declarou Silvio. O resultado das imagens será exibido no auditório do Senac, em Santo Amaro, na área central do Recife. Uma exposição fotográfica também ficará disponível no hall da instituição.

Uma das alunas, Ana Paula Cavalcanti, 46 anos, se sensibilizou muito com a ação. “Eu sempre quis ser voluntária e agora eu pude começar com isso. Esse projeto permite você melhorar um pouquinho a autoestima dessas mulheres”, explica. Ana Paula descobriu recentemente que tem câncer de tireoide. “Eu poderia estar em uma situação muito pior. Deus me deu o câncer com maior chance de cura”, agradeceu.

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Valeu mais do que três pontos para o Náutico o 1 a 0 contra o Moto Club-MA, nesta quinta-feira, na Arena Pernambuco. O resultado positivo, que não era conquistado há 21 dias, foi um alívio para os alvirrubros, reconhecido pelo técnico Lisca ao final da partida, valorizando a entrega dos jogadores nos 90 minutos.

“O primeiro passo foi dado: quebrar esse tabu e ser líder. Isso mexe com a autoestima do Náutico. Mas vamos buscar trabalhar e se dedicar porque o grupo é bom, batalhador e guerreiro. Se não der para ganhar na técnica, vai na superação. No final, colocamos duas linhas de cinco e eles não passariam de jeito nenhum”, afirmou Lisca.

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Com menos de uma semana de trabalho, o treinador ainda não tinha a noção de como estava o ambiente no clube. Após o jogo, percebeu o tamanho desta vitória. “Eu não sabia da pressão que eles (jogadores) estavam sentindo. Mas, hoje, após a vitória, deu para perceber o alivio e a quebra de barreira. Eles estavam carentes de segurança. Agora, temos de dar tranquilidade”, ressaltou.

Apesar da felicidade pela vitória, Lisca avaliou a partida e reconheceu os pontos falhos da sua equipe. “Foi um jogo parelho, até criamos mais do que eles. Mas ainda está bem longe do que quero. Gosto de entrosamento, dinâmica, sincronia de movimentos. Foram poucos treinos e vamos atrás de tudo isso”, finalizou.

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Após quase dois meses de ensaios, a Orquestra Sinfônica do Recife retoma a temporada de 2013 com novo maestro, o pernambucano Marlos Nobre. O primeiro concerto com o novo regente acontece nesta quarta (28) às 20h, no Teatro de Santa Isabel, tendo como solista a pianista Elyanna Caldas Silveira, pernambucana laureada internacionalmente. A entrada é gratuita e a distribuição de ingressos começa às 19h.

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Marlos Nobre começou a estudar piano e teoria musical no Conservatório Pernambucano de Música aos nove anos. Coleciona um extenso currículo artístico, com premiações em concursos nacionais e internacionais de composição. Nobre também já dirigiu grandes orquestras do Brasil, como a Sinfônica Nacional, a do Estado de São Paulo e a do Teatro Municipal do Rio de Janeiro, e de outros países, como a Filarmônica de Londres e a Sinfônica da Venezuela.

O espetáculo tem início com o hino nacional, composição de Francisco Manuel da Silva. Em seguida será executada a Abertura Egmont Opus 84, de Beethoven, baseada na peça de Goethe sobre um conde que chefia uma revolta flamenga contra o jogo espanhol no século XVI. Na sequência, será apresentada a última composição de Mozart para piano e orquestra, o Concerto para Piano e orquestra nº 27 em Si bemol maior, K 595. A pianista Elyanna vai repetir a composição 54 anos depois, no mesmo palco e com a mesma orquestra.

Encerrando a noite, a OSR executa a Sinfonia nº5 em Mi menor Opus 64, de Tchaikovsky. Bucólica, valsante, marcial, apoteótica, escrita em 4 movimentos, é a preferida das salas de concerto e considerada a melhor do autor russo. Os concertos da Orquestra Sinfônica do Recife tornam a acontecer com periodicidade mensal, sendo as próximas datas 25 de setembro, 23 de outubro, 20 de novembro e 17 de dezembro.

Confira a entrevista exclusiva com o maestro Marlos Nobre:

Quais as dificuldades enfrentadas na preparação deste primeiro concerto?

No princípio dos ensaios eu senti a orquestra muito entravada, a autoestima dos músicos estava lá em baixo, estavam desacreditados. Levei um pouco de susto no começo, tive que trabalhar duro, todos os dias. Houve momentos difíceis, mas aos poucos eles começaram a sentir que podiam fazer um grande trabalho.

Como foi o processo de trabalho com os músicos?

Foi um trabalho didático, tecnicamente eles estão estudando, descobrindo por eles mesmos. Precisavam recuperar o conhecimento técnico que eles haviam perdido. Senti que o trabalho com eles foi de convencê-los a estudar. Sem a persistência no estudo da obra, não dá certo.

De que maneira você define sua forma de trabalho com a orquestra?

Eu sou muito exigente, porém sou um maestro que nunca levanta a voz, que nunca falo grosseiramente. Sempre falo com muita delicadeza. Eles me acolheram desde o dia em que fui apresentado pela (Secretária de Cultura) Lêda Alves e pelo prefeito. Eles vibraram, já me conhecem a muito tempo e tem muitos músicos que eu já regi anteriormente. Eu tinha conhecimento dos problemas que eles atravessaram e eles precisavam de um guia. 

Quais as expectativas para esta primeira apresentação?

No penúltimo ensaio, a OSR estava brilhante. O pessoal está realmente muito engajado. Sinto que a orquestra cresceu de uma maneira incrível nesses últimos dois meses. Os músicos estão muito seguros, empenhados na obra. Eles recuperaram a autoestima. Acredito que vai ser um concerto que vai marcar a volta de uma das melhores temporadas da OSR.

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