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O Campeonato Brasileiro tem oficialmente um novo líder ao final desta 34ª rodada. Com gol de Thiago Borbas aos 50 minutos do segundo tempo, o Red Bull Bragantino arrancou o empate em 2 a 2 com o Botafogo no estádio Nabi Abi Chedid, em Bragança Paulista, neste domingo, e assegurou a liderança isolada do Palmeiras na competição. Mesmo com o resultado, os dois times ainda se mantêm na briga pelo título.

Este empate amargo, com gol nos acréscimos da etapa final, mantém o Botafogo sem vencer na competição há seis jogos, com quatro derrotas e dois empates. O clube tem 60 pontos, agora atrás do Palmeiras, que venceu o Internacional por 3 a 0 no sábado e chegou a 62. O Bragantino se mantém na briga, com 59, se aproveitando da derrota do Grêmio, também com 59, para o Corinthians, em Porto Alegre.

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Na briga pela liderança, três clubes têm uma partida a menos: Botafogo, Bragantino e Flamengo, que aparece na quinta posição com 57 pontos.

Em entrevista no gramado, antes de a bola rolar em Bragança Paulista, Lúcio Flávio confirmou a contratação de Thiago Nunes, novo técnico do Botafogo para a reta final do Campeonato Brasileiro. O treinador, que estava no Sporting Cristal da Bolívia, terá pouco mais de 10 dias para conhecer e trabalhar com o elenco, de olho no título.

Isso porque o Campeonato Brasileiro será paralisado por duas semanas para a disputa das Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2026. O Bragantino se prepara para enfrentar o Flamengo no Maracanã no dia 23 de novembro, às 21h30, em jogo atrasado da 30ª rodada. Já o Botafogo viaja para o Ceará enfrentar o Fortaleza no Castelão no mesmo dia, mas às 19 horas, pela 29ª rodada.

Em um ritmo acelerado no início da partida, mesmo com o forte calor no interior de São Paulo, o Bragantino abriu o placar com apenas dois minutos de bola rolando. Vitinho recebeu pela esquerda, passou fácil pela marcação de Di Plácido e bateu cruzado, com força. Lucas Perri ainda tocou na bola, mas ela explodiu na trave, nas costas do goleiro e voltou nos pés de Thiago Borbas, que só empurrou para o fundo das redes.

A situação difícil do Botafogo piorou ainda mais aos 17 minutos. Tiquinho Soares recebeu com liberdade na intermediária e arriscou o chute, mas foi travado por Léo Ortiz. No lance, o atacante saiu com muitas dores no tornozelo esquerdo e não aguentou permanecer em campo. O artilheiro e camisa 9 foi substituído por Diego Costa já no primeiro tempo.

O experiente atacante entrou muito bem e conseguiu mudar a dinâmica ofensiva do Botafogo, segurando algumas bolas e encontrando espaço caindo pelas pontas. Ele teve duas oportunidades claras em poucos minutos em campo: na primeira estava impedido, mas acertou o travessão de Cleiton. Na segunda, dominou a bola no peito e bateu de primeira, mas Andrés Hurtado desviou para longe.

Precisando do resultado, o time do Rio de Janeiro mudou completamente a postura após a parada técnica para hidratação. Na primeira jogada ofensiva, aos 34 minutos, Tchê Tchê encontrou um lindo passe para Vitor Sá na ponta esquerda e o atacante fez o que sabe melhor: partiu para o drible individual, carregou para dentro e bateu forte no canto do goleiro para deixar tudo igual em Bragança Paulista.

Com outra postura em campo, o Botafogo virou o jogo no lance seguinte, aos 36 minutos ainda da primeira etapa, e de novo com a participação de Vitor Sá. O camisa 7 recebeu novamente na ponta esquerda, mas dessa vez arriscou o cruzamento para Diego Costa. Juninho Capixaba tentou afastar, mas deixou a bola nos pés de Eduardo, que bateu com força, no ângulo, para virar o placar.

Se a parada técnica na etapa inicial fez muito bem para o Botafogo, o intervalo ajudou o Bragantino a se organizar e mudar a postura para o segundo tempo. Em menos de 10 minutos o time de Pedro Caixinha já tinha criado pelo menos três oportunidades de buscar o empate, mas não conseguiu passar pelo goleiro Lucas Perri.

Pressionado, o Botafogo ainda perdeu a dupla titular do meio de campo: Eduardo e Tchê Tchê, ambos com problemas físicos em campo. Diego Hernández e Gabriel Pires entraram, junto com Danilo Barbosa no lugar de Júnior Santos. As mudanças mudaram o estilo de jogo do clube carioca, que passou a jogar cadenciando mais a posse de bola.

A resposta do alvinegro carioca veio apenas aos 19 minutos. Victor Sá fez uma nova jogada individual pela esquerda e cruzou rasteiro para o segundo pau. Diego Hernández bateu com força e Cleiton fez uma excelente defesa. No rebote, Gabriel Pires bateu de primeira, mas a marcação conseguiu desviar no meio do caminho para a linha de fundo.

Precisando de uma reação, Caixinha mudou a formação do Bragantino e tirou o zagueiro Realpe para compor o meio de campo com Matheus Fernandes. A mudança, apesar de ousada, deu o resultado esperado aos 50 minutos. O volante soltou com Sorriso na ponta direita e o atacante, que entrou muito bem no segundo tempo, cruzou para a área. Thiago Borbas ganhou de Victor Cuesta e testou para confirmar o empate.

FICHA TÉCNICA:

RED BULL BRAGANTINO 2 X 2 BOTAFOGO

RED BULL BRAGANTINO - Cleiton; Andrés Hurtado (Luan Cândido), Realpe (Matheus Fernandes), Léo Ortiz e Juninho Capixaba (Alerrandro); Jadsom Silva, Lucas Evangelista, Eduardo Sasha (Bruninho) e Vitinho (Sorriso); Henry Mosquera e Thiago Borbas. Técnico: Pedro Caixinha.

BOTAFOGO - Lucas Perri; Di Placido, Adryelson, Victor Cuesta e Marçal; Marlon Freitas, Tchê Tchê (Diego Hernández) e Eduardo (Gabriel Pires); Júnior Santos (Danilo Barbosa), Tiquinho Soares (Diego Costa) e Victor Sá (Hugo). Técnico: Lúcio Flávio.

GOLS - Thiago Borbas, aos 2, Victor Sá, aos 34, e Eduardo, aos 36 minutos do primeiro tempo. Thiago Borbas, aos 50 minutos do segundo tempo.

CARTÕES AMARELOS - Realpe e Matheus Fernandes (Red Bull Bragantino); Diego Hernández (Botafogo).

ÁRBITRO - Anderson Daronco (RS/Fifa).

RENDA E PÚBLICO - Não divulgados.

LOCAL - Estádio Nabi Abi Chedid, em Bragança Paulista (SP).

Em crise depois de quatro derrotas seguidas, o Botafogo resolveu apostar em um novo treinador para reerguer a equipe. O clube carioca tirou Lúcio Flávio do comando técnico e contratou Tiago Nunes, profissional que estava no Sporting Cristal, do Peru, e já passou por Athletico-PR, Corinthians, Grêmio e Ceará. Quem confirmou o acerto foi o próprio Lúcio Flávio, em entrevista antes da partida contra o Red Bull Bragantino, neste domngo.

"O clube já tinha uma negociação futura com um profissional e, diante do cenário de conseguir antecipar, achou mais viável para essa finalização da competição. Como funcionário do clube, como estou aqui no futebol, trocamos muitas ideias. Conheço um pouco o Tiago, os integrantes da comissão, acho que o Botafogo vai ganhar um excelente profissional", afirmou Lúcio Flávio.

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O Botafogo buscava um profissional para as últimas e decisivas rodadas do Brasileirão. No entanto, o cenário mudou. Independentemente dos resultados, o plano é que Nunes continue no comando alvinegro para a próxima temporada.

Considerando trabalhos interinos, Nunes é o quinto técnico do Botafogo em 2023. Desde que o português Luís Castro aceitou a milionária proposta do Al-Nassr, time saudita de Cristiano Ronaldo, o clube não encontrou um profissional capaz de manter a equipe consistente como era.

O ex-auxiliar Cláudio Caçapa foi competente em sua tarefa de dar continuidade ao trabalho de Castro, com quatro vitórias em quatro jogos, mas ele deixou o clube, que apostou em outro português, Bruno Lage. Com Lage, a vantagem, que chegou a ser de 13 pontos, começou a derreter e o português, chamado de burro pela torcida depois de deixar no banco o craque do time, Tiquinho Soares, foi dispensado.

Lúcio Flávio, então, deixou de ser auxiliar técnico permanente e virou treinador no início de outubro. O elenco sempre elogiou o ex-meio-campista, mas, com ele, foram poucos os resultados positivos. Na verdade, o time passou a amargar derrotas em sequência e perdeu toda a vantagem na liderança que havia construído.

