Tópicos | Eduardo Villas Bôas

Um amigo e colega de turma do general Eduardo Villas Bôas na Academia Militar das Agulhas Negras foi implicado na investigação da Polícia Federal (PF) sobre o esquema clandestino de espionagem que teria sido montado na Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante o governo do ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL).

O general Luiz Roberto Peret foi apontado como intermediário da venda de sistemas de inteligência ao Exército quando Villas Bôas ainda comandava a instituição.

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Um dos softwares é o First Mile, que teria sido usado pela Abin para monitorar ilegalmente autoridades e jornalistas.

A informação foi divulgada pela Folha de S.Paulo e confirmada pelo jornal O Estado de S. Paulo. A reportagem busca contato com Peret.

Ele foi citado no depoimento prestado por Caio Cesar dos Santos Cruz, filho do general Santos Cruz, à Polícia Federal.

O filho de Santos Cruz trabalhou como representante da empresa de tecnologia Verint Systems.

Ele narrou que Luiz Roberto Peret também foi contratado pela companhia e tinha como atribuição "auxiliar nas negociações técnicas e comerciais de alto nível". "Atuava nas tratativas com altos escalões", narrou à PF. "Trata-se de pessoa honesta."

A empresa fechou um contrato de US$ 10,8 milhões com o Exército, sem licitação, em outubro de 2018, na esteira da intervenção federal na Segurança Pública do Rio de Janeiro (governo Michel Temer).

O software já vinha sendo usado na preparação de grandes eventos, como as Olimpíadas, e teria sido "recomprado" pelos militares, segundo o depoimento.

Caio Santos Cruz foi alvo de buscas na Operação Última Milha, deflagrada em outubro pela Polícia Federal para aprofundar a investigação sobre a Abin. Policiais também vasculharam e apreenderam documentos na sede da agência.

O modus operandi narrado pelo filho de Santos Cruz no depoimento é semelhante ao que vem sendo apurado pela PF na Operação Perfídia, que investiga a compra de coletes balísticos e carros blindados pelo gabinete da intervenção na Segurança do Rio.

General reformado do Exército, Luiz Roberto Peret passou para a serva em 2007. Hoje tem uma empresa de consultoria, a Peret Consultoria, em sociedade com o coronel da reserva Helcio Bruno de Almeida, que foi indiciado na CPI da Covid.

COM A PALAVRA, LUIZ ROBERTO PERET E EDUARDO VILLAS BÔAS

A reportagem do Blog do Fausto Macedo busca contato com os generais. O espaço está aberto para manifestação.

Um aplicativo de software permite que o general da reserva Eduardo Villas Bôas, de 68 anos, se mantenha ativo nas redes sociais e participe de conversas com a família e amigos. Com uma doença neuromotora que lhe tirou a voz e o controle da musculatura, o ex-comandante concedeu a entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo recorrendo apenas ao movimento dos olhos. A conversa de quase duas horas ocorreu em sua casa no Setor Militar Urbano, em Brasília.

Na manhã e começo da tarde dessa quinta-feira (2), ele ouvia, sentado em uma cadeira, as perguntas da reportagem e, diante de um iPad instalado numa estrutura à altura de seu rosto, escolhia, numa leitura de íris, as letras na tela para formar frases. Formadas as sentenças, uma voz de robô, emitida do aparelho, pronunciava as suas respostas.

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Ele passou a usar o aplicativo após uma traqueostomia, realizada em outubro passado. "Me sinto muito melhor agora com essa possibilidade de me comunicar", disse. "Ficar sem poder falar é muito ruim."

Vestido com uma camisa do Internacional, de Porto Alegre, o gaúcho de Cruz Alta e ex-comandante do Exército estava bem disposto e bem-humorado. Procurou refletir a cada resposta dada. Foi assim, sempre, ao longo da carreira, que incluiu, além do Comando do Exército, de 2015 a 2019, o Comando Militar da Amazônia, entre 2003 e 2005, e adido militar em Pequim, nos anos 1980.

A doença chegou quando Villas Bôas estava à frente do Exército. Não impediu, no entanto, que ele continuasse no cargo e até aderisse às redes sociais. Desde 2018, as postagens do general no Twitter têm provocado reações na política e, quase sempre, apoio dentro das Forças Armadas.

Ao fim da entrevista de ontem, o general disse que está atento às recomendações de combate à pandemia do coronavírus. "Estou me protegendo. Se o vírus me pegar, me leva", afirmou, rindo. 

