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O economista-sênior do Besi Brasil, Flávio Serrano, avaliou nesta segunda-feira (16) que a queda de 0,11% do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) em janeiro, ante dezembro, fica abaixo do estimado pela instituição financeira e da mediana do AE-Projeções, em 0,20%, e retrata o quadro recessivo. "Em linhas gerais, o IBC-BR retrata a atividade fraca e mostra um começo de 2015 de contração. É provável que em fevereiro permaneça, já que o varejo não deve contribuir como foi em janeiro, apontando para quadro recessivo para o primeiro trimestre e para o ano", disse.

Serrano afirmou que o esgotamento do ciclo de consumo, a restrição ao crédito e a deterioração do estoque de capital - com queda de investimento há mais de um ano e efeito negativo de oferta - contribuem para o cenário recessivo. Por isso, o economista-sênior do Besi Brasil avalia que a projeção do Produto Interno Bruto (PIB), negativa em 0,5% para 2015, deve ser revista. "Temos a sensação de uma queda próxima a 1% no PIB e só estamos esperando a divulgação do PIB de 2014 para revisarmos", concluiu.

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Os dados de vendas do comércio varejista relativos a fevereiro sinalizam para uma queda de 2,4% da produção industrial em março e um crescimento modesto de 0,2% a 0,4% do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre. A previsão foi feita pelo economista-sênior do Banco Espírito Santo (Besi Brasil), Flávio Serrano, durante análise que fez para o Broadcast dos dados de vendas do comércio varejista divulgados hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Para Serrano, os dados vieram dentro do esperado e confirmando um procedimento visto já há algum tempo, que consiste num melhor desempenho das vendas restritas - mais dependente de renda - em relação às vendas ampliadas - que além do fator renda depende também do crédito e de incentivos.

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"Ainda que em patamares baixos, o crescimento das vendas restritas é consistente", disse o economista. Por outro lado, de acordo com Serrano, no segmento de vendas ampliadas, além da diminuição do crédito pelo encarecimento, os incentivos às vendas de carros, por exemplo, estão sendo retirados. "Por isso temos maior volatilidade dos dados do setor varejista que depende mais de crédito", reforçou o economista do Besi Brasil.

Conforme dados divulgados nesta terça-feira, 15, as vendas de fevereiro do varejo restrito - exceto automóveis e materiais de construção - cresceram 0,20% na comparação com janeiro e 8,20% no confronto com fevereiro de 2013. No conceito de vendas ampliadas, que consideram as vendas de automóveis e materiais de construção, o IBGE confirmou uma queda de 1,6% na comparação de fevereiro com janeiro e um avanço de 8,4% ante fevereiro de 2013.

Os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua divulgados nesta sexta-feira (7) não alteram a avaliação sobre a situação do mercado de trabalho, afirmou o economista-sênior do Besi Brasil, Flávio Serrano. Para ele, faz sentido que a taxa de desocupação apontada pela nova pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) se eleve, devido a mudanças metodológicas importantes.

A Pnad Contínua, divulgada trimestralmente, captura dados de mais de 211 mil domicílios em 3,5 mil municípios de áreas urbanas e rural. Além disso, a ocupação é medida para pessoas a partir de 14 anos. Na Pesquisa Mensal de Emprego (PME), informada mensalmente, estima-se que a pesquisa chega a 45 mil domicílios e mede o desemprego entre pessoas de dez anos ou mais.

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"A avaliação é exatamente a mesma, e o movimento da taxa é muito parecido", disse Serrano. "O mercado de trabalho segue apertado." Apesar de a Pnad Contínua ainda não divulgar dados sobre rendimento, ele acrescentou que o crescimento do consumo nos últimos anos corrobora essa análise.

O economista-sênior do Besi Brasil ainda destaca que o alongamento da série e a abertura de dados mais detalhados (o IBGE vai divulgar no fim do ano indicadores por Estados e regiões metropolitanas que incluem município da capital) permitirá uma avaliação melhor dos dados. Por enquanto, segundo ele, a pesquisa mostra que o desemprego encontrou um patamar estável entre 2012 e 2013.

A queda da produção industrial no mês de novembro, de 0,2% em relação a outubro, surpreendeu positivamente, na avaliação do economista-sênior do Besi Brasil, Flávio Serrano. Para ele, o dado atenua o pessimismo com a atividade no quarto trimestre de 2013, mas não quer dizer que a situação seja favorável.

Ele lembrou que as expectativas para a atividade pioraram na terça-feira, 7, após a divulgação das quedas da produção de veículos em dezembro na margem e na comparação interanual, de acordo com a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). "Há uma expectativa muito ruim para o quarto trimestre e a indústria em novembro mitiga parte desse pessimismo", afirmou. "Em linhas gerais, a indústria deve crescer no quarto trimestre ante o terceiro, mas ainda assim não dá para esperar dados brilhantes, espetaculares", ponderou.

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Serrano esperava recuo de 1% para a indústria em novembro ante outubro, taxa que coincidia com a mediana das estimativas colhidas pelo AE Projeções. As expectativas coletadas pelo serviço do Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, nesta comparação, iam de -0,60% a -1,50%. "O resultado veio melhor que a melhor das estimativas", disse o economista do Besi. Ele destacou que o segmento de bens intermediários surpreendeu, com crescimento de 1,2%, na margem. "É um fator positivo".

"Já um fator negativo é a queda de 2,6% de bens de capital", continuou Serrano. "O setor industrial que produz bens de capital não performa como no primeiro semestre de 2013. Assim, temos o velho problema de não conseguir crescer com investimento e por isso vislumbramos um crescimento modesto à frente", completou, prevendo um primeiro trimestre de 2014 fraco e já afetando as expectativas para o ano todo.

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