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A prefeitura de Paris levou a leilão público neste sábado (13) os "cadeados do amor", que durante anos ficaram presos às pontes da capital francesa, deixados por turistas e casais locais e retirados em 2014. Eles agora estão sendo utilizados em prol dos refugiados.

"Há muitos americanos. São grandes apaixonados por Paris, além dos italianos, brasileiros, asiáticos de Taiwan, Coreia do Sul, China e Japão", contou o responsável pelo leilão, Olivier Collin du Bocage, que dirigiu a venda de 165 lotes de cadeados.

O leilão aconteceu no Crédit Municipal de Paris, mas também poderia ser acompanhado pela internet por meio da página Interencheres, ou por telefone. Teve a participação de 400 inscritos, conforme explicado antes do início do evento.

O dinheiro arrecadado pela venda dos 150 conjuntos de cadeados da antiga Pont des Arts de Paris, onde ficavam os cadeados, será destinado a três organizações que trabalham com a acolhida e o acompanhamento dos refugiados em Paris: Solipam, Exército da Salvação e Emmaüs Solidarité.

Alguns lotes chegaram a alcançar entre 1.000 a 2.400 euros.

Gaëlle Salaün, parisiense, comprou um lote por 520 euros, "porque tinha (escrito) um nome em espanhol". "Eu gostei disso. Além de ser a minha contribuição aos refugiados".

"É gratificante, há muita humanidade nisso", declarou feliz Bruno Morel, diretor da Emmaüs Solidarité. A associação dedicará sua parte do dinheiro para construir áreas recreativas para crianças no centro de acolhimento que gere em Ivry-sur-Seine, no sudeste de Paris.

O ato foi atrapalhado, entretanto, por um protesto de dezenas de militantes da ultradireita que entraram rapidamente no evento, em repúdio à arrecadação destinada aos refugiados. Eles foram convidados a se retirar, sem que houvesse conflito.

Centenas de milhares de cadeados foram colocados nos corrimões das pontes de Paris, provocando problemas de segurança e degradadação do patrimônio, antes de serem retirados.

A prefeitura de Paris decidiu vender uma parte desses souvenirs de amor, visando essa ocasião especial.

Empossado no último dia 1º, o prefeito do município de Milagres, na Bahia, César Machado (PP), ainda não conseguiu entrar na sede da prefeitura para iniciar os despachos. Isto porque o ex-prefeito, Raimundo Silva (PSD), mais conhecido como Galego, mandou trancar o prédio com cadeados, correntes e tapumes dias antes de deixar o cargo para impedir que o rival entre nas dependências. Galego alega que o local é de propriedade dele e alugado pela gestão municipal.

Com a atitude, as secretarias municipais precisaram ser realocadas para outros lugares. De acordo com informações fornecidas por Machado a um portal de notícias baiano, as pastas de Administração e Finanças estão funcionando em um prédio que não passa por reforma há 15 anos. Enquanto a secretaria de Saúde foi realocada para salas desativadas de um hospital da cidade. 

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"Não nos foi entregue os documentos importantes e as informações pertinentes para dar continuidade à administração pública, de maneira que prejudicou totalmente a população de Milagres", afirmou César Machado, ponderando que vai denunciar o antecessor ao Ministério Público e solicitar que ele comprove a propriedade dos imóveis.  

Na tentativa de atenuar o som das críticas e melhorar a atmosfera em torno do sistema prisional de Pernambuco, a Secretaria Executiva de Ressocialização (Seres) faz, nesta quarta (20), a entrega de novos investimentos para os presídios do estado. O que chama atenção são os valores dos processos licitatórios. 

Para garantir maior controle das abarrotadas celas e salas das penitenciárias estaduais, o Governo adquiriu 2300 novos cadeados. De acordo com nota oficial encaminhada pela Seres, o processo licitatório foi orçado em R$ 294.400,00. Em um cálculo rápido, chega-se ao valor de R$ 128,00 por cadeado adquirido. 

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Também por meio de licitações, a Secretaria terá 50 novos veículos. O valor do aluguel mensal das 15 vans tipo xadrez será de pouco mais de R$ 128 mil; para o uso dos 35 carros administrativos, cerca de R$ 40 mil por mês serão desembolsados.

De acordo com a Seres, “a nova frota reforçará o transporte dos reeducandos para as audiências de rotina, oferecendo mais segurança assim como dará maior agilidade nas atividades administrativas das unidades”. 

Adeus aos juramentos de amor eterno trancados sobre o rio Sena: a prefeitura de Paris começou a retirar nesta segunda-feira os centenas de milhares de "cadeados do amor" que os casais prendiam na famosa Pont des Arts.

Ponto final para as grades sobrecarregadas de cadeados de todos os tipos e cores. Já não haverá chaves lançadas de modo teatral no rio.

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A passarela respira, libertada de 700.000 a um milhão de objetos metálicos, que pesavam no total 45 toneladas. Há um ano, uma parte da grade desabou, vencida pelo peso do amor.

"Paris deve continuar sendo a capital do amor... Que os casais sigam declarando sua paixão, pedindo em casamento, talvez na Pont des Arts. Mas, por favor, sem colocar cadeados", afirmou Bruno Julliard, vice-prefeito da capital a cargo da Cultura.

Desde a manhã desta segunda-feira, os serviços municipais trabalham na ponte, cortando com serras especiais para metais as grades com cadeados e colocando-as em caminhões.

"Estamos refletindo sobre os possíveis meios de reciclá-los", afirmou Julliard.

O trabalho, que obrigará o fechamento da ponte por uma semana, permitirá que os turistas "recuperem esta magnífica perspectiva".

Efetivamente, a Pont des Artes oferece uma das mais belas vistas da capital francesa, com a perspectiva do rio, do museu do Louvre e das torres da catedral Notre Dame.

As grades serão substituídas por obras de "street art", e depois serão instalados definitivamente painéis de vidro no local.

- As perigosas toneladas do amor -

"Coloquei um cadeado aqui há dez anos", lembra, nostálgico, Feruccio, um italiano de 43 anos que visita Paris com sua esposa.

Para Yilmaz, que prendeu um cadeado em 2010, retirá-los é "como se retirassem o patrimônio de Paris, um patrimônio criado pelo povo". "É uma arte do povo. Isso era bonito", afirma.

Temendo um acidente diante do peso agregado à ponte, duas americanas lançaram em março de 2014 uma petição com o nome "no love locks", que foi assinada por 10.000 pessoas, pedindo a retirada dos cadeados, que "deixavam a ponte feia".

Afirmavam que se tratava de uma "moda horrível e perigosa" que desnaturaliza a "verdadeira Paris" e a transforma em "Disneyland".

Efetivamente, poucos meses depois, em 8 de junho de 2014, uma parte da grade da ponte caiu devido ao peso dos cadeados.

A ponte precisou ser esvaziada e a prefeitura retirou 37 grades, cada uma delas carregada com meia tonelada de cadeados. Uma parte das grades foi substituída por painéis de vidro.

Como alternativa, a prefeitura realizou uma campanha para encorajar os selfies, substituindo os cadeados, e publicá-los, acompanhados da hashtag #lovewithoutlocks.

A moda dos cadeados começou a se propagar em Paris em 2008. Depois da Pont des Arts passou a outras pontes do Sena e inclusive a bairros raramente frequentados pelos turistas.

Vendedores ambulantes e lojas próximas à ponte rapidamente perceberam o negócio e começaram a vender cadeados.

Paris "seguirá retirando um a um todos os cadeados de todas as pontes", promete Julliard.

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