Na manhã da última segunda-feira, dia 30, um comboio de carros blindados estacionava em frente a uma casa no Setor Militar Urbano, em Brasília. O presidente Jair Bolsonaro chegava para uma visita inesperada ao general da reserva Eduardo Villas Bôas. O encontro durou poucos minutos, mas foi o suficiente para Bolsonaro receber o apoio público de uma figura que tem forte influência nas Forças Armadas.

Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, Villas Bôas avaliou que Bolsonaro acha que "todo mundo" está contra ele. O ex-comandante do Exército afirmou que o panelaço e a economia preocupam, mas disse acreditar que, ao final, o presidente sairá por cima, e o Brasil vai se recuperar.

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O presidente agiu errado em falar que o coronavírus é uma gripezinha?

Ele disse isso, naquele momento, para tentar tranquilizar o País. Mas não é uma gripezinha.

Na manhã de segunda-feira, o presidente esteve na casa do senhor. À tarde, o senhor publicou no Twitter um post de apoio a ele. Ele pediu seu apoio?

Eu já estava pensando em me manifestar. Ele pediu o meu apoio e eu achei oportuno me posicionar e dizer às pessoas qual é a lógica da sua atuação. Pode-se discordar do presidente, mas sua postura revela coragem e perseverança nas suas próprias convicções. Mas ele não pediu isso explicitamente.

O presidente está precisando de apoio neste momento?

Eu acho que o problema para ele é que está todo mundo contra ele. A mídia, principalmente. Nacional e internacional.

Ele perdeu apoio da área militar?

Não.

Mas o presidente mudou o discurso na última terça-feira.

Não foi por minha causa. Mudou por ele. Por ele, eu acho.

Mudar o tom do discurso e falar de forma mais conciliatória foi positivo?

Esta é a linha ideal.

Panelaços mostram que ele perdeu apoio?

Particularmente me preocupo com os panelaços. Pode significar perda de apoio. Isso psicologicamente é negativo.

A atuação dele na pandemia compromete uma reeleição?

Está muito cedo para falar de reeleição. Mas panelaços podem demonstrar uma perda de apoio, embora estejam concentrados nos grandes centros.

O presidente está isolado politicamente? Ele se sente isolado?

Não sei. Isso muda muito conforme as circunstâncias.

A decisão do presidente de não endossar o discurso do Ministério da Saúde pró quarentena vai custar caro a ele?

Acho que essa percepção é temporária. Eu acho que ao final, ele vai sair por cima.

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), que apoiava o presidente, disse que o gabinete do ódio, formado inclusive pelos filhos de Bolsonaro, atrapalha o governo. O grupo e os filhos atrapalham o presidente?

Não comento.

Os filhos do presidente têm uma desconfiança muito grande em relação aos militares, particularmente em relação ao vice Hamilton Mourão. Isso mudou?

Não tem motivo para ter qualquer desconfiança do Mourão. Mourão tem sido um ponto de equilíbrio. Ele é leal ao presidente.

As pessoas criticam o que chamam de radicalismo do presidente. A democracia em algum momento foi ameaçada?

O presidente tem uma maneira de ser que pode colocar as pessoas na defensiva. Mas, em nenhum momento, ele feriu a Constituição. Ele é um democrata. Um aspecto importante é que as pessoas não estavam acostumadas a ver, com tanta contundência, alguém se contrapor ao pensamento que predominava.

Há uma tutela branca no presidente Bolsonaro pelos ministros mais próximos agora, como Braga Netto, da Casa Civil, e Luiz Eduardo Ramos, da Secretaria de Governo?

Ninguém tutela o presidente.

Como avalia a guerra entre governadores e o presidente?

Cada um tem de fazer a sua parte e não tem de ficar polemizando. A virtude sempre está no meio. Mas tem havido muito oportunismo político. Não quero nominar. Estou falando em geral.

Depois da pandemia, qual a postura que o presidente tem de adotar em relação aos outros Poderes?

Conciliação. Precisamos buscar harmonia.

Como o País vai sair dessa crise? Como se reconstrói um país depois de uma pandemia, com tanta morte e tanto problema econômico?

Eu creio que, talvez não em aspectos concretos como a economia em geral, mas psicologicamente, vamos sair fortalecidos. Certamente teremos problemas na economia, mas sairemos fortalecidos psicologicamente. Assim como nas guerras, vamos sair com disciplina social, espírito de solidariedade, sentimento pelo País e respeito às instituições.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O professor Olavo de Carvalho voltou às redes sociais, nesta quarta-feira (8), para alfinetar os militares e pontuou que seu “anjo da guarda” o avisou para não brigar com o ex-comandante do Exército, general da reserva Eduardo Villas Bôas.  

