Tópicos | Carlos Alberto Santos Cruz

O professor Olavo de Carvalho, considerado uma espécie de guru do presidente Jair Bolsonaro (PSL), afirmou que vai parar de “se meter” na política do Brasil. Desde que Bolsonaro assumiu o comando do país, Olavo vem causando polêmica por seus posicionamentos críticos a alguns integrantes do governo, entre eles os militares, como o ministro da Secretaria do Governo, general Carlos Alberto Santos Cruz, a quem chegou a chamar de fofoqueiro e difamador.

“Eles querem me tirar da parada? Tiraram. Eu vou ficar quietinho agora, não me meto mais na política brasileira. O Brasil escolheu o seu caminho. Escolheu confiar em pessoas que não merecem a sua confiança e, agora, vai se danar”, afirmou em entrevista, nessa quarta-feira (16), ao site Crítica Nacional.

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Olavo disse que a sua participação na política ficou insustentável porque tentaram tapar sua boca e bloquearam, segundo ele, inclusive sua página oficial no Facebook.  Desde o último dia 13, não há publicações nas redes sociais de Olavo. As ferramentas eram usadas por ele como formas de disparar contra os membros do governo Bolsonaro.

"O que eu estou fazendo, estou decidindo hoje, é me ausentar temporariamente do debate político nacional, do dia a dia, das miudezas das política, porque se tornou uma coisa absolutamente insustentável. Tamparam minha boca. Não tem problema. Vocês se virem aí, fiquem com o Santos Cruz”, ironizou.

Ainda na entrevista, Olavo de Carvalho negou que tenha criado grupos com influência no governo de Bolsonaro. "Quem sou eu nessa história toda? Esse grupo olavista jamais existiu. Não existe nada disso. A minha influência é a influência de escritor sobre um público difuso que não tem nenhum contato entre si. Não há organização, não há diálogo, não há membros. O Brasil está vivendo embaixo de uma alucinação, isso virou uma palhaçada", declarou.

O professor Olavo de Carvalho voltou às redes sociais, nesta quarta-feira (8), para alfinetar os militares e pontuou que seu “anjo da guarda” o avisou para não brigar com o ex-comandante do Exército, general da reserva Eduardo Villas Bôas.  

“Os espertinhos quiseram me forçar a puxar briga com o Villas-Boas. O anjo da guarda me avisou para não cair nessa, ou pelo menos para deixar a coisa para mais tarde”, ironizou Olavo.

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O considerado ‘guru’ do presidente Jair Bolsonaro (PSL) também disse que não briga com quem tem doença grave. “Eu não gosto de brigar nem com quem está resfriado, quanto mais com quem está com doença grave”, emendou.

Olavo ainda aproveitou para novamente alfinetar o ministro da Secretaria de Governo, general Carlos Alberto Santos Cruz, dizendo que ele “compete com o Lula em malícia pueril”.

Essa não foi a primeira vez que Olavo comparou Santos Cruz ao ex-presidente Lula. Assim que Villas Bôas veio à público defender o ministro, o professor disse que nem “Lula seria capaz de tamanha baixeza”, mencionando que Santos Cruz teria pedido proteção e estaria se escondendo “por trás de um doente preso a uma cadeira de rodas”.

Olavo de Carvalho tem protagonizado, nos últimos dias, um embate direto contra os militares que fazem parte do governo Jair Bolsonaro e atacado diretamente Santos Cruz, a quem já chamou de fofoqueiro e difamador.

Em defesa do general, Villas Bôas disse nessa segunda (6) que Olavo tinha um “vazio existencial”, “age no sentido de acentuar as divergências” e não compreende os princípios militares.

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) afirmou, nesta terça-feira (7), que a atuação e obra do professor Olavo de Carvalho “contribuiu” para que ele fosse eleito ao comando do país e pontuou que segue admirando-o. Os elogios de Bolsonaro a Olavo surgem um dia depois de o ex-comandante do Exército, general da reserva Eduardo Villas Bôas, rebater os ataques que o professor vinha desferindo contra os militares que integram o governo.

Em publicação nas redes sociais, o presidente destacou que Olavo de Carvalho o ajudou a combater a predominância de uma “esquerda num clima hostil às Forças Armadas e contrária às nossas tradições judaico-cristã” que predominava na Câmara dos Deputados em 1991, quando foi eleito pela primeira vez para um mandato de deputado federal.

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“Olavo, sozinho, rapidamente tornou-se um ícone, verdadeiro fã para muitos. Seu trabalho contra a ideologia insana que matou milhões no mundo e retirou a liberdade de outras centenas de milhões é reconhecida por mim”, salientou Bolsonaro.

“Sua obra muito contribuiu para que eu chegasse no Governo, sem a qual o PT teria retornado ao Poder. Sempre o terei nesse conceito, continuo admirando o Olavo”, acrescentou.

Olavo é considerado uma espécie de ‘guru’ do presidente e as afirmativas desta terça reforçam a tese. O professor tem protagonizado, nos últimos dias, um embate direto contra os militares que fazem parte do governo e atacado diretamente o ministro da Secretaria de Governo, general Carlos Alberto Santos Cruz, a quem chamou de fofoqueiro e difamador.

Em defesa do general, Villas Bôas disse nessa segunda (6) que Olavo tem um “vazio existencial”, “age no sentido de acentuar as divergências” e não compreende os princípios militares.

A divergência, contudo, não tirou o prestígio de Olavo diante de Bolsonaro, instaurando uma nova crise na gestão. Ao tratar da discussão, o presidente disse que também admira os militares e espera uma “bandeira branca”.

“Quanto aos desentendimentos ora públicos contra militares, aos quais devo minha formação e admiração, espero que seja uma página virada por ambas as partes”, afirmou.

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