Tópicos | janeiro 2015

O endividamento das famílias brasileiras com o sistema financeiro começou 2015 em alta. Conforme dados divulgados nesta quarta-feira, 25, pelo Banco Central, essa relação passou de 46,21% em dezembro para 46,35% no primeiro mês do ano, a taxa mais elevada desde outubro do passado. A instituição começou a fazer o levantamento em janeiro de 2005.

O cálculo do BC leva em conta o total das dívidas dividido pela renda no período de 12 meses, mas sofreu revisão metodológica e, por isso, teve a divulgação suspensa no mês passado. A instituição passou a incorporar agora os dados da Pesquisa Nacional de Amostragem Domiciliar (PNAD) contínua e da Pesquisa Mensal de Emprego (PME), ambas do IBGE. Além disso, também começou a levar em conta as alterações feitas pelo próprio BC na nota de crédito que, entre outras mudanças, agora registra informações relativas aos cartões de crédito.

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Se forem descontadas as dívidas imobiliárias, o endividamento apresentou leve queda em janeiro, ficando em 28,04% da renda anual. Essa taxa de dois meses atrás - a mais recente disponibilizada pelo BC - é a mais baixa desde março de 2009, quando os reflexos da crise internacional de um ano antes estavam mais latentes. Na ocasião, estava em 28,01%.

Ainda segundo o BC, o comprometimento de renda das famílias com o Sistema Financeiro Nacional (SFN) ficou em 22,09% em janeiro - estava em 21,97% no mês anterior. O dado, apresentado com ajuste sazonal, voltou exatamente para o mesmo nível de abril do ano passado.

O setor de serviços registrou crescimento nominal em 18 das 27 Unidades da Federação em janeiro, ante igual mês de 2014, segundo dados da Pesquisa Mensal de Serviços divulgados nesta terça-feira (17) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No entanto, em São Paulo, que responde por quase um terço da pesquisa, a alta foi de apenas 0,4%. O Estado foi atingido pelo corte de gastos de empresas privadas.

"São Paulo é o Estado que tem a maior concentração empresarial, e é por isso mesmo que tem o maior peso dentro do setor de serviços. Então as maiores empresas que justamente reduziram essa contratação de serviços estão em São Paulo", justificou Roberto Saldanha, técnico da Coordenação de Serviços e Comércio do IBGE. Os subsegmentos mais atingidos pelos cortes em São Paulo foram os serviços de informática, telecomunicações e serviços técnico-profissionais como um todo, apontou Saldanha.

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Já os destaques de alta foram Rio Grande do Norte (9,2%), Ceará (7,2%) e Pará (6,6%), mas o IBGE ressalta que essas regiões foram impulsionadas pelo setor de turismo no mês de janeiro. O crescimento foi bem mais modesto nos locais com peso maior na pesquisa, como Rio de Janeiro (2,5%), Minas Gerais (2,0%) e Distrito Federal (2,8%).

"O Distrito Federal, que tem peso muito grande do setor público, cresceu muito pouco também. Isso mostra que o próprio processo de contenção de gastos do governo afeta as contratações de serviços", apontou o pesquisador. "No Rio de Janeiro, houve redução dos setores de publicidade e propaganda, consultoria e, principalmente, serviços de engenharia", acrescentou Saldanha.

Os Estados com retração nos serviços em janeiro foram Alagoas (-7,4%), Amapá (-4,7%), Roraima (-4,1%), Piauí (-3,2%), Sergipe (-3,1%), Acre (-1,6%) Maranhão (-0,8%) e Paraíba (-0,3%). O Amazonas não apresentou variação em janeiro de 2015 em relação a janeiro de 2014.

A receita bruta nominal do setor de serviços cresceu 1,6% em janeiro de 2015, ante igual mês de 2014, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta terça-feira (17). Foi o pior resultado da série histórica da Pesquisa Mensal de Serviços, que teve início em janeiro de 2012. A receita bruta do setor acumula alta de 5,4% em 12 meses.