“Os espertinhos quiseram me forçar a puxar briga com o Villas-Boas. O anjo da guarda me avisou para não cair nessa, ou pelo menos para deixar a coisa para mais tarde”, ironizou Olavo.

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O considerado ‘guru’ do presidente Jair Bolsonaro (PSL) também disse que não briga com quem tem doença grave. “Eu não gosto de brigar nem com quem está resfriado, quanto mais com quem está com doença grave”, emendou.

Olavo ainda aproveitou para novamente alfinetar o ministro da Secretaria de Governo, general Carlos Alberto Santos Cruz, dizendo que ele “compete com o Lula em malícia pueril”.

Essa não foi a primeira vez que Olavo comparou Santos Cruz ao ex-presidente Lula. Assim que Villas Bôas veio à público defender o ministro, o professor disse que nem “Lula seria capaz de tamanha baixeza”, mencionando que Santos Cruz teria pedido proteção e estaria se escondendo “por trás de um doente preso a uma cadeira de rodas”.

Olavo de Carvalho tem protagonizado, nos últimos dias, um embate direto contra os militares que fazem parte do governo Jair Bolsonaro e atacado diretamente Santos Cruz, a quem já chamou de fofoqueiro e difamador.

Em defesa do general, Villas Bôas disse nessa segunda (6) que Olavo tinha um “vazio existencial”, “age no sentido de acentuar as divergências” e não compreende os princípios militares.

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) afirmou, nesta terça-feira (7), que a atuação e obra do professor Olavo de Carvalho “contribuiu” para que ele fosse eleito ao comando do país e pontuou que segue admirando-o. Os elogios de Bolsonaro a Olavo surgem um dia depois de o ex-comandante do Exército, general da reserva Eduardo Villas Bôas, rebater os ataques que o professor vinha desferindo contra os militares que integram o governo.

Em publicação nas redes sociais, o presidente destacou que Olavo de Carvalho o ajudou a combater a predominância de uma “esquerda num clima hostil às Forças Armadas e contrária às nossas tradições judaico-cristã” que predominava na Câmara dos Deputados em 1991, quando foi eleito pela primeira vez para um mandato de deputado federal.

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“Olavo, sozinho, rapidamente tornou-se um ícone, verdadeiro fã para muitos. Seu trabalho contra a ideologia insana que matou milhões no mundo e retirou a liberdade de outras centenas de milhões é reconhecida por mim”, salientou Bolsonaro.

“Sua obra muito contribuiu para que eu chegasse no Governo, sem a qual o PT teria retornado ao Poder. Sempre o terei nesse conceito, continuo admirando o Olavo”, acrescentou.

Olavo é considerado uma espécie de ‘guru’ do presidente e as afirmativas desta terça reforçam a tese. O professor tem protagonizado, nos últimos dias, um embate direto contra os militares que fazem parte do governo e atacado diretamente o ministro da Secretaria de Governo, general Carlos Alberto Santos Cruz, a quem chamou de fofoqueiro e difamador.

Em defesa do general, Villas Bôas disse nessa segunda (6) que Olavo tem um “vazio existencial”, “age no sentido de acentuar as divergências” e não compreende os princípios militares.

A divergência, contudo, não tirou o prestígio de Olavo diante de Bolsonaro, instaurando uma nova crise na gestão. Ao tratar da discussão, o presidente disse que também admira os militares e espera uma “bandeira branca”.

“Quanto aos desentendimentos ora públicos contra militares, aos quais devo minha formação e admiração, espero que seja uma página virada por ambas as partes”, afirmou.

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Ex-comandante do Exército, o general da reserva Eduardo Villas Bôas rebateu, nesta segunda-feira (6), os ataques do professor Olavo de Carvalho aos militares que integram o governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL). Villas Bôas não poupou o considerado ‘guru’ de Bolsonaro e disse que ele tem demonstrado “total falta de princípios básicos de educação, respeito, humildade e modéstia".

"Mais uma vez, o senhor Olavo de Carvalho, a partir de seu vazio existencial, derrama seus ataques aos militares e às FFAA [Forças Armadas], demonstrando total falta de princípios básicos de educação, respeito, humildade e modéstia", escreveu Villas Bôas em publicação no Twitter.

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Aprofundando a crítica, o ex-comandante do Exército também comparou Olavo ao intelectual que as ideias basearam a implantação do comunismo na Rússia, Leon Trótski.

