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O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, manteve o bloqueio de bens determinado pela Lava Jato contra o secretário de Transportes Metropolitanos de São Paulo, Alexandre Baldy. O pedido de desbloqueio foi apresentado após o ministro enviar para a Justiça Eleitoral de Goiás a ação penal que acusa Baldy de receber R$ 2,5 milhões em propinas.

Nos autos, a defesa alegou que a 7ª Vara Federal Criminal do Rio estaria demorando para remeter o processo para a Justiça Eleitoral, que deverá reavaliar medidas cautelares expedidas contra Baldy, incluindo o bloqueio de bens. Por conta do impasse, os advogados do secretário estadual pediram ao ministro que desbloqueassem as contas dele e de suas empresas, substituindo tal cautelar pelo bloqueio de um imóvel em Brasília avaliado em R$ 8,2 milhões.

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Gilmar Mendes, no entanto, alegou que ele não poderia liberar os bens de Baldy pois tal competência cabe ao juiz natural do processo, no caso, a Justiça Eleitoral de Goiás. "Portanto, os bens deverão permanecer constritos até que os autos sejam remetidos ao Juízo competente e que seja feita a deliberação sobre a ratificação ou não das medidas", pontuou.

No início do mês, o ministro tirou da Lava Jato a ação penal que acusa Baldy de receber R$ 2,5 milhões em propinas de empresários em troca de influência em contratos com órgãos públicos. O processo já estava suspenso desde setembro, quando Gilmar vislumbrou que a força-tarefa fluminense da operação tratou como 'propina' o que seria, em sua visão, crime de 'caixa dois'.

Gilmar citou trechos da denúncia da Lava Jato contra Baldy em que os repasses ilícitos eram tratados como doações eleitorais não contabilizadas.

A PGR já recorreu contra a decisão do ministro, destacando que Gilmar 'colacionou' trechos da ação penal que citam brevemente doações eleitorais para justificar sua decisão.

"Dos oito excertos colacionados pelo Relator, nenhum deles é suficiente para demonstrar a competência da Justiça Eleitoral para o caso, mormente porque os trechos transcritos - pinçados de manifestação do MPF e dos termos de depoimento dos colaboradores - não podem ser interpretados isoladamente, mas apenas dentro do contexto probatório mais amplo dos autos", afirmou a subprocuradora Lindôra Araújo.

Baldy foi denunciado por peculato, corrupção e organização criminosa no âmbito da Operação Dardanários, que mirou 'conluio' entre empresários e agentes públicos para contratações dirigidas, especialmente na área da Saúde. Segundo a Lava Jato, ele teria recebido R$ 2,5 milhões em propinas entre 2014 e 2018, período no qual exerceu os cargos de Secretário de Comércio de Goiás, deputado federal e ministro de Cidades no governo Michel Temer (2016-2018).

O secretário estadual chegou a ser preso temporariamente em agosto, quando a Lava Jato deflagrou a Operação Dardanários. Porém, por decisão de Gilmar Mendes, Baldy foi solto. O ministro justificou à época que a ordem de prisão autorizada pelo juiz Marcelo Bretas foi usada como instrumento para 'forçar a presença ou a colaboração do imputado em atos de investigação ou produção de prova', numa espécie de 'condução coercitiva', proibida pelo STF.

A Dardanários mirou esquema de pagamento de propinas a agentes públicos por empresários investigados por desvios no Rio. As ações envolvendo Baldy dão conta de três repasses:

Entre abril e novembro de 2014, com auxílio de Rodrigo Dias - R$ 500 mil pagos 'com o intuito de obter facilidades na liberação de valores do contrato de gestão da Pró-Saúde no Hospital de Urgência da Região Sudoeste Dr. Albanir Faleiros Machado (HURSO).

Ao menos entre janeiro de 2015 e agosto de 2018, junto de Rafael Lousa, ex-presidente da Junta Comercial do Estado de Goiás - R$ 960.416,15 pagos para que Lousa contratasse a empresa Vertude.

Ao menos entre julho de 2016 e outubro de 2018, junto de Rodrigo Dias, ex-presidente da Funasa - R$ 1,1 milhão para contratação da empresa Vertude pela Funasa.

Segundo a Lava Jato, os acertos e pagamentos de vantagens indevidas ocorreram em diversas ocasiões e locais, incluindo a casa de Baldy em Goiânia e seu apartamento em São Paulo. Em uma situação, a propina foi entregue em espécie dentro de uma caixa de gravatas.

O Ministério Público Federal também suspeita de lavagem de dinheiro envolvendo o 'núcleo familiar' de Baldy. Quebra de sigilo do secretário identificou transações de alto valor nas contas de sua esposa, Luana Barbosa, em relação à compra de uma aeronave Breech Aircraft e uma casa em Brasília. Outras movimentações suspeitas que estão na mira da Lava Jato são a venda de um apartamento em São Paulo, depósitos e saques de alto valor feitos pelo sogro de Baldy e duas operações de câmbio não declaradas.

Após ser preso na Dardanários, Alexandre Baldy anunciou que se afastaria do cargo de Secretário de Transpores Metropolitanos de São Paulo. Ele reassumiu o posto no último dia 1º, após 55 dias de licença.

