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Carrie Frances Fisher (1956-2016) sempre esteve cercada por artistas. Filha do cantor Eddie Fisher e da atriz Debbie Reynolds, ela teve o apoio da família para seguir a carreira de atriz. Em 1975, depois de estudar na London’s Central School of Speech and Drama por um ano e meio, Carrie fez sua estreia no cinema com a comédia "Shampoo" (1975).

Apenas dois anos depois, Fisher atuou no filme que a eternizaria: Guerra nas Estrelas (1977), que ajudou a construir o nome da atriz que interpretou a Princesa Leia Organa, ao lado de Mark Hamill e Harrison Ford. Em 1980, ela esteve na continuação de Star Wars, “O Império Contra Ataca” (1980) e atuou ao lado de John Belushi em “Os Irmãos Cara de Pau” (1980).

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Na época, Fisher tinha sérios problemas com drogas e sabe-se que Belushi, que faleceu aos 33 anos por conta de uma overdose, era um companheiro de vícios. A atriz era usuária de álcool, maconha e cocaína. "Eu nem sequer gostava de cocaína, era apenas um questão de entrar em qualquer trem que eu precisasse para ficar 'alta'", disse ela tempos depois.

Além disso, Carrie foi diagnosticada com transtorno bipolar, mas sempre falou abertamente sobre o assunto. Em seus últimos anos, Fisher tinha um animal de apoio emocional, um Bulldog francês chamado Gary, que ela levava para inúmeras aparições e entrevistas.

OUTRAS PARTICIPAÇÕES

Além de atriz e roteirista, Carrie também trabalhava melhorando os textos de outros escritores. Tudo começou com pequenos ajustes em falas de personagens que interpretava. Até que, no início dos anos 1990, ela foi convidada por George Lucas a ajudar na escrita do roteiro de "O Jovem Indiana Jones" e, mais tarde, esteve envolvida com os Episódios I (1999), II (2002) e III (2005) de Star Wars e "Hook - A Volta do Capitão Gancho" (1991), quando escreveu cenas cômicas para Sininho, interpretada por Julia Roberts.

Em 2015, ela participou da volta de Star Wars às telonas com o filme “Despertar da Força” (2015), dessa vez dirigida por J.J. Abrams e renomeada como General Leia. No ano seguinte, Fisher lançou sua autobiografia, “Memórias da Princesa”, em que revelou seu caso com o ator Harrison Ford, durante as filmagens do primeiro filme de Star Wars.

Carrie Fisher faleceu no dia 27 de dezembro de 2016, aos 60 anos de idade, depois de sofrer as complicações de um ataque de coração sofrido quatro dias antes, durante numa viagem de avião de Londres para Los Angeles. Sua mãe, Debbie Reynolds (84), sofreu um derrame cerebral um dia depois de sua morte e também não resistiu. Antes de morrer, a atriz gravou suas últimas cenas como Leia para o Episódio VIII de Star Wars. 

A nostalgia vai desembarcar nas salas de cinema do Cinemark. A partir do dia 4 de julho será dada a largada para a oitava temporada dos Clássicos Cinemark. Em cartaz, títulos que caíram nas graças dos expectadores entre as décadas de 1940 e 1990. A abertura da programação será com o filme O Silêncio dos Inocentes, estrelado por Jody Foster, em 1991. Na semana seguinte, entra em cartaz Cidadão Kane (1941), que foi o primeiro longa-metragem de Orson Welles e conquistou indicação em nove Oscars. 

Os amantes do terror vão ter a oportunidade de rever no cinema o clássico do gênero nos anos 70: Carrie, a Estranha. O longa será exibido na terceira semana dos Clássicos do Cinemark.  Sucesso na década de 80, o filme E.T. – o Extraterrestre, de Steven Spielberg, volta às telonas. O filme será substituído por Clube dos Cinco (1985)  e Top Gun: Ases Indomáveis (1986), respectivamente.

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Os Clássicos do Cinema ficam em cartaz até o dia 12 de agosto. Os filmes serão nos 54 cinemas da rede, espalhados em diversas cidades brasileiras. Na capital pernambucana, o público pode conferir a programação nas salas do Cinemark do Shopping Rio Mar. Os ingressos custam R$14, com opção de meia-entrada e podem ser adiquiridos na bilheteria do cinema ou através do site oficial do Cinemark. 

4, 5 e 8 de julho

O Silêncio dos Inocentes (118 minutos), de Jonathan Demme 

A agente do FBI Clarice Starling (Jody Foster) recebe um caso em que tem que encontrar e capturar um cruel assassino que arranca a pele de suas vítimas, todas mulheres, e deixa casulos de mariposas dentro de seus corpos. Sem saber muito bem por onde começar, ela procura a ajuda do psicopata Hannibal Lecter (Anthony Hopkins), condenado por assassinato e acusado de canibalismo.

11, 12 e 15 de julho

Cidadão Kane (119 minutos), de Orson Welles

O jornalista Jerry Thompson (William Alland) é escalado por seu chefe para investigar a vida de Charles Foster Kane (Orson Welles) após sua morte. O filme então acompanha a trajetória de Kane, um menino pobre que acaba se tornando um grande magnata do jornalismo e um dos homens mais ricos do mundo.