A Pesquisa Mensal de Serviços foi inaugurada em agosto de 2013, com série histórica desde janeiro de 2012. A pesquisa produz índices nominais de receita bruta, desagregados por atividades e com detalhes para alguns Estados, divididos em três tipos principais: o índice do mês frente a igual mês do ano anterior; o índice acumulado no ano; e o índice acumulado em 12 meses.

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Ainda não há divulgação de dados com ajuste sazonal (mês contra mês imediatamente anterior), porque, segundo o IBGE, a dessazonalização requer a existência de uma série histórica de aproximadamente quatro anos. A entrevista coletiva para comentar os resultados da PMS começará daqui a pouco.

As economias das regiões Centro-Oeste e Sudeste foram as únicas a começar 2015 com o pé direito, segundo dados do Banco Central atualizados nesta segunda-feira, 16. Essa aceleração, no entanto, foi insuficiente para levar o resultado geral do País para o campo positivo. O Índice de Atividade do Banco Central (IBC) recuou 0,11% na margem no primeiro mês deste ano, de acordo com a série dessazonalizada. O principal obstáculo para uma expansão econômica no primeiro mês do ano se deu, principalmente, por conta da forte retração vista no Nordeste.

A atividade do Sudeste aumentou 0,96% de dezembro do ano passado para janeiro de 2015 e a do Centro-Oeste avançou 0,43% no mesmo período. Pelos dados do BC, o IBC-CO passou de 147,44 pontos em dezembro de 2014 para 148,07 pontos em janeiro e levou o indicador ao maior patamar desde setembro do ano passado. No Sudeste, o avanço no período foi de 143,45 para 144,82 pontos. A alta, no entanto, foi suficiente apenas para voltar ao mesmo nível de novembro de 2014.

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Já no Nordeste, o IBC recuou de 156,12 pontos para 154,33 na mesma base de comparação. Com isso, o índice da região recuou 1,15% e atingiu a menor marca desde dezembro de 2013, quando estava em 152,63 pontos. O IBC-S, da região Sul, também registrou forte queda mensal (-0,93%) de dezembro de 2014, quando estava em 145,35 pontos, para 144,00 pontos no primeiro mês de 2015 - menor nível desde julho do ano passado. No caso da região Norte, o IBC diminuiu de 160,47 para 158,99 pontos, uma baixa de 0,92%. Todos os dados são referentes à comparação na margem dentro da série dessazonalizada.

O resultado do IBC-Br em janeiro, divulgado pelo Banco Central nesta segunda-feira (16), confirma a perspectiva de retração da economia brasileira. "A queda do IBC-Br reforça nossa expectativa de retração do PIB no primeiro trimestre", escrevem os analistas do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos do Bradesco, chefiado pelo economista Octavio de Barros.

O IBC-Br recuou 0,11% na passagem de dezembro para janeiro, já descontados os efeitos sazonais. Esse resultado teve como base de comparação a retração de 0,6% verificada em dezembro. O dado de janeiro ficou abaixo da mediana das expectativas do mercado de 0,20%, calculada pelo AE Projeções. Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, o indicador caiu 1,75%, acumulando queda de 0,40% nos últimos 12 meses.

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Na avaliação do economista-chefe da Icatu Vanguarda, Rodrigo Alves de Melo, a atividade brasileira começou 2015 mal, com o "pé esquerdo". "Os indicadores antecedentes também mostram um cenário de atividade bem fraca no primeiro trimestre. A queda de 0,11% (margem) corrobora quadro de fraqueza", afirmou.

 

Ao avaliar os números divulgados pelo BCl juntamente com indicadores de demanda doméstica, o economista ressaltou que a sinalização é de que tanto a oferta como a demanda interna estão enfraquecidas. "Agora, as duas variáveis estão andando mais ou menos próximas. Oferta tem desacelerado junto com a demanda. Reforça um resultado ruim para o PIB (Produto Interno Bruto) do primeiro trimestre", analisou.