O Botafogo ainda é líder, mas tem os mesmos 59 pontos de Grêmio e Palmeiras, os dois de quem levou viradas vexatórias depois de abrir 3 a 1 e 3 a 0, respectivamente. O desafio do novo treinador será especialmente restabelecer a confiança dos atletas, afetados com a péssima campanha no returno que provocou uma reviravolta no Brasileirão, com a aproximação de novos quatro postulantes à taça.

Antes de se acertar com Nunes, o Botafogo fez uma proposta a Cuca, mas o experiente treinador recusou a oferta sob o argumento de que "segue focado em resolver seus problemas pessoais", segundo a nota divulgada por sua assessoria de imprensa. A SAF, comandada pelo magnata americano John Textor, nega que tenha procurado Cuca e afirma que essa busca foi feita pelo clube social.

Tiago Nunes era técnico do Sporting Cristal desde novembro do ano passado. Com ele, o time peruano conquistou 22 vitórias, registrou 18 empates e sete derrotas em 2023. A equipe terminou o campeonato local no quarto lugar e ficou em terceiro no Grupo D da Libertadores, que tinha River Plate e o atual campeão Fluminense. Na Sul-Americana, foi eliminada pelo Emelec na segunda fase.

O anúncio da saída do treinador foi feito na tarde de sábado, antes do Botafogo confirmar a contratação. A nota, porém, fala que Sporting Cristal e Tiago Nunes haviam chegadao a um acordo para a renovação do contrato, mesmo que as metas que ativariam renovação automática não tenham sido cumpridas. A saída ainda foi justificada por motivos "estritamente familiares" do brasileiro.

Nunes tem dois títulos em sua galeria de troféus: o da Copa do Brasil e da Sul-Americana, ambos conquistados com o Athletico-PR. Foi no time do Paraná que o gaúcho de Santa Maria ganhou visibilidade e fez o seu melhor trabalho.

Após sofrer duas viradas históricas para Palmeiras e Grêmio, ambos por 4 a 3, o Botafogo tem novo confronto direto na briga pelo título do Brasileirão. O time carioca, que acumula quatro derrotas consecutivas, busca a reabilitação diante do Red Bull Bragantino neste domingo, às 16h, no estádio Nabi Abi Chedid, em Bragança Paulista, pela 34ª rodada.

Apesar dos seguidos tropeços, o Botafogo continua na liderança, com 59 pontos, assim como Grêmio e Palmeiras. O time carioca ainda tenta conviver com a pressão, que tem aumentado, ainda mais sobre o técnico Lúcio Flávio. Em princípio escolhido pelos próprios jogadores para terminar a temporada no lugar de Bruno Lage, ele vai ser substituído e pode comandar o time sub-23 ou fazer parte da comissão técnica.

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No início da sexta-feira à noite, a direção confirmou o acerto com Tiago Nunes, que precisa apenas se desligar do Sporting Cristal, do Peru. O clube desmentiu o contato com Cuca, que foi cogitado ao lado de Vanderlei Luxemburgo. Seriam opções para "apagar o incêndio" em General Severiano.

Mas Lúcio Flávio viajou com a delegação para a cidade de Atibaia, vizinha de Bragança Paulista, onde está concentrada. Ele contará o retorno do atacante Tiquinho Soares, que cumpriu suspensão na derrota para o Grêmio, em São Januário, após o Botafogo abrir 3 a 1 no placar e levar a virada.

O atacante, no entanto, vem passando por problemas particulares, o que estaria afetando o seu desempenho dentro de campo. Mesmo assim é provável que entre no lugar de Diego Costa. "Se queremos ser campeões, nós temos que chegar lá e vencer o jogo para mudar de fato essa questão dos resultados. Acho que é uma questão até moral que nós temos como instituição e clube", afirmou o pressionado técnico botafoguense.

O Red Bull Bragantino, por outro lado, está em lua de mel com a torcida, já que não era esperado que o time brigasse pelo título. Na tabela de classificação, é o quarto colocado, com 58, e vem de derrota para o São Paulo por 1 a 0, na Vila Belmiro, onde o time não teve uma boa atuação.

O técnico português Pedro Caixinha não terá o atacante Helinho, um dos destaques deste bom momento. Vitinho e Thiago Borbas brigam pela posição, mas o primeiro é favorito por ter características semelhantes ao titular.

"Faltam seis jogos. Não vamos mudar a forma de ser e estar porque aconteceu uma coisa que às vezes acontece no futebol, que é perder, penso que, mesmo assim, somos a equipe que menos perdeu. E vamos pensar sempre na próxima partida", disse Caixinha, repetindo seu discurso desde a ascensão do time na competição.

Em noite inspirada de Luis Suárez, o Grêmio venceu o Botafogo na noite desta quinta-feira, de virada, por 4 a 3, em São Januário, no Rio de Janeiro, pela 33ª rodada do Campeonato Brasileiro. O time gaúcho chegou a estar perdendo por 3 a 1 no início do segundo tempo.

Foi a quinta vitória consecutiva do Grêmio, que assumiu a vice-liderança, com 59 pontos. Tem a mesma pontuação que o líder Botafogo, contudo, perde no saldo de gols (23 a 8) e tem um jogo a mais - time carioca ainda jogará com o Fortaleza pela 29ª rodada.

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Em compensação, o Botafogo conheceu sua quarta derrota consecutiva e perdeu fôlego na briga pelo título nacional. E ainda vê aumentar a pressão em cima do técnico Lúcio Flávio, que começa a ter o cargo ameaçado.

O início de jogo deu indícios de que Botafogo e Grêmio protagonizariam grande partida. E o melhor: com muitos gols. Logo aos cinco minutos, Hugo recebeu na esquerda e cruzou para Diego Costa. O atacante botafoguense dominou e chutou na saída do goleiro Gabriel Grando para abrir o placar.

Mas o Grêmio, ainda se adaptando a partida, não se abateu e empatou três minutos depois, quando Carballo deu ótima assistência para Everton Galdino nas costas da marcação. O atacante invadiu a área e finalizou no contrapé do goleiro Lucas Perri.

Com a partida bastante aberta, o Botafogo seguiu tentando no ataque e contou com a boa fase de Júnior Santos para tomar novamente a frente do marcador. Aos 28, Marlon Freitas serviu Diego Costa e ele finalizou para defesa de Gabriel Grando. No rebote, Júnior Santos só completou para as redes.

Apesar da desvantagem no placar, o Grêmio vinha tendo boa apresentação e ficou na bronca com a arbitragem antes do intervalo, quando Di Placido teria desviado bola com a mão dentro da área em lance de Besozzi. O lance sequer foi revisado pelo VAR, o que também irritou Renato Gaúcho.

No segundo tempo, Botafogo e Grêmio voltaram em ritmo alucinante. Logo no primeiro minuto, Di Placido cruzou para Marlon Freitas e o volante finalizou cruzado para fazer o terceiro gol do time carioca e, teoricamente, deixar os donos da casa em situação confortável no jogo.

O que ninguém contava é que Luis Suárez mudaria o roteiro do jogo para o Grêmio. Aos quatro minutos, ele recebeu cruzamento, passou pela marcação de Hugo e chutou na saída de Perri para descontar. Depois, aos oito, Ferreira serviu Suárez e o atacante finalizou cruzado para deixar tudo igual.

Inspirado, Suárez chamou a responsabilidade e aos 23 minutos fez seu terceiro gol na partida. Em boa triangulação no meio-campo, Villasanti tocou de primeira para o uruguaio no ataque e ele chutou forte. A bola ainda tocou em Perri antes de novamente ir para as redes, o gol da virada.

O quarto gol mudou o ambiente em São Januário e, se antes a torcida do Botafogo apoiava, passou a vaiar e criticar seus jogadores. Em meio a isso o time gaúcho ainda criou chances de marcar o quinto gol com Cristaldo, aos 35, e depois aos 38, com Nathan Fernandes. Vitória importantíssima fora de casa.

O Botafogo volta a campo no domingo para visitar o Red Bull Bragantino, às 16 horas, no estádio Nabi Abi Chedid, em Bragança Paulista. Enquanto o Grêmio, no mesmo dia e horário, receberá o Corinthians, na Arena, em Porto Alegre.

FICHA TÉCNICA:

BOTAFOGO 3 X 4 GRÊMIO

BOTAFOGO - Lucas Perri; Di Placido, Adryelson, Victor Cuesta e Hugo (Marçal); Danilo Barbosa (Eduardo), Marlon Freitas e Tchê Tchê (Janderson); Júnior Santos (Luis Henrique), Diego Costa e Victor Sá (Carlos Alberto). Técnico: Lúcio Flávio.

GRÊMIO - Gabriel Grando; João Pedro, Bruno Alves, Kannemann e Reinaldo; Ronald (Gustavo Martins), Villasanti e Carballo (Cristaldo); Luis Suárez (JP Galvão), Lucas Besozzi (Ferreira) e Everton Galdino (Nathan Fernandes). Técnico: Renato Gaúcho.

GOLS - Diego Costa, aos 5; Everton Galdino, aos 8; e Júnior Santos, aos 28 minutos do primeiro tempo. Marlon Freitas, a 1; e Luis Suárez aos 4, 8 e 23 minutos do segundo tempo.

CARTÕES AMARELOS - Diego Costa (Botafogo); Carballo (Grêmio).

