Tópicos | Cânhamo

Compostos de maconha identificados pela pesquisa da Oregon State University, por meio de uma técnica de triagem química, mostram a capacidade de impedir que o vírus que causa o COVID-19 entre nas células humanas.

Os resultados do estudo liderado por Richard van Breemen, pesquisador do Centro Global de Inovação em Cânhamo do Estado de Oregon, Faculdade de Farmácia e Instituto Linus Pauling, foram publicados na última segunda-feira (10) no Journal of Natural Products.

##RECOMENDA##

“A maconha, conhecida cientificamente como Cannabis sativa, é uma fonte de fibras, alimentos e ração animal, e vários extratos e compostos de cânhamo são adicionados a cosméticos, loções corporais, suplementos dietéticos e alimentos”, disse van Breemen.

Van Breemen e colaboradores, incluindo cientistas da Oregon Health & Science University, descobriram que um par de ácidos canabinóides se liga à proteína spike SARS-CoV-2, bloqueando uma etapa crítica no processo que o vírus usa para infectar pessoas.

Os compostos são o ácido canabigerólico, ou CBGA, e o ácido canabidiólico, CBDA, e a proteína spike é o mesmo alvo de drogas usado nas vacinas e na terapia de anticorpos contra a COVID-19.

“Esses ácidos canabinóides são abundantes no cânhamo e em muitos extratos de cânhamo”, disse van Breemen. “Não são substâncias controladas como o THC, o ingrediente psicoativo da maconha, e têm um bom perfil de segurança em humanos. E nossa pesquisa mostrou que os compostos de cânhamo foram igualmente eficazes contra variantes do SARS-CoV-2, incluindo a variante B.1.1.7, que foi detectada pela primeira vez no Reino Unido, e a variante B.1.351, detectada pela primeira vez na África do Sul”.

Essas duas variantes também são conhecidas como variante alfa e beta, respectivamente.

Com informações do EurekAlert

O Congresso dos Estados Unidos aprovou na quarta-feira (12) a legalização do cultivo de cânhamo em grande escala e sua eliminação de uma lista de substâncias controladas.

"Esse é o ponto culminante de muito trabalho de muitos de nós aqui em Washington, mas na realidade a vitória é para os produtores, processadores, fabricantes e consumidores que se beneficiarão deste mercado em crescimento", disse o líder da maioria no Senado, Mitch McConnell.

A medida "legaliza o cânhamo como um produto agrícola" e o remove da lista de substâncias controladas, enquanto permite que os pesquisadores solicitem subsídios federais e tornem o cânhamo elegível para o seguro de cultivos, explicou McConnell.

A medida foi apoiada por republicanos e democratas, que argumentaram que se trata de uma oportunidade para os agricultores americanos.

O projeto de lei foi adotado pela maioria na Câmara de Representantes por 369 contra 47, depois de ser aprovado com folga no Senado (87-13) no dia anterior.

Para entrar em vigor, a lei ainda precisa ser sancionada pelo presidente Donald Trump.

Mais 188 mil pés de maconha foram erradicados na Operação Cânhamo II, da Polícia Federal, realizada entre 25 de maio e 3 de junho , em municípios do Sertão pernambucano. Na primeira fase da operação, ocorrida entre os meses de fevereiro e março, 170 mil pés haviam sido erradicados.

Ao todo, também foram destruídos 80 plantios, 241 mil mudas e 256 kg de maconha pronta. Com a ação, 62 toneladas da droga deixaram de ser produzidas.  A operação aconteceu nos municípios de Orocó, Cabrobró, Santa Maria da Bela Vista, Belém do São Francisco, Mirandiba, Ibimirim, Petrolândia, Afrânio, Dormentes, Carnaubeira da Penha, Floresta, Betânia, Manari e Ilhas do São Francisco.

##RECOMENDA##

[@#video#@]

Foram utilizados 40 policiais entre federais, civis, militares e do corpo de bombeiros. As equipes realizaram incursões terrestres, aéreas e fluviais. 

Segundo a Polícia Federal, durante o ano são feitas entre três e quatro operações de erradicação de maconha, o que faz a oferta da droga diminuir significativamente na capital pernambucana no Agreste e no Sertão. As constantes operações no Sertão não estaria dando tempo dos traficantes produzirem o material em seu pleno desenvolvimento, o que tem levado à importação de maconha do Paraguai.

O governo uruguaio divulgou nesta sexta-feira a regulamentação do cultivo de cânhamo não psicoativo, uma planta utilizada no setor têxtil, na alimentação e na cosmética e cuja exploração foi habilitada há um ano pela lei que regulou o mercado da maconha no país.

O decreto que regulamenta o uso do cânhamo permitirá iniciar este cultivo no país, o primeiro da América do Sul a autorizar o cultivo desta planta - classificada por seus impulsionadores como a "nova soja ecológica" - para uso industrial.

Segundo o decreto publicado no site da Presidência, entende-se por maconha não psicoativa (cânhamo) as plantas ou suas peças que não contenham mais de 1% de tetrahidrocanabinol (THC), o componente psicoativo da maconha; as sementes não poderão superar 0,5% de THC.

O controle destes cultivos estará a cargo do ministério de Gado, Agricultura e Pesca, mas os agricultores também precisarão se inscrever no registro da Cannabis a cargo do Instituto de Regulação e Controle da Cannabis (IRCCA), criado na lei que regulou em dezembro de 2013 todo o mercado da maconha, de sua produção à comercialização.

O ministério "preverá mecanismos que permitam a coexistência da maconha psicoativa e do cânhamo industrial", sustenta o decreto, assinado pelo presidente José Mujica, impulsionador da inédita legalização do mercado da cannabis.

Um ano depois da aprovação da polêmica lei, sua implementação avança de forma lenta, mas segura, com a abertura em agosto do registro de autocultivadores e em outubro de clubes de cultivadores.

O governo ainda tem pendente a regulamentação da venda de maconha em farmácias, com um limite de 40 gramas mensais por usuários.

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando