Os estrangeiros retiraram R$ 249,661 milhões líquidos da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) em setembro, mas não foram os responsáveis pelos maiores resgates. Os investidores que mais sacaram recursos da Bolsa no mês passado foram os institucionais, enquanto as empresas públicas e privadas responderam pela maior parte das compras líquidas.
Os investidores estrangeiros compraram R$ 44,146 bilhões e venderam R$ 44,396 bilhões entre os dias 1º e 30 do mês passado. No último pregão de setembro, sexta-feira passada, esses investidores ingressaram com R$ 413,677 milhões. Nesse dia, o índice Bovespa (Ibovespa) caiu 1,99%, aos 52.324,42 pontos, com giro financeiro de R$ 6,429 bilhões.
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Setembro foi o sexto mês em que o ingresso de investimento dos estrangeiros fechou negativo na Bovespa este ano. No ano, os saques superam a retirada de capital externo na Bolsa em R$ 360,126 milhões.
Os estrangeiros responderam por 16,84% das compras realizadas em setembro na Bovespa, seguidos pelos institucionais, com 16,61%. As pessoas físicas ficaram com 11,51%, as instituições financeiras, com 3,77%, e as empresas públicas e privadas, 1,23%. As empresas foram responsáveis pelo maior saldo positivo em setembro. Esta categoria de investidores entrou com R$ 1,884 bilhão no mês.
No mesmo período, as pessoas físicas ficaram com um saldo de R$ 202,184 milhões líquidos e a categoria "outros", que inclui bolsa de valores, partidos políticos, sindicatos, instituições religiosas e de educação e assistência social, com R$ 46,496 milhões.
Os investidores institucionais, que incluem fundos de previdência, seguradoras e fundos de investimento, entre outros, lideram as saídas neste mês, com saques líquidos de R$ 1,570 bilhão, seguidos pelos estrangeiros, e pelas instituições financeiras (bancos, corretoras, distribuidoras e companhias de leasing), que retiraram R$ 312,401 milhões líquidos da Bovespa nesse período.