O economista-sênior do Besi Brasil, Flávio Serrano, avaliou nesta segunda-feira (16) que a queda de 0,11% do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) em janeiro, ante dezembro, fica abaixo do estimado pela instituição financeira e da mediana do AE-Projeções, em 0,20%, e retrata o quadro recessivo. "Em linhas gerais, o IBC-BR retrata a atividade fraca e mostra um começo de 2015 de contração. É provável que em fevereiro permaneça, já que o varejo não deve contribuir como foi em janeiro, apontando para quadro recessivo para o primeiro trimestre e para o ano", disse.

Serrano afirmou que o esgotamento do ciclo de consumo, a restrição ao crédito e a deterioração do estoque de capital - com queda de investimento há mais de um ano e efeito negativo de oferta - contribuem para o cenário recessivo. Por isso, o economista-sênior do Besi Brasil avalia que a projeção do Produto Interno Bruto (PIB), negativa em 0,5% para 2015, deve ser revista. "Temos a sensação de uma queda próxima a 1% no PIB e só estamos esperando a divulgação do PIB de 2014 para revisarmos", concluiu.

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O resultado do varejo no mês de em janeiro, acima da mediana estimada pelo AE Projeções, é uma surpresa positiva, mas está longe de reverter o quadro de deterioração do comércio em 2015, avaliou o economista-chefe do Banco Fibra, Cristiano Oliveira. "A alta é inesperada, mas acontece em cima de um número muito ruim e também inesperado que vimos em dezembro", diz.

As vendas do varejo subiram 0,8% em janeiro ante dezembro, na série com ajuste sazonal. O resultado veio dentro do intervalo das estimativas dos analistas ouvidos pelo AE Projeções, que esperavam desde queda de 1,60% a expansão de 1,40%, com mediana negativa de 0,40%.

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No último mês do ano passado, a pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicou que as vendas do comércio varejista caíram 2,6% em dezembro ante novembro de 2014, na série com ajuste sazonal. O resultado veio bem pior do que a mediana negativa em de 0,70% estimada pelo AE Projeções na época.

Na avaliação de Oliveira, os fatores que contribuem para a desaceleração do comércio varejista neste ano permanecem inalterados. Entre eles, o economista cita a cautela de consumidores e banco na contratação e concessão de crédito, a menor confiança no crescimento da economia, a deterioração do mercado de trabalho, com redução de vagas e menor ritmo de alta dos salários. "Vejo o resultado de janeiro como uma acomodação em cima do resultado mais fraco no ano passado", diz Oliveira.

O crescimento de 7,1% da indústria paulista em janeiro ante dezembro de 2014 deve ser relativizado, porque ocorre sobre uma base de comparação fraca e não recupera as perdas anteriores, afirmou o economista Fernando Abritta, pesquisador na Coordenação de Indústria do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). "Esse crescimento em São Paulo ocorre após dois meses de quedas. Então esse 7,1% de aumento na produção não foi suficiente para recuperar as perdas acumuladas em novembro e dezembro do ano passado, que foram de 9%", apontou Abritta.

O pesquisador ressaltou ainda que, embora em outubro a indústria paulista tenha registrado ligeiro aumento de 0,2%, a produção vinha de outros quatro meses de resultados negativos, de junho a setembro, quando acumulou uma queda de 3,7%. "Então a base de comparação estava muito baixa", explicou ele.

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Na passagem de janeiro para dezembro, houve recuperação, sobretudo, nos segmentos de metalurgia, máquinas e materiais elétricos, máquinas e equipamentos, veículos automotores e outros equipamentos de transporte. "Mas a explicação maior é a base de comparação fraca", confirmou.