ÁRBITRO - Ramon Abatti Abel (SC).

RENDA E PÚBLICO - Não disponíveis.

LOCAL - Estádio São Januário, no Rio de Janeiro (RJ).

O Botafogo terá mais um 'teste de fogo' na briga pelo título do Campeonato Brasileiro. Depois de perder o confronto direto para o Palmeiras e o clássico para o Vasco, enfrentará o Grêmio, que ainda sonha com a taça. A partida, válida pela 33ª rodada, será realizada em São Januário, no Rio de Janeiro (RJ), pois o Engenhão está reservado para shows da banda RBD.

A sequência do Botafogo vem sendo ingrata. A derrota para o Palmeiras foi especialmente dolorida porque o time carioca abriu 3 a 0 no primeiro tempo e, mesmo assim, perdeu por 4 a 3. Na última segunda-feira, perdeu o clássico para o Vasco, por 1 a 0, no mesmo São Januário, com atuação bem abaixo do esperado. E, depois de enfrentar o Grêmio, terá outro duelo direto com o Red Bull Bragantino.

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Com isso, está há quatro jogos sem vencer, sendo três derrotas seguidas, já que antes também foi superado pelo Cuiabá, por 1 a 0. Com 59 pontos, precisa lutar novamente pela liderança, pressionado por Palmeiras, Red Bull Bragantino e o próprio Grêmio.

A situação fez com que vários torcedores fossem ao CT do Botafogo protestar nesta quarta-feira, com faixas e gritos de guerra ameaçadores, como "Se não ganhar, a porrada vai comer". Algumas lideranças, como o ex-jogador e atual auxiliar técnico Joel Carli e o lateral Marçal foram conversar com os torcedores.

Apesar de ter o apoio do grupo, o técnico Lúcio Flávio não vem agradando, mas não deve cair porque uma nova troca de treinador é considerada ainda mais prejudicial pela diretoria. A boa notícia para o jogo, é que poderá contar com três retornos: os zagueiros Adryelson e Victor Cuesta e o volante Marlon Freitas, que cumpriram suspensão. Assim, devem entrar nos lugares de Philipe Sampaio, Bastos e Danilo Barbosa, respectivamente.

Por outro lado, terá um desfalque importante no ataque. Nada menos do que Tiquinho Soares, artilheiro com 16 gols, que levou o terceiro cartão amarelo. Luis Henrique e Diego Costa, que entraram no clássico, são opções.

Apesar do momento conturbado, Lúcio Flávio reforçou a confiança no elenco do Botafogo. "É um momento que ninguém está satisfeito e contra o Grêmio não podemos cometer esses erros. Nós, que estamos aqui, confiamos e muito, porque sabemos do potencial do nosso grupo. Temos mais sete jogos pela frente. Acreditamos muito que temos todas as condições de buscar esse objetivo (título) e vamos correr atrás sem dúvida nenhuma."

Se o Botafogo não vence há quatro jogos, o Grêmio venceu seus últimos quatro adversários: Flamengo (3 a 2), América-MG (4 a 3), Coritiba (2 a 1) e Bahia (1 a 0). Com 56 pontos, o time gaúcho pode igualar a pontuação do Botafogo, embora os cariocas tenham um jogo a menos.

O Grêmio também quer aproveitar o bom momento como visitante. As vitórias contra América-MG e Coritiba foram fora de casa, encerrando um jejum de oito jogos. Ao todo, já fez 16 partidas, com cinco vitórias, três empates e oito derrotas.

O técnico Renato Gaúcho fez mistério quanto à escalação do Grêmio. A grande dúvida é se manterá ou não o esquema com três zagueiros. Se mantiver, poderá repetir a escalação da última partida, já que não tem nenhum novo desfalque.

O departamento médico segue cheio, sendo Pedro Geromel e Pepê os principais desfalques. A boa notícia é que Nathan e Iturbe, recuperados de lesão, e Ronald e Gustavo, que voltaram após o Pan-Americano, estão à disposição.

Apesar da dificuldade, Renato Gaúcho não escondeu que ainda sonha com o título, mas pediu para o time se concentrar em fazer a sua parte. "Lógico que eu acredito, estamos a três pontos do Botafogo. Sei que tem um jogo a menos, mas ele precisa ganhar. O importante é fazermos o dever de casa. Eles torcem contra a gente, nós torcemos contra também. Sonho ainda vivo. Enquanto der, temos que sonhar, o torcedor também, nada é impossível."

Vasco e Botafogo protagonizarão mais um clássico no Campeonato Brasileiro. Em situações bem diferentes, se enfrentam nesta segunda-feira, às 19h, em São Januário, no Rio de Janeiro, na sequência da 32ª rodada. Apesar de posições opostas, os dois times chegam bem pressionados para o duelo.

Na última rodada, o Vasco ganhou respiro na luta contra o rebaixamento ao vencer o Cuiabá, por 2 a 0, fora de casa. Com isso, chegou a 34 pontos, mas por conta de outros resultados, continua dentro do Z-4. Apesar da dificuldade do clássico, o time cruzmaltino quer aproveitar o momento instável do líder Botafogo.

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O técnico Ramón Díaz deve manter a base da escalação que venceu o Cuiabá na última rodada. A única mudança certa é a volta de Vegetti, que cumpriu suspensão, no lugar de Sebastián Ferreira, no ataque. O volante Jair é outro a ficar à disposição pelo mesmo motivo.

No setor ofensivo, Erick Marcus e Payet brigam por uma vaga, com favoritismo para o primeiro, que deu mais velocidade ao time. A expectativa fica por conta do meia Marlon Gomes e do atacante Rossi, que seguem no departamento médico e serão reavaliados.

Ramón Díaz garantiu que o time dará o máximo na reta final e agradeceu o apoio da torcida. "Estamos lutando e vamos até o final. A vitória vai dar confiança até o último jogo. Vai ser difícil para todos os adversários que nos enfrentarem, porque vamos dar a vida. O elenco está dando o máximo de sua capacidade e fico feliz com a confiança da torcida", agradeceu.

O Botafogo, que chegou a abrir momentaneamente 14 pontos na liderança, está pressionado na briga pelo título. O time ainda lidera com 59 pontos, mesmo número do vice-líder Palmeiras. Entretanto, os cariocas têm 30 jogos, enquanto o adversário paulista já disputou 32.

Há três jogos sem vencer, o Botafogo vem de duas derrotas seguidas, a última delas diante do próprio Palmeiras, por 4 a 3, após ir para o intervalo vencendo por 3 a 0.

O técnico Lúcio Flávio terá três desfalques importantes para escalar o Botafogo. Os zagueiros Adryelson, expulso, e Victor Cuesta, além do volante Marlon Freitas, ambos com o terceiro cartão amarelo, cumprem suspensão. A estrutura do time, porém, não mudará, pois o treinador promoverá as entradas dos zagueiros Philipe Sampaio e Bastos e do volante Danilo Barbosa.

Os atacantes Matheus Nascimento e Diego Hernandez são desfalques pois estavam no Pan-Americano, vencido pelo Brasil no último sábado. Já Diego Costa continua no departamento médico e será reavaliado.

Apesar dos últimos tropeços, Lúcio Flávio reforçou a confiança no time para conquistar o título. "Nós temos condições. Temos a liderança e precisamos voltar a vencer para continuar nessa margem. Diminuiu um pouco, mas temos confiança no grupo. Sabemos o que precisamos ajustar para que não ocorram situações como foi diante do Palmeiras. O abatimento vamos deixar de lado, estamos focados no clássico", disse.

O jogo entre Botafogo e Palmeiras, realizado nesta quarta-feira, continua rendendo mesmo após o apito final. Se de um lado os paulistas estão felizes com a virada, do outro os cariocas estão revoltados. O pronunciamento de John Textor, dono da SAF da equipe alvinegra, em que acusa a CBF de ser corrupta, terá resposta por parte da entidade que organiza o futebol brasileiro. O dirigente americano será acionado judicialmente por chamar a entidade de 'corrupta'.

O que mais deixou Textor irritado foi a expulsão de Adryelson, decisiva para o resultado, em sua visão, por parte do árbitro catarinense Bráulio da Silva Machado. Ao final da partida, sacramentada a virada palmeirense, o empresário reuniu seus jogadores no meio de campo e proibiu entrevistas. Então, para o canal Premiere, Textor desabafou.

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"Todo mundo viu. Ele (Adryelson) pegou a bola primeiro, não é para um cartão vermelho. Ele mudou o jogo. Isso é uma p... Corrupção, isso é um assalto", detonou o dirigente. "Esse campeonato se tornou uma piada", continuou na bronca, afirmando que é o quinto jogo seguido com o Botafogo prejudicado em seu estádio.

Por causa dos tantos erros contra sua equipe, o dirigente disse que irá pedir ao presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, que demita Wilson Seneme, o chefe da arbitragem. "Ninguém merece isso. O Palmeiras não quer ganhar desse jeito, nós não queremos perder desse jeito. Isso é corrupção", repetiu. "Vou pedir ao Ednaldo (presidente da CBF) para que ele (Seneme) peça demissão. Pode me dar cartão vermelho, é meu estádio, eu ainda estarei aqui", disparou.