"Verdadeiro Trótski de direita, não compreende que substituindo uma ideologia pela outra não contribui para a elaboração de uma base de pensamento que promova soluções concretas para os problemas brasileiros”, alfinetou Villas Bôas.

O militar completou que o professor “age no sentido de acentuar as divergências nacionais no momento em que a sociedade brasileira necessita recuperar a coesão e estruturar um projeto para o país”.

E diante dos últimos ataques diretos de Olavo ao ministro da Secretaria de Governo, general Carlos Alberto Santos Cruz, Villas Bôas argumentou ainda que o pensador não compreende os princípios militares. “A escolha dos militares como alvo é compreensível por sua impotência diante da solidez dessas instituições e a incapacidade de compreender os valores e princípios que as sustentam”, disse.

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O General Eduardo Villas Bôas, assessor especial do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) do Planalto, se juntou a outros militares do governo para criticar o escritor Olavo de Carvalho, que tem protagonizado embates com membros do governo.

"Acho extremamente lamentável uma pessoa inteligente e culta que se desqualifica pela maneira como se expressa. A partir daí ele não deve ser levado em consideração", declarou Villas Bôas, após participar de sessão em homenagem ao Dia do Exército na Câmara.

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O assessor, que é ex-comandante do Exército, citou que já foi alvo de críticas de "baixo calão" por parte de Olavo de Carvalho.

Por 13 votos a 12, o Plenário da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) reprovou, nessa terça-feira (10),  um Voto de Protesto à manifestação do comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas sobre o julgamento do habeas corpus do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que aconteceu na última quarta-feira (4). Villas Bôas disse, em publicação no Twitter, que o Exército "se mantém atento às suas missões institucionais" e repudiava à impunidade. Manifestação foi encarada no meio político como uma ameaça a democracia.

O requerimento foi apresentado pela Comissão de Cidadania, que decidiu pela medida na semana passada, por considerar o fato uma intimidação à mais alta Corte do País. Presidente do colegiado, Edilson Silva (PSOL) lamentou o resultado da votação no Plenário. “Este Poder Legislativo se apequenou e ficou de joelhos ao poder das armas. Não se conquista a liberdade e a democracia com posturas covardes”, afirmou.

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Antes da votação, integrantes da Comissão que não participaram da reunião em que se decidiu pela proposta pediram que a matéria fosse retirada da pauta da Ordem do Dia. André Ferreira (PSC), Pastor Cleiton Collins (PP) e Adalto Santos (PSB) argumentaram que a medida não representava todos os membros do colegiado. Edilson Silva não acatou a sugestão e a votação aconteceu.

Durante a discussão, Henrique Queiroz (PR) e Alberto Feitosa (SD) destacaram ser contrários ao mérito da proposição. “Não enxergo ameaça às instituições. O general disse que o Exército tinha o dever de manter a democracia”, observou Queiroz. Romário Dias (PSD) e Rodrigo Novaes (PSD) consideraram problemáticas as declarações, mas opinaram contra a aprovação do Voto de Protesto pelo ocorrido.

Já Teresa Leitão (PT) defendeu que o requerimento fosse acatado. Para a petista, as afirmações de Villas Bôas abriram “um flanco gravíssimo” para que outros oficiais se manifestassem de maneira truculenta. “A atribuição constitucional das Forças Armadas não é se meter em assuntos da seara do STF”, frisou. Waldemar Borges (PSB) e Sílvio Costa Filho (PRB), também entre os vencidos, posicionaram-se no mesmo sentido.

*Da Alepe

Humberto Costa (PT-PE) participou nesta quarta-feira (4), das manifestações na Esplanada dos Ministérios em defesa do ex-presidente Lula. Em discurso aos manifestantes, o senador expressou sua revolta com as declarações do general Eduardo Villas Bôas, afirmando que é irresponsável manifestar posições que piorem o clima de instabilidade do país.

O petista disse que as afirmações do general interessam apenas aos que não querem o cumprimento da Constituição e aos que propagam o caos no país. “Eu espero que o Supremo assuma o seu papel soberano, que aqueles onze ministros que estão lá tenham consciência do que é o seu papel institucional e constitucional, cumprindo com a sua responsabilidade de ser guardião da democracia”, pontuou o senador.

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Humberto avalia que há uma tentativa de pressionar a Corte, e que a “caçada” política pela prisão de Lula não tem nenhuma contribuição para construir um ambiente democrático.

Por Fabio Filho 

O deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ) classificou as mensagens do comandante do Exército, o general Eduardo Villas Bôas, como uma espécie de “chantagem” ao Supremo Tribunal Federal (STF). Às vésperas do julgamento do habeas corpus do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Villas Bôas disse, em publicação no Twitter, que o Exército "se mantém atento às suas missões institucionais" e repudia a impunidade. 