Na comparação com janeiro de 2014, entretanto, São Paulo registra uma queda de 5,4% na produção, a 11ª taxa negativa consecutiva nesse tipo de comparação. "Então a produção industrial de São Paulo vem caindo há quase um ano", observou Abritta. A retração foi puxada por resultados negativos em 15 das 18 atividades pesquisadas, com destaque para veículos, máquinas e equipamentos, e produtos alimentícios.

Responsável por 36% de toda a produção industrial nacional, São Paulo fabricou menos automóveis, caminhões tratores para reboques, motoniveladores, reboques autocarregáveis para uso agrícola, partes e peças para máquinas para colheitas, válvulas, torneiras e registros, elevadores para transporte de pessoas, tratores agrícolas, açúcar refinado, carnes de bovinos, bombons e chocolate em barra contendo cacau, leite condensado, sorvetes e picolés.

"Toda a conjuntura negativa que vem afetando a indústria permanece. Os juros aumentaram, além de o crédito estar mais restrito, o que vai impactar diretamente a indústria de automóveis e eletrodomésticos. A construção civil desaquecida afeta a metalurgia e minerais não metálicos. A crise na Argentina impacta as exportações, os estoques permanecem elevados, o consumo caiu. Há a desaceleração na China, e a Europa também está patinando", enumerou o pesquisador do IBGE.

A produção de cloro caiu 4,3% em janeiro na comparação com igual período de 2014, para 109,7 mil toneladas, informa a Associação Brasileira da Indústria de Álcalis, Cloro e Derivados (Abiclor). O consumo setorial de cloro (vendas totais mais uso cativo dos próprios produtores para obtenção de dicloroetano e óxido de propeno, entre outros) também apresentou variação negativa de 5,3%, enquanto as vendas totais cresceram 8%, devido principalmente a uma base de comparação fraca em janeiro de 2014.

De acordo com a entidade, a produção de soda cáustica recuou 5,4%, para 121,2 mil toneladas em janeiro frente a igual mês do ano anterior. As vendas totais do produto diminuíram 9,5%, ante janeiro de 2014. Já a importação aumentou 6,5%, atingindo 92,1 mil toneladas no mês.

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A taxa de utilização da capacidade instalada recuou para 85%, ou seja, 5,3% menor do que em janeiro de 2014, devido principalmente a algumas paradas programadas para manutenção realizadas no primeiro mês do ano.

O presidente da Abiclor, Aníbal do Vale, afirmou, em nota, que o setor apresentou desempenho do setor muito preocupante no início do ano. "Esse resultado mais fraco segue o cenário econômico adverso, o que deve se complicar ainda mais dependendo do caminho adotado para o custo de energia elétrica que poderá nos colocar em patamar de total não competitividade em relação a outros mercados mundiais", disse.

O cloro e a soda abastecem mais de 16 setores da atividade econômica, atendendo à demanda de diferentes segmentos das indústrias de defensivos agrícolas, limpeza, papel e celulose, componentes eletrônicos, metalurgia, têxtil, tratamento de água, entre outras.

O Ministério da Fazenda informou nesta quinta-feira (26), que o decreto que estabelece provisoriamente a programação financeira do governo sinaliza o efetivo comprometimento de todo o governo federal com a realização do ajuste fiscal necessário. Em nota à imprensa, a Fazenda informa que o ministro da Fazenda terá autorização, preventivamente, de autorizar a ampliação ou remanejamento dos valores constantes dos anexos, por ato próprio ou delegação. A medida, de acordo com a nota, visa a permitir o tratamento de situações excepcionais e que requeiram atendimento imediato.

Segundo o Ministério da Fazenda, o decreto é uma medida de ajuste financeiro que se alinha ao escopo do decreto anterior, de janeiro deste ano, para garantir o equilíbrio entre receitas e despesas, necessário à reconstrução da credibilidade fiscal.

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"Nesse sentido, o decreto tem o propósito de conferir aos órgãos, fundos e entidades do Poder Executivo previsibilidade acerca da disponibilidade financeira para a execução de suas atividades, até a aprovação da programação financeira e do cronograma de execução mensal de desembolso", diz a nota.

