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O presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, afirmou hoje que a inflação em 12 meses deve atingir o auge neste mês de agosto. Segundo ele, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve iniciar trajetória de queda em setembro, intensificando esse movimento a partir de outubro.

Ele retificou informação dada no início de sua entrevista no programa "Bom Dia, Ministro", da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), explicando que espera que a inflação em 12 meses deverá cair dois pontos porcentuais no período de setembro de 2011 a abril de 2012.

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CONFORTO

O presidente do Banco Central disse que a autoridade monetária está mais confortável com o controle da inflação. Em entrevista após sua participação no programa "Bom Dia Ministro", Tombini reiterou a avaliação de que a inflação mensal já está em queda e que, no acumulado em 12 meses, deverá recuar a partir de setembro.

"Esperamos que, de setembro a abril, a inflação tenha uma queda importante", disse Tombini, que antes já havia dimensionado esse recuo em dois pontos porcentuais.

Tombini avaliou que a crise internacional, independentemente de seus próximos desdobramentos, já implica expectativas menores de crescimento global em 2011 e 2012. Segundo ele, essa situação deve evitar uma pressão adicional de preços de commodities. Tombini disse não esperar um recuo da liquidez internacional, mas tampouco uma ampliação desta liquidez, que poderia implicar impulso adicional às commodities.

Questionado sobre o motivo de o BC ter retirado da ata do Comitê de Política Monetária (Copom) o compromisso de levar a inflação ao centro da meta (4,5%) em 2012, Tombini respondeu: "Não tirou. O BC tem o compromisso com a meta em 2012."

O presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, afirmou hoje que o Brasil está "preparado" e tem "capacidade" de enfrentar um ambiente internacional mais difícil nos próximos meses, "se for o caso" de "agudização" do cenário econômico. Em entrevista ao programa "Bom Dia Ministro", da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Tombini avaliou que o governo brasileiro acompanha o cenário internacional de forma "criteriosa".

Segundo ele, uma vez que as economias estão muito integradas, os problemas no cenário internacional afetam o País. Mas o País está preparado, repetiu Tombini. Ele citou duas ferramentas que auxiliam essa defesa do Brasil e que foram importantes na crise financeira de 2008: as reservas internacionais e os depósitos compulsórios.

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Na sua avaliação, o acordo sobre o aumento do teto da dívida dos Estados Unidos trouxe "alívio". "O impasse foi superado", mas ele ponderou que a situação da economia internacional inspira "cuidados". Tombini destacou que a economia mundial cresce menos do que o esperado, com revisões de expansão para baixo.

Crédito

O presidente do Banco Central afirmou que o crescimento do crédito no Brasil tem mostrado dinamismo de forma segura. Nesse momento de moderação do crescimento da economia brasileira, segundo Tombini, o crédito cresce menos, mas essa expansão ocorre de forma "vibrante". Ele destacou que os níveis de inadimplência no Brasil são historicamente baixos.

Na sua avaliação, o crédito cresce na esteira da expansão da classe média e da formalização do emprego no Brasil. Para ele, o ritmo de expansão do crédito é saudável. Tombini ponderou que o volume de crédito no País, de 50% do Produto Interno Bruto (PIB), não é dos maiores em relação a outros países.

O chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Túlio Maciel, projetou hoje que a conta corrente brasileira deve ter em junho déficit de US$ 4,2 bilhões. Segundo ele, o fluxo de investimento estrangeiro direto (IED) neste mês, até o dia 24, estava positivo em US$ 4,338 bilhões, devendo fechar o mês com um saldo positivo de US$ 4,5 bilhões. Com o resultado previsto para o mês, Maciel informou que o saldo de IED no primeiro semestre deve fechar positivo em US$ 31,5 bilhões.

Maciel disse que o IED de US$ 3,970 bilhões em maio foi o maior para o mês na série, assim como os saldos acumulados no ano e em 12 meses são os maiores para os períodos em toda a série do BC, iniciada em 1947. Ele informou ainda que o déficit em conta corrente em maio foi o maior para o mês na série e o saldo negativo acumulado no ano também foi o mais alto para o período.

