Ofertas de trabalho, boas remunerações, segurança, multiculturalidade e qualidade de vida. Esses são alguns dos motivos que despertam nos brasileiros o interesse em imigrar para o país norte-americano Canadá. De acordo com a última coleta de dados do no Censo de 2011 feita pela Statistics Canada - departamento do governo federal do País encarregado de produzir estatísticas sobre a população canadense -, estima-se que há mais de 40 mil brasileiros morando na nação, que pretende receber 691 mil novos imigrantes até 2021, para trabalhar.
Dentre os imigrantes brasileiros, a decisão de ir para o País surge por motivos similares, que podemos intitular como a realização de um “sonho” ou “meta de vida”. Alguns com o objetivo de estudar e outros em busca de novas oportunidades de trabalho que, consequentemente, fazem do país estrageiro o seu novo lar.
##RECOMENDA##O Centro Educacional Brasil, Estados Unidos e Canadá (Cebrusa) é uma empresa que oferece soluções completas em imigração para o País. São oferecidas qualificações quanto à preparação de currículos, treinamentos para entrevistas, cursos de idiomas, e, por fim, imigração legal de brasileiros, regulamentada conforme o governo canadense. Daniel Braun, presidente do Cebrusa, explica que o Canadá tem uma abertura territorial grande, que atrae brasileiros e imigrantes do mundo todo.
“Toronto, Vancouver e Montreal são os destinos mais comuns”, enfatiza Daniel. Se formos expressar em números, esses cidades abraçam mais de 28 mil brasileiros, segundo a Statistics Canada. Ao LeiaJá, Braun também explicou que “é comum as pessoas pensarem que entrar - de forma legal - no Canadá pelo colege - para estudar -. No entanto, há a possibilidade ingresso por meio de outras formas. Para tanto, os interessados podem participar de programas de migração ou feiras de seleção realizadas através da Cebrusa para que as empresas possam contratar os profissionais brasileiros.
“Existem mais de 60 programas de migração para que brasileiros saiam daqui até mesmo com moradia certa”, destaca Braun. “O trabalho é um caminho que pode encurtar o processo”, acrescenta. Para ele, o ideal é que a pessoa analise qual programa de intercâmbio se adequa melhor ao seu perfil profissional. Braun descreve como acontece esse processo de ida para o Canadá: “As empresas vêm ao Brasil de forma presencial para fazer as entrevistas de seleção, conectadas através da Cebrusa, com isso, a pessoa contratada terá toda a documentação regulamentada pela empresa contratante - isso se estende à família, casais com filhos até 22 anos podem ir juntos no mesmo processo para legalizar sua condição no país estrageiro -”, detalha.
Devido à pandemia global do novo coronavírus (SARS Covid-19), as entrevista mudaram a dinâmica. Agora, ocorrem na forma on-line, assim como diversos processos seletivos realizados neste ano. As oportunidades de emprego são amplas, desde quem não possui nenhuma formação superior até aos que possuem. “Pessoas sem nenhuma formação podem se qualificar no Canadá, e pessoas com tecnológo ou um bacharelado potencializam suas chances de serem aprovados em um processo”, recomenda Braun.
O presidente da Cebrusa também explica que as entrevistas, geralmente, pedem uma “área de formação, experiência profissional e conhecimento em inglês". “No entanto, as pessoas sem essas formações não perdem suas chances, porque elas podem se qualificar aqui ou no Canadá, e às vezes uma experiência profissional no Brasil compensa”, garante.
Dentre as oportunidades de trabalho, está a área de saúde - principalmente como profissional de enfermagem -, além do segmento de usinagem, que compreende todos os processos de fabricação, engenharia, mecânica, construção civil (mesmo que seja para começar como júnior), segundo Ismael Macedo, que é diretor do Cebrusa em Goiana, capital de Goiás.
De acordo com Daniel Braun, atualmente a taxa de desemprego no país é considerada a mais baixa desde a década de 1970. O gestor reforça que problema não é a falta de emprego em si, mas de trabalhadores especializados nas áreas em que há oportunidades.
Existem vagas no setor de Tecnologia da Informação (TI), campo que, de acordo com o imigrante goianiense Gleudson de Oliveira Júnior, 30 anos, está em ascensão e demanda mão de obra especializada. Gleudson, que morava no Estado de Goiás, é programador há dez anos e contou, em entrevista ao LeiaJá, como chegou à cidade de Québec, no Canadá.
“Eu fazia um curso de francês no Cebrusa e me inscrevi em um evento de recrutamento, que aconteceu em São Paulo. Eu fiz entrevista em quatro empresas, duas empresas gostaram de mim e uma delas falou que me dispensou porque achava que para a empresa deles, meu nível de francês não era suficiente. A seleção foi em 2019, e levou de seis a nove meses para retirar o visto”, conclui.
Há sete meses Gleudson trabalha como prestador de serviços de programação na empresa Systématix, na qual passou por quatro etapas de seletiva presencial e virtualmente. Devido à pandemia do novo coronavírus, ele relatou que o contato tem sido feito apenas via web com suas lideranças. A internet tornou-se também o canal de interação com os colegas de trabalho e amigos brasileiros que moram nas terras estrangeiras.
A empresa tem mais de 30 pessoas vindas do Brasil. O programador falou sobre as vantagens de morar no Canadá, e as diferenças do País de origem. “Na capital da província onde moro, o transporte público é muito bom, as coisas todas [hospitais, escolas, bancos, entre outros], funcionam; aqui o pessoal tem meio que uma boa vontade em fazer as coisas darem certo”, afirma. Ele acrescenta que assim como um cidadão canadense, ele também tem acesso aos serviços oferecidos na cidade como atendimento em hospitais públicos, mediante a confirmação de sua regularidade no país expressa no passaporte.
O brasileiro contou também que “por exemplo, para contratar serviço de internet, eu não preciso comprovar residência ou ter um monte de documentação”. “Chego lá com meu passaporte e meu cartão de crédito e posso criar uma conta de internet”, garante.
Para ele, não há burocratização dos processos, ao contrário do Brasil, além de enxergar uma valorização à diversidade e respeito entre os nativos e imigrantes, que chegam ao País de diversos pontos do planeta. De acordo com Gleudson, o salário mínimo ficaria entre 1.800 mil a 2 mil dólares por mês (estipulado por horas prevista em contrato), que equivale a R$ 4 mil. O programador finaliza categorizando o Canadá como receptivo e avisa “não é um país que você vem para fazer dinheiro não”, mas sim “para morar, comprar as suas coisas e fazer sua vida”, pontua.