Por conta das acusações, a CBF decidiu agir. Além de divulgar o áudio da conversa do VAR Bráulio da Silva Machado, em que explica a situação envolvendo Adryelson, a organização também optou por entrar na Justiça contra a acusação de corrupção por parte de Textor. A informação foi publicada pelo portal UOL e confirmada pela reportagem do Estadão.

Em conversa com o Estadão, a assessoria da CBF afirmou que não há mais notícias envolvendo corrupção na entidade há dois anos. Os presidentes da Fifa, Gianni Infantino, e da Uefa, Aleksander Ceferin virão ao país nesta sexta-feira para nomear Ednaldo Rodrigues como membro permanente do Conselho da Fifa. Este gesto seria em virtude da transparência e do estreitamento de relações depois de escândalos envolvendo dirigentes anteriores, como José Maria Marin, Marco Polo del Nero e Rogério Caboclo.

"A reaproximação do mundo do futebol com a CBF é resultado da confiança e do respeito ao trabalho realizado pela atual gestão, sempre com foco na transparência, lisura e conexão com as importantes causas pertinentes ao mundo e fundamentais para a construção de uma sociedade que respeite o próximo", disse a CBF em comunicado oficial.

Ainda para o Estadão, a assessoria da CBF disse que as pessoas são livres para concordar e discordar das decisões dos árbitros, mas que chamar a ’entidade de ‘corrupta’ é algo que precisa ser provado. O departamento jurídico já entrou com as providências.

Além de Textor, o influencer Felipe Neto também será processado na esfera criminal. Em suas redes sociais, o botafoguense realizou diversos posts em que ataca a CBF, chamando-a de corrupta em razão também de não concordar com as decisões de Bráulio da Silva Machado dentro de campo.

Textor terá seu primeiro processo criminal aberto, enquanto Neto já possui ao menos três. Procurada pela reportagem, a assessoria do Botafogo disse que o clube ainda não havia sido notificado até o fechamento deste texto. A reportagem busca contato com Felipe Neto.

O técnico Fernando Diniz precisou fazer mais uma mudança no elenco da seleção brasileira nesta Data Fifa. Na noite deste sábado, o treinador chamou mais um jogador de última hora, novamente por motivo de lesão. Trata-se do zagueiro Adryelson, um dos destaques do Botafogo, líder disparado do Brasileirão.

O defensor foi chamado para ocupar a vaga de Nino, zagueiro do Fluminense, que sofreu uma entorse no joelho esquerdo durante o treino deste sábado, em Montevidéu. A seleção está no Uruguai para enfrentar a equipe da casa na terça-feira, no estádio Centenário, pela quarta rodada das Eliminatórias Sul-Americanas da Copa do Mundo de 2026.

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"Um dia que vai ficar marcado para sempre na minha vida e carreira! Obrigado a todos, família, esposa, equipe, amigos e companheiros que fazem parte de tudo isso", postou o zagueiro revelado no Sport.

De acordo com a CBF, o novo convocado deve se apresentar à seleção já na manhã deste domingo, na capital uruguaia, a tempo de participar do treino do dia. Será o penúltimo treinamento da equipe antes da partida contra os uruguaios, marcada para as 21h (de Brasília) de terça-feira.

"Adryelson tem chegada prevista a tempo do treino de domingo. O departamento médico da seleção brasileira vai acompanhar a evolução do jogador Nino", informou a CBF, em comunicado.

Trata-se da primeira convocação do zagueiro do Botafogo em sua carreira. Adryelson tem 25 anos, foi revelado pelo Sport e defende o time carioca desde o ano passado. O Botafogo é o seu terceiro time da carreira. Entre as duas equipes brasileiras, ele teve breve passagem pelo Al-Wasl, dos Emirados Árabes Unidos. Para a zaga, Diniz ainda tem a sua disposição Marquinhos, Gabriel Magalhães e Bremer.

Com o corte de Nino, a seleção chega a incríveis seis cortes na convocação feita para esta Data Fifa. Antes de Nino, foram vetados os laterais Caio Henrique, Danilo, Renan Lodi e Vanderson e o atacante Raphinha.

O Botafogo finalmente voltou a vencer no Campeonato Brasileiro. O time de Lúcio Flávio jogou de forma segura, foi superior durante os 90 minutos e bateu o Fluminense por 2 a 0 no Maracanã, com gols de Júnior Santos e Tiquinho Soares nesta 26ª rodada. O time de Fernando Diniz, finalista da Libertadores, saiu de campo aplaudido pela torcida mesmo com a derrota.

A vitória no Clássico Vovô encerra a sequência de quatro jogos sem vencer no alvinegro: eram três derrotas e um empate. Com 55 pontos, o Botafogo também aproveitou os tropeços dos rivais Flamengo, Grêmio e Palmeiras, com 44 pontos cada, para disparar novamente na liderança - o Red Bull Bragantino ainda enfrenta o Athletico-PR fora de casa e pode manter a vantagem em sete pontos.

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O Fluminense se mantém com 41 pontos e pode deixar a zona de classificação para a próxima Libertadores, a depender de outros resultados na rodada. A derrota deste domingo também anota uma marca negativa para o clube das Laranjeiras: três derrotas em três jogos contra o Botafogo no ano, algo que não acontecia há 61 anos.

O líder Botafogo joga de novo na próxima quarta-feira, às 20 horas, contra o América-MG na Arena Independência, em Belo Horizonte. Também pela 27ª rodada, o Fluminense recebe o Corinthians na quinta-feira, às 21h30, novamente no Maracanã. O tricolor carioca será comandado por Marcão e sua comissão técnica, pois Fernando Diniz estará a serviço da Seleção Brasileira para as Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo.

O Botafogo começou o clássico com muito mais intensidade do que o rival. Em cobrança rápida de lateral com menos de um minuto, Júnior Santos recebeu e cruzou na medida para Eduardo, mas o atacante parou em grande defesa de Fábio. Na sobra, Tiquinho Soares não alcançou o rebote no segundo pau para abrir o placar no Maracanã.

A pressão alta do líder do campeonato forçaram os erros do Fluminense, que falhou em diversas saídas de bola e cedeu boas oportunidades para o rival. Para tentar sair do aperto, Germán Cano arriscou algumas finalizações de média distância contra Lucas Perri, mas o goleiro não deu nem chance para o argentino.

Quando a imposição do Botafogo parecia controlada, Júnior Santos marcou o primeiro gol do clássico. Tchê Tchê carregou facilmente pelo meio, levantou a cabeça e encontrou um lindo lançamento nas costas da marcação. O atacante, camisa 37, se infiltrou nas costas de Marlon, saiu cara a cara com Fábio, driblou o goleiro e jogou para o fundo das redes aos 19 minutos.

Na saída de bola, praticamente no lance seguinte, o líder do campeonato já ampliou o resultado. Com 21 no relógio, Júnior Santos recebeu de Eduardo no círculo central e puxou o contra-ataque pelo meio. O atacante carregou e esperou o movimento de Tiquinho Soares para lançar. O artilheiro quase perdeu o domínio, mas ajeitou o corpo e, com um toque na bola, encobriu o goleiro do Fluminense.

Na parada técnica para hidratação, Fernando Diniz cobrou muito os jogadores do tricolor carioca. Aos berros, o técnico orientou uma reação e mudança de postura em campo. Marlon, que não acompanhou Júnior Santos no primeiro gol, foi substituído ainda no primeiro tempo por Alexsander, visando melhorar a saída de jogo e recuando André para zagueiro.

A cobrança do treinador fez efeito e o time voltou muito melhor. John Kennedy, herói da classificação na semifinal da Copa Libertadores, chegou a ficar frente a frente com Lucas Perri, mas finalizou fraco. Mais tarde, já nos acréscimos, o camisa 9 ainda arriscou uma finalização de fora da área e acertou a trave esquerda.

O Fluminense voltou para a segunda etapa com a mesma proposta de controlar a posse de bola, mas tinha muita dificuldade para criar diante da forte marcação alvinegra. Apostando na velocidade do ataque, o Botafogo esperava um dos muitos erros de passe do adversário para sair rápido, usando principalmente Júnior Santos na ponta.

Na primeira oportunidade clara da etapa final, Marlon Freitas tabelou com Tchê Tchê pela direita, recebeu nas costas de André e invadiu a grande área em liberdade. O volante ajeitou o corpo e bateu rasteiro contra o goleiro Lucas Perri, mas a bola explodiu na trave antes de sair pela lateral.

As saídas de Júnior Santos e Tchê Tchê, ambos exaustos com o forte calor no Rio de Janeiro, diminuíram o ritmo do Botafogo, que passou a administrar mais a partida. Do outro lado, o Fluminense parecia desconectado do clássico poucos dias depois de um dos jogos mais marcantes da história do clube: a vitória contra o Internacional no Beira-Rio pela semifinal da Libertadores.