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O chefe do Departamento Econômico do Banco Central (Depec), Túlio Maciel, informou que a remessa de lucros e dividendos totaliza US$ 3,003 bilhões em junho até o dia de hoje. As despesas com pagamento de juros somam US$ 1,116 bilhão no mesmo período. Segundo Maciel, as despesas com juros em maio, de US$ 90 milhões, foi a menor da série histórica do Banco Central.

Maciel também informou que a queda de US$ 15 bilhões para US$ 7 bilhões na projeção para investimentos em papéis domésticos (renda fixa) e ações neste ano reflete basicamente o desempenho mais fraco do mercado acionário brasileiro nesta primeira metade do ano. Ele evitou explicar as razões desse desempenho pior dos investimentos em ações, limitando-se a lembrar que em outros países também tem havido desempenho fraco das bolsas de valores.

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Já os gastos com viagens internacionais somam US$ 1,023 bilhão em junho até hoje. Segundo Maciel, as receitas com viagens no período somaram US$ 397 milhões e as despesas, US$ 1,42 bilhão. Em junho de 2010, os gastos com viagens fecharam em US$ 911 milhões.

Balança comercial

O chefe do Departamento Econômico do BC explicou que a projeção maior para o superávit na balança comercial em 2011 reflete a melhor expectativa de desempenho com as exportações, com base nos resultados obtidos até agora pelo País nas vendas ao exterior. Segundo ele, as exportações brasileiras têm sido ajudadas pela melhora nos preços das commodities no mercado internacional.

O BC elevou de US$ 15 bilhões para US$ 20 bilhões a expectativa de superávit comercial em 2011 e de US$ 240 bilhões para US$ 250 bilhões a previsão de exportações no ano.

Os investimentos estrangeiros em ações somaram, em maio, US$ 1,684 bilhão de acordo com dados divulgados hoje pelo Banco Central. Em igual período do ano passado, houve saída de US$ 473 milhões. Os investimentos em ações negociadas no País foram positivos em US$ 1,707 bilhão, enquanto os ADRs tiveram saldo negativo de US$ 23 milhões.

No acumulado do ano, os investimentos em ações totalizam saldo positivo de US$ 3,370 bilhões, menos da metade dos US$ 8,099 bilhões de janeiro a maio de 2010. No ano, o saldo de investimentos em ações negociadas no País é US$ 3,833 bilhões e o de ADRs é negativo em US$ 463 milhões.

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Os investimentos externos em renda fixa somaram, em maio, US$ 1,799 bilhão, ante US$ 4,029 bilhões em igual mês do ano passado. Os investimentos em títulos negociados no País foi positivo em US$ 424 milhões e, no exterior, em US$ 1,376 bilhão.

No acumulado do ano, o investimento em renda fixa somou US$ 8,750 bilhões, volume 27,6% menor do que o registrado em igual período do ano passado. Os investimentos em renda fixa negociados no País têm saldo negativo de janeiro a maio, de US$ 731 milhões, enquanto os transacionados no exterior têm saldo positivo de US$ 9,481 bilhões.

O aumento da alíquota do IOF para gastos com cartão de crédito no exterior não alterou a decisão do brasileiro de viajar para outros países. Contudo, houve uma mudança na forma de pagamento das compras, segundo o chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Túlio Maciel. "As viagens internacionais seguem batendo recordes. Os gastos em maio foram os maiores para o mês. É algo que reflete o maior poder aquisitivo do brasileiro e tem se repetido", afirmou Maciel.

No acumulado de janeiro a maio de 2011, os gastos dos brasileiros no exterior também são recordes para o período. Por outro lado, houve uma redução na participação do cartão de crédito como forma de pagamento no exterior: os gastos com cartão de crédito correspondiam a 60,7% do total das despesas em abril e caíram para 55% do total em maio.

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"Podemos concluir que neste primeiro mês (de vigor da medida) a participação do cartão no pagamento recuou. As viagens continuam registrando números elevados. O brasileiro continua viajando, mas pagando mais em cash do que em cartão de crédito", disse Maciel.

As despesas com viagens internacionais subiram 58,1% em abril ante abril de 2010. Em maio, esse crescimento foi de 43,9%, na mesma base de comparação. Os pagamentos com cartão de crédito aumentaram 33,9% no mês passado, em relação a um ano antes. Em abril, haviam crescido 53,8% ante abril de 2010. "O recuo em base anual é bem mais expressivo no cartão de crédito", afirmou Maciel.

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