A Polícia Civil de Pernambuco deflagrou, na manhã desta terça-feira (22), duas Operações de Repressão Qualificada (ORQ), com o objetivo de desarticular organizações criminosas voltadas para a prática de roubo de carga no Estado. No total, estão sendo cumpridos 34 mandados de prisão e 30 de busca e apreensão em municípios do Agreste e na Capital.
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As operações foram nomeadas como Fidúcia, desenvolvida pela Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas, e Barra Azul, que também inclui o combate ao homicídio e tráfico de drogas, fruto de investigações realizadas pela Delegacia Seccional de Caruaru. Ambas com o apoio do serviço de inteligência. Presos de Minas Gerais e Pernambuco também comandavam dos presídios.
O delegado Nelson Souto, gerente operacional da Diretoria das Especializadas (Diresp), informa que as operações acontecem em conjunto porque existem alvos em comum. Elas visam combater roubos de cargas que, segundo o delegado, tiveram participações também de motoristas que passavam informações privilegiadas.
Na Operação Fidúcia, "cinco alvos agiam dentro de presídios, três deles diretamente do Estado de Minas Gerais, os outros (que também já estavam presos) agiam de Caruaru e Goiana", confirma Nelson Souto. Ele corrobora que dentro dos sistemas penitenciários os presos envolvidos mantinham contato com a associação criminosa, sendo partícipes das ações. "As cargas roubadas eram generalizadas, não tendo os criminosos preferência pelo que iria roubar", pontua Nelson.
Na Operação Barra Azul, mandados de busca e apreensões estão sendo cumpridos nesta manhã. São duas ações de repressão qualificada, presidida pela delegacia de roubos e furtos, tendo 34 mandados de prisão preventiva e 30 mandados de busca e apreensão. Segundo o chefe da Polícia Civil, Joselito Kehrle, o grupo vinha atuando nos municípios de Recife, Gravatá, São Caetano; sendo presos em outras cidades. "Um dos alvos foi pego na manhã de hoje (22) tentando embarcar em Teresina, Piauí, e outro em Gramado, no Rio Grande do Sul", informa Joselito. Ambos receberam voz de prisão pelos crimes de tráfico de drogas, homicídios, roubos de cargas e porte ilegal de armas de fogo.
Joselito acredita que "com a desarticulação dessa organização haverá uma diminuição de roubos e furtos de cargas, bem como dos homicídios". O chefe da PC diz que cerca 10 de homicídios já foram mapeados e os seus culpados responsabilizados; durante as investigações outros sete homicídios foram evitados, segundo a Polícia Civil. Um dos alvos é um policial militar, do batalhão de Caruaru, que estava envolvido na associação.