FICHA TÉCNICA:

FLUMINENSE 0 X 2 BOTAFOGO

FLUMINENSE - Fábio; Samuel Xavier (Yony González), Nino, Marlon (Alexsander) e Marcelo (Leo Fernández); André, Ganso (Lima) e Jhon Arias; John Kennedy, Germán Cano e Keno (Diogo Barbosa). Técnico: Fernando Diniz.

BOTAFOGO - Lucas Perri; Di Placido, Adryelson, Víctor Cuesta e Marçal; Marlon Freitas (Danilo Barbosa), Tchê Tchê (Gabriel Pires) e Eduardo; Júnior Santos (Luis Henrique), Tiquinho Soares (Hugo) e Victor Sá (Carlos Alberto). Técnico: Lúcio Flávio.

GOLS - Júnior Santos, aos 19, e Tiquinho Soares, aos 21 minutos do primeiro tempo.

CARTÕES AMARELOS - John Kennedy e Keno (Fluminense); Marlon Freitas e Tchê Tchê (Botafogo).

ÁRBITRO - Leandro Pedro Vuaden (RS).

RENDA - R$ 2.411.265,50.

PÚBLICO - 45.193 pessoas.

LOCAL - Estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro (RJ).

Bruno Lage não é mais técnico do Botafogo. O treinador português não suportou a sequência negativa no Campeonato Brasileiro e deixa o comando da equipe que lidera o torneio nacional. Em sua passagem pelo time alvinegro, somou 16 jogos, com cinco vitórias, sete empates, quatro derrotas e 45,8% de aproveitamento.

O Botafogo está na ponta do Campeonato Brasileiro, mas viu sua vantagem despencar nas últimas rodadas apesar de tropeços de concorrentes, como Palmeiras, Grêmio e o novo vice-líder Red Bull Bragantino. O time carioca tem 52 pontos ante 45 do time do interior paulista.

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"O Botafogo informa que, por decisão de John Textor e do Departamento de Futebol, Bruno Lage não é mais o técnico da equipe principal. O clube destaca o profissionalismo, o caráter e o comprometimento de Bruno Lage no período em que defendeu a camisa alvinegra e fez parte da família. Apesar do início do treinador, com 10 jogos de invencibilidade, os últimos resultados não foram os esperados. Fica o agradecimento a Bruno e a toda a sua comissão técnica pelos serviços prestados ao Glorioso ao longo dos últimos meses, desejando muito sucesso em seus futuros desafios", informou o clube no fim da noite desta terça-feira.

Bruno Lage foi bastante resistente a aceitar o desafio de comandar o Botafogo. Depois de insistentes reuniões com a direção do clube e o dono da SAF, o empresário John Textor, o português topou se mudar para o Brasil. Nos últimos desafios, porém, o mau desempenho da equipe tornou a relação com a torcida ruim, a ponto de o técnico ser chamado de burro.

Fica marcada a passagem de Lage pelo Botafogo também por uma fala após a derrota no clássico com o Flamengo, em setembro. O técnico sugeriu entregar seu cargo, mas foi dissuadido da ideia e continuou por mais algumas rodadas.

No empate com o Goiás, na segunda-feira, por 1 a 1, Lage deixou o artilheiro Tiquinho Soares no banco de reservas no primeiro tempo, causando estranheza nos jogadores e torcedores, que não perdoaram. O centroavante foi o responsável por um golaço que garantiu a igualdade no marcador do Estádio Nilton Santos.

"Como família, o Botafogo vai buscar no momento soluções dentro de casa. O Clube segue com confiança inabalável e firme no propósito da temporada com o suporte incansável de uma legião de alvinegros apaixonados. Lucio Flavio e Joel Carli (na função de assistente técnico) assumem interinamente o comando do time a partir desta quarta na preparação para a partida de domingo, contra o Fluminense, pelo Campeonato Brasileiro."

Antes da a bola rolar, ninguém entendeu a opção do técnico Bruno Lage em deixar o atacante Tiquinho Soares no banco de reservas. Com cinco minutos em campo, o artilheiro evitou o desastre no Engenhão, ao empatar o duelo contra o Goiás por 1 a 1, nesta segunda-feira (2), no encerramento da 25ª rodada do Campeonato Brasileiro. Com o empate, o time carioca aumentou para quatro jogos sem vencer na competição.

A pressão segue forte sobre o líder do campeonato. Após a derrota do Palmeiras, o time poderia aumentar sua gordura para nove pontos, ficando apenas com sete de vantagem sobre o novo vice-líder, o Red Bull Bragantino, que soma 45. Já o Goiás, não teve muito o que reclamar. O ponto ganho fora de casa tirou o time da zona de rebaixamento, em 16º lugar, com 27, e empurrou o Vasco, de novo, para a zona da degola.

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A partida começou eletrizante. Quem deu as caras primeiro foi o Goiás, surpreendendo o Botafogo. Com cinco minutos, o time do centro-oeste obrigou Lucas Perri a intervir no chute de Allano.

O Botafogo subiu as linhas e quase abriu o placar com Diego Costa. Apertando a saída de bola, o atacante entrou livre na área, fintou a marcação, mas bateu em cima de Tadeu, que saiu, fechou o ângulo e espalmou.

Jogando com coragem, o Goiás marcou forte e abriu o placar aos 26 minutos. Após cobrança de escanteio, o zagueiro Lucas Halter apareceu na primeira trave e cabeceou para o fundo das redes. O gol deixou os donos da casa nervosos. Tentando resolver logo, errava passes e não conseguia criar situações de gols.

A ida aos vestiários foi sob vaias e protestos, principalmente contra o técnico Bruno Lage, que deixou Tiquinho Soares como opção no banco de reservas.

Na segunda etapa, o técnico português desfez suas mudanças iniciais e voltou com Tiquinho Soares e Luis Henrique. O resultado foi imediato. Luis Henrique serviu o Tiquinho Soares que avançou sobre a marcação. O artilheiro cortou para o meio e mandou na gaveta do gol do Goiás. Um golaço. Tiquinho voltou a marcar após dois meses e agora tem 14 gols ainda na artilharia do Brasileirão.

A igualdade deixou o duelo aberto. Os donos da casa invertiam as jogadas para abrir espaço, enquanto os visitantes tinham o contra-ataque como arma para surpreender.

O jogo seguiu intenso. O Botafogo imprimia um bom ritmo, mas sem conseguir entrar na área do Goiás. A imposição física era o diferencial das equipes. Tchê Tchê recebeu de Segovinha e acertou o travessão. No contragolpe, Apodi serviu Matheus Babi, mas Adryelson salvou o Botafogo de uma tragédia.

Na reta final, o líder foi para o tudo ou nada. Mesmo com a blitz, o time carioca parou na defesa goiana e não evitou o empate no Engenhão. O time acabou vaiado e o técnico Bruno Lage, xingado de burro, levantou os braços e aplaudiu a torcida.

O Botafogo volta a campo no próximo domingo, quando tem pela frente o clássico contra o Fluminense, às 16h, no Maracanã. Já o Goiás abre a 26ª rodada contra o Bahia, às 16h de sábado, na Serrinha.

FICHA TÉCNICA

BOTAFOGO 1 X 1 GOIÁS

BOTAFOGO - Lucas Perri; Tchê Tchê (Di Plácido), Adryelson, Víctor Cuesta e Hugo; Marlon Freitas, Gabriel Pires (Luis Henrique) e Eduardo; Júnior Santos (Tiquinho Soares), Victor Sá (Segovinha) e Diego Costa. Técnico: Bruno Lage.

GOIÁS - Tadeu; Maguinho, Lucas Halter, Bruno Melo e Hugo; Willian Oliveira (Matheus Babi), Morelli e Guilherme Marques (Raphael Guzzo); Allano (Apodi), Anderson Oliveira (Alesson) e João Magno (Sidimar). Técnico: Armando Evangelista.

GOLS - Lucas Halter, aos 26 minutos do primeiro tempo. Tiquinho Soares, aos cinco minutos do segundo.

CARTÕES AMARELOS - Lucas Perri, Tiquinho Soares, Victor Sá e Diego Costa (Botafogo); Allano, Maguinho, Lucas Halter e Morelli (Goiás).

ÁRBITRO - Bráulio da Silva Machado (FIFA-SC).

RENDA - R$ 1.371.485,00.

PÚBLICO - 34.294 torcedores.

LOCAL - Estádio Nilton Santos (Engenhão), no Rio de Janeiro (RJ).

O Botafogo derrapou na liderança do Campeonato Brasileiro nas últimas rodadas. Depois de perder três partidas consecutivas, a diferença para o segundo colocado, que já foi de 13 pontos, agora é de seis. E não é mais o Palmeiras a persegui-lo. Agora é o Bragantino. O time carioca enfrenta o Goiás nesta segunda-feira, no Nilton Santos, no Rio, pela 25ª rodada. Em caso de vitória, pode aumentar a distância para nove pontos em relação ao vice-líder de Bragança Paulista.

Líder isolado desde a terceira rodada, o Botafogo fechou o primeiro turno com a melhor campanha da história dos pontos corridos: 47 pontos em 19 jogos (15 vitórias, 2 empates e 2 derrotas), com um aproveitamento de 82,5%. Ao longo do primeiro turno, a equipe sofreu com baixas importantes por lesão - Rafael, Danilo Barbosa, Gabriel Pires, Marçal e Tiquinho Soares, todos recuperados, com exceção do primeiro - e teve três comandantes à beira do gramado: Luís Castro, Cláudio Caçapa e Bruno Lage. Porém, nenhum destes fatores abalou a campanha da equipe.