Segundo o Ministério da Fazenda, o decreto preserva a execução de atividades prioritárias dos diversos órgãos, dos fundos e das entidades do Poder Executivo.

O governo publicou, nesta quinta-feira (26), em sessão extraordinária do Diário Oficial (D.O.), o Decreto nº 8.412, que traz a reprogramação da execução financeira dos órgãos do Poder Executivo para o primeiro quadrimestre. Mais cedo, o secretário do Tesouro Nacional, Marcelo Saintive, antecipou que o governo iria reescalonar os pagamentos dos ministérios para conseguir ajustar as despesas às receitas.

Segundo o decreto, as despesas de custeio e investimentos foram limitadas a R$ 75,155 bilhões em pagamentos com custeio da máquina pública e para investimentos. Desse montante, R$ 15,175 bilhões serão usados exclusivamente para pagamento de despesas do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Outros R$ 59,980 bilhões serão usados em custeio e demais investimentos.

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O decreto estabelece que o Tesouro Nacional poderá requerer dos órgãos setoriais do Sistema de Administração Federal a transferência ou devolução de saldos financeiros em excesso nas unidades. Os ministros da Fazenda e do Planejamento poderão, por ato conjunto, ampliar ou remanejar os valores constantes no decreto.

O secretário do Tesouro Nacional, Marcelo Saintive, afirmou, na tarde desta quinta-feira (26), que "certamente" outras medidas serão adotadas pelo governo para garantir o cumprimento da meta fiscal. Sem antecipar nenhuma delas, o secretário fez questão de ressaltar que o decreto com limitação de despesas que será editado pelo governo é um passo adiante para a política fiscal. "Vamos pagar o passado. E pensar bem nas novas despesas", destacou ele, sinalizando que o governo vai ser mais exigente na qualidade dos novos gastos.

"Existem passivos e estamos analisando casa a caso. Isso não é uma coisa trivial. Temos que aprender a lidar com os passivos", afirmou ao ser questionado sobre esqueletos fiscais. Saintive disse também que a projeção de PIB para 2015 "em princípio" é correlacionada com a do governo. Ele deu essa declaração ao esclarecer comentário anterior de que o Tesouro trabalha com as projeções do mercado.

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Segundo ele, o governo vai fazer a previsão de PIB para 2015 no momento adequado. O governo, disse sua assessoria, mantém a previsão de alta de 0,8% que consta na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).

As despesas do governo com o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) no mês de janeiro caíram 34,5% em relação a janeiro de 2014, somando mês R$ 4,739 bilhões. O PAC sofreu uma redução de 34,5% em relação a janeiro de 2014. A medida faz parte da decisão do governo de colocar um freio nos gastos.

O secretário do Tesouro Nacional, Marcelo Saintive, afirmou que o quadro atual das contas públicas exige o que classificou de "reescalonamento" do pagamento das despesas. Segundo ele, reescalonar as despesas é melhor do que não pagá-las. Para ele, esse reescalonamento visa dar previsibilidade das despesas. Ele ressaltou que esse era o recado, a mensagem que queria transmitir. Ele destacou ainda que a redução das despesas do PAC em janeiro é resultado desse reescalonamento.

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"Precisa ter claro que na situação atual precisaremos reescalonar os pagamentos", afirmou, ressaltando que se trata de um motivo "nobre". "Queremos cumprir a meta do governo, que é a meta da presidente Dilma Rousseff", acrescentou.

Saintive destacou que o governo tem o compromisso de pagamento de despesas já realizadas, já feitas, mas tem, por outro lado, que cumprir a meta fiscal. "Essa é a mensagem. Temos de estar atentos a qualidade dos gastos e olhar para que podemos fazer os pagamentos em tempo tempestivo. Esse é o objetivo do governo", afirmou. Ele admitiu que o superávit primário de janeiro não era o esperado pelo governo, mas ficou bem próximo do que o governo gostaria. Ele destacou que as despesas e receitas tiveram em janeiro variação real negativa.