"As mensagens são graves demais, são uma chantagem ao Supremo Tribunal Federal, talvez a maior chantagem desde a ditadura", avaliou Jean Wyllys. "Não é papel de um comandante do exército fazer chantagem para fazer valer sua decisão e suas posições ideológicas”, completou. 

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O parlamentar do PSOL disse também que  o general promove um "estímulo ao caos social". “Todos nós que defendemos a democracia temos que repudiar essa atitude ilegal e ficar ao lado da presunção de inocência”, salientou, lembrando que o “Congresso ainda não foi fechado, os 513 deputados e 81 senadores eleitos tem que ser respeitados". 

O comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, publicou duas mensagens na sua conta do Twitter, na noite desta terça (3), para declarar repúdio à impunidade no país. Nos textos, o general diz que a Constituição deve ser respeitada e que o Exército compartilha dos anseios da sociedade.

"Asseguro à Nação que o Exército brasileiro julga compartilhar o anseio de todos os cidadãos de bem de repúdio à impunidade e de respeito à Constituição, à paz social e à democracia, bem como se mantém atento às suas missões institucionais. Nessa situação que vive o Brasil, resta perguntar às instituições e ao povo quem realmente está pensando no bem do país e das gerações futuras e quem está preocupado apenas com interesses pessoais?", disse o comandante nas publicações.

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A declaração foi realizada na véspera do julgamento, no Supremo Tribunal Federal (STF), do habeas corpus do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O comandante do Exército, General Eduardo Villas Bôas, usou sua conta oficial no Twitter para demonstrar preocupação com a frequente solicitação de intervenções das Forças Armadas pelos Estados em operações de segurança pública. Atualmente, as Forças Armadas estão nas ruas do Rio Grande do Norte, que enfrenta greve de policiais militares e civis.

"Preocupa-me o constante emprego do @exercitooficial em 'intervenções' (GLO) nos Estados. Só no Rio Grande do Norte, as Forças Armadas já foram usadas 3 vezes, em 18 meses. A segurança pública precisa ser tratada pelos Estados com prioridade 'zero'. Os números da violência corroboram as minhas palavras", afirmou o general, em postagem publicada no começo da noite deste sábado, dia 30.

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No mesmo dia, o ministro da Defesa, Raul Jungmann, lançou em Natal a "Operação Potiguar III" para garantir a lei e a ordem no Estado. O ministro enviou reforço para o policiamento ostensivo de 2,8 mil militares de Exército, Marinha e Aeronáutica.

Desde o início da greve no Rio Grande do Norte, no dia 19 de dezembro, a média diária de homicídios subiu de 4,83 para 7,25 e o número de crimes violentos letais intencionais cresceu 40,32%, chegando a 87 até este sábado.

Na mensagem do Dia do Exército, comemorado nesta terça-feira, 19, o comandante da Força, general Eduardo Villas Bôas, disse acreditar no funcionamento das instituições. Segundo ele, o Exército, "na condição de instituição de Estado, em meio à crise que assola o País, norteia-se pela preservação da estabilidade e da paz social, pela crença de serem condições essenciais para que as instituições, no exercício legítimo de suas competências, delineiem os rumos a seguir".

O general destacou que "nos dias de hoje", o Exército "não se deixa abater pelas dificuldades materiais impostas por restrições orçamentárias e salários defasados, que não condizem com a nobreza da profissão". Ele disse ainda que as Forças Armadas possuem altos "índices de confiabilidade e credibilidade" conferidos pela população do País e que o Exército é feito "de brasileiros portadores da simplicidade própria dos que têm a vocação de servir e da grandeza dos que se orgulham da profissão de soldado".

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Apesar de ser a principal data do Exército, nem a presidente Dilma Rousseff, nem o vice Michel Temer compareceram à solenidade, que foi comandada pelo ministro da Defesa, Aldo Rebelo. Em seu discurso, Rebelo, ressaltou que esta era a celebração "da data magna de uma instituição que, assim como a Marinha e a Aeronáutica, é desprovida de qualquer busca por protagonismo fácil no cenário político institucional".

Dilma encaminhou uma mensagem destacando que "as brasileiras e brasileiros sabem que podem contar com o Exército brasileiro". "Saibam que o País é extremamente grato a vocês pela permanente demonstração de abnegação, de confiabilidade e de eficiência no cumprimento do seu dever constitucional." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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