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Após a vitória sobre o Palmeiras no Allianz Parque, o técnico Luís Castro atendeu ao pedido de Cristiano Ronaldo e deixou o time carioca para ir treinar o Al-Nassr, na Arábia Saudita. Cláudio Caçapa, então auxiliar do Lyon, assumiu o cargo de interino durante quatro partidas até a chegada do também português Bruno Lage, campeão português com o Benfica e primeiro técnico estrangeiro com passagem na Premier League a comandar um time brasileiro. Antes de aceitar o Botafogo, Lage recusou os convites de Corinthians e Atlético-MG.

Além do melhor ataque e melhor defesa, o Botafogo conta com o artilheiro do Brasileirão: Tiquinho Soares, com 13 gols. Nada disso impediu a equipe de perder para Flamengo, Atlético-MG e Corinthians - as últimas duas fora de casa - nas três últimas rodadas do Brasileirão, mesmo com o foco total na competição após a eliminação na Copa Sul-Americana, esnobada pelo alvinegro carioca depois da arrancada no campeonato nacional.

O QUE FALTA PARA O BOTAFOGO SER CAMPEÃO?

Mesmo com a sequência negativa, o Botafogo continua com alta probabilidade de voltar a conquistar o Brasileirão após 28 anos. Segundo o Departamento de Matemática da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), o clube carioca tem 76,7% de ser campeão. Logo atrás aparecem Bragantino (7%), Grêmio (6,2%) e Palmeiras (4,7%). Somente a equipe alviverde está envolvida em outra competição neste momento, a Copa Libertadores. Joga nesta quinta contra o Boca Juniors valendo vaga para a final.

Desde que o Brasileirão passou a ser disputado com 20 clubes, nenhuma equipe terminou em segundo lugar com 74 pontos. Por isso, o número mágico para uma equipe ser campeã são 75. Assim, o Botafogo precisa somar pelo menos 24 pontos dos 42 restantes (oito vitórias em 14 jogos) para aumentar suas chances de terminar com a taça.

Em 2017, o Corinthians fechou o primeiro turno com os mesmos 47 pontos do Botafogo deste ano, mas com uma vitória a menos. Ao fim da 24ª rodada, a equipe paulista tinha números similares ao dos cariocas: 53 pontos, com dez de vantagem para o Grêmio, segundo colocado. Os corintianos se sagraram campeões naquele ano com 72 pontos, a sete de distância do Palmeiras. Para alcançar o número atingido pelo alvinegro paulista, o time do Rio precisa fazer mais 21 pontos - sete vitórias - até o fim da competição.

Melhor mandante do torneio, com 33 pontos em 12 jogos (11 vitórias e uma derrota), o Botafogo ainda tem o trunfo de enfrentar Palmeiras e Grêmio em casa. Caso não haja alteração de datas, os cariocas enfrentarão a equipe de Abel Ferreira antes de o time alviverde disputar uma eventual final de Libertadores, marcada para 4 de novembro, no Maracanã. O time alvinegro também será o último adversário do Fortaleza antes de uma possível decisão da Sul-Americana no dia 28 de outubro, com a presença dos cearenses. Fortaleza e Corinthians disputam nesta terça uma vaga para a final.

Confira a tabela do Botafogo até o fim do Brasileirão:

25ª rodada: Goiás (casa)

26ª rodada: Fluminense (fora)

27ª rodada: América-MG (fora)

28ª rodada: Athletico-PR (casa)

29ª rodada: Fortaleza (fora)

30ª rodada: Cuiabá (casa)

31ª rodada: Palmeiras (casa)

32ª rodada: Vasco (fora)

33ª rodada: Grêmio (casa)

34ª rodada: Red Bull Bragantino (fora)

35ª rodada: Santos (casa)

36ª rodada: Coritiba (fora)

37ª rodada: Cruzeiro (casa)

38ª rodada: Internacional (fora)

Confira a tabela do Red Bull Bragantino:

26ª rodada: Athletico-PR (fora)

27ª rodada: Santos (fora)

28ª rodada: Fluminense (casa)

29ª rodada: Atlético-MG (casa)

30ª rodada: Flamengo (fora)

31ª rodada: Goiás (fora)

32ª rodada: Corinthians (casa)

33ª rodada: São Paulo (fora)

34ª rodada: Botafogo (casa)

35ª rodada: Internacional (fora)

36ª rodada: Fortaleza (casa)

37ª rodada: Coritiba (casa)

38ª rodada: Vasco (fora)

Confira a tabela do Grêmio até o fim do Brasileirão:

26ª rodada: Internacional (fora)

27ª rodada: Athletico-PR (casa)

28ª rodada: São Paulo (fora)

29ª rodada: Flamengo (casa)

30ª rodada: América-MG (fora)

31ª rodada: Coritiba (fora)

32ª rodada: Bahia (casa)

33ª rodada: Botafogo (fora)

34ª rodada: Corinthians (casa)

35ª rodada: Atlético-MG (fora)

36ª rodada: Goiás (casa)

37ª rodada: Vasco (casa)

38ª rodada: Fluminense (fora)

Confira a tabela do Palmeiras até o fim do Brasileirão:

26ª rodada: Santos (casa)

27ª rodada: Atlético-MG (casa)

28ª rodada: Coritiba (fora)

29ª rodada: São Paulo (casa)

30ª rodada: Bahia (casa)

31ª rodada: Botafogo (fora)

32ª rodada: Athletico-PR (casa)

33ª rodada: Flamengo (fora)

34ª rodada: Internacional (casa)

35ª rodada: Fortaleza (fora)

36ª rodada: América-MG (casa)

37ª rodada: Fluminense (casa)

38ª rodada: Cruzeiro (fora)

O Botafogo não digeriu a derrota para o Atlético-MG por 1 a 0, neste sábado, na Arena MRV, pela 23ª rodada do Brasileirão, muito pela decisão da arbitragem em anular um gol polêmico marcado por Diego Costa, que seria o de empate do clube carioca. A diretoria foi até a coletiva de imprensa do técnico Bruno Laje para criticar a postura dos árbitros. Sobrou até mesmo para a Confederação Brasileira de Futebol (CBF).

"Infelizmente de novo a gente vê um erro capital, inaceitável da arbitragem. Por mais que o assistente Bruno Raphael Pires tenta nos explicar, com toda a educação, não nos convence. Tivemos um lance com o Flamengo em que o gol contra do Marlon não foi anulado mesmo com Bruno Henrique impedido. Nós conversamos com a CBF, e hoje o critério é diferente. Hoje tivemos um gol legal anulado, e a explicação é que o zagueiro se preocupa com Diego Costa. Vocês podem olhar o lance por diversas vezes: o Diego Costa está parado, o zagueiro está marcando o Janderson e tira a bola como tinha que tirar, e a bola sobra no pé do Diego, que faz o gol. Isso é inaceitável. O Botafogo vai brigar até o final no campeonato", disse o diretor executivo de futebol do clube, André Mazzuco.

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O dirigente citou o lance como um "erro capital da arbitragem". "Estou aqui em respeito à direção técnica, aos jogadores e aos torcedores, mas falando que estamos cansados. De repente quem tinha de estar aqui era o Ramon (Abatti Abel, árbitro), Guarizo (Rodrigo, VAR) e o Bruno (Raphael Pires, auxiliar) dando explicação porque sempre nós que temos de vir aqui, botar a cara e reclamar. E é triste porque os clubes têm reclamado em toda rodada, os clubes vão à CBF, e a gente vê que nada acontece. Em toda rodada vamos à CBF e nada acontece. Mais uma vez o Botafogo é prejudicado num erro capital da arbitragem", afirmou.

O coro foi seguido pelo técnico Bruno Lage, que indicou que o Campeonato Brasileiro estaria sendo manipulado para que tenha emoção até o final. O treinador afirmou que "coisas duvidosas" estão acontecendo nas últimas rodadas.

"Reforço a posição do meu diretor e vou meter ainda mais o dedo na ferida. Cheguei aqui há dois meses e sinto que há critérios muito diferentes em outros tipos de jogos. Dá a sensação que se quer que o campeonato continue animado até o fim. Já vi muitos lances de outros VARs em outros jogos com um critério completamente absurdo e, contudo, o que aconteceu nos últimos dois jogos têm nos prejudicado. Lamentavelmente tem acontecido muitos erros e não é só nos nossos jogos. São em outros jogos, o que de alguma forma tem contribuído para que a classificação continue equilibrada. Muitas coisas duvidosas e lances inexplicáveis têm beneficiado e prejudicado equipes", afirmou o treinador.

Bruno Large garantiu que fará o que for preciso para levar o clube até o título brasileiro. Com a segunda derrota consecutiva na competição, o Botafogo viu a vantagem para o Palmeiras cair para sete pontos. O próximo desafio é diante do Corinthians, na sexta-feira, às 20h, na Neo Química Arena.

