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Telefone celular com capinha velha, acessórios sujos ou estragados, chulé e cabelo desarrumado. Esses são alguns dos itens listados pelo Banco Inter em cartilha compartilhada com funcionários que traz "dicas" de estilo e comportamento sugeridas durante o expediente. O documento, intitulado de "os inimigos da imagem", reúne 14 normas para serem evitadas "a todo custo".

Entre os pedidos para serem deixados de lado no ambiente de trabalho, estão: lingerie marcando ou aparecendo, roupas com peeling (bolinhas) ou pelos de animais de estimação, acessórios sujos ou rasgados, unhas e sobrancelhas malcuidadas, maquiagem borrada ou excessiva, mau hálito, excesso de perfume ou mau odor.

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Nas redes sociais, onde a cartilha viralizou, usuários criticaram o posicionamento da empresa.

A assessoria do banco informou, em nota, que o documento passou por revisão e sofreu alterações. A empresa disse ainda que respeita a individualidade dos colaboradores.

Cartilha cita prejuízo a imagem de colaboradores

Na imagem divulgada pelos usuários, a cartilha afirma que, apesar de as recomendações não parecerem "nada demais", não segui-las poderia "prejudicar (e muito)" a imagem dos colaboradores. Segundo a consultora de imagem e estilo Rebecca Aquino, ambientes corporativos mais tradicionais tendem a exigir dress code mais intencional. A consultora concorda com alguns pontos mencionados na cartilha, pois algumas vestimentas podem "gerar uma imagem de negligência".

A maneira como o conteúdo foi montado, no entanto, é criticada pela profissional. A expressão "inimigos da imagem", por exemplo, poderia ter sido substituída por "pontos que não favorecem uma imagem assertiva", sugere Aquino.

A consultora questiona se alguns dos pedidos listados vão se estender para todas as pessoas, como "unhas e sobrancelhas malcuidadas". Sobre essa questão, ela alerta que "dentro das empresas existe uma pressão estética muito maior para as mulheres do que para os homens". "Então, se eles generalizam para todos, tudo bem. Mas se for apenas para as mulheres, o que seria uma unha malcuidada?", diz.

Segundo ela, é "delicado quando cobram estética corporal: unha, cabelo, mau hálito". "São pontos muitos invasivos. Tem que saber exatamente o que é dito sobre imagem", afirma Aquino. "Direcionar vestimentas, tudo bem. Mas trazer outros elementos não considero interessante."

O Banco Inter anunciou nesta sexta-feira a aquisição de participação societária na Acerto Cobrança e Informações Cadastrais (Meu Acerto). Segundo o banco, o negócio vai acelerar a evolução do modelo de Winback, que compreende os pilares de Cobrança, Reativação e Retenção de bases de clientes, além de Upsell com objetivo de trazer vantagens competitivas relevantes não só para o Inter, como também para vários players que atuam no digital. O valor do negócio não foi revelado.

Em comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o banco destaca que a Meu Acerto é a primeira e única plataforma de Winback do mercado brasileiro. "Seus processos digitais, com foco na experiência do cliente final, entregam performance superior à de fornecedores que atuam separadamente em cada um dos pilares", diz. A empresa opera desde 2017 e possui carteira de clientes dos mercados financeiro e de telecomunicações.

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"Como resultado desta aquisição, pretendemos desenvolver as sinergias entre os serviços oferecidos pelo Inter e as atividades exercidas pela Meu Acerto, para que a operação proporcione a aceleração do desenvolvimento de competências de reativação de bases de clientes, além de atividades de cobrança e recuperação de crédito mais eficientes, modernas e mais integradas ao perfil tecnológico e inovador do Inter", explica o CEO do Inter, João Vitor Menin no comunicado.

Parceiro comercial da Meu Acerto desde 2017, o Inter enxergou um caminho natural para a aquisição. "Conhecemos de perto o potencial das ferramentas desenvolvidas pela empresa. Entendemos que os dois lados ganham com esta operação à medida que o Inter poderá contribuir para o desenvolvimento da tecnologia ao aportar capital financeiro e governança permitindo à empresa se desenvolver mais rapidamente", acrescenta João Vitor.

Após o fechamento da operação, o Inter deterá 60% de participação na sociedade e os sócios fundadores, que seguem como executivos à frente da gestão, manterão 40%.

O fechamento definitivo da operação está sujeito ao cumprimento de condições precedentes, dentre elas a aprovação pelo Banco Central do Brasil.

O Banco Inter confirmou na quinta-feira, 16, pela primeira vez, que dados de seus clientes foram vazados na internet. Em nota enviada aos correntistas, o banco disse que a "exposição dos dados foi de baixo impacto" e que os clientes mais gravemente afetados foram notificados. Segundo apurou o Estado, o vazamento está sendo avaliado pela Justiça de Brasília, em um caso que corre em sigilo, e também é motivo de um processo na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), pois o Inter tem capital aberto desde abril.

Na nota, o banco disse que, em maio, identificou um incidente de segurança em seu sistema, frisando que "alguns dados foram acessados e divulgados". A instituição disse, porém que as investigações não constataram um ataque cibernético externo que comprometesse a segurança dos dados dos correntistas. "Acreditamos que a pessoa autorizada a atuar em nossos sistemas tenha quebrado seu dever de sigilo (...) e, após tentativa frustrada de nos extorquir, divulgou, sem autorização, algumas informações à pequena parcela de nossos clientes à época", diz a nota.

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O banco informou, ainda, que contratou empresas especializadas para avaliar os danos, garantindo que estes foram "quase todos de baixo impacto, sendo que clientes mais sensíveis foram contatados". Ao Estado, o Inter disse que não vai se pronunciar além das informações enviadas aos correntistas.

Esta foi a primeira vez que o banco digital assumiu o vazamento. Inicialmente, o Inter alegou aos acionistas que eram "falsas" as notícias publicadas a respeito. Em paralelo, o caso foi investigado pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios que avaliava possíveis danos aos clientes. No dia 30 de julho, o Ministério Público divulgou que dados pessoais de 13 mil clientes, como nome completo, CPF, CNPJ e dados bancários eram vendidos na internet. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) instaurou, nesta terça-feira (8), um inquérito civil para investigar o suposto vazamento de dados de 300 mil clientes do Banco Inter. No documento, o MP requisita informações sobre o incidente à instituição financeira.

O MP pede que a empresa informe se foi realmente constatado algum tipo de incidente de segurança relacionado à base de dados do banco, sua natureza e as medidas que foram tomadas, além de quantos clientes ou colaboradores foram afetados.

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O banco, que opera de modo 100% digital, negou o vazamento de dados sigilosos de seus clientes, no início de maio. Segundo informações divulgadas pelo site TecMundo, um hacker teria ameaçado vender as informações dos consumidores, funcionários e executivos da instituição, caso a empresa não realizasse um pagamento em até 15 dias.

Ainda de acordo com o TecMundo, o hacker teria um arquivo de 40 GB de supostas informações pessoais e confidenciais, como números de documentos até dados de cartões de crédito. Segundo o relato, haveria também fotos de cheques e outros dados importantes que podem afetar a segurança da operação da empresa.

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