O governo pagou R$ 739,4 milhões em janeiro de precatórios e sentenças judiciais de benefícios previdenciários. Em 2014, o valor pago no mês com essas despesas foi de R$ 1,3 bilhão, uma queda de 55,8%.

No primeiro resultado fiscal entregue pela nova equipe econômica, as contas do Governo Central registraram superávit primário de R$ 10,405 bilhões em janeiro, com um queda de 20,2% em relação ao mesmo mês do ano passado. Foi o pior resultado para o mês desde 2009. Em janeiro do ano passado, o Governo Central registrou um superávit de R$ 13,036 bilhões.

O resultado, anunciado nesta quinta-feira (26), pelo Tesouro Nacional, ficou abaixo da mediana estimada, após coleta do AE Projeções, de R$ 11,914 bilhões, mas ficou dentro do intervalo previsto, de R$ 9 bilhões a R$ 17,1 bilhões. O Governo Central reúne as contas do Tesouro Nacional, INSS e Banco Central. O Tesouro apresentou um superávit de R$ 16,197 bilhões. Já as contas do INSS tiveram déficit de R$ 5,651 bilhões e as do BC registraram saldo negativo de R$ 140,5 milhões.

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O desempenho das contas do Governo Central em janeiro refletiu uma receita total de R$ 125,425 bilhões e uma despesa de R$ 92,530 bilhões. Enquanto as despesas registraram alta de apenas 2,8%, as receitas apresentaram uma expansão de 0,3%.

Esse resultado foi obtido com a retração das despesas com investimentos e regras mais rígidas de contenção de gastos aprovadas pela equipe econômica no início do ano que vão vigorar até a aprovação do Orçamento de 2015 pelo Congresso Nacional. Pelas regras, o limite de autorização de gastos foi fixado em 1/18 avos, valor menor do que os 1/12 avos fixados na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). Esses regras derrubaram o ritmo de expansão das despesas.

Na tentativa de rever as desconfianças em torno da política fiscal, o governo prometeu entregar um superávit primário de R$ 66,3 bilhões (1,2% do PIB) das contas do setor público consolidado neste ano. Mas antes mesmo de a lei orçamentária ser aprovada pelo Congresso Nacional, aumenta a cada dia a desconfiança em torno da capacidade de o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, entregar a meta deste ano.

Em 12 meses até janeiro, as contas do governo central acumulam um déficit primário de R$ 19,9 bilhões, o equivalente a 0,39% do Produto Interno Bruto (PIB). A meta do governo central para 2015 é de R$ 55,3 bilhões.

CDE

O governo transferiu em janeiro R$ 1,250 bilhão de recursos orçamentários para a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), fundo setorial que bancou a redução da conta de luz. Essa despesa deveria ter sido paga no ano passado, mas foi "pedalada" para 2015. A autorização foi dada no último dia de 2014, com o pagamento em janeiro deste ano. Em janeiro de 2013, a transferência para a CDE foi de R$ 688,7 milhões.

Por outro lado, o governo praticamente não contou com recursos de concessões para melhorar as receitas. Foram apenas R$ 301,8 milhões, 59,3% a menos que em janeiro de 2014. Não houve nenhuma transferência de dividendos no mês passado, assim como em 2014.

O coordenador do Índice de Preços ao Consumidor (IPC), André Chagas, manteve nesta terça-feira, 20, em 1,56% a expectativa para a taxa de inflação de janeiro na capital paulista. Em entrevista ao Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, ele disse que o resultado anunciado hoje para o indicador ficou muito próximo do esperado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) e, por isso, não houve modificação na estimativa para a taxa geral do primeiro mês de 2015.