"Só quero reforçar ainda mais isso: estamos com muita energia. Se tiver que ser contra tudo e contra todos, nós vamos contra tudo e contra todos. Para nos vencer, tem que ser dentro da igualdade. Podem até nos botar num campo de batatas que vamos com tudo. Não podemos ir contra coisas que não controlamos. Tem que haver maior critério. Parece que faz mal ao campeonato que as coisas fossem decididas muito cedo. Reforço é isso: se é contra tudo e contra todos, nós vamos contra tudo e contra todos", afirmou.

DIEGO COSTA RECLAMA AINDA NO GRAMADO

Dentro de campo, Diego Costa já mostrou total irritação com a decisão da arbitragem de anular o gol de empate do Botafogo. O atacante foi falar inúmeras vezes com o árbitro e não o poupou de críticas quando questionado sobre o lance.

"Está claríssimo que foi gol legal. Acho que eles aí meteram a mão na questão da interpretação. Nem pensou, nem olhou muito. Sabemos que para a competição ficar mais atrativa tem que deixar o Botafogo mais próximo dos adversários", disse.

Cenas de violência marcaram as horas que antecedem o jogo entre Flamengo e Botafogo, no Rio de Janeiro, pelo Brasileirão. Neste sábado, antes do clássico marcado para ser disputado no Engenhão, torcedores das duas equipes brigaram nas ruas do bairro da Penha, na capital. A Polícia Civil e o Corpo de Bombeiros foram chamados após o começo da confusão e conseguiram dispersar os torcedores.

De acordo com testemunhas, o confronto entre os torcedores de Flamengo e Botafogo começou perto das 14h20. Durante a briga, um jovem de 19 anos, identificado como Geovani Reis, precisou de atendimento médico. Após a chegada da polícia e dos bombeiros, ele foi levado para o hospital. Não há informação sobre possíveis detidos.

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Vídeos das redes sociais mostram que a briga foi entre integrantes das torcidas organizadas Fúria Jovem, do Botafogo, e Torcida Jovem, do Flamengo. Elas são rivais. Durante o confronto, foram ouvidos tiros e bombas oriundas dos dois lados. Teve correria.

O clássico carioca entre as equipes está marcado para as 21h, no Engenhão, e fecha o dia de partidas pelo Brasileirão. O Botafogo é o líder do campeonato, mas vem de eliminação nas quartas de final da Copa Sul-Americana diante do Defensa y Justicia.

Já o Flamengo tenta diminuir a diferença para o líder e se prepara para a decisão da Copa do Brasil, contra o São Paulo, nos dias 17 e 24 de setembro. A torcida rubro-negra ainda não aceitou a eliminação na Copa Libertadores diante do Olimpia.

O goleiro Bento, do Athletico Paranaense, foi desconvocado da Seleção Brasileira Principal. Foi atestada uma lesão muscular na região posterior da coxa direita. Para o lugar de Bento, o técnico Fernando Diniz convocou o goleiro Lucas Perri, do Botafogo.

O médico da Seleção, Dr. Rodrigo Lasmar, entrou em contato com o departamento médico do clube, que enviou o laudo dos exames, que confirmara a lesão que impede a presença do jogador nas duas primeiras rodadas das Eliminatórias da Copa do Mundo FIFA 2026.

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Perri

Lucas Perri iniciou sua trajetória no futebol com a camisa do São Paulo, sendo campeão nas categorias de base da Copa do Brasil Sub-20 (2015-2016), da Copa Libertadores Sub-20 (2016) e do Campeonato Brasileiro de Aspirantes (2018). Pela Seleção Brasileira o arqueiro conquistou o Torneio de Toulon (2019). 

Emprestado ao Crystal Palace na temporada 2018/19, Perri retornou ao São Paulo e foi parte do elenco Campeão Paulista 2021. No Náutico, o goleiro foi Campeão Pernambucano (2022) e atuou em 44 jogos antes de chegar ao Alvinegro.

Dado Cavalcanti

Quem também foi "convocado" para a seleção foi o pernambucano Dado Cavalcanti, que foi rebaixado com o América de Natal na Série C do Brasileiro. O treinador será um dos auxiliares de Fernando Diniz e estará presente na estreia do Brasil nas Eliminatórias da Copa de 2026 no dia 8 de setembro, no Mangueirão, em Belém, no Pará.

O São Paulo continua sem conseguir vencer no Campeonato Brasileiro. Neste sábado, com outro bom público no Morumbi, o time tricolor jogou com uma formação alternativa e, apesar das entradas de Lucas Moura e Calleri no segundo tempo, empatou sem gols com o líder Botafogo. James Rodríguez fez o primeiro jogo como titular.

Agora são cinco partidas de jejum no Brasileirão para uma equipe que dá prioridade para Copa do Brasil (enfrenta o Flamengo na decisão em setembro) e Sul-Americana (decide vaga na semifinal diante da LDU). A distância para o Botafogo é de 20 pontos neste momento. O líder chegou aos 17 jogos sem perder, soma 48 pontos e mantém boa vantagem na tabela de classificação.

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O primeiro tempo do São Paulo contra o Botafogo foi oposto ao do clássico com o Corinthians. Com três canhotos no meio de campo, entre eles James Rodríguez, e sem Lucas Moura, o time tricolor abriu mão de atuar verticalmente para colocar em ação um futebol mais cadenciado. A maior preocupação era não deixar o perigoso adversário controlar o jogo. Não à toa, foram 65% de posse de bola.

A postura, no entanto, fez o São Paulo criar muito pouco. A melhor chance foi com Juan, aos 10 minutos, quando Lucas Perri foi mais feliz diante do atacante. No restante do tempo, muita troca de passe e pouca efetividade da equipe da casa. O Botafogo jogou no erro do rival e, quando conseguiu retomar o controle da bola no campo de ataque, decidiu rapidamente o lance. Eduardo teve uma chance incrível, mas chutou para fora.

O São Paulo voltou diferente para o segundo tempo. Auxiliar e filho de Dorival Junior, Lucas Silvestre, que comandava o time na suspensão do treinador, colocou Lucas Moura no lugar de James Rodríguez. A intenção, claro, era trazer para o sonolento jogo da etapa inicial o comportamento elétrico do clássico de quarta-feira. Não deu muito certo. O Botafogo cresceu no jogo e teve duas boas chances para abrir o placar.

Lucas Silvestre respondeu colocando em campo outro jogador considerado titular: Calleri. O São Paulo melhorou, mas não o suficiente para superar o líder do Brasileirão, parando em Lucas Perri. Finalista da Copa do Brasil e caminhando na Sul-Americana, o time tricolor faz um Brasileirão irregular e fica cada vez mais distante do pelotão da frente que vai brigar por vaga na Libertadores.

FICHA TÉCNICA

SÃO PAULO 0 X 0 BOTAFOGO

SÃO PAULO - Jandrei; Nathan Mendes, Arboleda, Diego Costa e Welington; Pablo Maia (Luan), Gabriel (Alexandre Pato), Michel Araújo e James Rodríguez (Lucas Moura); Juan (Calleri) e Luciano (Rodriguinho). Técnico: Lucas Silvestre (auxiliar).

BOTAFOGO - Lucas Perri; Di Plácido (JP), Adryelson, Victor Cuesta e Marçal (Hugo); Marlon Freitas, Tchê Tchê e Eduardo; Victor Sá (Júnior Santos), Janderson (Diego Costa) e Luis Henrique (Matías Segovia). Técnico: Bruno Lage.

ÁRBITRO - Ramon Abatti Abel (SC).

CARTÕES AMARELOS - Di Plácido, Luciano, Welington, Tchê Tchê, Diego Costa (São Paulo), Rafinha.

PÚBLICO - 51.946 pessoas.

RENDA - R$ 3.450.135,00.

LOCAL - Morumbi, em São Paulo (SP).

Líder isolado do Campeonato Brasileiro, o Botafogo entra em campo neste sábado, às 21h, diante do Internacional, para completar sua campanha do primeiro turno, podendo inclusive igualar o recorde de pontuação. A partida, a única da 19ª rodada no dia, será realizada no Engenhão, no Rio (RJ).

O Botafogo está invicto na competição há nove jogos, com sete vitórias e dois empates. Isso levou o time a 44 pontos, 13 a mais do que quatro times que somam 31, nesta ordem: Flamengo, Fluminense, Palmeiras e Red Bull Bragantino. O Grêmio, com 30, ainda pode chegar a 33, porque tem um jogo a menos.

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Já campeão simbólico do primeiro turno, o Botafogo mira igualar um recorde que já dura seis anos. A melhor campanha do primeiro turno na ‘era dos pontos corridos’ pertence ao Corinthians, que fez 47 pontos em 2017. Para conquistar o feito, o Botafogo terá apoio total da torcida. O clube não divulgou a quantidade de ingressos, mas todos foram vendidos.

O principal desfalque no Botafogo é o atacante Tiquinho Soares, que lesionou o joelho. Com 13 gols, ele é o artilheiro do campeonato. Se continuar com três atacantes, o técnico Bruno Lage pode escalar Janderson, formando o setor com Júnior Santos e Victor Sá. O restante da escalação deve ser a mesma que empatou sem gols com o Cruzeiro, na ultima rodada, em Minas Gerais.