18, 19 e 22 de julho

Carrie, a Estranha (98 minutos), de Brian de Palma

Carry White (Sissy Spacek) foi  criada praticamente isolada da sociedade por sua mãe religiosa, Margareth (Piper Laurie). Depois de caçoar de Carrie com outros colegas, Sue Snell (Amy Irving) se arrepende do que fez e pede a seu namorado, Tommy Ross (William Katt), que convide a garota para a festa do colégio. Chris Hargenson (Nancy Allen), proibida de ir ao baile, prepara uma surpresa para ridicularizarCarrie em público. Ninguém imaginava, no entanto, que a menina tinha poderes paranormais, que usaria em sua vingança.

25, 26 e 29 de julho 

E.T. – O Extraterrestre (115 minutos), de Steven Spielberg

Depois de se perder sozinho na Terra, um alienígena acaba fazendo amizade com Elliott (Henry Thomas). O menino faz de tudo para ajudar o novo amigo e o protege dos agentes do FBI, que querem transformá-lo em cobaia.

1, 2 e 5 de agosto

Clube dos Cinco (97 minutos), de John Hughes

Depois de quebrarem algumas regras na escola, cinco adolescentes são obrigados a passar o sábado na detenção para escrever uma redação de mais de mil palavras sobre o que eles pensam de si mesmos. Apesar de muito diferentes, conforme o dia passa, os cinco vão se conhecendo melhor e acabam se tornando amigos.

8, 9 e 12 de agosto

Top Gun: Ases Indomáveis (110 minutos), de Tony Scott

Pete “Maverick” Mitchell (Tom Cruise) é um jovem piloto da marinha americana que participa de um curso da Academia Aérea para se tornar piloto de caça. Lá, ele se envolve com uma das instrutoras, Charlotte Blackwood (Kelly McGillis) e cria uma rivalidade com Ice (Val Kilmer), outro aluno da Academia.

Serviço

8º edição dos Clássicos Cinemark 

Cinemark Rio Mar (Av. República do Líbano, 251 - Pina)

R$ 14 (inteira) e R$7 (meia)

A crise de criatividade do chamado grande cinema não cessa. Depois de centenas de adaptações de livros, quadrinhos e continuaçōes, os pesadelos de uma geração são revisitados em Carrie - a estranha, o filme de terror da geração do iPhone. Acaba por transfomar um dos filmes de terror mais aclamados dos anos 70 numa peça de cinema supreendentemente higiênica.

O filme é um remake do primeiro sucesso de bilheteria do agora aclamado diretor Brian de Palma (Missão impossível, Sexo mentiras e Videotape, Femme Fatale), Carrie a estranha(1976). Numa época tão marcada pela ideia de bullying, assistir a um filme como Carrie gera imediatamente uma certa empatia. A história de uma menina outsider e retraída devido a criação de uma mãe ultra religiosa e punidora (Julianne Moore, brilhante), Carrie nos mostra que o mal não possui idade ou rosto feio, mas possui acesso às redes sociais. Com a chegada da primeira menstruação da tímida menina, também se manifestam os primeiros sinais de uma força oculta e atemorizante contra aqueles que lhe fizeram mal. Mas a simpatia acabar por aí.

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A direção da diretora Kimberly Pierce (Garotos não choram) dá um toque diferente da história original de De Palma. É um filme mais explicativo, menos apelativo do que o original, com menos nudez e, supresa, menos sangrento. A cena inicial de quando Carrie tem seu primeiro sangramento menstrual tem sua crueldade aumentada pela gravação e divulgação das imagens via youtube, uma cena crível, bem feita e perturbadora. Mas, de todo, é um filme muito mais bem comportado que o original, ainda que mais cruel, sangue de porco presente ou não.

Parte do problema é a seleção da atriz principal. Chloe Grace Moretz (Kickass) não tem um pingo de cara de vítima, algo essencial na personagem de Stephen King. O domínio preciso da telecinese de Carrie na história transforma o novo filme em algo mais como um conto de vingança e catarses de todos os abusos e bullyings. É uma oposição ao filme-metáfora de Brian de Palma, do poder explosivo decorrente de emoções fortes reprimidas e hormônios em polvorosa, explosões de raiva típcas da adolescência, manifestações da emoção. Carrie é uma personagem mais desenvolvida, uma pessoa completa e compreensível, mas é menos força da natureza.

Carrie a estranha era um dos filmes que deixavam um gosto forte no fim, e um dos poucos filmes capazes de rivalizar com O iluminado, de Stanley Kubrick, na larga categoria de adaptações de obras de Stephen King, um filme ultra assustador. No fim, sofre a audiência na segunda metade do filme, que começa assistindo um excelente filme de terror à moda antiga para observar um tipo de remake bem comportado que mistura a estética de X-men e as mortes da série A Premonição.

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Baseado no livro homônimo de Stephen King, Carrie - A Estranha ganha novamente as telas do cinema em uma nova produção que sai no dia 29 de novembro aqui no Brasil. A história da garota com poderes telecinéticos e filha de uma mãe religiosa e opressora ganha uma nova versão que promete ser bem mais fiel a publicação que o filme de 1976.

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Chloe Moretz dá vida a Carrie e Julianne Moore como sua mãe. Em 2002 a película ganhou um remake, porém este não foi bem recebido pelo público. No trecho divulgado podemos ver o momento em que Carrie é atormentada por suas colegas de escola quando menstrua pela primeira vez, também são mostradas algumas cenas em que se mostram os poderes da garota e sua briga com a mãe.

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