Segundo a Fipe, o IPC registrou taxa de 0,87% na segunda quadrissemana de janeiro ante alta de 0,49% na primeira leitura do mês. O dado efetivo ficou colado à previsão de Chagas, que era de uma inflação de 0,88%. Também ficou dentro do intervalo de expectativas dos analistas do mercado financeiro, que, no levantamento do AE Projeções, aguardavam taxa de 0,62% a 0,90%, com mediana de 0,71%.

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Chagas ressaltou, porém, que o IPC dentro do esperado pela Fipe foi possível graças a duas distorções importantes nos grupos de maiores pesos no indicador - Habitação e Alimentação. Ambos os conjuntos de preços tiveram variações diferentes das estimadas pelo instituto, mas acabaram se compensando e ditando o rumo da inflação paulistana no período. "Habitação veio mais baixo do que prevíamos e Alimentação veio com alta mais intensa que a imaginada", disse.

No caso da Habitação, o grupo apresentou baixa de 0,07% na segunda quadrissemana ante recuo de 0,08% na primeira leitura do mês, enquanto a Fipe previa variação positiva de 0,01%. Segundo Chagas, o principal motivo para a diferença veio do item Condomínio, que caiu 0,45% ante alta de 0,07%.

Para o coordenador, essa variação negativa no componente pode estar inicialmente ligada ao efeito estatístico da retirada do impacto que o 13º salário costuma trazer aos condomínios que embutem o benefício nas contas do fim de ano. Outro fator cogitado é a interferência dos descontos nas tarifas que a Sabesp tem dado a quem faz a economia de água em tempos de crise hídrica no Estado de São Paulo.

No caso da Alimentação, o grupo teve avanço de 1,32% contra elevação anterior de 0,80% e previsão da Fipe de 1,19%. De acordo com Chagas, a aceleração está ligada às surpresas nos subgrupos Semielaborados e Produtos In Natura.

No primeiro conjunto, houve aumento de 1,25% ante 0,87% e o principal vilão foi o feijão, com alta expressiva de 26,21% ante 20,50%. Em Produtos In Natura, a variação positiva foi de 4,75% ante 1,69%, com avanços generalizados e destaque para a batata, com forte aumento de 51,22% ante 29,45%.

Para o fim de janeiro, a Fipe projeta elevação de 0,35% para o grupo Habitação. Para a Alimentação, aguarda uma variação expressiva de 1,42%.

Quanto aos demais preços do IPC, a Fipe avaliou que as pressões esperadas no início do mês permanecem seguindo a rota prevista. Algumas das maiores influências de alta do índice paulistano continuam sendo os reajustes das mensalidades escolares e dos cigarros e das passagens de ônibus, metrô e trens.

O grupo Educação, por exemplo, subiu 2,92% na segunda quadrissemana do mês ante 1,05% da primeira medição e expectativa da Fipe de avanço de 2,88%. Para o fim de janeiro, o instituto projeta alta de 7,21% para este conjunto de preços.

Quanto ao grupo Despesas Pessoais, que abriga o cigarro, houve elevação de 1,27% ante 1,20% da primeira quadrissemana e contra estimativa da Fipe de variação positiva de 1,46%. Neste caso, Chagas disse que itens importantes, como viagem (3,52% ante 4,79%) e passagem aérea (4,09% ante 6,79%) já começam a vir com altas menos intensas. Com isso, a previsão para o grupo no fim de janeiro é de variação positiva de 1,16%.

Em relação ao grupo Transportes, os reajustes nas tarifas geram cada vez mais impacto e, na segunda quadrissemana, a alta do conjunto de preços foi de 1,75% ante 0,60% da primeira leitura do mês e contra estimativa do instituto de 1,77%. Para o encerramento de janeiro, a Fipe espera para o grupo uma elevação de 4,09%.