Lage lamentou a perda de Tiquinho, mas reforçou que a força do Botafogo está no coletivo. "A força do nosso grupo vem da união. Não tem onze titulares, ninguém tem esse ego de ser titular. Todos querem ajudar o Botafogo. Tivemos a perda do Tiquinho agora, mas quem entrar no lugar dele vai dar o melhor. É a união independente do treinador, que chegou para fortalecer. Estamos unidos até o final. Nosso grupo está fechado."

Por outro lado, o Internacional não vence há seis rodadas, sendo quatro empates e duas derrotas. Assim, ocupa a 12ª colocação com 24 pontos. Entretanto, o time ganhou fôlego após eliminar o River Plate nos pênaltis e avançar às quartas de final da Libertadores.

No time gaúcho, o técnico Eduardo Coudet não deve fazer muitas alterações, mas terá os desfalques do volante Johnny e do meia Carlos de Pena, suspensos. Gabriel é o favorito para preencher a primeira vaga, enquanto Maurício e Bruno Henrique disputam a segunda.

Coudet valorizou o feito contra o River Plate e lembrou que o trabalho está apenas no começo. "O torcedor podia confiar que iríamos melhorar. Temos trabalhado forte e respeitando o tempo. É uma troca de maneira de pensar. Não faz três semanas que chegamos. O principal mérito dessa evolução é dos jogadores."

O belga Eden Hazard pode ser novo reforço do Botafogo. De acordo com o jornal espanhol AS, o clube carioca tem conversas com o atleta e apresentou uma proposta para realizar a contratação. O meia-atacante está livre no mercado desde que rescindiu seu vínculo com o Real Madrid, em junho deste ano. Ainda segundo a publicação espanhola, a equipe do Rio está concorrendo com um time da MLS (Liga dos Estados Unidos de futebol) e uma oferta da Arábia Saudita.

Segundo a publicação da Espanha, essa não é a primeira vez que o Botafogo entra em contato com Hazard. John Textor, dono da SAF do clube, já teria feito contato para realizar a contratação na última temporada e não conseguiu êxito. Atuando pelo Real Madrid, o meia-atacante foi quase que descartado pelos treinadores durante todo período. Apesar do status e do alto salário, o belga, de 32 anos, entrou em campo em apenas 76 partidas, marcando sete gols e dando 10 assistências, em cinco temporadas na Espanha.

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O Botafogo não precisa correr contra o tempo para tentar realizar a contratação de Hazard. Por estar sem clube no momento, a possível chegada do atleta não depende do período de transferências no Brasil. Vale destacar que Kylian Hazard, irmão do jogador, atua no RWD Molenbeek, que faz parte da família de clubes que John Textor é dono.

Após a participação na Copa do Mundo de 2022, quando a Bélgica foi eliminada na primeira fase, Hazard anunciou sua aposentadoria da seleção. Um dos maiores nomes de sua geração, o meia-atacante fez parte da equipe nacional desde o sub-15 e comandou a equipe na conquista do terceiro lugar no Mundial de 2018, na Rússia.

"Uma página foi virada hoje. Obrigado por seu amor. Obrigado por seu apoio incomparável. Obrigado por toda essa felicidade compartilhada desde 2008. Resolvi encerrar minha carreira internacional", disse o capitão. "A sucessão está pronta. Vou sentir saudades."

Não teve um torcedor do Botafogo que não sentiu um frio na espinha, quando Tiquinho Soares se machucou, no último domingo (6), no duelo diante do Cruzeiro, no Mineirão. O artilheiro do Brasileirão - com 13 gols - deixou o campo no final da primeira etapa, com dores no joelho.

Nesta segunda-feira, o clube carioca atualizou a situação do atacante, tranquilizando boa parte da torcida, com a notícia de que o craque não precisará ser operado. "O atleta Tiquinho Soares foi submetido a exame de imagem que constatou lesão no ligamento colateral medial do joelho esquerdo. Não há necessidade de cirurgia e o prazo de recuperação será em torno de cinco semanas", informou o Botafogo.

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Com dois gols de Tiquinho Soares e outros dois de Gustavo Sauer, o Botafogo dominou e goleou o Coritiba por 4 a 1, neste domingo, diante de um público recorde de mais 43 mil espectadores no estádio Engenhão, no Rio de Janeiro. Com a vitória nesta 17ª rodada, o líder do Brasileirão manteve a folga na ponta da tabela.

Mais do que isso: a equipe carioca garantiu o título simbólico de campeão do primeiro turno com antecedência. Com 43 pontos, não pode ser mais alcançado nem por Grêmio e nem por Flamengo. E ainda manteve a invencibilidade diante do rival paranaense. A última vez que perdeu para o Coritiba como mandante foi em 2002.

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Outros números positivos do Botafogo: está há 12 jogos invicto somando Brasileirão e Copa sul-americana. A última derrota foi em 3 de junho para o Athletico-PR. O público presente no Engenhão também foi o maior da temporada, com 43.071 torcedores presentes nas arquibancadas. Já o Coritiba viu a invencibilidade de quatro partidas ir embora e se manter dentro da zona de rebaixamento, com 14 pontos.

O jogo começou com novidades no líder. O técnico Bruno Lage preferiu Gustavo Sauer no Júnior Santos. E a alteração deu certo logo de cara. O Botafogo não deu tempo para os visitantes respirarem. Aos 3 minutos, Gustavo Sauer dominou a bola no peito na entrada da área, deixou a bola pingar e acertou o canto direito do gol paranaense.

Aos 9, porém, o time paranaense, que era dominado, encontrou um golaço. Bruno Gomes nem dominou a bola e arriscou da intermediária com um chute balão, que encobriu o goleiro Lucas Perri.

O gol de empate não diminuiu o poder ofensivo do Botafogo. Com Tchê Tchê dominando o meio-campo, o time alvinegro aproveitou o lado esquerdo do ataque, principalmente após o lateral Natanael levar cartão amarelo aos 20 minutos.

Aos 33, o clube carioca contou com o VAR para não levar a virada. Tchê Tchê perdeu a bola no meio-campo, o Coritiba foi para cima e marcou com Robson. O árbitro João Vitor Gobi anulou o gol após checar o lance no vídeo: anotou falta de Diogo Oliveira em Tchê Tchê.

O Botafogo voltou a liderar o placar aos 36, quando Tiquinho Soares subiu mais que a zaga após cobrança de escanteio e cabeceou para as redes. A contagem aumentou aos 48. Victor Sá driblou Natanael duas vezes na lateral esquerda e cruzou na área para Bruno Sauer, que chutou de primeira sem chances para o goleiro Gabriel.

"Demos mole no primeiro gol. E, no (nosso) segundo, não foi falta. Acho que a camisa pesa, porque o Tiquinho fez falta em mim (no lance do segundo gol alvinegro)", afirmou Bruno Gomes, do Coritiba, na saída do campo, em entrevista ao canal Premiere.

Na volta do segundo tempo, os alvinegros não mudaram em nada seu comportamento e o quarto gol não demorou a sair. Aos 6, o Botafogo ampliou novamente com Tiquinho Soares de cabeça após cruzamento de Victor Sá. Com a vantagem, o time carioca praticamente só administrou e o técnico Bruno Lage até trocou todo o seu ataque.

Agora o Botafogo volta a campo na quarta-feira, em casa, contra o Guaraní, do Paraguai, pela ida das oitavas de final da Copa Sul-Americana. No Brasileiro encara no domingo o Cruzeiro, em Belo Horizonte. O próximo duelo do Coritiba será em casa contra o Red Bull Bragantino, no domingo.

FICHA TÉCNICA:

BOTAFOGO 4 X 1 CORITIBA

BOTAFOGO - Lucas Perri; Di Placido, Philipe Sampaio, Victor Cuesta e Marçal; Marlon Freitas, Tchê Tchê (Danilo Barbosa) e Eduardo (Lucas Fernandes); Tiquinho Soares (Janderson), Gustavo Sauer (Matías Segovia) e Victor Sá (Júnior Santos). Técnico: Bruno Lage.

CORITIBA - Gabriel; Natanael (Diogo Batista), Kuscevic, Henrique e Jamerson; Andrey, Bruno Gomes (Lucas Barbosa), Matheus Bianqui (Fransérgio), Marcelino Moreno e Robson (Garcez); Diogo Oliveira (Edu). Técnico: Thiago Kosloski.

GOLS - Gustavo Sauer, aos 3 e aos 48, Bruno Gomes, aos 9, Tiquinho Soares, aos 36 minutos do primeiro tempo. Tiquinho Soares, aos 6 minutos do segundo tempo.

CARTÕES AMARELOS - Natanael, Matheus Bianqui e Robson (Coritiba); Eduardo (Botafogo).

ÁRBITRO - João Vitor Gobi (SP).

RENDA - Não disponível.

PÚBLICO - 43.071 pagantes.

LOCAL - Estádio Engenhão, no Rio de Janeiro (RJ).

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