Tópicos | Carl Gustav Jung

A identidade, assim como qualquer outra construção social e cultural, é construída a partir de vivências que surgem ainda na infância. Essa construção individual tem relação direta com o mundo exterior, e diante de uma sociedade conectada pelas redes sociais, onde criam-se os perfis virtuais, os usuários podem se distanciar da real personaldade, uma vez que as plataformas permitem se apresentar na web de maneira idealizada.

Perfis no Instagram, Facebook e Twitter podem mostrar personalidades bem distantes do mundo real. "Traços que não aceitamos, características que não gostamos podem ser disfarçadas e 'corrigidas' nas redes sociais", contra o psicólogo clínico Reinaldo Braga. "Nesse processo há um perigo: o que corrigimos no virtual continua a existir no real, o que pode levar a um afastamento das relações pessoais, como vemos em muitos jovens que cultivam mais amigos virtuais do que reais. Afinal, na rede, podemos ser quem quisermos", complementa.

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Neste momento, que surge a perda de identidade, já que as redes, que apresentam e alteram as chamadas imperfeições, seguem uma padronização estética, cultural e até étnica. "Criamos uma projeção do que gostaríamos de ser e negligenciamos quem somos, o que pode acarretar ansiedade e até quadros depressivos a longo prazo", explica Braga.

Segundo o psicólogo, a construção da identidade tem como base as experiências vividas, o contexto social em que se está inserido, com suas normas e leis, e os relacionamentos estabelecidos ao longo da vida. "Nos apresentamos ao mundo, agindo sobre ele, e o mundo age sobre nós, nos moldando", explica. Foi o psicólogo Carl Gustav Jung (1875-1961) estudou e formulou o conceito de persona, que é uma espécie de máscara social usada pelo ser humano em diferentes situações. "Um exemplo disso é a diferença que existe na forma como nos apresentamos no trabalho e em nossas vidas pessoais", complementa Braga.

 

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