De acordo com Chagas, se a taxa esperada de 1,56% for confirmada, o IPC-Fipe terá o maior resultado para os meses de janeiro desde 2003, quando registrou inflação de 2,19%. "O ano está começando com uma história diferente da com que vai fechar", comentou, destacando que a inflação esperada é muito alta, mas tende a desacelerar, em sintonia com a atividade econômica estagnada do País, considerada por ele como um motivo ruim.

Especificamente em relação à inflação de 2015, o coordenador manteve a estimativa de taxa acumulada de 4,99% e disse que a Fipe só deve alterá-la no anúncio do resultado de janeiro, previsto para o começo de fevereiro. Chagas, por sinal, já adiantou que os anúncios recentes de tributação sobre os combustíveis, a partir da Cide e do PIS/Cofins, podem gerar um impacto adicional de 0,15 ponto porcentual no IPC deste ano. Ressaltou, porém, que a Fipe ainda tende a avaliar os reflexos desta decisão do governo federal para um eventual ajuste na projeção do IPC.

A primeira parcial de 2015 da balança comercial mostra que o Brasil começou o ano como terminou 2014: no vermelho. O saldo comercial entre 1 e 11 de janeiro está negativo em US$ 983 milhões. Esse número foi formado pela diferença entre exportações, que somaram US$ 3,854 bilhões no período, e importações, que foram de US$ 4,837 bilhões.

No ano passado, a balança fechou com um déficit de US$ 3,9 bilhões. Os dados são do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).

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O ministério informou ainda que nas exportações, na comparação entre as médias até a segunda semana de janeiro de 2015 (US$ 642,3 milhões) com a de janeiro de 2014 (US$ 728,5 milhões), houve recuo de 11,8%.

A queda foi causada por uma redução de 33,2% das exportações de bens manufaturados, que caíram de US$ 277,1 milhões para US$ 185,0 milhões - o movimento foi influenciado por tubos de ferro fundido, automóveis de passageiros, motores para veículos e partes, autopeças, motores e geradores elétricos, etanol, veículos de carga, calçados, aviões e óleos combustíveis.

Entre os itens básicos a queda foi de 2,5%, passando de US$ 313,3 milhões para US$ 305,3 milhões. Minério de ferro, carne suína, arroz em grãos, fumo em folhas, carnes salgadas, carne bovina, carne de peru e soja em grão conduziram a redução no segmento.

O contraponto ficou para os semimanufaturados, que cresceram 12,4%, subindo de US$ 114,2 milhões para US$ 128,4 milhões. Os itens que mais se destacaram no segmento foram óleo de dendê em bruto, ouro em forma semimanufaturada, semimanufaturados de ferro ou aço, óleo de soja em bruto e ferro fundido.

Nas importações, a média diária nessa base de comparação variou de US$ 913,4 milhões para US$ 806,2 milhões, queda de 11,7%. Recuaram principalmente os gastos com combustíveis e lubrificantes (-51,8%), adubos e fertilizantes (-28,4%), veículos automóveis e partes (-23,7%), equipamentos mecânicos (-20,3%), produtos farmacêuticos (-19,4%), borracha e obras (-16,1%) e equipamentos elétricos e eletrônicos (-14,2%).

O verão está batendo à porta e as férias de janeiro já prometem muito sol e animação. A praia de Tamandaré, localizada a 104 km do Recife, é destino certo daqueles que gostam de mar e festa. Em todo os sábados do primeiro mês do ano acontece o Tamandaré Fest que leva ao litoral sul shows dos mais diferentes estilos.

A programação para 2015 já está fechada. Axé, forró, sertanejo, samba e até rock estão na lista de atrações para o festival. Confira a programação completa para os três primeiros sábados de janeiro:

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Sábado (3)

Jorge & Mateus

Pablo

Gabriel Diniz

Patusco

Sábado (10)

Wesley Safadão

Claudia Leitte

Saulo

As Coleguinhas

Sábado (17)

Bell Marques

Thiaguinho

Aviões do Forró

O Rappa

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