COM A PALAVRA, ALEXANDRE BALDY

A reportagem busca contato com a defesa do secretário de Transportes Metropolitanos de São Paulo, Alexandre Baldy. O espaço está aberto a manifestações

O atual secretário de Transportes Metropolitanos de São Paulo, Alexandre Baldy (PP), foi preso pela Polícia Federal (PF) na manhã desta quinta-feira (6). Ele é um dos suspeitos da operação que investiga contratos ilegais, sobretudo na Saúde, por meio de um conluio entre um grupo de empresários e agentes públicos.

Antes de integrar a gestão Doria no ano passado, Baldy foi ministro das Cidades no governo de Michel Temer e deputado federal por Goiás. Ao todo, seis mandados de prisão e 11 de buscas, espalhados por três estados e no Distrito Federal, foram expedidos pelo juiz Marcelo Bretas.

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Além de Baldy, o pesquisador da Fiocruz Guilherme Franco Netto foi preso em Petrópolis, no Rio de Janeiro, segundo a TV Globo. Até o momento foram cumpridos três mandados em São Paulo, no Rio e em Goiânia, capital de Goiás, na ação que é um desdobramento da Lava Jato em conjunto com o Ministério Público Federal.

A operação também ocorre em São José do Rio Preto, no interior de São Paulo, e em Brasília. Os suspeitos vão depor sobre as acusações de desvio de dinheiro público (peculato), lavagem de dinheiro e organização criminosa.

O novo ministro das Cidades, Alexandre Baldy (sem partido), desembarcou no Recife neste final de semana para participar da entrega de moradias na Ilha de Itamaracá e na cidade de Olinda. Em entrevista exclusiva ao LeiaJá, o auxiliar ministerial de Temer garantiu que o Ministério das Cidades dará o apoio total aos brasileiros e surpreendeu ao afirmar que o foco “em especial” são os pernambucanos. 

“O Ministério das Cidades dará o apoio total aos brasileiros, especialmente aos pernambucanos. O ministério sempre estará à disposição no que diz respeito a habitação, Programa Minha Casa, Minha Vida, mobilidade, saneamento, água, esgotamento sanitário e regularização fundiária para que possam receber sua moradia e ter o documento da sua casa tendo o total apoio do Governo Federal”, garantiu.

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Baldy, que substituiu Bruno Araújo, falou das críticas que recebe por compor a equipe de Temer. “Eu acredito que todos têm as suas opiniões, mas eu faço parte de um governo que deseja fazer realizações. Nós aqui estamos anunciando mais de R$ 60 milhões de investimentos em Pernambuco, entregando moradias, que são sonhos para essas famílias e um sistema de abastecimento de água que vai ser ampliado para que não falte água. Quer dizer, nós estamos realizando pelo povo pernambucano e pelo povo brasileiro”, disse categórico. 

O ministro contou que foram anunciados, nesse sábado (20), mais de R$ 60 milhões para Pernambuco a serem investidos na área de habitação e de abastecimento d’água. “O Governo Federal está investindo na cidade de Olinda para que não haja problema de falta de água. Um investimento de R$ 9,5 milhões - só para serviços hídricos - para não acabar mais a água na cidade de Olinda”. 

 

 

 

 

 

 

 

O recém-empossado ministro das Cidades, Alexandre Baldy (sem partido-GO), declarou nesta quarta-feira, 22, que a agenda de reformas do governo de Michel Temer ajudará a promover a redução da desigualdade social no País. "Nós, verdadeiramente, retiramos o Brasil do vermelho. Com a retomada do emprego e mais renda, com preços em queda, as famílias já vivem melhor", disse Baldy.

O pronunciamento foi feito em cerimônia de posse no Palácio do Planalto, com as presenças do próprio presidente Temer, do ex-ministro das Cidades Bruno Araújo (PSDB-PE) e do presidente da Câmara, Rodrigo Maia. O novo ministro das Cidades, inclusive, fez afagos a Maia, a quem chamou de querido amigo. "Vossa excelência tem conduzido com destreza as medidas necessárias para reconstrução deste País", afirmou Baldy. O governador de Goiás, Marconi Perillo, também recebeu elogios.

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O novo ministro disse que nasceu em um Estado agrícola, o que permitiu que ele testemunhasse a transformação nas cidades e no campo. "A casa própria é verdadeiramente o sonho das famílias brasileiras. Este é o desafio que me levou a aceitar o convite", disse Baldy, que agradeceu a confiança de Temer em apontá-lo como novo ministro das Cidades. "Tenho certeza que, com toda essa vontade do governo em reconstruir o Brasil, temos condições e enfatizo que meu compromisso de melhorar as cidades, torná-las mais justas e sustentáveis." Baldy, inclusive, lembrou a vitalidade com que o presidente Temer tem enfrentado momentos difíceis em seu governo e explicou que isso aumenta sua motivação.

No fim do discurso, a redução das desigualdades voltou a ser citada por Baldy como objetivo a ser perseguido. "O Ministério das Cidades é o ministério de novos tempos; de um novo setor público, mais eficiente. É nas cidades que se constrói verdadeiramente o Brasil."

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